Após declaração do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), dada à Itatiaia na manhã da última terça-feira (2), de que "a pastoral tem que cuidar de pedofilia de padre", a Arquidiocese de Belo Horizonte emitiu uma nota se posicionando e explicando a ação e o trabalho das pastorais. 

A afirmação do político foi feita quando questionado a respeito da atuação mais firme da administração municipal para a retirada de moradores de rua, que gera resistência tanto dos próprios moradores quanto de instituições, como as pastorais.

A arquidiocese disse que a Igreja se preocupa em cuidar de seus membros e entende que, assim como qualquer outra organização social, enfrenta problemas.  "A Igreja zela por todos os seus agentes, investindo na qualificação espiritual e humana dos padres, consagrados e consagradas, cristãos leigos e leigas. Nesse trabalho, enfrenta os desafios existenciais, disciplinadamente, com adequado tratamento de cada situação, certa de que os problemas humanos não são apenas circunscritos à Igreja, mas também desafios para as famílias e outras instituições".

Leia a nota na íntegra:

A Arquidiocese de Belo Horizonte, para superar qualquer declaração equivocada, como a recentemente veiculada na imprensa, que desconsidera todo o bem promovido a partir do trabalho solidário das pastorais sociais, esclarece: pastoral é cuidado, por compromisso de fé e fidelidade no seguimento de Jesus Cristo. Importante sublinhar que a Arquidiocese de Belo Horizonte congrega aproximadamente 1500 comunidades de fé, na Capital Mineira e em sua região metropolitana, totalizando 28 municípios. Cada uma dessas comunidades tem trabalhos caritativos, de promoção humana e social, dedicados aos mais pobres, em lugares que, muitas vezes, não contam com a presença do poder público. Muito necessário também é sublinhar a importância das pastorais sociais que, somente em 2017, realizaram aproximadamente 104.000 atendimentos – amparo às pessoas pobres, em situação de rua, às crianças de vilas e favelas, idosos, enfermos. Para a Igreja, fé, caridade e solidariedade são indissociáveis. Por isso, preservando o diálogo, as pastorais sociais e comunidades de fé da Arquidiocese continuarão trabalhando, incansavelmente, na promoção da justiça e da fraternidade. Assim, a Igreja Católica, com muita seriedade, promove a vida, em todas as suas etapas, defendendo-a, desde a fecundação até a morte com o declínio natural.  

A Igreja também zela por todos os seus agentes, investindo na qualificação espiritual e humana dos padres, consagrados e consagradas, cristãos leigos e leigas. Nesse trabalho, enfrenta os desafios existenciais, disciplinadamente, com adequado tratamento de cada situação, certa de que os problemas humanos não são apenas circunscritos à Igreja, mas também desafios para as famílias e outras instituições. A Arquidiocese de Belo Horizonte reafirma, ainda, sua reverência aos cristãos leigos e leigas, padres, religiosos e religiosas, que amparam o povo pobre, em todos os lugares, especialmente o amado povo que vive nas ruas da cidade.Fonte: http://itatiaia.sili.com.br