O casal de influenciadores de viagem que construiu uma mansão em Bali com o dinheiro ganho no Instagram
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Após quatro anos imortalizando (e monetizando) suas aventuras pelo mundo, Jack Morris e Lauren Bullen planejam descansar em sua nova casa. De lá continuarão publicando fotos por “não menos de 3.000 euros” o post
Quando Jack Morris e Lauren Bullen se conheceram nas ilhas Fiji, há quatro anos, já eram bastante famosos no Instagram. Ambos se dedicavam a viajar pelo mundo imortalizando em seus perfis as mais recônditas paragens e, de quebra, colaborando com algumas marcas, hotéis e companhias de viagem como qualquer influenciador que se preze. No entanto, foi pelo fato de começar a namorar que os pedidos de colaboração —e a renda— se multiplicaram. É fato que as histórias de amor funcionam bem no Instagram. Por isso, muitas blogueiras começaram a compartilhar imagens de seus companheiros, inclusive as que preferiam mantê-los no anonimato. No caso de Jack e Lauren, os seguidores e as ofertas de trabalho dispararam depois das primeiras fotos juntos. Com 28 e 26 anos, respectivamente, eles superam com folga os dois milhões de seguidores e ganharam tanto dinheiro que acabam de construir uma mansão em Bali com o que faturaram como instagrammers.
Anos atrás, teria sido impossível para eles pensar em viver numa casa espetacular com piscina numa ilha da Indonésia. Ele trabalhava limpando tapetes numa loja de sua Manchester natal; ela era assistente de dentista. A paixão comum por conhecer o mundo os levou a deixar de lado o trabalho e mergulhar na trepidante vida dos mochileiros. As fotos das suas viagens começaram a lhes render curtidas e, mais tarde, rendimentos. “Um dia, uma marca entrou em contato comigo e me ofereceu 35.000 euros (161.000 reais) para ir a Los Angeles, gravar uma campanha e publicar cinco posts na minha conta do Instagram. Não tinha ideia de que podia ganhar dinheiro dessa maneira. Aceitei e comecei a me concentrar no que faço agora. Literalmente uma semana depois, conheci a Lauren”, disse ele numa entrevista a The Cult. Ambos estavam numa viagem de trabalho a Fiji e, após começarem a se conhecer durante uma semana, decidiram continuar juntos em seu trajeto pelo mundo.
Desde então, não pararam de viajar e se tornaram um dos primeiros “casais viajantes” do Instagram. “Quando começamos, poucos posavam juntos. Muitos garotos tinham vergonha e preferiam ficar atrás da câmera no plano ‘namorados do Instagram’. Além disso, nossas fotos tinham um estilo que as deixava muito naturais. Hoje todo mundo faz esse tipo de coisa, mas naquela época era bastante inovador”, diz Jack. Ao serem pioneiros, eles puderam viver de sua paixão e economizar dinheiro suficiente para construir uma casa que, de alguma forma, planejam amortizar também em seus perfis. Esgotados após tanto tempo de país em país, querem agora deixar seu centro de operações em Bali e dedicar suas redes a um conteúdo mais focado em estilo de vida.
Por isso, eles dizem que construíram a casa com a intenção de que fosse “mais fotogênica possível” para continuar fazendo ali suas sessões de foto e alimentando suas lucrativas contas. “Fui muito específica para garantir que nossa casa fotografasse bem”, explica Lauren. “Se estou preparando um post no banheiro e falando, por exemplo, sobre clareamento dos dentes ou algo assim, quero que as pessoas possam ver bem o fundo. Preciso de uma boa iluminação, móveis bonitos e um sofá cool onde eu possa fotografar produtos. Quero poder fazer uma colaboração com uma marca sem ter que dizer: ‘Bem, onde deveríamos nos alojar esta noite para preparar um conteúdo?”.
O casal prefere hoje não revelar quanto cobra por post, mas em 2017 Jack confessou à edição britânica de Cosmopolitan que os dois chegavam a embolsar 9.000 dólares (cerca de 37.800 reais) por foto e que não aceitavam publicar nada por menos de 3.000 dólares (12.600 reais). Lauren diz que, embora sempre tenha tido menos seguidores que seu companheiro (ele tem 2,7 milhões e ela 2,1), houve uma temporada em que ganhava muito mais dinheiro que ele. “Nos últimos dois anos, porém, ele começou a ganhar muito mais do que eu. Acho que é porque existem menos homens nessa profissão. No meu caso, o Instagram está saturado de mulheres e cada vez é mais difícil”, afirma.
Provavelmente, a nova casa em Bali dê lucro para os dois. Fonte: https://brasil.elpais.com
Felipe Neto diz que recusou convite para participar de A Fazenda
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SÃO PAULO
O youtuber Felipe Neto disse nesta terça-feira (26) que recusou convite para entrar no reality A Fazenda, da Record. Por meio do seu perfil oficial no Twitter, ele também disse que não foi convidado para entrar no BBB 20, da Globo.
O influenciador falou sobre o assunto ao rebater uma notícia dada pelo portal R7, pertencente ao grupo Record, que afirmava que ele e outros influenciadores "esnobaram o BBB 20".
"Oi, Record, tudo bom? Não foi isso que eu falei, não foi nesse tom... E eu não 'esnobei' coisa alguma. Além disso, não neguei convite do BBB, pois não fui convidado. O que eu neguei convite, esse de fato neguei, foi para A Fazenda. Forte abraço", escreveu Neto.
O BBB 20, que começa em janeiro do ano que vem, deverá contar com influenciadores digitais importantes do país, segundo noticiado na segunda-feira (25) pela coluna Zapping, do F5.
Antes de negar que tenha sido convidado para participar do reality da Globo, Felipe Neto escreveu no Twitter que nenhum youtuber do "'1ª escalão' toparia ir para o BBB, porque o prêmio do programa é muito menos do que ele ganha em três meses". No BBB 19, a vencedora Paula ganhou R$ 1,5 milhão.
"Esse papo de 'Globo fará BBB com grandes influenciadores' é bobagem. É mais um exemplo de como ainda acham que TV aberta é o sonho de um criador de conteúdo. Não é", disse.
Em outro tuíte, ele também escreveu que conversou com grandes influenciadores nos bastidores, e todos negaram participar do programa. "A grana não compensa e a reputação é terrível. O que me faz ponderar: quem será que topou? E como a Globo pretende vender a ideia de 'influenciadores do 1° escalão no BBB'?", questionou.
Carlinhos Maia, considerado o rei do Instagram, disse na segunda (25) que foi procurado para participar do reality da Globo, mas não aceitou o convite. “Fico feliz e grato, adoro o reality, mas não me vejo nele. Sou chato, eu iria brigar e sair logo”, afirmou ele em vídeo nas redes sociais. Fonte: https://f5.folha.uol.com.br
Por que a Globo está dando tanto espaço ao noticiário sobre a morte de Gugu
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A morte de Gugu Liberato (1959-2019), um dos apresentadores mais populares da história da TV brasileira, é uma notícia importante sob qualquer ponto de vista. Mesmo assim, tem chamado atenção o espaço generoso e o tom emotivo adotado pela Globo desde quinta-feira (21), quando foi divulgada a notícia do acidente.
