Basílica de São Paulo Extramuros
A Basílica de São Paulo Extramuros, (Basilica di San Paolo fuori le mura) ou Basílica de São Paulo Fora de Muros é, em dimensões, a segunda maior basílica católica de Roma, só superada pela Basílica de São Pedro na Cidade do Vaticano. É uma das quatro basílicas patriarcais. O Cardeal James Michael Harvey é o atual Arcipreste da basílica, nomeado em 2012, pelo Papa Bento XVI.
A Basílica de São Paulo Extramuros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fuori le mura (fora do muros, extra-muro).
No local onde foi erguida a basílica, reza a tradição, é onde o apóstolo Paulo, ao qual é dedicada a igreja, foi sepultado e o túmulo do santo se encontra debaixo do altar maior, dito altar papal. Por esta razão houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, faz parte do itinerário jubilar para obter-se indulgência e ver celebrar a abertura da Porta Santa.
A construção que tem 131,66 m de comprimento, largura 65 m e altura 29,70 m, é imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as quatro basílicas patriarcais de
Roma. A atual basílica é uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica paleocristã do tempo de Constantino. A basílica, e todo o complexo anexo, como o claustro e o mosteiro, não fazem parte da República Italiana, mas são propriedades da Santa Sé.
Túmulo de São Paulo
Desde 2002 foram efetuadas escavações arqueológicas na basílica que em 2006 encontraram um túmulo de baixo do altar-mor da basílica. O túmulo - que já em 390 se acreditava ser de São Paulo - tem inscrita a frase "PAULO APOSTOLO MART" (Paulo, apóstolo mártir), apresenta uma abertura e foi encontrado entre os dois templos que foram construídos um sobre o outro. A lápide sepucral que traz o nome PAULO possui três orifícios, um redondo (que não altera a inscrição) e dois quadrados. Eles se ligam a um pequeno escoadouro conectado ao túmulo, e lembram o costume romano, depois cristão, de derramar perfumes nos túmulos. Essa lápide dos séculos IV-V, muito provavelmente, é testemunha de um culto anterior à grande construção de 3861.
Durante as reformas mais recentes, foi aberta uma grande janela sob o altar papal, para que os fiéis possam ver o túmulo do Apóstolo1. O Papa Bento XVI autorizou o estudo científico do achado. Apesar de não ter sido aberto, foi feito um pequeno orifício e as investigações feitas com recurso a uma microcâmara, que recolheu várias partículas e fragmentos, confirmam que tratar-se de um túmulo datado dos séculos I e II.
O exame do carbono 14 a fragmentos de osso confirmou que se trata de uma pessoa que viveu entre o século I e II, tendo o papa referido que "isso parece confirmar a tradição unânime e incontestável de que se trata dos restos mortais do Apóstolo Paulo".
Fonte: http://pt.wikipedia.org