Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Padre Carmelita e Jornalista.

Comunidade Carmelitana da Vila Kosmos- Vicente de Carvalho, Rio de Janeiro. Segunda-feira, 19 de agosto-2024.

 

Você, sim, você mesmo! Quer entrar para o Convento, Mosteiro, Seminário ou Comunidade de Vida para conviver com Santos?! Ai, ai. Cai fora enquanto é tempo! Em tais casas de formação você vai se deparar com seres humanos cheios de defeitos, tais como; Arrogância, vaidade, autossuficiência, sede de poder, falsidade, rede de mentiras e intrigas, balacobaco e fuzuê. Escandalizado! Então morra e procure uma vida perfeita no céu- isto se você for para o paraíso- ou seja, somos seres limitados, imperfeitos e buscamos a perfeições nas quedas e peripécias da vida.

Se tais jovens fossem reclamar no “procon” vocacional, tais Ordens Religiosas, Comunidades de Vidas, Mosteiros e Seminários, já estariam pobres sem ter onde “cair morto”. Em outras palavras, estou querendo dizer que em tais comunidades apresenta uma realidade falsa. Se fala muito em oração, fraternidade e contemplação e finge viver uma vida perfeita e de santidade- muitas vezes com mensagens vocacionais angelicais- e a vida não é lá tão angélica!

Viver “fora” do convento e de tais casas de formação é muito duro. Sobreviver enfrentando as balas perdidas, os arrastões, os assalto e a violência diária  não é fácil, conseguir vencer na vida neste mundo competitivo e desumano é uma eterna guerra é só vence quem é forte e criativo em suas ações e, muitas vezes- cansados desta competividade- tais jovens procura seguir uma caminhada vocacional fora desta verdade cruel do toma lá dá cá. Pensam eles que, enquanto frades, freiras, monges, seminaristas ou missionários, estão “foro do mundo” dentro de uma realidade sacral e imaculada.

Na maioria das vezes- 99, 9% - de quem procura seguir uma vocação religiosa ou sacerdotal veio de uma comunidade pobre só que, encantados com a estrutura da instituição, tornam-se burgueses com o “rei na barriga”. O Sumo Pontífice, o Papa Francisco, diversas vezes fala no “sentir o cheiro das ovelhas”, ou seja, tais consagrados saíram do povo e devem às 24 horas está em contato com o povo, caso o contrário, tornam-se “detentores do sagrado” e verdadeiros estrupícios e ditadores. 

Não podemos esquecer que a vida de uma casa de formação é muito mais que uma mera devoção e amor ao fundador ou a Nossa Senhora- Muitas vezes falsa- e descomprometida com o Evangelho e com os Pobres. As vezes nos deparamos com verdadeiros “anjos” de Deus em tais casas, mas na verdade, estão decaídos; verdadeiros devotos de Santa Teresinha do Menino Jesus que exalam rosas no falar, mas na verdade são incapazes de amar e serem irmãos e amigos de caminhada. Enfim, nós- todos nós- que já estamos na caminhada, precisamos nos penitenciar e parar dessa falsa santidade que nem o diabo aguenta. E tenho dito!