(Invocar a luz do Espírito Santo: Um canto ou oração ao Divino Espírito Santo)

1- O Sinal dos Tempos que nos provoca

Existe um grande desejo de espiritualidade, tanto no mundo secularizado como nos países do terceiro mundo. A busca de um sentido para a vida leva muita gente a procurar uma resposta nas religiões orientais. De todos os cantos chega até nós o apelo: “Ensina-nos a rezar!” Responder a este apelo exige criatividade. Às vezes, as muitas e necessárias tarefas das nossas atividades pastorais nos impedem de perceber este apelo profundo do coração humano e abafam em nós a criatividade indispensável na busca de formas alternativas de apostolado.

2- O que a Regra informa sobre a Oração

A Regra pede oração pessoal, dia e noite, meditando e vigiando (Rc 10). É como sístole e diástole. Imita a vida dos apóstolos que se “dedicavam inteiramente à oração e à palavra” (At 6,4). Ela pede oração comunitária: o ofício divino, que deve ser oração e não desobriga de consciência. Ela insiste nos Salmos e no Pai Nosso. Os Salmos são o lado orante da história do Povo de Deus. O Pai Nosso é o resumo orante de tudo que Jesus nos ensinou. A Regra pede Eucaristia diária: para que a vida de Jesus entre em nós e que possamos dizer: “Vivo, mas não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). A Regra não pede “orações”, mas pede que sejamos “oração” (Sl 109,4). Alguém pode até rezar muitas orações e não ser uma pessoa orante. O lado orante da vida em obséquio de Jesus tem um tríplice ritmo: Diário: eucaristia, ofício divino, meditar dia e noite. Semanal: revisão de vida para verificar se estamos vivendo realmente em obséquio de Jesus. Anual: seguir o calendário litúrgico desde a festa da Santa Cruz até Páscoa. A Regra quer que vivamos num ambiente de oração.

3- Dois textos da Bíblia para iluminar:

(Fazer a leitura dos dois textos bíblicos. Depois da leitura fazer um momento de silêncio)

 -Lucas 11,1-13: Jesus ensina como e o que rezar

-Filipenses 4,4-7: Paulo sugere como rezar em comunidade

 4- Nossa resposta como carmelitas aos anseios do coração humano

1- Como está sendo minha vida de oração? Irradio algo?

2- Como vivemos a vida orante em nossa comunidade? Somos um sinal?

3- Qual a contribuição da nossa comunidade para o bom êxito do processo capitular?

4-Salmo 63(62): Senhor, Tu és o meu Deus!

Luzes da Bíblia

A oração é a marca da vida de Jesus. Ele aparece rezando em todos os momentos importantes da sua vida: no batismo (Lc 3,21), na tentação no deserto (Lc 4,1-13), antes de um grande milagre (Jo 11,41-42), na alegria de ver Evangelho revelado aos pequenos (Mt 10,21), na noite antes da escolha dos apóstolos (Lc 6,12-13), na transfiguração (Lc 9, 28), na última ceia (Jo 17,1-26), na agonia (Mc 14, 32-39), no sofrimento da cruz (Lc 23,34), na hora de morrer (Lc 23, 46; Mc 15,34). Ele reza por Pedro (Lc 22, 32), abençoa o pão (Mc 6,41), participa das romarias (Lc 2,41-42). Rezando, desperta vontade de rezar nos discípulos (Lc 11,1). Jesus vivia em profunda união com o Pai. Para estar com o Pai e conhecer a sua vontade, passava noites em oração (Lc 5,16; 6,12; Mt 26,39). Sua vida era uma oração permanente: "Eu a cada momento faço o que Pai me mostra para fazer!" (Jo 5,19.30). A ele se aplica o que diz o Salmo: "Eu (sou) oração!" (Sl 109,4).

* CAPITULO GERAL-Setembro 2007. Pistas para desencadear e aprofundar o processo capitular na Ordem