Pai Paulo de Oxalá 

Yemanjá é um dos Orixás mais cultuados e conhecidos dos cultos de matrizes africanas. Uma das grandes razões desta simpatia popular é a imagem utilizada pela Umbanda para representar este Orixá.

Segundo o Ogan e escritor José Beniste esta imagem de Yemanjá usada pela Umbanda, da mulher pairando sobre as ondas, foi criada na década de 50 como uma forma da Dra. Dallas Paes Leme ser homenageada pelo marido. Ela era magra e tinha traços indígenas, por isso o quadro que foi pintado a oléo, era de uma mulher morena de cabelos longos e negros. Este quadro percorria casas e terreiros, dentre os quais o de Benjamin Figueiredo, da Tenda do Caboclo Mirim e a casa de Alziro Zarur que na época era ligado ao espiritismo. Este mesmo quadro foi que deu inicio às giras de fim de ano promovidas pela Umbanda nas praias cariocas e cultuada no dia 02 de Fevereiro pelo Candomblé.

Diferente da imagem de uma mulher magra na Umbanda, no Candomblé Yemanjá é tida como mãe de vários Orixás e é representada pela imagem de uma mulher negra forte e de seios fartos chamada de Olómó (Senhora de grandes seios). Seu nome origina-se de: Yèyé = mãe, Ọmọ = filhos e Ẹja = peixes. "Yemọjá" (mãe dos filhos peixes). Na Nigéria, seu culto é feito na fonte de um afluente do rio Ògùn (nada haver com o Orixá Ògún - Divindade da guerra).

O jeito maternal e o temperamento doce, ajudam a estabelecer Yemanjá, com a imagem de uma mãe enérgica porém bondosa, voltada inteiramente para os filhos.

Fato é que a imagem da Yemanjá brasileira tornou-se tão popular que incorporou-se às nossas tradições servindo como referência ao Culto Afro-brasileiro em várias partes do mundo, incluindo a própria África. Fonte: https://extra.globo.com