O anúncio da morte de Gugu foi feito na noite de sexta-feira (22), minutos após a divulgação do comunicado oficial, por William Bonner no "Jornal Nacional" e obrigou o telejornal a alterar o seu roteiro, terminando em silêncio, sem a tradicional trilha. No "Jornal da Globo", na mesma noite, foi a principal notícia e ocupou 20 dos 35 minutos da edição. Na manhã de sábado, Gugu apareceu nos primeiros 15 minutos do "É de Casa" e, pouco tempo depois, foi o maior destaque do telejornal "Hoje". Nos próximos dias, "Fantástico", "Mais Você", "Encontro com Fátima Bernardes" e "Se Joga" são outros programas que devem tratar do assunto com destaque.
Por Gugu estar vinculado à Record, uma concorrente com a qual a Globo tem relações hostis, imaginava-se que a cobertura da morte do apresentador seria mais sóbria e sintética, como foi, por exemplo, o "Jornal Nacional" sobre a morte de Marcelo Rezende, em 2017. Não é o que está ocorrendo. Houve uma recomendação da cúpula da emissora no sentido de dar ao assunto o destaque que ele merece. E as razões para esta atitude podem ser as seguintes.
Uma questão de imagem. A Globo entende melhor hoje que é muito antipático fechar os olhos para a realidade. Pressionada por um exército de "haters" nas redes sociais, a emissora seria bombardeada se não fizesse uma cobertura digna da morte de Gugu.
Uma questão de Ibope. As circunstâncias trágicas da morte de Gugu, aos 60 anos, comoveram mesmo quem não era fã do apresentador. O assunto é, de longe, o mais comentado e falado hoje no país. É evidente que traz audiência para qualquer veículo - e a Globo não está em condições de abrir mão disso em 2019.
Uma razão histórica. Gugu foi contratado da Globo por alguns meses, em 1987. Foi escolhido por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, como a arma para vencer Silvio Santos aos domingos. Num episódio célebre, Silvio pegou Gugu pelo braço e foi ao Rio conversar com Boni e, em seguida, Roberto Marinho para conseguir o distrato. Com a desistência de Gugu, Boni escolheu Fausto Silva para a tarefa.
Um motivo óbvio. Gugu foi um dos maiores comunicadores da televisão brasileira e reconhecer isso, como está fazendo a Globo, não é mais do que obrigação. Fonte: https://tvefamosos.uol.com.br
Desfile do Flamengo para comemorar o título da Libertadores termina em confusão no Centro do Rio
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Festa reuniu milhares de pessoas e ocorreu sem incidentes até o final, quando a polícia usou bombas para dispersar a multidão no Centro do Rio
O desfile do Flamengo para comemorar o título da Libertadores terminou em confusão no Centro do Rio.
A Polícia Militar lançou bombas de gás para dispersar a multidão após o trio elétrico que levava o time do Flamengo deixar a Avenida Presidente Vargas, na altura do monumento a Zumbi dos Palmares.
A confusão começou por volta das 16h15 assim que o trio entrou na rua de Santana e o som foi desligado. Segundo relatos, os torcedores tentaram furar o cerco e houve correira. Muitas crianças ficaram no meio do tumulto. A situação ficou mais tranquila por volta das 17h10, mas ainda com muitos policiais no Centro.
Durante cerca de 30 minutos, torcedores e policiais se enfrentaram no meio da Presidente Vargas. Policiais e agentes apontaram armas contra os torcedores que ainda estavam na avenida no meio do confronto.
No meio do tumulto, um carro a serviço da prefeitura atropelou um agente. Ainda não há informações sobre o estado de saúde e a identidade dele. Torcedores do Flamengo começaram a se reunir no Centro do Rio na manhã deste domingo (24) para a festa do bicampeonato na Libertadores.
O time carioca derrotou o argentino River Plate por 2 a 1 no Estádio Monumental de Lima, no Peru, neste sábado. Fonte: https://g1.globo.com
Veja que estados e capitais têm feriado da Consciência Negra nesta quarta
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Comemoração está no calendário federal, mas poucos estados consideram feriado
Nesta quarta-feira, 20 de novembro, comemora-se o Dia da Consciência Negra, data que marca a morte de Zumbi dos Palmares. A comemoração está no calendário oficial do país, instituída por lei federal de 2011.
Mas apenas alguns estados e capitais consideram a data feriado e decretam paralisação. A cidade de São Paulo é uma delas. Veja, abaixo, a lista:
ACRE
Não é feriado estadual
Rio Branco: não é feriado
ALAGOAS
Feriado estadual
Maceió: feriado
AMAZONAS
Feriado estadual
Manaus: feriado
AMAPÁ
Feriado estadual
Macapá: feriado
BAHIA
Não é feriado estadual
Salvador: Não é feriado
CEARÁ
Não é feriado estadual
Fortaleza: Não é feriado
DISTRITO FEDERAL
Não é feriado distrital
ESPÍRITO SANTO
Não é feriado estadual
Vitória: não é feriado
GOIÁS
Não é feriado estadual
Goiânia: lei municipal instituiu feriado, mas foi derrubada pela Justiça
MARANHÃO
Lei estadual instituiu feriado, mas foi derrubada pela Justiça
São Luís: feriado
MINAS GERAIS
Não é feriado estadual
Belo Horizonte: não é feriado
MATO GROSSO DO SUL
Não é feriado estadual
Campo Grande: não é feriado
MATO GROSSO
Feriado estadual
Cuiabá: feriado
PARÁ
Não é feriado estadual
Belém: não é feriado
PARAÍBA
Não é feriado estadual
João Pessoa: não é feriado
PARANÁ
Não é feriado estadual
Curitiba: lei municipal instituiu feriado, mas foi derrubada pela Justiça
PERNAMBUCO
Não é feriado estadual
Recife: não é feriado
PIAUÍ
Não é feriado estadual
Teresina: não é feriado
RIO DE JANEIRO
É feriado estadual
Rio de Janeiro: feriado
RIO GRANDE DO NORTE
Não é feriado estadual
Natal: não é feriado
RIO GRANDE DO SUL
Não é feriado estadual
Porto Alegre: não é feriado
RONDÔNIA
Não é feriado estadual
Porto Velho: não é feriado
RORAIMA
É feriado estadual
Boa Vista: é feriado
SANTA CATARINA
Não é feriado estadual
Florianópolis: não é feriado
SÃO PAULO
Não é feriado estadual
São Paulo: é feriado
Outras cidades em que há feriado: Guarulhos, Campinas, São Bernardo do Campo, Santo André
SERGIPE
Não é feriado estadual
Aracaju: não é feriado
TOCANTINS
Não é feriado estadual
Palmas: não é feriado
Não, o mundo não está perdido
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Redes sociais tendem a ocupar as manchetes pelas polêmicas, mas há mais coisas positivas do que negativas acontecendo nas redes
“Bom dia, pessoal!” — escreveu a minha filha no Facebook, que ela pouco usa. “Tenho um pedido atípico hoje, mas não custa tentar... Na nossa última viagem, ao passar pela segurança do Aeroporto Marco Polo, em Veneza, esqueci a minha jaqueta favorita naquela bandeja de plástico. Essa jaqueta é a roupa que mais amo na vida. Ganhei de presente do meu marido e sempre que visto pareço 10 quilos mais magra e uma pessoa elegante e fina. Escrevi para o ‘Achados e Perdidos’ do aeroporto e soube que encontraram a minha jaqueta! O problema é que eles não mandam para cá. É preciso que alguém que esteja em Veneza a retire. Como já consegui até adoção para cachorro em Japaratinga, em Alagoas, acredito no poder das redes sociais. Será que alguém que está lendo essa mensagem está em Veneza, ou vai pra Veneza, ou tem algum amigo em Veneza que possa pegar essa jaqueta para mim?”
