O Ofício de trevas- existe desde o século XIII- mostra, de forma bastante clara, a figura do servo Sofredor e, junto dEle, nos colocamos rezando e meditando sobre os Sofrimentos de Sua Paixão e Morte na Cruz. Este nome- Ofício de Trevas- tem diversas explicações. Entre elas:
As trevas naturais de meia-noite ao anoitecer, ou seja, as horas destinadas à recitação do ofício, lembrando as palavras de Jesus, “Esta é a vossa hora e do poder das trevas”. (Lc 22, 53);
As trevas litúrgicas, quando durante as cerimonias da paixão apagam-se todas as luzes na igreja, exceto uma;
As trevas simbólicas da paixão.
As velas simbolizam o abandono experimentado por Jesus durante a Paixão: dez velas recordam os Apóstolos, que fugiram diante da Paixão; quatro velas recordam o apóstolo João e as mulheres junto à cruz que, embora tenham permanecido fiéis, também experimentam a escuridão da morte do Senhor; e a última vela recorda o próprio Cristo.
Esta vela, a de Cristo, não é apagada ao final da celebração, mas conduzida para a parte de trás do altar ou para a sacristia, simbolizando o mistério do sepultamento de Cristo e sua alma que desce à “mansão dos mortos”
Na celebração são utilizadas as matracas que contém um som seco e oco, esse som remete que Cristo está caminhando para a morte e as marteladas dos pregos na Cruz. Por não ser um momento de festa, as pessoas utilizam roupas da cor preta, utiliza-se também um candelabro triangular com 15 velas a frente do altar.