No domingo, 29 de outubro, o pe. Thaddeus Tarhembe foi levado à força por um grupo de criminosos no nordeste do país. Apenas duas semanas atrás, o ataque a um mosteiro beneditino custou a vida de um noviço. Houve pelo menos trinta sequestros de membros do clero desde o início de 2023.

 

Marco Guerra – Vatican News

Não há segurança para as comunidades cristãs na Nigéria, onde ocorreu mais um sequestro de um sacerdote no último domingo (29/10). A vítima é o padre Thaddeus Tarhembe, que foi levado à força por um grupo armado que invadiu a paróquia de Santa Ana, localizada no Estado de Taraba, no nordeste do país. O fato foi relatado pela agência de notícias Fides. Dom Mark Nzukwein, bispo de Wukari, num comunicado divulgado pelo porta-voz da diocese, confirmou que o pároco foi sequestrado na Casa Paroquial da igreja.

 

O assalto ao mosteiro beneditino

O sequestro para fins de extorsão tornou-se há muito tempo uma verdadeira “indústria” para grupos criminosos na Nigéria. Quem paga o preço são os cidadãos comuns, mas também membros do clero, capturados durante sequestros que ocorrem na rua ou, como neste caso, em assaltos reais, geralmente à noite, a conventos e casas paroquiais. Em 17 de outubro, uma gangue de pastores Fulani entrou no mosteiro beneditino de Eruku, no Estado de Kwara, no centro-norte da Nigéria, e ali capturou um noviço, Godwin Eze, mais tarde morto pelos sequestradores, e dois postulantes, Anthony Eze e Peter Olarewaj, posteriormente libertados.

 

Monteduro: cerca de trinta sequestros em 2023

"Em 2022, somente na Nigéria, houve 32 sequestros contra membros do clero, religiosos e religiosas. Este ano, já estamos em um número semelhante, cerca de trinta", explica o diretor da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre - Itália, Alessandro Monteduro, num comunicado à imprensa, lembrando que os cristãos na Nigéria não são uma minoria. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também interveio no assunto com uma mensagem no X: "Rezo pelo padre Thaddeus Tarhembe, para que ele seja libertado. Continuarei lutando para proteger as minorias cristãs no mundo. A liberdade religiosa é uma prioridade de nossa política externa". Fonte: https://www.vaticannews.va