JOÃO XXII
Jacques d’Euse, nascido em Cachors (França), papa de 1316 a 1334. É-lhe atribuída a “Bula Sabatina”, que contém o Privilégio Sabatino, muitas vezes confirmado pelos sucessivos Sumos Pontífices.
CLEMENTE VII
Júlio de Médici, nascido em Florença no dia 26 de maio de 1478; Papa desde 19 de novembro de 1523 a 25 de setembro de 1534. Com a Bula (Ex clementi Sadis Apostolicae” de 12 de agosto de 1530 aprova a Bula Sabatina (Bull. Carm. II, 47).
PAULO III
Alexandre Farnese, nascido em Canino (Roma) em fevereiro de 1478; papa desde 13 de outubro de 1534 a 10 de novembro de 1549. Com a Bula “Provisionis nostrae” de 3 de novembro de 1534 confirma o Privilégio Sabatino (Bull. Carm. II, 68)
SÃO PIO V
Antônio Ghisliere, nascido em Bosco Marengo (Alexandria) em 17 de janeiro de 1504; papa desde 7 de janeiro de 1566 a 1º de maio de 1572. Com a bula “Superma disposiotione” de 18 de fevereiro de 1566 aprova todos os privilégios, indulgências e graças concedidos à Ordem do Carmo, inclusive o Privilégio Sabatino (Bull. Carm. II, 141)
GREGÓRIO XIII
Hugo Boncompagni, nascido em Bolonha a 7 de fevereiro de 1502; papa de 13 de maio de 1572 a 10 de abril de 1585. Com a Bula “Ut laudes” de 18 de setembro de 1577, confirma novamente entre as outras graças concedidas à Ordem do Carmo, o Privilégio Sabatino (Bull. Carm. II, 194). Este Papa mandou que os frades de tal religião (do Carmo) não ficassem sem o Escapulário nem de dia nem de noite tanto para poderem lucrar as infinitas graças e indulgências da Ordem, quanto para a salvação que alcançarão ao morrer aqueles que o vestem” (DIOGO MARTINEZ DE CÓRIA MALDONADO Dilucidário e Demonstração das Crônicas etc. Córdoba 1598 T.p. 465).
GREGÓRIO XIV
Nicolau Sfondrati, nascido em Cremona no dia 11 de fevereiro de 1535; Papa de 5 de dezembro de 1950 a 15 de outubro de 1591. “Por aí se vê que antigamente muitos fiéis procuravam pertencer a esta confraria (...). Isto quase nos tempos de hoje quando o Reverendíssimo Geral João Batista Rúbeo de feliz memória visitou a Espanha e descobriu que o Rei de Portugal, trazia por devoção particular o hábito dos Carmelitas juntamente com inúmeros personagens daqueles Reinos. E que mais? Temos mesmo visto um Nicolau Sfrondato (sic) chamado Gregório XIII (sic; é XIV), Sumo Pontífice de feliz memória, muitos cardeais, bispos e outros prelados da Igreja de Deus serem revestidos e revestirem-se constantemente com um símbolo tão nobre e salutar, por devoção e para honra da nossa Gloriosíssima Padroeira” (PEDRO LUCIUS Compêndio histórico da Ordem etc. Florença 1598 p. 167).
LEÃO XI
Alexandre d’Octaviano de’ Médici, nascido em Florença a 11 de junho de 1535; papa de 1º de abril de 1605 a 27 de abril de 1605. (...) Em seguida sobre Leão, XIº Pontífice com este nome, certo Mestre de Sagrada Teologia, hoje ornado com a dignidade episcopal, deixou-nos escrito as coisas seguintes ouvidas de testemunhas oculares: «Quando Leão XI, já criado pontífice romano, estava sendo despido da veste cardinalícia para ser revestido com a papal, o prelado que o estava vestindo quis tirar-lhe do pescoço juntamente com as outras vestes o Escapulário do Carmo que o Papa trazia desde a infância, dizendo que as vestes pontifícias eram superiores a qualquer outra roupa. O Pontífice o impediu dizendo estas palavras: «Deixa-me Maria para que não me deixe Maria». Como se dissesse: «Pare de tirar Maria de mim, para que Maria não pare de proteger-me»” (SEGERO PAULI Vita Simonis Angli Speculum Carmelitanum II p. 433 n. 1523).
