Antes de rezar a oração mariana do Angelus, nesta quarta-feira de sol na praça São Pedro, o Papa falou aos fiéis sobre as analogias na vida de Estêvão e de Jesus.
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Ainda no clima de alegria pelo anúncio do nascimento de Cristo, a Igreja celebra neste dia 26 de dezembro-2018, a festividade de Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir, perseguido e morto em Jerusalém.
Antes de rezar a oração mariana do Angelus, nesta quarta-feira de sol na Praça São Pedro, o Papa falou aos fiéis sobre as analogias na vida de Estêvão e do próprio Jesus. Ambos entregaram seu espírito a Deus no momento da morte: Estêvão ao ser lapidado, e Jesus na cruz.
Entregar-se a Deus com confiança
“O comportamento de Estêvão que imita fielmente o gesto de Jesus é um convite a cada um de nós a receber com fé, das mãos do Senhor, aquilo que a vida nos oferece de positivo e de negativo".
Nossa existência não é marcada apenas por circunstâncias felizes, mas também por dificuldades e perdas; mas a confiança em Deus nos ajuda a acolher os momentos fadigosos e a vivê-los como ocasião de crescimento na fé e construção de novas relações com os irmãos. Trata-se de abandonar-nos nas mãos do Senhor, que sabemos ser um Pai rico de bondade com seus filhos”.
Saber perdoar e rezar sempre
A segunda atitude indicada por Francisco como comum entre Estêvão e Jesus foi o perdão. Nenhum dos dois maldisse seus perseguidores, mas rezaram por eles. “O perdão engradece o coração, gera partilha, doa serenidade e paz. O protomártir Estêvão nos aponta o caminho a percorrer nas relações interpessoais de família, na escola e no trabalho, na paróquia e nas comunidades".
“ A lógica do perdão e da misericórdia é sempre vitoriosa e abre horizontes de esperança; mas o perdão se cultiva com a oração, que nos permite fixar o olhar em Jesus ”
Terminando, o Pontífice lembrou que é a oração que nos fortalece, e por isso, temos que pedir sempre ao Espírito Santo para que derrame sobre nós o dom da força, que cura nossos medos, nossas fraquezas, nossa pequenez. “Invoquemos a intercessão de Maria e de Santo Estêvão. Que nos ajudem a entregamo-nos sempre mais a Deus, especialmente nos momentos difíceis, e nos ampare no propósito de sermos homens e mulheres capazes de perdoar”.
Após conceder a bênção a todos os presentes e a nós, que a recebemos pelo rádio e TV, Francisco agradeceu as mensagens e votos pelas festividades de Natal chegadas de todas as partes do mundo, pediu a todos que rezem por ele e, desejando como sempre ‘bom almoço’, se despediu dos féis. Fonte: www.vaticannews.va