Após uma pregação do Evangelho de três anos Jesus entra em Jerusalém pela terceira vez. Com muito jubilo e alegria foi recebido. Parecia, que todos começavam a reconhecer a finalidade sublime da missão de Jesus. Mas reconhecimento e descaso andam juntos. Numa semana acontecem fatos dolorosos em torno de Jesus.
De fato a mensagem da Salvação de Jesus trazem sofrimento e desprezo para alcançar a nossa Salvação. Jesus tinha consciência da sua morte na cruz, mas não quis fugir dela. Ele não procurou fama ou honrarias. Jamais se desviou das ameaças e violências, nem da morte.
A Semana Santa vai provar a Sua decisão. Jesus era fiel à Palavra de Deus Pai, que Ele anunciava com toda a firmeza. Esta Palavra o chamou também à fidelidade total e radical; vai até a morte da cruz. Jesus não escondeu este caminho aos seus discípulos, quando os convidou a tomar a sua cruz e segui-lo. Por isso o Domingo de Ramos não é o fim. Jesus mesmo há de dizer a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo”. O Reino de Jesus é o Reino de Deus, onde há lugar para todas as pessoas, que O querem bem.
A morte de Jesus parecia o fim da novela. A última cena: uma mãe em pranto. Algumas amigas dela com aromas. Em um dos canais, a novela termina com um dos amigos de Jesus, pendurado numa árvore. Em outro canal a última cena mostra um soldado romano, que sob o impacto do acontecimento brada em alta voz: ”Este homem é realmente o filho e Deus”. Mas ninguém tomava a sério este grito, sob o impacto do engano do engano. Ele que salvou outros, não podia salvar-se a se mesmo. Coitado! Grita ainda por Elias. Os graúdos, ao pé da cruz, tiveram dó de tanta ingenuidade. E mesmo sem a ressurreição a gente nem teria sabido, que Jesus de Nazaré era realmente durante todo o tempo da Sua vida, o Filho de Deus.
Matando Jesus, tentavam-se destruir Jesus como um ídolo a imagem de Deus vivo, que ele pregava. Ressuscitando-o da morte, Deus o colocou no meio de nós, como imagem de Deus verdadeiro, e quebrou todas as nossas imagens de Deus como ídolos vãos.
Celebrar a Semana Santa é converte-se dos ídolos vãos ao Deus vivo e verdadeiro, que quer abrir os olhos, para que morra em nós o homem velho e nasça o homem novo. Este sabe que, quando ele vive e morre com Jesus e como Jesus, será com Ele ressuscitado. Devemos, pois, desconfiar profundamente de uma Semana Santa, cujo ponto culminante e final, é o descimento da cruz e a procissão do Senhor Morto. Para os fariseus, escribas, anciãos e sumos sacerdotes era esse o fim. Para nós o Senhor Ressuscitado, a quem devemos nos converter para encontrar-nos com aquele Deus, que o tirou do túmulo e o fez sentar à Sua direita no céu.