Santo Antão, Abade.
-Santo Antão nasceu em 252, no Egipto Médio. Os seus pais eram ricos proprietários rurais. Quando tinha 20 anos, ao entrar numa igreja, ouviu proclamar Mt 10, 21: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens...” Fulminado pelo convite de Jesus, vendeu os campos recebidos em herança, reservando uma parte deles para a sua irmã, e iniciou a vida ascética. Primeiro juntou-se a um velho monge, perto da sua aldeia. Depois, encerrou-se num sepulcro cerca de 13 anos. Empenhou-se ainda mais na luta ascética, fixando-se num fortim abandonado, onde permaneceu vinte anos. Em 306, deixou o seu retiro aceitando receber discípulos. Para escapar aos malefícios da fama, que começava a rodeá-lo, refugiou-se no monte Kolzum. Aí morreu a 17 de Janeiro de 356, com a idade de cento e cinco anos, muitos dos quais passados a ensinar os anacoretas, a curar os enfermos, e a refutar os hereges. Embora rigorosamente não tenha sido o primeiro monge o seu ministério carismático e autorizado fez dele, para sempre, o pai dos monges. A sua vida, escrita pelo seu contemporâneo e amigo, Santo Atanásio, tornou-se a “primeira regra” para quem optava pela vida ascética nos ermos.
Evangelho: Mc 2, 23-28
-Este breve texto realça a autoridade definitiva de Jesus e um dos princípios centrais do Evangelho: a libertação da «alienação legal». Como dirá S. Paulo, Cristo veio libertar o homem da tirania da Lei (Rom 3, 20; 4, 13; 6, 14; 8, 2; Gal 1, 4-5, etc). A autoridade do «filho do homem» é uma autoridade em favor do homem.
-O Evangelho transcende a «ordem estabelecida». O cristão relativiza a ordem legal quando ela não está «em função do homem».
OLHAR DO FREI PETRÔNIO: Portanto, toda religião-Lei- que oprime, aliena e gera perseguição e morte não passa de fanatismo religioso. Ele, Jesus Cristo, veio gerar vida e não uma religião ultrapassada, conservadora e fechada em muros conventuais e paroquias.