Frei Jorge Van Kampen, O. Carm. In Memoriam (*17/04/1932 + 08/08/2013).
Às vezes encontramos pessoas, que não querem reconciliar-se. Esta atitude torna a vida fria e gelada. Ninguém se sente bem com este comportamento. É sempre um grande acontecimento, quando duas pessoas se reconciliam. Isto traz calor humano. Parece, que a vida torna-se mais leve. Calor, luz, paz, amizade são grandes valores na nossa vida.
Praticamente não podemos viver sem estes valores. Jesus, na sua vida de pregação, toma a reconciliação como base na vida. Jesus sempre se interessou pelos homens, pela convivência entre as pessoas. Jesus sabia valorizar cada pessoa em particular. Ele sofria por causa da frieza das pessoas.
O calor humano contagiou tanto Paulo na sua vida, que fez, que ele renovasse totalmente a sua vida. O seu grande desejo era que o contato com esta nova visão da vida tocasse profundamente as pessoas.
A reconciliação tornou-se difícil em nossos dias. Somos obcecados pelo orgulho, a nossa posição social, pelo dinheiro ou competição. Paulo descobriu a força da reconciliação na vida de Jesus.
Reflexão.
Duas tendências dão vida e vigor à pessoa humana: a busca da comunicação com os outros e do recolhimento em si mesmo. Cada pessoa se torna mais homem ou menos homem dependendo do que cada um tem a comunicar e receber. Lamentamos a fuga apavorada de si mesmo, quando deveria procurar estar com alguém.
A paz menor, tão aspirada, só acontece, quando soubermos construir o equilíbrio entre as duas tendências: a comunicação com os outros e o recolhimento em si mesmo.
Quem seria eu ao comunicar-me com os outros, se dentro de mim tivesse uma vida extravagante? Que poderia eu receber dos outros, se não houvesse em mim um espaço para acolher-me? Jesus cultivou o recolhimento como um meio para sentir a presença íntima do Pai... Só aqueles que amam o recolhimento podem entender, o que significa se comunicar com Deus.
Resposta à Palavra de Deus.
Estamos diante de um dilema: transformar as estruturas pela violência, ou transformar a sociedade pela FÉ. É evidente, que não podemos continuar assim: aumentar a fome e a marginalização da grande parte do nosso povo. Violência gera violência, portanto não vai resolver definitivamente o caso.
O outro caminho é guiar a sociedade, criando melhores condições para ser gente. É um caminho difícil, mas tem a vantagem, que quando surgirem novas estruturas, existem pessoas capazes de viver nelas. Porque elas mesmas as construíram. Para isto devemos saber comunicar: adorar a Deus e não ao dinheiro.