Chances remotas: cidade alagada, turismo desestruturado, uma tragédia anunciada mas ainda assim arrasadora e paralisante sempre que acontece. Amigos começaram a se marcar uns aos outros no post e ofereceram várias soluções possíveis — alguém que vai no fim do ano, o conhecido de um conhecido que tem um parente na cidade, alguém que conhece um serviço que talvez possa resolver a parada. Nada de muito concreto. Até que:
“Estou saindo amanhã do aeroporto, pego para você”.
Simples assim.
Uma vaga conexão de rede social, uma pessoa nunca vista antes, um problema resolvido.
Um perrengue chique, um problema fino mas, não obstante, um problema — e uma solução que mostra, pela enésima vez, porque, apesar de tudo, não desistimos das redes sociais (e, eventualmente, da humanidade). Um dia é uma jaquetinha de estimação recuperada em um aeroporto distante, no outro uma vaquinha para compra de material escolar ou uma ação para encontrar o cachorro que se perdeu no bairro.
Redes sociais tendem a ocupar as manchetes pelas polêmicas e pelos seus aspectos negativos. Há muito a ser discutido em relação à quantidade de dados dos usuários de que dispõem e à maneira como os utilizam, há longas conversas que precisamos ter sobre fake news , cyberbullying e monopólio, e já passou da hora de cobrarmos mais transparência e responsabilidade por parte de quem detém tanto poder.
Mas, como na vida off-line, há mais coisas positivas do que negativas acontecendo nas redes. Elas apenas não chamam tanto a atenção, e não são tão midiáticas. “Velhos colegas de turma se reencontram” não chega a ser propriamente uma notícia, “Jaquetinha querida volta para casa” não é manchete.
Um dia escrevi um post sobre uma das muitas barbaridades a que temos assistido nos últimos tempos, e uma amiga observou que, infelizmente, a maioria das pessoas parecia apoiar a sandice. Cerca de um quarto dos 230 comentários discordava da minha opinião, com palavras fortes, emojis e memes. Os que me apoiavam eram lacônicos, “Isso!”, “Concordo inteiramente!”, “Disse o que eu estava pensando” e assim por diante. Mas o post tinha, àquela altura, mais de duas mil curtidas — silenciosas e discretas.
O lado do mal é sempre mais barulhento.
Não podemos nos esquecer disso: é preciso parar de vez em quando, e prestar atenção às pequenas coisinhas boas, que tendem a ser discretas e pouco lacradoras.
Fonte: https://oglobo.globo.com
Japão, 30 mil suicídios por ano: riqueza, tecnologia, mas… vazio na alma
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Bispo do país atribui as causas à falta de sentido existencial, conectada à profunda carência de espiritualidade e religiosidade
Uma análise do período compreendido entre 1998 e 2010 apontou que mais de 30 mil pessoas se suicidaram no Japão em cada ano desse intervalo, taxa que, aproximadamente, continua se aplicando até o presente. Cerca de 20% dos suicídios se devem a motivos econômicos e 60% a motivos relacionados com a saúde física e a depressão, conforme recente pesquisa do governo.
O assunto é abordado pelo bispo japonês dom Isao Kikuchi em artigo divulgado pela agência AsiaNews. Ele observa que o drama se tornou mais visível a partir de 1998, “quando diversos bancos japoneses se declararam falidos, a economia do país entrou em recessão e o tradicional ‘sistema de emprego definitivo’ começou a colapsar”.
Durante os 12 anos seguintes, uma média superior a 30 mil pessoas por ano tirou a própria vida num país rico e avançado. O número, alarmante, é cinco vezes maior que o de mortes provocadas anualmente por acidentes nas rodovias.
Riqueza, tecnologia e… vazio na alma
Rodeados por riquezas materiais de todo tipo, os japoneses têm tido graves dificuldades em encontrar esperança no próprio futuro: perderam esperança para continuar vivendo, avalia o bispo.
Paradoxo: após histórica tragédia nacional, suicídios diminuíram
Um sinal de mudança, embora pequeno, foi registrado por ocasião do trágico terremoto seguido de tsunami que causou enorme destruição em áreas do Japão no mês de março de 2011: a partir daquele desastre, que despertou grande solidariedade e união no país, o número de suicídios, de modo aparentemente paradoxal, começou a diminuir. Em 2010 tinham sido 31.690. Em 2011, foram 30.651. Em 2012, 27.858. Em 2013, 27.283. A razão da diminuição não é clara, mas estima-se que uma das causas esteja ligada à reflexão sobre o sentido da vida que se percebeu entre os japoneses depois daquela colossal calamidade.
Motivos para o suicídio
Dom Isao recorda a recente pesquisa do governo que atrela 20% dos suicídios a motivos econômicos, enquanto atribui 60% a fatores de saúde física e depressão. Para o bispo, os estopins do suicídio são complexos demais para se apontar uma causa geral. No entanto, ele considera razoável e verificável afirmar que uma das razões do fenômeno é a falta de sentido espiritual na vida cotidiana dos japoneses.
O prelado observa que a abundância de riquezas materiais e o acesso aos frutos de um desenvolvimento tecnológico extraordinário são insuficientes para levar ao enriquecimento da alma. A sociedade japonesa focou no desenvolvimento material e relegou a espiritualidade e a religiosidade a um plano periférico da vida cotidiana, levando as pessoas a se isolarem e se sentirem vazias, sem significado existencial. E é sabido que o isolamento e o vazio de alma estão entre as principais causas do desespero que, no extremo, leva a dar fim à própria vida.
A ação da Igreja católica- A Igreja católica vem encarando esta questão há muito tempo no Japão.
Em 2001, o episcopado nacional dedicou uma campanha específica a esse tema, por meio da mensagem “Reverência pela vida”. Uma nova versão da mesma mensagem está sendo divulgada desde janeiro de 2017, com a abordagem direta do problema do suicídio e um apelo à população para prestar especial atenção ao isolamento das pessoas. Fonte: https://pt.aleteia.org
Quando os tiranos do século XX usavam fraldas
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Hitler, Stálin, Pol Pot, Mao e Franco chegaram à idade adulta com personalidades afetadas por frustrações, traumas e danos psicológicos infantis
Os tiranos do século XX demonstraram não conhecer o significado da palavra compaixão, mas dominavam à perfeição os sinônimos de horror e os puseram em prática com firmeza sobre os povos que subjugaram. Quando se transformaram em assassinos brutais? Sua infância teve algo a ver com essa transformação? Para a psicologia, a infância é um momento-chave na vida das pessoas. Nessa fase vital estão ocultos os códigos que explicam condutas posteriores. Esse foi o campo de pesquisa de Véronique Chalmet, que entrou no buraco negro no qual foi incubado o horror do século passado: a infância e adolescência dos opressores mais sanguinários. A escritora francesa lançou em outubro La Infancia de los Dictadores (“a infância dos ditadores”), versão em espanhol de seu livro Enfance de Dictateurs, uma síntese em que aborda os primeiros anos desses carrascos que em algum momento perderam a inocência infantil, embora seja difícil imaginar essa inocência neles.
