“Antes de tudo, a sua fé, que consiste em escutar a Palavra de Deus e entregar-se a esta palavra com total disponibilidade de mente e de coração. Maria respondeu ‘sim’ sem saber os caminhos que deveria percorrer, as dores que sofreria, os ricos que enfrentaria, mas estava consciente que era o Senhor que lhe pedia. Ela confia totalmente Nele e se abandona a seu amor”.

Um outro aspecto a ser meditado é a capacidade da Mãe de Cristo de reconhecer o tempo de Deus:

A este ponto, o Papa deixou seu discurso escrito de lado e improvisou, dizendo: “Quantas vezes Jesus passa em nossa vida e quantas vezes nos manda um anjo e nós não percebemos porque estamos imersos em nossos pensamentos, ocupados com os nossos negócios e nestes dias, até com os preparativos para o Natal! Ele passa e não notamos que bateu em nossa porta, pedindo acolhimento”. O Papa contou que um Santo dizia “ter medo que Jesus passasse, ele não percebesse e o deixasse passar”.

“Quando sentimos no coração a vontade de sermos melhores, é o Senhor que nos faz sentir este desejo. Quando vocês sentirem isso, parem, é o Senhor. É ele que está batendo, não o deixem passar. Jesus bate na porta de nosso coração para nos dar a paz de espírito; abramos as portas a Cristo”.

Concluindo sua reflexão, antes de rezar com os fiéis a oração mariana do Angelus, o Papa lembrou a presença silenciosa de São José ao lado de Maria:

“O exemplo de Maria e de José é para todos nós um convite a acolher Jesus com total abertura de espírito. Por amor Ele se fez nosso irmão; Ele vem trazer ao mundo o dom da paz. Cristo é a nossa verdadeira paz. Entreguemo-nos à intercessão de nossa Mãe e de São José para vivermos um Natal realmente cristão, livres de toda mundanidade e prontos para acolher o Salvador, Deus conosco”.

Fonte: Rádio Vaticano.