Após o condenar a sete anos de silêncio, finalmente, o Vaticano retirou a punição que pesava contra o biblista e doutor em Teologia Ariel Álvarez Valdés. Mediante uma carta, escrita a punho e letra pelo Papa Francisco, foi comunicado ao teólogo santiaguenho que Roma já não mantém processo algum contra ele. A reportagem é publicada por Religión Digital, 23-07-2016. A tradução é do Cepat.

Como se recordará, em 1997, o cardeal Tarcisio Bertone, então Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, abriu um processo contra Álvarez Valdés, por causa de seus ensinamentos e escritos. Embora Bertone reconhecesse expressamente que os livros do biblista não continham nenhum erro, dizia que provocavam perplexidade e escândalo entre os fiéis.

O tema que, segundo Bertone, resultava mais picante em seus ensinamentos, assim como consta em suas cartas, era a historicidade de Adão e Eva (que Bertone pretendia obrigar Álvarez Valdés a reconhecer).

Finalmente, após doze anos de pressões para que o biblista se retratasse, por causa de sua negativa no ano de 2008, o Vaticano decidiu proibi-lo “ensinar, escrever, publicar, dar aulas e cursos, e falar pela rádio e televisão”.

Isto levou Álvarez Valdés a deixar o ministério sacerdotal para poder continuar ensinando.

Agora, o Papa Francisco, mediante uma carta assinada, comunicou ao teólogo que, “após estudar tudo, deixaram o assunto nas mãos do Bispo local”, de Santiago del Estero. Assim, o Papa reconhece que o Vaticano, que era quem havia questionado o teólogo durante doze anos, punindo-o em 2008, já não mantém ação alguma contra Álvarez Valdés, como veio acontecendo durante todos estes anos. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br