"É preciso conter e apagar o fogo que vai avançando com poder destruidor, e assim salvar o Pantanal", escrevem os bispos dos Regionais Oeste 1 e Oeste 2 da CNBB.

 

Vatican News

Através de uma carta aberta, os Regionais Oeste 1 e Oeste 2 da CNBB registram profunda preocupação com as queimadas no Pantanal.

“Manifestamos nossa solidariedade e compromisso com todos que estão sensibilizados e envolvidos com a causa ambiental: militares, bombeiros, brigadistas, servidores e voluntários, bem como os irmãos e irmãs ribeirinhos, pantaneiros e indígenas, que dependem diretamente deste bioma para sua sobrevivência”.

Na região, há cinco dioceses pantaneiras: Corumbá/MS, Jardim/MS, Coxim/MS, São Luiz de Cáceres/MT e Rondonópolis/Guiratinga/MT.

 

Pedido de socorro

Os bispos lamentam o “desmonte das instâncias de fiscalização e punição” e denunciam “as providências insuficientes e tardias que favorecem este incêndio sem controle e que está queimando tudo e matando a Vida”.

“Há um pedido de socorro, um grito que não quer e não pode se calar, dos humanos sensíveis e conscientes, das comunidades tradicionais, das populações indígenas, da terra, dos animais, das aves, das águas, das plantas, da vegetação nativa, de árvores centenárias. E um clamor para que os povos tradicionais sejam valorizados e apoiados, a fim de continuarem sendo agentes de proteção e cuidado da natureza.”

Os prelados se dirigem às autoridades para reivindicar empenho e mobilização “com a máxima urgência” e que seja feita uma investigação séria, responsabilizando e punindo os possíveis culpados com a reparação justa e necessária pelos danos causados.

“As ações emergenciais são necessárias, mas não bastam; é preciso desenvolver e aplicar políticas públicas sérias de prevenção e de proteção a curto, médio e longo prazo.”

 

É preciso salvar o Pantanal

Os bispos concluem reiterando o comprometimento da Igreja, que “se une num forte grito pela defesa, promoção e cuidado com a Vida, em todas as suas formas e expressões”.

“É preciso conter e apagar o fogo que vai avançando com poder destruidor, e assim salvar o Pantanal.”

A carta se encerra com uma citação do Papa Francisco: ”Hoje, a voz da criação incita-nos, alarmada, a regressar ao lugar certo na ordem natural, lembrando-nos que somos parte, não patrões da rede interligada da vida”. Fonte: https://www.vaticannews.va