Pe. Alberto Antoniazzi
O interesse pela experiência vivida dos presbíteros não tem suscitado novas reflexões teológicas, mas sim novas pesquisas sociológicas, que teriam nascido da suspeita – depois confirmada – que a atuação dos presbíteros está mudando, de formas não previstas até há pouco, e inclusive mantendo na sociedade um papel relevante, diferentemente de certas previsões sobre a “secularização” da sociedade ocidental, que davam como certo o desaparecimento do clero .
Que tipos de padres temos no Brasil hoje? Falta-nos uma pesquisa neste sentido. É preciso, portanto, recorrer a impressões e a dados fragmentários. Tentei algo neste sentido e vou resumir aqui os resultados das minhas observações.
O primeiro modelo, talvez o mais comum (graças a Deus!), o que se encontra mais frequentemente nos ENPs, é o padre-pastor, mais exatamente o padre caracterizado pelo ativismo pastoral. É alguém que se dedica com muita generosidade ao serviço da comunidade.
A generosidade, porém, tem seus riscos ou seus limites. Antes de tudo, há uma pressão muito forte, hoje, para que o padre (especialmente o pároco) assuma uma multiplicidade de tarefas, que não são todas necessariamente de sua competência, mas impostas ou solicitadas pelo bem da comunidade. Daí muitas atividades sociais, muitos pedidos de atendimentos a casos pessoais, muitas celebrações rotineiras de sacramentos. Se for levado em conta o tamanho muito grande da maioria das paróquias, compreender-se-ão outras consequências inevitáveis...
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