Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós-graduado em marketing, dizia mais ou menos o seguinte:
Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas a ausência de vida e isso é um erro existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia. Morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação.
Não existe planta sem a morte da semente.
Não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma.
Não existe borboleta sem a morte da lagarta.
Isso é óbvio. A morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.
Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.
Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. E após formado, aí sim, você deverá se atirar com tudo o que tem naquilo que vai fazer, não perdendo tempo nem desperdiçando oportunidades, pois quanto antes você dominar e saber exatamente o que vai fazer é bom para você e para aqueles para quem trabalha.
Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém.
Quer ter boas amizades? E
ntão mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. Respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos.
Quer ser útil na sua comunidade? Então prepare-se para “doar-se” inteiramente a uma causa humanitária sem retorno ou esperanças de grandiosidade. Você só participa realmente, colaborando de alguma forma física ou mentalmente. Quando sair de casa para participar de qualquer reunião, prepare-se para sugerir mas já certo que vai ajudar naquilo que propôs. Se vai para criticar ou julgar, também é necessário a sua participação na resolução do problema senão a sua participação é superficial, pois estará propondo trabalho para as outras pessoas e você volta para casa tranqüila e sem nenhum compromisso e ainda se acha no direito de cobrar das pessoas aquilo que não ajudou. Deve morrer para as palavras “não posso”, “não vai dar certo”, “já tenho compromisso”, “não vai dar tempo”. Se você não pode ajudar, também não deve desestimular as pessoas de tentarem fazer alguma coisa. Não haja como aquela pessoa que não podendo fazer, também não quer que nada seja feito ou aconteça, ou que tudo deve ser feito de maneira simples, banal, sem responsabilidade, sem ordem, sem organização.
Enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior
e qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso.
Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam e acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos infantilizados.
Podemos até agir, às vezes, como meninos, mas com brincadeiras, sorriso fácil, vitalidade, disposição, tolerância, criatividade, etc.
Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agir como adultos.
Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o "egoísmo" é o "egocentrismo", para que nasça o ser que você tanto deseja ser.
Pense nisso e morra. Mas, não esqueça de nascer melhor ainda .
O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.