Entidades pedem que eleitores denunciem assédio eleitoral

 

AMERICANA (SP)

O caso de um empresário que apareceu em vídeo coagindo funcionários para que votassem em Jair Bolsonaro (PL) chamou a atenção para o assédio eleitoral às vésperas das eleições 2022.

No vídeo, o dono da empresa Cerâmica Modelo, em São Miguel do Guamá (PA), prometia R$ 200 para os empregados em caso de vitória de Bolsonaro e dizia que mais da metade das empresas do município fechariam se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhasse.

Após investigação, Maurício Lopes Fernandes Júnior fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho em que teve que gravar um vídeo pedindo desculpas, pagar pagar indenização de R$ 2 mil para cada um dos funcionários, assinar a carteira de trabalho dos que não tinham registro, fornecer EPI’s (equipamentos de proteção individual) e desembolsar R$ 150 mil por dano moral coletivo.

A coação ou assédio para influenciar o voto podem ser enquadrados no artigo 301 do Código Eleitoral. A legislação prevê pena de até quatro anos de reclusão e pagamento de multa para quem "usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido".

A Folha quer saber se você, leitor, passou por uma experiência semelhante. Foi ameaçado ou recebeu promessas em troca de seu voto em determinado candidato?

Conte para nós neste formulário. Será possível anexar fotos ou documentos que comprovem o caso. Fonte: www1.folha.uol.com.br