Em entrevista à CBN, presidente voltou a destacar o avanço das investigações

RIO - O presidente Michel Temer garantiu, nesta segunda-feira, que as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes estão 'adiantadíssimas'. Em entrevista à Rádio CBN, Temer também afirmou que, 'em brevíssimo tempo', o caso deverá ser solucionado. Em abril, durante uma homenagem à vereadora, em Brasília, o presidente já havia comentado sobre o avanço das investigações. A vereadora do PSOL foi assassinada há 54 dias, no bairro do Estácio, na Zona Norte, após sair de um evento.

"Tratando-se de uma investigação, você não pode, evidentemente, trazê-la a público. As investigações, notícias que eu tenho recebido permanente, avançadíssimas. Há naturalmente suspeitos, mas não uma definição."

A expectativa é de que, nos próximos dias, a Divisão de Homicídios realize uma reconstituição do assassinato. Segundo o secretário de Segurança, general Richard Nunes, a reprodução vai ajudar na compreensão completa da dinâmica do crime e também para compatibilizar as diferentes versões de todas as testemunhas que já foram ouvidas pela polícia.

Ainda durante a entrevista, Temer voltou a comentar sobre a intervenção federal no Rio e a possibilidade de interrompê-la antes do prazo final.

"A intervenção está prevista até 31 de dezembro, mas nós estamos conversando sobre a hipótese de eventualmente ainda conseguir realizar a reforma da previdência. Então ela (intervenção federal) é até 31 de dezembro, mas pode ser interrompida se realmente ela der todos os resultados", pontuou.

Assim como já havia pontuado o ministro Raul Jungmann, em abril, quando considerou que o aumento da violência no Rio é 'reação' ao 'processo de mudança', Temer disse que o aumento dos tiroteios na Vila Kennedy, na Zona Oeste, por exemplo, é algo "natural".

"Toda vez que se faz um combate duro à criminalidade, existe uma reação, que é esperada. Não é um simples decreto de intervenção que traz paz e segurança a todos, é preciso dar tempo ao tempo. Se houver um plano de que, até setembro ou outubro, as coisas entrem no rumo... Mas é preciso viver esses momentos até lá. Quanto antes cessar a intervenção, melhor, não tenho dúvidas disso", disse Temer durante a entrevista. Fonte: https://oglobo.globo.com