“Ninguém nasce sendo um assassino. Esses ditadores cresceram em um ambiente coercitivo e quando alcançaram o poder, liberaram todo o ódio acumulado”, assinala Chalmet, colaboradora habitual de revistas de divulgação científica como Ça m’intéresse, em resposta a perguntas do EL PAÍS enviadas por correio eletrônico. “Como disse Nelson Mandela, as pessoas aprendem a odiar”, acrescenta. A escritora francesa, especialista em psicologia e criminologia, acredita que “muitas frustrações, traumas e violência física e psicológica provocaram uma perda total de valores éticos” na infância desses déspotas. Já adultos, “eles não se preocupavam com o que era certo ou errado −embora soubessem perfeitamente a diferença−, e essa é uma característica dos criminosos psicopatas”, explica.
Chalmet teve oportunidade de estudar sociopatas e psicopatas recentemente em uma instituição de saúde para doentes mentais perigosos, e vê muitas semelhanças no comportamento destes e no dos tiranos. “De fato, estamos lidando com o mesmo tipo de personalidade. Essas crianças maltratadas se tornaram adultos insensíveis incapazes de empatizar”, assinala. A principal diferença entre os sociopatas anônimos e os tiranos estaria, segundo a autora, na conquista do poder: “Seduziram o povo para obter o comando e depois o mantiveram aterrorizando as pessoas. Hitler, Pol Pot e Mussolini eram carismáticos e perversos manipuladores”.
O livro de Chalmet mostra algumas circunstâncias que esses personagens malvados compartilharam. Curiosamente, esses ditadores tinham “uma necessidade desesperada de modelos parentais protetores”, descreve a autora, “mas se viram presos em famílias disfuncionais. Para a maioria deles, o pai estava ausente ou era cruel. Já a mãe muitas vezes escondia ou reprimia seus sentimentos, embora isso significasse deixar o filho em um estado de confusão, medo ou solidão”.
A seguir, certas características da infância de alguns desses personagens sinistros:
Stálin (1878-1953). No período em que comandou a União Soviética, 20 milhões de pessoas perderam a vida. Josef Vissarionovich era tão frágil quando nasceu que o apelidaram de Sosso (“o delicado”). Além disso, tinha uma anomalia no pé esquerdo. Logo começou a sofrer a fúria alcoólica que seu pai, embriagado todos os dias, descarregava na forma de surras contra ele e sua mãe. Aos 10 anos, foi para a escola paroquial de Gori, seu povoado na Geórgia, onde se destacou como menino prodígio do coro. Sofreu dois atropelamentos de carruagem, que lhe deixaram sequelas físicas. Em 1894, foi admitido no seminário de Tbilisi com a ilusão materna de que se tornasse padre. Lá, o adolescente de 16 anos descobriu “uma vida austera, marcada pela oração, pelos castigos corporais e pelo estudo” com os monges, e quando voltava para seu quarto, encontrava “as marcas dos confiscos feitos em sua ausência […], um espírito policial e um sistema coercitivo bem azeitado”, descreve Chalmet.
Franco (1892-1975). Desencadeou uma guerra civil na Espanha que causou mais de meio milhão de mortos e dezenas de milhares de fuzilados nos anos posteriores. Filho de um intendente-geral da Marinha de Ferrol (em La Coruña), ao nascer era um bebê muito franzino e, durante seu crescimento, continuou tão magro que sua mãe, Pilar, chamava-o de Cerillita (“palitinho de fósforo”). Na infância, evitava falar em público porque tinha vergonha de sua voz fina. Sua devotada mãe incutiu nele o valor sagrado da família, um conceito que mais tarde ele quis extrapolar totalitariamente para a Espanha. Seu pai tinha casos extraconjugais continuamente e acabou reconhecendo um menino filipino três anos mais velho que Franco. Finalmente, em 1907, o pai abandonou a esposa e os filhos e foi para Madri. O adolescente complexado nunca o perdoou e não voltou a vê-lo.
Mao Tsé-tung (1893-1976). Estabeleceu a República Popular da China e sua ditadura provocou 70 milhões de mortes. Seu pai era um comerciante “duro e ambicioso, sem nenhum escrúpulo, cuja inteligência se limitava à arte da especulação”, relata Chalmet, “mas glorificava a posse do estritamente necessário e valorizava o trabalho físico”. Embora Mao manifestasse grande desprezo por seu pai, se analisamos as consequências de suas decisões para a população chinesa, vemos que ele aplicou à risca as ideias paternas. Desde pequeno se destacou seu gosto pela leitura. Mas, à medida que crescia, aumentava sua fobia pela água. Segundo a autora, ele passou 25 anos sem tomar banho. Mao, que sempre demonstrou um grande amor por sua mãe, sentia desde a infância muito ódio por seu pai −sobre quem, durante uma sessão de tortura contra opositores em 1968, chegou a dizer: “É uma pena que meu pai esteja morto, teria sido necessário fazê-lo sofrer assim”.
Idi Amin Dada (1925-2003). Governou Uganda de 1971 a 1979 e ao se exilar deixou para trás inumeráveis atrocidades e 300.000 mortos. Seu pai o abandonou quando era recém-nascido porque considerava que a mãe, curandeira da família real do reino tradicional de Buganda, tinha engravidado do rei Daudi Chwa. “Antes de aprender a andar, ele conheceu a cozinha infernal de sua mãe”, afirma Chalmet. Nela eram usados os ingredientes mais truculentos −incluindo fetos e crianças sacrificados− em rituais sangrentos para seus clientes ricos. Idi Amin sempre viveu sem um lar fixo, dividindo espaço com os amantes de sua mãe. Só foi à escola por alguns meses durante sua adolescência, quando já estava dotado de um físico hercúleo que usava para se envolver em brigas diárias com alunos da escola técnica de Makerere, na qual não foi admitido.
Pol Pot (1925-1998). Comandou o regime comunista do Khmer Vermelho, que perpetrou um genocídio contra o povo cambojano de 1976 a 1979, matando dois milhões de pessoas, um terço da população. Seu nome era Saloth Sar e foi educado conforme os férreos valores do ensino khmer, em que o castigo físico era comum. Dotado de extrema frieza emocional, seu irmão mais novo, Neap, afirmou que “ninguém conseguia saber o que ele pensava”. Em 1934, ingressou no monastério budista de Wat Botum, onde se destacou por sua aceitação da disciplina e da hierarquia. Sua irmã Roeung chegou a ser concubina do rei Monivong, mas sua origem camponesa era motivo de desprezo na corte. Saloth Sar, testemunha da aflição de sua irmã, desenvolveu um profundo ódio pela classe dominante. Foi sempre um estudante medíocre, mas acabou dando um jeito de conseguir uma bolsa de estudo de radioeletricidade na França em 1947, onde se uniu ao Partido Comunista da Camboja. Fonte: https://brasil.elpais.com
PEDRO E PAULO: Dedicação das Basílicas
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Segunda-feira, 18 de novembro-2019, Dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.