PAULO V
Camilo Borghese, nascido em Roma em 17 de setembro de 1552; Papa de 16 de maio de 1605 a 28 de janeiro de 1621. “Seja permitido aos Padres carmelitas pregar que o povo cristão pode piedosamente acreditar em tudo o que diz respeito à ajuda às almas dos irmãos e irmãs do sodalício da Santíssima Virgem Maria do Monte Carmelo: isto é, que a Santíssima Virgem ajudará as almas dos irmão e irmãs, que morreram cheios de caridade e durante a vida trouxeram o seu hábito (...), com a sua contínua intercessão, com os seus piedosos sufrágios e merecimentos e com especial proteção depois da morte deles, de modo particular no dia de sábado, dia que foi pela Igreja dedicado à mesma Virgem Santíssima. Portanto as imagens, que sobre este assunto costumam ser feitas ou pintadas pelos devotos, de modo nenhum representem a descida da Santíssima Virgem ao Purgatório para libertar as almas, mas estas, pela intercessão da Virgem Bem-aventurada sejam tiradas daquela grande pena para o céu pelas mãos dos anjos”. (Decreto da Sagrada Inquisição [´Santo Ofício] de 20 de janeiro de 1613 (Bull. Carm. I,62 e II, 601), onde se encontra também uma antiga tradução em italiano)
ALEXANDRE VII
Fábio Chigi, nascido em Sena no dia 13 de fevereiro de 1599; Papa de 7 de abril de 1655 a 22 de maio de 1667. No ano de 1655, no mesmo dia em que devia entrar em Conclave, Alexandre VII, Senense, chamado primeiro Fábio Chigi, foi até o Convento dos Carmelitas de Sta. Maria da Transpontina: aí, após fazer a oração, recebeu do Pe. Mário Venturino, Prior Geral de toda a Ordem, o Escapulário Mariano, e foi inscrito na sua confraria: adornado com este distintivo do patrocínio da Mãe de Deus, dirigiu-se para o Vaticano e foi elevado ao Sumo Pontificado pelo patrocínio, como se pode crer, da Mãe de Deus, numa quarta-feira, dia em honra a Virgem Mãe de Deus dedicado à abstinência que o até então Cardeal Fábio Chigi tinha guardado escrupulosamente”. O seu confessor, o Pe. Batista Cancellati, SJ, louva a devoção deste Papa para com Nossa Senhora do Carmo: “Em dia de quarta-feira celebraste a alegria nupcial da luz com a costumada abstinência de carne, como segundo o costume dos Carmelitas, é hábito ser observada em honra da Mãe de Deus pela multidão piedosa dos fiéis, que professam um culto peculiar à Virgem por meio da veste que cobre o peito e as costas como um reconhecimento de servidão” (Pe. Rafael de São José OCD. Signum Salutis (Sinal de Salvação) Linz 1718 p. 626)
CLEMENTE X
João Batista Emílio Altieri, nascido em Roma no dia 13 de julho de 1590; Papa desde 29 de abril de 1670 até 22 de julho de 1676. Com a Bula “Commissae Nobis” de 8 de maio de 1673 confirma as Bulas dos seus predecessores sobre o Privilégio Sabatino (Bull. Carm. II, 596).
