A Opus Dei se soma à onda renovadora que o papa Francisco promove na Igreja Católica. Pela primeira vez em quase um século de existência, a poderosa prelatura deixou aberta a porta para a possibilidade de que sua direção seja ocupada por alguém que não tenha trabalhado lado a lado com Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador santificado, ou que não tenha nascido na Espanha, onde estão as raízes de uma organização implantada em mais de 60 países. Assim se projeta a era pós-Escrivá nos tempos de Jorge Mario Bergoglio.

No segundo ano de seu pontificado, o papa Francisco mostrou que continua decidido a abrir várias frentes para reformar a igreja, imprimindo ao papado um novo estilo, mais próximo dos fiéis, e seguindo de perto tudo o que ocorre no mundo.

A prelatura tem cerca de 90 mil seguidores, distribuídos por mais de 60 países. Fortemente implantada na América Latina e na Europa, e com presença na África, dá agora seus primeiros passos no Casaquistão e no Vietnã e está pronta para iniciar seu trabalho em Cuba quando as circunstâncias políticas permitirem, segundo fontes consultadas.

Na Espanha, uma centena de colégios, a Universidade de Navarra e a escola de administração Iese têm relação com a Obra, que, segundo um porta-voz, lhes dá orientação espiritual.

Talvez não haja lugar fora da Espanha em que a Opus tenha mais força que na América Latina. Lá, Juan Luis Cipriani, o primeiro cardeal da organização, ficou afastado, por enquanto, da possibilidade de alcançar a prelatura...

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