35 MORTES DE BALAS PERDIDAS NO RIO: Gari morre após ser atingido por bala perdida na Zona Norte
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35 MORTES DE BALAS PERDIDAS NO RIO: Gari morre após ser atingido por bala perdida na Zona Norte
Francisco de Paulo da Silva estava trabalhando quando foi baleado
Por Jéssica Santos*
Um gari morreu depois de ser vítima de uma bala perdida em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (13).
Segundo a Comlurb, Francisco de Paulo da Silva, foi atingido quando fazia o serviço de rotina no Morro do Juramento.
A vítima chegou a ser socorrida ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos. A Comlurb informou que está dando todo o apoio à família, inclusive com a equipe de assistência social da companhia.
Já são 145 feridos por bala perdida sendo 35 mortes segundo estatística da BandNews FM.
*Estagiária sob supervisão de Amanda Martins. Fonte: https://bandnewsfmrio.com.br
Menina de cinco anos morre baleada após troca de tiros em Realengo
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Ketellen estava acompanhada pela mãe quando foi atingida durante troca de tiros na Praça da Cohab, em Realengo; homem também foi baleado no tiroteio
RIO — Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de 5 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira no Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo. A menina foi baleada a caminho da escola na tarde desta terça durante uma troca de tiros na Praça da Cohab , no mesmo bairro.
Além da menina, um homem identificado como Davi Gabriel Martins do Nascimento, de 17 anos, também foi baleado e morreu no local. De acordo com informações preliminares fornecidas pela Polícia Militar, um carro que passava pelo local efetuou os disparos. Ketellen foi atingida na perna, foi operada no hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Militar informou que os ocupantes do veículo de onde partiram os disparos ainda não foram identificados. Nas redes sociais, moradores de Realengo lamentaram o ocorrido e relataram pânico durante e após o tiroteio. O corpo de Ketellen foi levado para o IML na manhã desta quarta.
Ketellen é a sexta criança morta com bala perdida em 2019. Além dela, morreram da mesma forma Ágatha Félix , de 8 anos (vítima de uma bala perdida no Alemão), Kauê dos Santos , de 12 anos (baleado durante operação policial no Chapadão), Kauê Rozário , de 11 anos (atingido por bala perdida na Vila Aliança), Kauan Peixoto , de 12 anos (morto durante um confronto entre policiais e bandido na favela da Chatuba, em Mesquita) e Jenifer Gomes , de 11 anos (baleada em Triagem). Fonte: https://oglobo.globo.com
Sobre o boicote à Globo
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Sugerir uma não renovação da concessão é um atentado à liberdade de imprensa
Helio Beltrão
Cresce um movimento de boicote à Globo por certos anunciantes, com adesão recente do espalhafatoso e divertido Luciano Hang, controlador da Havan. Os gestores dessas empresas protestam contra o jornalismo ideológico da emissora e contra valores com os quais não concordam.
O boicote é um instrumento para persuadir terceiros a se dissociar de uma pessoa ou empresa, socialmente ou deixando de comprar o produto ou serviço. Pode servir uma causa nobre, neutra ou perversa, dependendo do caso.
Em 1933, três meses após a nomeação de Hitler como chanceler federal, o Partido Nazista liderou um boicote dos negócios judeus, como vingança contra a negativa cobertura jornalística internacional sobre a Alemanha e Hitler desde a nomeação. A justificativa era que judeus alemães e estrangeiros orquestravam uma campanha de mídia contra o país.
A população não aderiu, e o boicote fracassou. Desgraçadamente, o caminho até o Holocausto continuou, pavimentado pela queima de livros de autores judeus e pela imposição das leis antissemitas.
Em 1955, Rosa Parks se recusou a ceder seu assento no ônibus municipal a um homem branco, desobedecendo à lei de seu estado e município.
A lei, implementada por governos do Partido Democrata, previa a segregação de brancos e negros nos guichês de compra de passagens, na espera, e nos bancos do ônibus. Era proibido que empresas privadas operassem com política igualitária.
Rosa foi detida pelas autoridades, e a partir dessa data iniciou-se um boicote contra a política e a lei, apoiado pelo reverendo Martin Luther King Jr., herói da liberdade. O boicote teve êxito, e alguns anos depois as leis segregacionistas foram abolidas.
Na verdade, a maioria dos boicotes não vinga ou não causa mudança de comportamento no boicotado. No Brasil, são comuns as tentativas infrutíferas de boicotar a compra de gasolina para conter a alta de preços, uma tola revolta contra a lei de oferta e demanda.
Nos EUA, há o bizarro “Dia do Nada Comprar”, tentativa de combater o suposto consumismo da Black Friday. O consumidor dá de ombros: segue comprando produtos bons com desconto. Independentemente da natureza da causa, o boicote pacífico é voluntário e, portanto, perfeitamente lícito.
É um componente fundamental da liberdade de expressão e do exercício de sua propriedade. No mercado, o consumidor é supremo e o empresário segue suas diretrizes, como assinala Ludwig von Mises.
Todos temos direito a nos distanciarmos daqueles de que não gostamos por qualquer motivo. Convidamos para nossa casa só aqueles que admiramos e declinamos entrada aos que julgamos que tenham valores ou comportamentos com os quais não compactuamos.
Há exageros, no entanto. Felizmente, o boicote repugnante normalmente encontra reação: a crítica, o prestígio ao boicotado e até mesmo o boicote aos boicotadores.
Problema maior ocorre quando o boicote tem apoio do Estado. O governo dos Estados Unidos impeliu seus atletas e outros governos a não participar dos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, em razão da invasão do Afeganistão pelos soviéticos.
A vontade dos atletas e da população foi suplantada pela coerção de cima para baixo. Não surtiu efeito e houve o troco por meio da não participação de 14 países nos Jogos de Los Angeles, em 1984.
O governo brasileiro, simpático aos boicotes à Globo, pode estar ferindo princípios da boa administração pública ao sugerir uma n=não renovação da concessão e ao direcionar verbas desproporcionais por motivos políticos. É, ademais, um atentado à liberdade de imprensa.
Está na hora de privatizar o espectro magnético e estabelecer direitos de propriedade em frequências, minimizando as interferências políticas.
*Helio Beltrão- Engenheiro com especialização em finanças e MBA na universidade Columbia, é presidente do instituto Mises Brasil.
Fonte: www1.folha.uol.com.br
Maré histórica atinge Veneza com ondas de quase 2 metros
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Prefeito pediu ajuda e disse que efeito é 'claramente o impacto da mudança climática'
VENEZA | AFP
Veneza registrava na noite desta terça-feira (12) uma histórica "acqua alta" (maré alta), com um pico que pode atingir ou superar 1,90 metro, segundo o Centro de Marés da cidade italiana.
Por volta de meia-noite, o Centro de Marés indicava uma altura de 1,87 m, a maior "acqua alta" desde o recorde registrado em 4 de novembro de 1966. O nível das marés é registrado em Veneza desde 1923.