CLEMENTE XI
João Francisco Albani, nascido em Urbino no dia 23 de julho de 1649; Papa desde 23 de dezembro de 1700 a 19 de março de 1721. “Mas faz-se conhecer muito melhor tão grande devoção no Pontífice reinante Clemente XI, que Deus conserve por uma longa seqüência de anos para o bem da sua Igreja, pelo fato de que com tão heróica virtude e singular admiração revestiu com o santo hábito da Virgem a uma sua sobrinha; refletindo, porém, consigo mesmo que esta devoção era nativa na casa Albani, e porque todos se gloriam de serem filhos da Virgem Maria do Carmo por trazerem o Santo Escapulário, bem se devia, recolhidos todos em Deus na uniformidade das vontades, fazer tal sacrifício. Acontece, na verdade, que a Virgem por um ato tão heróico, não cessa de prestar a Sua Santidade assistência cada vez mais singular junto ao seu divino Filho, e especialmente em tempos tão necessitados devido a encontrar-se convulsionado o mundo inteiro e toda agitada a pequena barca da Igreja; mas pela bondade divina dotada providencialmente de um piloto tão hábil” (F. ARSÊNIO DE STO. NATÔNIO Impulsos de piedade Roma 1704 p. 98 e 99)
BENTO XIV
Próspero Lambertini, nascido em Bolonha no dia 31 de março de 1675; Papa desde 17 de agosto de 1740 a 3 de maio de 1758. “No decurso do século XIII morreu Simão Stock, Geral da Ordem dos Carmelitas, homem de eminente santidade, a quem muito tempo antes da mote tinha aparecido a Virgem Bem-aventurada e lhe tinha dado o Escapulário como sinal de reconhecimento da Ordem do Carmo e como peculiar garantia da sua especial proteção; mais ainda, depois de cinqüenta anos, a Virgem Santa apareceu também ao Sumo Pontífice João XXII e comunicou-lhe muitas indulgências que ela havia alcançado do seu Filho Jesus Cristo em favor dos irmãos e irmãs da Ordem do Carmo, indulgências que o mesmo pontífice promulgou depois no dia 3 de março de 1322. E este é aquele que se chama Privilégio Sabatino pela razão, que apresentaremos em seguida: e se diz que isto foi sucessivamente confirmado pelos sumos pontífices Clemente VII, Pio V e Gregório XIII. “Diz-se que a Santíssima Virgem, quando deu ao Beato Simão o Escapulário, lhe tenha dito: «Este será para ti e para todos os carmelitas um privilégio: quem morrer com ele não padecerá o fogo eterno... E acreditamos que esta visão seja verdadeira e que deva ser tida como verdadeira por todos ... No Breviário Romano se faz menção dela...”.
“Concorda com este Decreto (o Decreto «Sapientissimo» de Paulo V) tudo o que se encontra nas segundas lições do Ofício do Breviário Romano. De fato lê-se nelas que as almas dos fiéis, que estejam inscritos na confraria do Escapulário e tenham praticado as obras piedosas que ela prescreve, mas tenham caído nas chamas do Purgatório, serão ajudadas pela Santa Virgem de tal modo que, quanto antes libertadas dali possam voar para o céu: todavia a tudo isto se acrescenta esta frase: «como piedosamente se crê».
Além do mais, deve julgar-se em erro quem nega que esta prática de usar devotamente o Escapulário mariano esteja enriquecida de muitas graças pelos Pontífices Romanos e que ainda tenha sido comprovada por muitos benefícios divinos, já que foram superadas, seja com sábios argumentos de homens eruditos, seja por decreto do Romano Pontífice todas aquelas coisas que poderiam criar dificuldade tanto sobre a visão de S. Simão Stock como sobre a Bula Sabatina; ainda mais, posto que, enquanto estavam mais acesas as controvérsias, ninguém nunca ousou reprovar o culto à Bem-Aventurada Virgem do Monte Carmelo, que os Pontífices Romanos enriqueceram com tantas e tão singulares indulgência; e enfim, visto que Deus, por intercessão da Virgem Bem-Aventurada, realizou muitos milagres em favor dos que praticam esta piedosa devoção”.
