"Os bispos reunidos em Aparecida darão uma palavra ao povo brasileiro que vive uma situação difícil", disse o arcebispo de São Paulo.
Silvonei José – Aparecida
Teve início na manhã de ontem (11/04) a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O primeiro ato dos trabalhos foi a Santa Missa presidida pelo arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, no Santuário Nacional de Aparecida.
Cerca de 400 bispos participaram da Celebração Eucarística de abertura, no Altar Central do Santuário.
O principal evento da Igreja Católica no país reune até o dia 20 de abril, cardeais, arcebispos, bispos administradores de dioceses, arquidioceses e prelazias para a discussão de importantes temas como a situação dos seminários, traçando diretrizes para a formação de novos presbíteros e a formação permanente dos sacerdotes.
Encontro na "Casa da Mãe"
Durante a Missa de abertura da Assembleia, Dom Sérgio da Rocha enfatizou a importância de iniciar o encontro dos Bispos na Casa da Mãe Aparecida com uma Eucaristia, que é sustento da vida de todo o cristão. “Essa Celebração Eucarística é o primeiro ato da Assembleia Geral e assinala a recordação que a Eucaristia é o sustento da nossa vida e a fonte da comunhão desses dias da Assembleia e de toda a nossa vida, afim de que nossas ações sejam realizadas em Deus”.
O presidente da CNBB também lembrou que é por meio da oração que os desafios para a realização da missão da Igreja nos dias de hoje serão superados, enfatizando que “Não podemos desanimar... as dificuldades não devem impedir o anúncio da Palavra de Deus”.
Com a conclusão das discussões da 56ª Assembleia Geral a expectativa é que as percepções integrem um texto base que será apresentado à Congregação para o Clero do Vaticano, onde deve ser referendado, e se tornará um documento da CNBB que orientará a formação dos novos presbíteros no Brasil.
Sínodo dos Bispos
Ainda durante a Assembleia haverá a eleição dos delegados e suplentes para a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro deste ano, no Vaticano.
Após a Santa Missa os bispos se reuniram para a sessão de abertura, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, local onde os trabalhos se realizarão ao redor do tema central da formação dos presbíteros na Igreja do Brasil.
Durante a sessão de abertura, Dom Sérgio da Rocha destacou que a Assembleia é sempre uma experiência privilegiada de oração, partilha fraterna, estudo e reflexão para fortalecer a comunhão entre os bispos, para melhor servir as Igrejas particulares, ou seja, um tempo especial de participação em vista da missão da Igreja no Brasil.
Ele também ressaltou que o Papa, em audiência pessoal, disse para “continuarmos firmes na missão, confiando a esperança e permanecendo unidos”. “Agradecemos o Papa pelo apreço à Conferência brasileira e pela última Exortação Apostólica ‘Gaudete et Exsultate’. Convivamos na santidade”.
Valorizar a missão da Igreja
Dom Sérgio não deixou de lembrar que a 56ª AG, realiza-se no Ano do laicato, buscando valorizar sempre mais a missão dos leigos na Igreja, como sal da terra e luz do mundo.” Buscamos apoiar cada vez mais a vocação e a missão dos leigos, pois precisamos de um laicato atuante na Igreja e na sociedade”.
O Cardeal também recordou outros temas que serão debatidos, como, por exemplo a realidade social, as eleições no país e a eleição dos delegados para o sínodo dos bispos em Roma, que tratará de jovens, fé e discernimento vocacional.
O presidente da CNBB, fez questão de pedir orações pela restauração da saúde do secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, e informou a nomeação do bispo auxiliar de São Luis do Maranhão, Dom Esmeraldo Barreto de Farias, como coordenador dos trabalhos, auxiliado pelo arcebispo-coadjutor de Montes Claros, Dom João Justino de Medeiros Silva.
Presente também na abertura dos trabalhos, Dom Giovane Danielli, Núncio Apostólico no Brasil.
Nesta quinta-feira teremos a análise da Conjuntura social e eclesial e a apresentação do tema central.
Temas da Assembleia
O tema central: “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. Além desse assunto, os bispos vão tratar de vários outros temas. Entre eles, estão: Texto sobre novas comunidades, Estatutos da CNBB, Pensando o Brasil: Estado laico, Ano do Laicato, Sínodo da Pan-Amazônia e indicações para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) que serão renovadas em 2019. Fonte: www.vaticannews.va