Frei Pedro Caxito O. Carm. In Memoriam. (São Romão-MG. *31/12/1926. São Paulo. + 02 / 09/ 2009).
Em 1596 Olinda e, em seguida, Bahia já eram casas de estudo. Segundo Serafim Leite, em 1598 eram cinco os carmelitas que, na Bahia, frequentavam o Curso de Artes no Colégio dos Jesuítas, e em 1601 eram quatro[1].
O Convento carmelita de São Luís, o primeiro do Estado do Maranhão, era de início o mais importante da Vigararia, com a Casa de Estudos (1693) e a residência do Vigário Provincial, mas tudo passou para Belém (1698), talvez por ser mais central para o trabalho missionário. Em 1727, Bento XIII deu-lhes o privilégio de conceder o grau de doutor. O Cronista da Ordem em Portugal e no Brasil, Frei Manuel de Sá (1674-1735), descrevendo o Convento do Carmo de São Luís do Maranhão, diz o seguinte: "Tem o Convento sua livraria com bastantes livros, assim de Padres, Expositores, Concionatórios, (como) de uma e outra Teologia e alguns de filosofia[2]". E, separada da Vigararia do nordeste, a do sul passou a ter os seus estudos no Rio de Janeiro, transferindo-os depois para São Paulo[3].
"O Curso público de Filosofia era nos Gerais da Companhia. Em 1758, ao deixar o Brasil, havia já outros cursos. E os moços, depois da instruídos nas escolas particulares de Gramática, iam «estudar Filosofia nos Gerais da Companhia ou Carmo, São Bento e São Francisco, onde há Mestres»"[4].
[1]. Anch. Cartas 313-314 Apud Serafim Leite em História da Companhia de Jesus no Brasil Tomo II 1938 Livraria Potugália Lisboa/Civilização Brasileira Rio de Janeiro p. 505-506; 507-508. Os franceses estiveram no Rio de 1555 a 1560, e foram expulsos.
[2]. Memórias Históricas cap. LXIV. Ver Frei André Prat em o.c. Mensageiro do Carmelo ano XXV 1936-37 p.296.