PIO VI
João Ângelo Braschi, nascido em Cesena no dia 27 de dezembro de 1717; Papa de 15 de fevereiro de 1775 a 29 de agosto de 1799. “Fomos enriquecidos com a honra do sumo pontificado numa quarta-feira do mês de fevereiro passado, dia que é dedicado com um culto especial à Santíssima Virgem do Carmo, de modo que atribuímos ao seu patrocínio a suprema autoridade, que carregamos ...” Alocução do dia 3 de junho aos Gremiais do Capítulo Geral – Atas dos Capítulos Gerais II p.. 434-437
BEATO PIO IX
João Maria Mastai-Ferreti, nascido em Senigália no dia 13 de março de 1792; papa de 16 de junho de 1846 a 7 de fevereiro de 1878.
“Foi-nos grata a vida de S.Simão Stock, que escreveste, tanto mais porque as virtudes admiráveis deste homem e o seu zelo (...) podem não só animar-nos ao culto de pessoa tão grande (...), mas também despertar e promover devoção e atos de piedade para com a Santíssima Virgem, graças aos admiráveis testemunhos de amor que lhe deu a Mãe de Deus, especialmente pelo exímio benefício do santo Escapulário a ele concedido para o bem não somente da família carmelita, mas também daqueles fiéis que desejariam honrá-la com especial veneração juntamente com essa Ordem religiosa (...)” Breve Apostólico do dia 23 de outubro de 1869 sobre a Vida de S.Simão Stock de Alfredo Mombrum Bordéus 1870.
LEÃO XIII
Joaquim Pecci, nascido em Carpineto Romano (Roma) aos 2 dias de março de 1810; papa desde 20 de fevereiro de 1878 a 20 de julho de 1903
“(...) Na verdade o Escapulário do Carmo, que de modo especial recomendam a própria nobreza da sua origem, a propagação extensíssima desde muitos séculos no meio do povo cristão, os efeitos salutares de piedade surgidos por seu intermédio e os insignes milagres que se afirmam acontecidos, parece que necessariamente exige uma distinção honrosa no próprio rito de recepção, de modo que não se imponha unido aos outros nem se confunda com outros escapulários, como se fosse qualquer um deles, mas se imponha aos fiéis separadamente, do modo como se conta que na sua primitiva instituição a Santíssima Virgem o tinha dado ao Beato Simão Stock como distintivo próprio da sua Ordem. Desta maneira se dará, sem dúvida, que conservar-se-á intacta aquela devoção de todo singular, universal e constante de todo o orbe católico para com este escapulário mariano, que quase por antonomásia se chama Escapulário, uma devoção que teve a sua origem legítima no fato de que, como se conta, a piedosíssima Virgem garantiu assegurar favores especiais, graças e privilégios a quem devotamente levar este seu sinal de predileção (...)”. Sobre executar-se o Escapulário da Bem-Aventurada Virgem do Monte Carmelo da entrega simultânea com mais escapulários 27 de abril de 1887. ACTA SANCTAE SEDIS XIX 554-556.
