(No domingo, dia 27, participe da Santa Missa na Igreja do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro, com Frei Petrônio de Miranda, às 8hs)

Podemos dizer que a experiência de Tomé, que é também a nossa, tem um valor importante para a Igreja de hoje. A este respeito, gostaria de compartilhar os comentários do exegeta francês Jean Debruynne: “Deste ponto de vista, Tomé nos presta um grande serviço: as perguntas que ele faz em voz alta, são as mesmas que nós fazemos em voz baixa. Tomé nos tranquiliza, uma vez que ele, um incrédulo, chega à experiência da fé. Isso deveria nos livrar de muitas das nossas dúvidas. Não precisamos refazer a busca, Tomé já a fez! Mas este pedido de Tomé de querer colocar os dedos nas chagas das mãos e dos pés de Jesus e suas mãos na chaga do seu lado, não é apenas expressão do ceticismo; é também uma afirmação muito importante para a nossa fé: o Jesus ressuscitado ainda traz as marcas e as chagas da sua paixão. A ressurreição de Jesus não o fez retroagir ao passado, como se sua morte nunca tivesse acontecido. Pelo contrário, venceu a morte e ainda traz as marcas da crucificação.

O Jesus ressuscitado não virou anjo; ele continua sendo homem. A ressurreição de Jesus muda o nosso olhar sobre o homem. As chagas de Jesus dizem que o ressuscitado carrega em si todas as chagas de todos os humilhados do mundo. Elas dizem também que nenhuma chaga, por mais injusta e humilhante que seja, pode nos impedir de nos tornarmos pessoas de cabeça erguida no coração do mundo. De agora em diante, nenhuma das nossas chagas pode nos impedir de ser livres: Jesus ressuscitado é, em primeiro lugar, aquele que carrega as chagas da nossa condição humana. De maneira clara, não esperemos nos livrar dos nossos males para vivermos de cabeça erguida. Jesus ressuscitou e é hoje que, mesmo com as nossas chagas, podemos nascer para a liberdade.”...

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