Um nível de maré de 1,87 m não significa que a cidade esteja submersa sob quase dois metros de água. Desta altura deve-se subtrair o nível médio da cidade, que se encontra em entre um metro e 1,30 m.
Segundo jornalistas da AFP. o nível da água atingia 1,20 metro em algumas zonas.
"Enfrentamos uma maré mais que excepcional. Todos estão mobilizados para manejar a emergência", tuitou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro.
Para o prefeito, a maré é um claro impacto da mudança climática. Ele disse ainda que pedirá a decretação de estado de catástrofe natural, porque a maré deve continuar subindo.
As águas inundaram o vestíbulo da basílica de São Marcos, algo pouco frequente.
O procurador do prédio, Pierpaolo Campostrini, recordou que em toda a história da basílica —construída em 828 e reconstruída em 1063, após um incêndio— o vestíbulo só foi inundado em cinco ocasiões.
O mais preocupante é que três das cinco grandes inundações ocorreram nos últimos 20 anos. A última em 2018.
O fenômeno da "acqua alta" costuma inundar as zonas baixas da cidade, em particular a praça de São Marcos. Na noite desta terça-feira o fenômeno foi agravado pelo siroco, um forte vento saariano.
Para proteger Veneza das marés, que afetam cada vez mais seu patrimônio artístico, em 2003 foi iniciada a construção de 78 diques flutuantes com base no projeto Mose (Módulo Experimental Eletromecânico). Este sistema fechará a lagoa em caso de excessiva elevação das águas do mar Adriático. Fonte: www1.folha.uol.com.br
Crianças e suas reflexões sobre a morte e a finitude
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Gabriel Alves
Não é fácil quando nos deparamos pela primeira vez com morte, luto e sensação de finitude. A professora Ana Paula Peixoto conta como o assunto foi discutido na sala de aula com crianças de 5 anos de idade e como, de repente, essas inquietações podem se mostrar muito mais fortes e profundas em uns do que em outros.
Por Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., psicopedagoga e jornalista
Um aluno de 5 anos da turma da tarde chegou na sala contando que o avô faleceu. Logo em seguida uma aluna falou:
“Depois que morre a gente não vê mais quem a gente ama!”
E enquanto as outras crianças assentiam com a cabeça e diziam “é”, o Danilo (nome fictício), um outro aluno, pôs-se a chorar. Veja bem, vira e mexe eles contam do avô que morreu, do peixe, do cachorro, da bisa que faleceu… Mas o Danilo não parava de chorar. E, soluçando, me disse, após eu questionar a razão do choro, que estava muito triste porque não ia mais ver os pais.
“Quando eles morrerem, eu não vou ver mais eles?”
E chorava copiosamente. Os colegas logo disseram:
“Quando você morrer você encontra eles no céu!”
“É!”
“Vai virar estrelinha, o meu vô ta cuidando de mim agora”, disse o menino que chegou na sala contando da morte do avô.
“Depois que morre todo mundo se encontra e vê o papai do céu.
O Danilo, porém, não entendia.
“Mas se encontra no céu por que tem que morrer? E se morre, como que encontra depois? Eu vou ver meus pais então?”
A cabeça dele estava a mil por hora. Ele estava tentando entender mais profundamente o que acontecia. Ele já sabia que todos vamos morrer, o que ele não tinha entendido ainda era o “nunca mais vou ver meus pais”. Nunca mais ver quem se ama.
As outras crianças, já distraídas, pegaram seus livros para fazer a lição. O Danilo ainda sofria. Pedi para ele vir para o meu colo.
Eu queria chorar junto com ele. Porque eu era o Danilo. Eu também fui uma criança questionadora. Eu não ouvia a explicação e simplesmente voltava para a rotina. Eu pensava, questionava, queria entender os porquês. “Tia Paulinha, mas se tem duas vidas, se a gente se vê no céu, pra que morrer?”. Ele não parava de questionar.
Quando, enfim, eu o abracei, era como se eu abraçasse a Ana Paula criança. Eu senti a dor dele perfeitamente. Eu também só queria chorar.
Olhei nos olhos do Danilo e não soube perfeitamente o que dizer para acalmar a sua dor da percepção da vida. Mas eu disse que quando eu tinha a idade dele eu era igual. Que eu também sofri e chorei, tive medo, mas que depois eu entendi que o que importa é o momento. Disse pra ele abraçar muito a mamãe e o papai quando chegasse em casa e disse que eles só vão morrer quando eles estiverem beeeeem velhinhos!
Ele secou a lágrima, me deu um abraço e voltou para seu lugar, ainda com a feição de quem não compreendia aquilo totalmente, mas com o coração mais calminho. Eu queria continuar abraçando o Danilo pelo resto do dia.
Hoje foi o dia mais marcante da minha profissão, o dia que eu testemunhei uma criança compreender mais a fundo o que é viver –e a finitude e a incerteza do depois. Fonte: https://cadeacura.blogfolha.uol.com.br
VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO: Ser jovem, negro e sobreviver ao gatilho fácil da polícia do Rio de Janeiro
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Quatro jovens contam a rotina em uma favela carioca, onde a violência policial mata um em cada quatro e alarma até a ONU. “Conhecemos mais gente que morreu pela violência do que quem entrou na universidade”, diz Arthur, de 22 anos
Felipe, Fagner, James e Arthur, com a pesquisadora Camila Barros (ao centro) na favela Maré, no Rio de Janeiro.
O Brasil viveu este domingo atento a seus adolescentes. Cinco milhões fizeram a prova do Enem com os olhos voltados para o ingresso na universidade. Era, sem dúvida, um dia muito importante para todos eles, mas, como quase sempre neste país tão desigual, para alguns era vital. Para os que vivem nas favelas, preparar-se para o exame –nem falemos em tirar boa nota– significa ter acesso a oportunidades que outros já dão como certas. É comprar ingressos para um futuro menos sombrio. “Todo negro de favela sentiu o impacto da violência. Quando você chega a uma certa idade, já conhece mais gente que morreu pela violência do que gente que entrou na universidade”, explica Arthur, de 22 anos.
Jovens como ele –homens, negros, adolescentes ou na faixa dos 20 anos, pobres– são frequentemente o típico alvo da crescente violência da polícia brasileira, a mais letal do mundo, depois da venezuelana. Os policiais foram responsáveis por 11 de cada 100 mortes violentas em 2018. As vítimas de confrontos com as forças de segurança aumentam velozmente. Duplicaram entre 2015 e 2018, quando totalizaram 6.220 pessoas.
Pessoas com o perfil de Arthur, trabalhadores da ONG Redes da Maré, sabem que são alvos por sua cor, seu gênero, e por morar na favela da Maré. Tanto ele como seus colegas que vão à sede desta organização, fundada pelos primeiros estudantes universitários da periferia, para contar suas experiências à visitante. Tanto faz que James, 24 anos, bibliotecário, tenha entrado na universidade aos 17 anos para estudar ciência da computação ou que Fagner, 28 anos, seja um artista plástico que dá aulas de cinema. As letras maiúsculas da camiseta de Felipe, de 21 anos, ilustram o que uma parte do Brasil denomina de genocídio dos negros: “Jovem, negro, VIVO”.