“Para perpétua memória – A fim de que possam crescer sempre mais a devoção e piedade dos fiéis para com a Santíssima Virgem do Carmelo, das quais possam derivar-se frutos abundantes e salutares, condescendendo benignamente com o piedoso pedido do querido filho, Aloísio Maria Galli, supremo moderador da Ordem da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, resolvemos enriquecer as igrejas dos carmelitas com um privilégio especial. Assim, baseando-nos sobre a misericórdia onipotente de Deus e sobre a autoridade dos seu Apóstolos Pedro e Paulo, a todos e cada um dos fiéis de ambos os sexos sinceramente arrependidos e sustentados com a santa comunhão, que visitarem devotamente qualquer igreja ou oratório público tanto de frades como de monjas, seja calçados ou descalços de toda a Ordem do Carmo, em qualquer que seja o lugar onde existirem, no dia 16 de julho de todos os anos, dia no qual se celebra a Festa de Nossa Senhora do Carmo, desde as primeiras Vésperas até o pôr-do-sol de tal dia, e que aí elevarem a Deus preces piedosa pela concórdia dos príncipes cristãos, pela extirpação das heresias, pela conversão dos pecadores e pela exaltação da Santa Madre Igreja, concedemos misericordiosamente no Senhor que, tantas vezes quantas isto fizerem, adquiram a indulgência e a remissão plenária de todos os seus pecados, e que também se possa aplicar a modo de sufrágio em favor das almas dos fiéis cristãos, que se foram desta vida na graça de Deus (...)”. Breve de 16 de maio de 1892 Acta Leonis XIII vol.XII p.128
SÃO PIO X
José Sarto, nascido em Riese (Treviso) no dia 2 de junho de 1835; papa de 4 de agosto de 1903 a 20 de agosto de 1914.
“(...) Todos os fiéis já inscritos ou a inscrever-se no futuro numa regular, como se diz, inscrição em um ou mais escapulários aprovados pela Santa Sé, podem, após a inscrição, em lugar dos próprios escapulários de pano, seja no lugar de um, seja no lugar de muitos, trazer sobre si, ao pescoço ou em outra parte, mas decentemente, uma só medalha de metal, com a qual, observando as leis próprias de cada escapulário, podem participar de todos os favores espirituais (não se excetuando o assim chamado Privilégio Sabatino do Escapulário da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo), e lucrar todas as indulgências anexas a cada um (...)” (Decreto do Sto. Ofício de 16 de dezembro de 1910 Acta Apostolicae Sedis III p. 23)
Por Decreto da Sagrada Congregação dos Ritos, em data de 12 de novembro de 1913, foram aprovadas as Missas próprias de Nossa Senhora do Carmo, isto é, as da Vigília, da Festa e Votiva (Ver sentido do Intróito em Analecta O. Carm. vol.III p.5)
BENTO XV
Giácomo Della Chiesa, nascido em Gênova a 21 de novembro de 1854; papa de 3 de setembro de 1914 a 12 de janeiro de 1922.
“Exortou os jovens do Seminário romano que fossem unidos no espírito, por mais que se estivessem divididos em Seminário Maior e Menor. Dizia: «Por isto queremos deixar para todos uma palavra, uma arma comum: a palavra do Senhor no Evangelho, que agora vos transmitimos, e a arma do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, com o qual estais todos revestidos e pelo qual vos é dada continuamente a proteção da Virgem, até mesmo depois da morte». Em seguida, exortando os jovens a estudar o Evangelho a fim de praticarem unanimemente as sua máximas e a ser devotos da Virgem, terminou dando-lhes a Bênção Apostólica acompanhada de palavras paternais e comovidas” (Alocução aos alunos do Pontifício Seminário romano no dia 18 de julho de 1917 – Osservatore romano).
“Numa breve admonição o Sto.Padre respondeu, dirigindo-se a todos os que ali estavam, e disse que com a sua presença lhe faziam vir como que um eco das devotas orações e louvores que naqueles exatos dias do solene otavário (do Carmo) se elevavam à Virgem do Carmelo na igreja da Transpontina ali próxima e que o faziam saborear a mística fragrância desta festa querida”.
“Depois, tomando impulso nas palavras do Profeta Isaías: «Revestiu-me com as vestes da salvação», se entreteve bastante longamente a falar da admirável eficácia do santo Bentinho do Carmo tanto na ordem física como na ordem moral, recordando, sobretudo, a poderosa ajuda que a Virgem oferece para além do túmulo, no cárcere do Purgatório, a todos que em vida, revestidos com o seu celeste uniforme o carregam com as devidas disposições. Finalmente, depois de ter exortado com palavras ardorosas de modo especial as mães cristãs a se enamorarem do santo Bentinho e a infundirem o seu amor também no coração dos seus filhinhos, Sua Santidade deu a bênção a todos os presentes (...)” (Alocução aos Terceiros Carmelitas no dia 28 de julho de 1917 – Osservatore Romano).
