Um novo tipo de família está se formando no Brasil, onde crianças têm dois pais ou duas mães. Fechar os olhos a esta realidade é, além de retrogrado, tentar encobrir o que está acontecendo claramente na sociedade, seja dentro das escolas, nas creches, nos shoppings, parquinhos e na TV: gays e lésbicas lutaram e conseguiram na justiça, o direito a maternidade/paternidade.

No Centro de Medicina Reprodutiva Pró-Fértil, um programa especial de atendimento foi desenvolvido para casais homoafetivos. Segundo Marco Antônio Lourenço, Médico Especialista em Reprodução Assistida, com Especializações na Universidade de Valencia (Espanha) a dificuldade destes casais de engravidar passa por muitas etapas a vencer, principalmente pelo preconceito.

“Casais de mulheres, tem sido atendidas na Pró-Fértil de forma normal como qualquer casal heterossexual. A clínica disponibiliza psicólogo quando necessário, e só realiza atendimento em horário diferenciado se solicitado pelo casal homoafetivo” explica Marco Antonio Lourenço, acrescentando que a Pró-Fértil visa não diferenciar nenhum casal, e sim personalizar todos os atendimentos. Segundo Lourenço, o lema da clínica é não admitir nenhuma forma de preconceito durante os atendimentos a casais homoafetivos femininos ou masculinos. “É provável que alguns desses casais queiram falar desta questão, mas certamente a maioria tem tratado o assunto como uma situação normal”, diz o especialista. 

As informações prévias ao tratamento para este tipo de pacientes na Pró-Fértil são técnicas, e discorrem sobre como se dá o tratamento. “A diferença é que o semen deve ser adquirido em um Banco de Semen que usamos chamado PRO SEED de São Paulo, que fornece os dados do doador, como por exemplo, raça, altura, religião, tipo sanguíneo, cor de olhos, cabelos, profissão e Hobby” explica o médico. 

Marco Antonio Lourenço ressalta que a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a reprodução assistida estabelece uma série de normas para regulamentar a fertilização in vitro e a inseminação artificial, inclusive para casais homoafetivos: “Agora, fica expressamente permitido o uso da reprodução assistida por casais homoafetivos. Antes, o texto dizia que "qualquer pessoa" poderia usar a técnica "nos limites da resolução", mas o CFM considerou que estas palavras permitiam diferentes interpretações. A partir de agora, homossexuais são citados na resolução como elegíveis para a inseminação, o que mostra que os princípios éticos do passado se modernizaram e agora é um direito conquistado”.

Segundo ele, para os casais homoafetivos masculinos, a clínica ainda não realizou nenhum tratamento. “Eles vêm e consultam sobre o assunto e decidem pensar mais, porém, o desejo das mulheres em serem mães é muito maior e já realizamos diversos procedimentos com sucesso ”, finaliza Marco Antônio Lourenço. Fonte: http://www.jornalcariocas.com.br

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