Dedicar o mês de maio – também chamado de “mês das flores” no hemisfério norte – à Maria é uma devoção arraigada há tempos. Em seu livro “Maio com Maria”, recentemente publicado pela Editora “Edições CNBB” o arcebispo de Teresina, dom Jacinto Brito, revela que esta tradição já era costume desde o século XVIII.

O fato é que a Igreja sempre incentivou essa devoção. Exemplo claro disso é a concessão de indulgências plenárias especiais e referências em alguns documentos do Magistério, como a encíclica “Mense Maio”, do papa Paulo VI, publicada em 1965. O papa João Paulo II também já falava em suas audiências sobre tal devoção. “De fato, este é o seu mês”, dizia.

Não tão distante da realidade brasileira, em 2016 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu convocar o Ano Nacional Mariano com o objetivo de celebrar, fazer memória e agradecer pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no rio Paraíba do Sul, em São Paulo. A iniciativa teve início no dia 12 de outubro e seguiu até 11 de outubro de 2017.

Segundo dom Jacinto Brito, a atitude da CNBB em proclamar o Ano Mariano confirmou a experiência pastoral que envolve a todos: “Maria é um caminho seguro de evangelização!”. O bispo também fez questão de destacar que as Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, tais como Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida primaram em demonstrar o potencial da piedade popular.

“Quantas dioceses, paróquias, igrejas e até pequeninas capelas lhe são dedicadas! É difícil encontrar um lar brasileiro sem uma imagem de Nossa Senhora! Quem não aprendeu na mais tenra infância, no colo da mãe, a ‘Ave-Maria’”?, questiona o bispo na apresentação de seu livro.

Continuando o louvor das gerações, dom Jacinto no exercício do ministério que lhe foi confiado achou que seria oportuno apresentar Maria aos fiéis, por meio de seu livro “Maio com Maria – Quem é esta mulher?”. “Eis porque os fundamentos dos trinta e um encontros deste livrinho é a Bíblia-Sagrada, comentada pelos Santos Padres, os Santos e o Magistério da Igreja”, explica o arcebispo.

À luz de sua prática pastoral, dom Jacinto percebe que o mês de maio é um veículo natural para o seu projeto. Afinal, de acordo com ele, quando em 1725, o padre Jesuíta Antônio Dionísio iniciou esse costume, a partir de então, a prática do mês de maio não cessou de crescer e lançar raízes. “De fato, Deus nos procedeu em seu amor a Maria! Rezando, escutando e meditando neste mês de maio as maravilhas que ele operou em sua humilde serva, ganhamos mais razões para amá-la, conhecendo-a através de seu divino Autor!”, enfatiza.

O livro é composto por 31 roteiros, um para cada dia do mês de maio, levando a refletir por meio de cada um dos temas tratados, sobre “quem é esta Mulher”. Fonte: http://www.cnbb.org.br