PIO XI
Aquiles Ratti, nascido em Désio a 30 de maio de 1857; papa desde 6 de fevereiro de 1922 a 10 de fevereiro de 1939.
“Ao decorrer o sexto século desde o tempo em que começou a divulgar-se na Igreja o Privilégio Sabatino, pedem-nos para recomendar a devoção à Virgem Maria do Monte Carmelo a todos os católicos que estão pelo mundo, assim como aos sodalícios de leigos, que têm o nome desta Santíssima Virgem. Fazemo-lo com a melhor boa vontade por meio desta carta. Estamos alegres ao poder prestar este testemunho de piedade à Mãe Puríssima de Deus, que amamos de todo o coração desde a infância, e de colocar debaixo do seu patrocínio os inícios do nosso Pontificado. Não há necessidade de alongar-nos em recomendar aqueles sodalícios, que na sua liberalidade a própria Virgem recomenda, os quais nossos predecessores enriqueceram com graças numerosas, e que a solícita caridade dos religiosos carmelitas propagou tão largamente e com tanto fruto pelo mundo. Parece-nos suficiente exortar aos que deram o seu nome a estes sodalícios que com uma atenção constante procurem praticar tudo o que está prescrito pra lucrarem as indulgências concedidas, de modo especial aquela extraordinária chamada Sabatina. Na verdade a Virgem ama aqueles que a amam, e ninguém pode com justiça esperar tê-la como auxiliadora na morte se na vida não tiver merecido esta graça, quer mantendo-se longe da culpa, quer praticando tudo o que redunde em sua honra (...)”. (Autógrafo por ocasião do VI Centenário do Privilégio Sabatino a 18 de março de 1922 – Acta Apostolicae Sedis XIV, 274)
“ (...) Neste campo os Terceiros não terão no seu coração mais do que procurar o crescimento da vossa Ordem, a qual, ilustre pela santidade de tantas pessoas, tende ao seguinte fim, que é pregar e difundir por toda parte a altíssima dignidade da Mãe Celeste, cuja benigna generosidade do Privilégio Sabatino recordais com centenárias comemorações. Portanto, sob tal faustoso auspício, acorram os Terceiros Carmelitas ao Congresso que haverá no mês de dezembro, e de todas as conferências firmem-se sobre aquelas conclusões que, levadas a efeito, façam reviver a piedade dos fiéis para com Nossa Senhora do Carmo e façam crescer de modo maravilhoso o próprio sodalício em toda a República do Brasil com o maior proveito das almas (...)”. (Carta Apostólica de 28 de outubro de 1922 para o Congresso da Ordem Terceira no Brasil – Acta Apostolicae Sedis XIV, 638 e Analecta O. Carm. vol. V, p.55).
PIO XII
Eugênio Pacelli, nascido em Roma no dia 2 de março de 1876; papa desde 2 de março de 1939 e felizmente reinante.
“(...) A Virgem do Carmo, padroeira da gente do mar que entrega todos os dias a sua vida à instabilidade das ondas e do vento!
Deste nosso posto de timoneiro da barca de Pedro, ao sentirmos o rugido da tempestade e ao vermos diante dos nossos olhos inchar-se de raiva o mar com desejo de engolir o nosso batel, tranqüilos e confiantes erguemos os olhos até a Virgem do Carmelo - «Respice stellam, voca Mariam» = «Olha para a estrela, invoca Maria» - e lhe rogamos que não nos abandone. Ainda que o inferno não cesse os seus assaltos e aumentem sempre a violência, a audácia, porquanto contamso com o seu poderoso patrocínio (...)”. (Radiomensagem à Colômbia a 19 de julho de 1946 – Acta Apostolicae Sedis XXXVIII, 34).