"A análise do desempenho de alguns sites católicos nos permite identificar pelo menos três problemas teológicos sérios: visão deturpada do Deus de Jesus, ausência do senso eclesial e fuga do compromisso com os outros. (...) O que se questiona é a forma como se está utilizando este recurso; forma essa que termina por alimentar uma religiosidade melosa, mágica, egoísta, falsa e não-cristã", escreve José Lisboa Moreira de Oliveira, filósofo, teólogo, escritor, conferencista e professor universitário.

1-A primeira coisa que mais impacta nos sites católicos é a figura de Deus. De um modo geral, salvo algumas raríssimas exceções, é um Deus “pronto-socorro”.

2-O segundo elemento é o reforço do individualismo religioso e a destruição da comunidade cristã a qual, necessariamente, deve estar situada em um lugar concreto (1Cor 1,2; Rm 1,7). Com isso há sério risco de esfacelamento da Igreja, a qual se define como comunidade convocada e reunida pela Trindade.

O católico virtual que só acessa a “igreja do computador” não sai mais de casa. E, ao não sair de casa, ele se distancia da realidade, dos outros e dos problemas dos outros. Seu cristianismo ao invés de ser centrífugo (na direção do próximo), como pediu Jesus (Lc 10,29-37), se torna centrípeto (voltado somente para ele mesmo).

Por último, recordando o que nos diz ainda Galimberti (p. 283), não devemos esquecer que a mídia, em si, não é totalmente neutra. Ela, com seu poder, termina moldando a nossa natureza. Ela nos plasma, a tal ponto que, em vários lugares do mundo, já começam a surgir muitos casos de viciados em internet, precisando de tratamento psicológico e até psiquiátrico...

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