Padre José Assis Pereira, João Pessoa/PB.

A solenidade litúrgica da Santíssima Trindade deste domingo guarda uma clara relação com a de Pentecostes, celebrada no último domingo e marca a retomada da segunda etapa do Tempo Comum do Ano Litúrgico.

Hoje celebramos o centro do cristianismo, um mistério, que distingue a religião cristã de todas as outras religiões. Uma verdade fundamental da fé, que expressamos inúmeras vezes por palavras e gestos na sagrada liturgia.

A solenidade da Santíssima Trindade é, antes de mais, um convite a descobrir o verdadeiro rosto de Deus. Deixemo-nos questionar hoje por Moisés: “Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe…? Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações…?” (cf. Dt 4,32-34) e ainda: Em que Deus acreditamos? Qual a imagem de Deus que temos? Qual o rosto do nosso Deus? Qual a imagem do Deus que adoramos? Qual a relação de Deus com os homens? Este Domingo deve ser, sobretudo, para a contemplação e à adoração de um Deus que se apresenta como o único Deus: “Reconhece, pois hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele” (Dt 4,39). Trata-se de um Deus impessoal, mas não abstrato, o absoluto, um Deus próximo, um Deus que fala, mantendo-se transcendente, mas ao mesmo tempo imanente na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, mantendo-se único nesta unidade do Espírito que é o Amor. É assim o Deus de Israel e o Deus dos cristãos, sua natureza divina é o Amor, para Ele amar e existir é a mesma coisa. Fonte: https://paraibaonline.com.br