Embora em qualquer canto do Rio de Janeiro se possa comprar maconha ou cocaína, a guerra às drogas é travada nos morros, em favelas como essa. Grupos criminosos dividem o negócio e o controle dos bairros. Em uma terça-feira quente de outubro, vê-se um sujeito com um fuzil sentado em um bar, um jovem vestido apenas com chinelos e um calção de banho, portando uma arma, vende coca por 45 reais por grama, e chama a atenção a tornozeleira eletrônica em outro jovem de short que se refresca em uma ducha na rua.
A altíssima letalidade da polícia brasileira vem de antes de Jair Bolsonaro se tornar presidente com um discurso belicista que proclama que a maneira mais eficaz de combater o crime é com a violência. Essa retórica calou fundo em uma população amedrontada pelo crime. A novidade é que está no topo do poder. De vez em quando, um episódio choca o Brasil. Um músico alvejado com 80 tiros por militares, um estudante atingido por um helicóptero da polícia, seis jovens com tiros na nuca, a menina Ágatha, de oito anos, morta por uma bala...
Enquanto as mortes pelas mãos de agentes do Estado aumentam, os assassinatos em geral diminuem. Ambos os fenômenos não têm ligação, alertam os especialistas. "Nos Estados com mais letalidade policial, a taxa de criminalidade acaba sendo mais alta", enfatiza Daniel Cerqueiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O impacto da violência é enorme. Ele traduz isso em perdas econômicas: “O Brasil, com 2% da população mundial, possui 14% dos homicídios. Isso significa desperdiçar 6% do PIB.”
A insegurança é, ao lado da economia, a grande preocupação de qualquer brasileiro. Por isso, o presidente Bolsonaro não perde a oportunidade de ressaltar que no primeiro semestre de seu mandato os homicídios caíram 22%. Mas o acadêmico é categórico: “O Governo federal não tem absolutamente nada a ver com isso, vem de antes, é um processo. O Governo vai contribuir, de todo modo, para reverter isso com sua política enlouquecida de liberalização de armas e endurecimento das penas, com um sistema prisional como o nosso, que é um caos total”. São prisões, explica ele, que fizeram aflorar 79 organizações criminosas e são o canteiro perfeito para novos recrutas.
"O Rio de Janeiro é o paradigma do que funciona mal na polícia do Brasil, não reflete o país em geral", afirma David Marques, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma ONG criada por acadêmicos, juízes e policiais que desde que coleta e sistematiza os dados colocou a segurança pública na agenda nacional. Em outros Estados, "a retórica é de prevenção e respeito pelos direitos humanos". O Espírito Santo é agora o aluno que está na frente.
O Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, é o epicentro da letalidade policial, com uma em cada quatro mortes nas mãos de agentes em 2018. Em 2019, até agosto, o número foi recorde: 1.249 mortes, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Na zona metropolitana do Rio, a cifra de mortes por policiais chega a 50% do total de homicídios, com o agravante de que nem todos os casos entram na estatística como deveriam, já que isso depende em parte do reporte dos próprios agentes. É um fenômeno que alarma até a ONU e que surgiu antes mesmo de o ex-juiz e ex-fuzileiro naval, Wilson Witzel, assumir o cargo de governador. Witzel pronunciou uma dessas frases difíceis de esquecer: “O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha ... e fogo! Para não ter erro”. Na ocasião da comoção pela morte trágica de Ágatha, Witzel reafirmou o seu compromisso em matar criminosos armados e atribuiu o caso ao crime organizado. "O crime organizado não é maior que o Estado. E nós não vamos permitir que eles continuem zombando das nossas caras, serão combatidos, serão caçados nas comunidades", afirmou o governador, no dia seguinte.
Artur, o jovem de 22 anos, destaca um dos conhecidos que viu morrer. Seu primo Mateus, três anos mais novo. "Tinha 14 anos quando foi executado" sob custódia policial, conta. Havia sido detido, acusado de roubar alguns colares, e levado para a delegacia. A favela da Maré, onde vive e se formou como ativista a vereadora assassinada Marielle Franco, é um desses bairros de frequentes tiroteios e operações policiais. Lugares onde a polícia entra com força total em busca de traficantes de drogas. Pouco importa que moradores morram no fogo cruzado ou o terror que causa às crianças em idade escolar e aos demais moradores. Enquanto dura a operação policial, todos ficam enclausurados.
O Complexo do Alemão, também no norte do Rio, é ainda mais violento. Tão longe e tão perto das praias de cartão postal. Algumas ruelas estão tão marcadas de balas que lembram o Oriente Médio. "Aqui vemos as mesmas armas da Síria, com a diferença de que não entram tanques", afirma Julio César Camilo, 44 anos, presidente de uma associação de bairro. “Não temos o direito de ir e vir. Prometeram para nós que haveria projetos sociais, além da polícia, mas só colocaram o braço armado do Estado ... a qualquer momento há um tiroteio”, explica ele ao lado do esqueleto de um enorme teleférico construído quando da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Um dia, as autoridades o fecharam sem explicação. Até hoje. É quarta-feira. A área está tensa, mas ele revela que “desde a fatalidade da menina Ágatha (morta em setembro) está mais tranquilo”.
Quando irrompe um tiroteio, Roberta, 39 anos, se tranca no banheiro com seus sete filhos. O lugar menos inseguro de sua casa. As balas na sala atestam que às vezes a violência se instala dentro. E narra episódios de abuso policial. "Roubam até o que está na geladeira", diz.
A Redes da Maré lançou mão da engenhosidade –e a técnica jurídica– para reivindicar nos tribunais seu direito à segurança pública. Apresentou "artifício jurídico para que na periferia seja aplicada uma lei que se aplica no resto da cidade". Uma juíza ordenou aplicar o que já está na lei: as operações policiais não podem ser de noite, nem no horário da entrada ou saída das escolas, todo carro-patrulha ou blindado tem que portar GPS e tem que haver uma ambulância e um chefe de polícia que responda pelos agentes. As incursões caíram de 41 para 16 em um ano. Isso foi antes de Bolsonaro e o governador Witzel serem eleitos.
Quando os quatro jovens saem da favela para o resto da cidade se sentem "exóticos", diz James. "Exatamente, essa é a palavra", explica Fagner. “Olham para você o tempo todo", conta o artista. “A polícia me tirou várias vezes do ônibus ou me revistou. Já me abordaram quando eu chegava do trabalho, perguntando o que faço. Ou minha casa foi invadida enquanto eu dormia e me perguntaram o que fazia em minha casa às oito da manhã.”
O mais doloroso para esses homens é que quando crianças eles também viram os traficantes como heróis, cresceram com vizinhos que hoje seguem seus passos em direção ao dinheiro fácil, com a única diferença de que em algum ponto do caminho algo aconteceu. Quer tenha sido o percurso para a prova do Enem ou qualquer outra coisa, seus caminhos se separaram. Fonte: https://brasil.elpais.com
NESTE DOMINGO EM PERNAMBUCO: Carro com seminaristas capota na PE 283. Um é transferido para Recife
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Domingo, 3 de novembro-2019.
Caso que mais inspira cuidados é do serra-talhadense Lucas Emanoel, transferido para o Recife. Apesar da suspeita, seguiu estável para Recife.
