Frei Carlos Mesters, O. Carm.

Naquele século XII, época da origem da Família Carmelitana, havia muitos escapulários. Um deles era o escapulário do Carmo. O escapulário era uma espécie de avental ou manto, usado pelos camponeses de um determinado lugar ou fazenda, para expressar sua pertença à família do dono daquele lugar. A veste do escapulário era um sinal visível da família, a que eles estavam ligados. Conferia identidade às pessoas e as integrava num determinado grupo social ou comunidade.

O escapulário era expressão da garantia de proteção que os camponeses recebiam do dono do lugar (feudo, fazenda) e da sua esposa, chamada a “Senhora do Lugar”. Era expressão também do obséquio ou serviço que eles deviam prestar ao fazendeiro e à “Senhora do Lugar”.

Os primeiros carmelitas, porém, abandonaram o seu feudo na Europa e foram  para a Terra de Jesus. Queriam viver em obséquio de outro dono, Jesus; e de outra Senhora do Lugar, Maria, a Mãe de Jesus. O Escapulário do Carmo é a expressão visível deste novo jeito de viver o Evangelho. Manto de proteção e de compromisso.