Papa Francisco é o líder mundial com mais seguidores na rede social Twitter, seguido pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que é muito aficionado nesta ferramenta de comunicação, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de acordo com o estudo "Twiplomacia" divulgado hoje pela Burson-Marsteller. A informação é publicada por El Informador, 31-05-2017. A tradução é de Henrique Denis Lucas. O responsável-máximo do Vaticano tem 33.716.301 seguidores em suas contas de nove idiomas, enquanto que o novo líder dos Estados Unidos tem 30.133.036, e o presidente indiano 30.058.659.

Trump está entre um pequeno grupo de líderes que gerenciam sua própria conta do Twitter e seus tuítes geraram 166 milhões de interações com as suas frequentes mensagens polêmicas (alguns "Likes e retuítes") nos últimos doze meses, período que inclui os quase quatro meses desde que ele foi empossado como Presidente.

Assim, o presidente estadunidense supera em quase cinco vezes as 35 milhões de reações que Modi provocou.

"O uso pouco ortodoxo que Trump fez do Twitter durante a sua campanha eleitoral e especialmente desde que tomou as rédeas do país, levou muitos governos do mundo a se perguntar se e como devem tratar @realDonaldTrump" nesta rede social, assinala a consultora no seu relatório.

Alguns líderes, tais como o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o Papa Francisco, têm subtuiteado Trump (uma mensagem que se refere a um usuário específico, mas sem mencioná-lo diretamente), mas apenas três mandatários dirigiram-se ao inquilino da Casa Branca diretamente para repreender suas políticas, incluindo o presidente do México, Enrique Peña Nieto.

O líder mexicano respondeu a Trump no Twitter frente as ameaças que diziam que o vizinho do sul deveria pagar pelo muro que foi ordenado para que fosse construído na fronteira comum.

Além disso, Peña Nieto é o líder latino-americano mais seguido, dado que sua conta @EPN tem 6,3 milhões de seguidores, muito à frente das contas dos presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos; da Argentina, Mauricio Macri; e da Venezuela, Nicolás Maduro, com mais de 3 milhões de seguidores cada um.

Também mostraram o seu rechaço às políticas de Trump a Presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, nesta ocasião, criticando-o por sua postura frente às mudanças climáticas e o Acordo de Paris, e o presidente de Porto Rico, Ricardo Roselló, que respondeu ao presidente norte-americano sobre suas críticas à reforma da saúde referentes ao "Obamacare".

Apesar de sua ânsia de utilizar o Twitter para se comunicar com o mundo, Trump não é o líder mais efetivo na rede social, baseado na média dos retuítes gerados por cada tuíte, mas apenas o segundo, atrás de @KingSalman, da Arábia Saudita (14.456 retuítes contra 13.094 do presidente norte-americano).

O Papa Francisco está na terceira posição com 10.337 retuítes.

De acordo com o estudo, o Twitter é a primeira rede social usada por 276 líderes e governos, assim como por Ministros de Assuntos Exteriores de 178 países, seguido pelo Facebook, com 169 governos com páginas oficiais.

Entre os Ministérios de Assuntos Exteriores, o Departamento de Estado dos EUA tem o maior número de seguidores, com 4,3 milhões, à frente do turco e do indiano, com mais de 1,2 milhões cada um.

No entanto, é o Serviço de Ação Exterior da União Europeia (UE) o melhor conectado com outros ministérios, ministros e líderes (128), seguido pela diplomacia russa e alemã.

Mais de 4.100 embaixadas e 1.100 embaixadores estão ativos no Twitter atualmente, de acordo com o estudo, que indica que entre as contas não-governamentais, a melhor conectada é a @UN.

O estudo também revela que o número de governos que utilizam Periscope, um aplicativo de transmissão de vídeo ao vivo que é propriedade do Twitter, duplicou durante o ano passado porque oferece uma maneira barata de transmitir coletivas de imprensa ao vivo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br