Dom Frei Vital Wilderink, O Carm, In Memoriam.
Segundo dia. Tema: A fundamental experiência da esperança
A esperança cristã é a firme confiança de obter a felicidade prometida por Deus. Ela é uma das três virtudes teologais: o próprio Deus é a sua origem seu motivo e seu objeto. Fundada na fé, a esperança se apoia na certeza da promessa e da ajuda da graça divina.
A França, na época em que Teresa viveu, era caracterizada por um ateísmo e virulento anticlericalismo., especialmente entre as elites intelectuais. Como podia seu ingresso num convento de clausura ser um gesto de esperança? Não era antes uma fuga, uma evasão egoísta mascarada por pensamentos piedosos sobre a salvação dos pecadores?
Afinal, em que consistia a esperança de Teresa de Lisieux? Que a justiça de Deus acertasse as contas com os que não acreditavam nele? Sim, a justiça de Deus estava na mira da Carmelita porque contempla e adora as suas perfeições divinas através de sua infinita misericórdia: “a própria justiça (talvez mais do que qualquer outra) se me afigura revestida de amor”. Não é na situação deplorável do mundo que ela fixa seu olhar: “meus desejos, minhas esperanças, vão às raias do infinito”. A esperança da Teresa é realmente teologal. Vai ao seu verdadeiro ponto de apoio...
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