Um acidente com um veículo em que seguiam seminaristas da Diocese de Afogados da Ingazeira aconteceu agora a pouco na PE 283, na altura do Sítio Poço da Volta.
Segundo o blogueiro Mário Martins, o veículo, um Pálio placas OYY 1488 perdeu o controle em um ponto da via e capotou. Ele acabou parando virado alguns metros após o local da capotagem.
Todos foram levados para o Hospital Regional Emília Câmara. Dos cinco ocupantes, o caso mais grave é o do seminarista Lucas Emanoel, de Serra Talhada. Ele precisou ser transferido por conta de uma pancada na cabeça e suspeita de traumatismo craniano. Apesar da suspeita, ele seguiu com quadro considerado estável, sem perda de sentidos ou desorientado.
O que se sabe até agora é que o veículo era guiado pelo Diácono Alisson Maciel, que foi ordenado na última quarta-feira em Triunfo. Além dele, mais quatro jovens seguiam no carro. À exceção de Lucas, todos estão sendo cuidados no Hospital Regional Emília Câmara.
O bispo Diocesano Dom Egídio Bispo está em Recife. Ele celebrou na catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios ontem. Comunicado, aguarda a chegada do seminarista transferido.
Há poucos dias, a maioria esteve envolvida na Festa de São Judas Tadeu, organizada pelo seminário. A festa tradicional em Afogados da Ingazeira, reuniu um grande número de fiéis na reta final de outubro. Fonte: http://nilljunior.com.br
Felipe Neto faz acordo na Justiça e terá que gravar vídeo sobre acusações a Silas Malafaia
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De acordo com colunista do jornal O Globo, youtuber deve se explicar em seu canal
Felipe Neto, 31, fez sua fama na internet com vídeos em que criticava todo o tipo de coisa. Com o passar do tempo, angariou críticas por seu temperamento e pelas polêmicas nas quais se envolvia.
Mas, recentemente, caiu no gosto de muitos jovens ao defender publicamente pautas como o ativismo LGBT —após censura de Crivella a beijo gay na Bienal do Rio, por exemplo, o youtuber comprou livros com a temática para distribuição gratuita.
Foi por causa de uma de suas alfinetadas ao conservadorismo que ele se envolveu em uma disputa judicial contra Silas Malafaia, 61, conforme revelou em agosto.
“Silas Malafaia está me processando criminalmente, buscando minha condenação à prisão, simplesmente por eu ter acabado com seu esquema de boicotes a empresas que apoiam causas LGBT. Meu vídeo continua no ar, minha luta contra o processo será até o fim”, escreveu à época
O processo veio na esteira de uma fala de Neto que dizia que Malafaia "explora a fé das pessoas para enriquecer".
Mas agora, de acordo com a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, o imbróglio parece estar no fim.
Youtuber e pastor firmaram um acordo na Justiça para encerrar o processo. Segundo a publicação, Neto tem até a próxima sexta (8) para gravar um vídeo em que diz o seguinte:
"Em acordo na queixa-crime [...], venho esclarecer que: eu critico a postura e não concordo com muitas coisas que o pastor Silas Malafaia fala, mas não posso provar e afirmar que ele enriquece através de fiéis." Fonte: https://f5.folha.uol.com.br
OLHAR DO DIA: O mês acabou...
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No Olhar do dia desta quinta, 31 de outubro-2019- Direto do Carmo da Lapa/RJ- vamos agradecer a Deus por mais um mês e óbvio, conversar sobre os principais fatos e acontecimentos do dia. E vamos que vamos!
OLHAR DO DIA: De tudo um pouco
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No Olhar do dia desta terça-feira, 29 de outubro-2019- Direto do Carmo da Lapa/RJ- vamos falar de tudo um pouco. E vamos que vamos!
Domingo 27: Acidente com ônibus deixa 2 mortos e mais de 50 feridos na Serra de Petrópolis
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Veículo saiu da pista no km 99 da BR-040 e rodovia opera em meia pista. Feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e pela concessionária para dois hospitais em Duque de Caxias.
Por Amaro Mota, G1 Rio e G1 Região Serrana
Um acidente com um ônibus na BR-040, na Serra de Petrópolis (RJ), deixou um homem e uma mulher mortos e mais de 50 feridos por volta das 6h da manhã deste domingo (27).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu no km 99, sentido Rio de Janeiro, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ainda segundo a PRF, o ônibus saiu da pista e bateu contra um barranco.
A via chegou a ser totalmente interditada, mas foi liberada parcialmente por volta das 08h49. Segundo a concessionária Concer, a descida da Serra opera em meia pista, sem retenção.
Helicópteros do Corpo de Bombeiros e ambulâncias da Concer foram usados para resgatar as vítimas, que foram levadas para os hospitais Moacyr Rodrigues do Carmo e Adão Pereira Nunes, ambos em Duque de Caxias.
De acordo com a assessoria do Hospital Moacyr do Carmo, 32 pessoas deram entrada na unidade vítimas do acidente. Dessas, algumas chegaram com ferimentos leves e foram liberadas e outras permanecem internadas.
Outros 24 feridos foram levados para o Hospital Adão Pereira Nunes. Um deles não resistiu e morreu e outras 23 vítimas permanecem internadas. Entre os feridos, estão cinco crianças, uma delas em estado grave.
O grupo participava de uma excursão que vinha de Minas Gerais para passar o domingo em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Uma parte do grupo veio de Belo Horizonte e os outros de Conselheiro Lafayete.
Passageiros do ônibus relataram imprudência e alta velocidade.
“Estava sendo imprudente, andando em alta velocidade desde lá de cima, na curva perdeu o freio, quase bateu na mureta, depois bateu no ônibus e aí sim ele colidiu contra a mureta. Estrago feio mesmo”, lamentou Charleson Oliveira, auxiliar de carga.
Ainda de acordo com Charleson, no momento da colisão ele estava acordado, pois estava apreensivo. “A hora que ele não conseguiu fazer a curva e perdeu totalmente o controle do ônibus, bateu no outro ônibus que estava do nosso lado direito, bateu na mureta, nisso eu segurei no banco da frente, pra mim não machucar, só que o banco arrancou com a pancada e eu voei lá pra frente igual a papel”.
O jovem Cristiano Tuller, 19 anos , que vinha de Minas Gerais com 18 pessoas, entre amigos e parentes, diz que na hora do acidente as pessoas que estavam atrás foram arremessadas para a frente do veículo e sua prima, que estava em uma das primeiras poltronas do veículo e está em estado grave.
“Estava todo mundo dormindo e, quando deu umas 5h30, o ônibus deu o primeiro vacilo. Ele virou e quase bateu em um caminhão, um caminhão-pipa. Depois disso todo mundo ficou acordado. Quando foi sete e pouco, na parte mais alta da serra, ele virou com tudo, quase caiu nessa primeira virada. Quando a gente estava descendo, ele perdeu totalmente o freio. Foi na hora que ele esbarrou no outro ônibus e todo mundo foi pra frente. O motorista faleceu e uma das minhas primas está entre a vida e a morte no hospital”, lamentou.
O G1 tenta contato com a empresa responsável pelo ônibus. Fonte: https://g1.globo.com
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