"Teresa é uma peregrina na via sacra interna e externa. Não só os opositores de suas reformas do Carmo, os conflitos de sua família e as contradições de seu país e de sua época, também as fases de ateísmo espiritual, de medo do inferno e de deserto transformaram etapas de sua vida em purgatório.", escreve Paulo Suess, assessor teológico do Cimi, em artigo publicado pelo sítio Pontifícias Olbras Missionárias.
Em seu “Caminho de Perfeição”, de 1567, Teresa de Jesus, como também foi chamada, apresentou às suas irmãs seu ideal da vida carmelita: “Não penseis, minhas amigas e irmãs, que serão muitas as coisas a serem recomendadas. [...] O primeiro é o amor de umas para com outras; o segundo, o desapego de todo criado; o terceiro, a verdadeira humildade”. Humildade significa, segundo o papa Francisco: vencer a autorreferencialidade e as atitudes apologéticas. E Teresa explica: “Vede como respondeu o Senhor pela Madalena em casa do fariseu e quando foi acusada pela própria irmã. Não vos tratará com tanto rigor como a ele próprio, que já estava na cruz, quando permitiu que um ladrão falasse por ele” (Caminho, XV,7)...
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