Felippe Valadão ficou preso em Jerusalém com mais de 100 fieis. Em lives e cultos, líder religioso de igreja deu crédito da volta ao país ao deputado Áureo Ribeiro

 

 

O pastor Felippe Valadão em live e em culto na Igreja Lagoinha — Foto: Reprodução

 

Luísa Marzullo 

— Rio de Janeiro

Após ter sido resgatado de Israel, onde ficou preso em Jerusalém com um grupo de 103 fiéis, o pastor Felippe Valadão tem dito em cultos e transmissões ao vivo nas suas redes sociais que o presidente Lula (PT) "nada tem a ver" com a sua repatriação. Valadão chegou ao Brasil na última quarta-feira em um voo comercial. No entanto, toda a operação de resgate em Israel, desde o início do conflito com o grupo terrorista Hamas, envolve a coordenação do Itamaraty junto ao Ministério da Defesa.

De acordo com o pastor que lidera a Igreja Batista Lagoinha em Niterói, na região metropolitana do Rio, o responsável por esta repatriação é o deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e não governo federal.

— Eu falei meu amigo, eu nunca pedi nada. Eu só peço a você arrumar um avião. Tira a gente daqui, pelo amor de Deus, dá um jeito. Esse cara (em referência ao deputado Áureo) não dormiu enquanto ele não movimentou o Itamaraty e a FAB para buscar. Quem foi a pessoa que ativou tudo lá dentro foi esse homem. Obrigado meu irmão, obrigado de coração — disse o pastor, durante uma celebração na Lagoinha.

Na campanha eleitoral de 2022, o pastor André Valadão, um dos líderes da Lagoinha, apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), ao mesmo tempo que intensificou críticas ao então candidato Lula. Já Felippe Valadão chegou a declarar em postagem no início do ano passado, que votaria em Bolsonaro por falta de opção, pois o “resto é tudo lixo do mesmo que já tinha antes”.

Além das falas dentro da igreja, no Instagram, o líder religioso repetiu a mesma versão em uma transmissão ao vivo:

—Vou deixar claro que Lula não tem nada a ver com o envio da Força Aérea Brasileira para nos resgatar em Israel. Fomos escolhidos, a nossa caravana, para ir no primeiro voo da FAB. A gente tinha o direito, mas como muita gente perdeu o voo e não tinha condição financeira de comprar outra passagem, a gente optou por deixar que as outras pessoas fossem primeiro — afirmou.

Quando os ataques começaram em Israel, no último dia 7, o grupo de Felippe Valadão ficou preso sem poder sair do hotel, que ficava localizado no Centro de Jerusalém. Os fieis deixaram o estabelecimento apenas no dia 10, quando seguiram para o aeroporto e conseguiram retornar ao Brasil. Fonte: https://oglobo.globo.com