Quarenta e oito horas após a difusão do livro-manifesto, no qual cinco cardeais atacam a pastoral da misericórdia, Francisco denuncia os “escribas e os fariseus” que se nutrem somente de regras, esquecendo a situação dos fiéis. Falando no Vaticano a uma convenção sobre a exortação apostólica Evangelii Gaudium (o documento programático de seu pontificado), o Papa Bergoglio estigmatizou aquele “codificar a fé em regras e instruções, como faziam os escribas, os fariseus e os doutores da lei do tempo de Jesus...”. Assim “teremos – acrescentou – tudo claro, tudo ordenado, mas o povo fiel e em procura continuará a ter fome e sede de Deus”. A reportagem é de Marco Politi, publicada pelo jornal Il Fatto Quotidiano, 20-09-2014.
Francisco denunciou uma vez mais a “tentação da suficiência e do clericalismo” e incitou a hierarquia eclesiástica a não se encerrar em trincheiras. “Diante de tantas solicitações de homens e mulheres – exclamou – corremos o risco de espantar-nos e de fechar-nos sobre nós mesmos em conduta de medo e de defesa”...
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