Na África, os dias são pontuados pela parábola do sol. As pessoas acordam de madrugada e vão dormir pouco depois do pôr do sol. Nas estradas de terra vermelha que sulcam a paisagem, deparamo-nos com uma humanidade a caminho, muitas vezes descalça. Basta ver, de manhã, quando as estradas estão cheias de mulheres que caminham rapidamente na beira. A África tem um rosto: o das mulheres. São elas que, sem fazer barulho, sem reivindicar direitos, reproduzem todos os dias o milagre da sobrevivência. Em um continente onde é realmente difícil de se viver. A reportagem é de Silvina Pérez, publicada no caderno Chiesa Donne Mondo, do jornal L'Osservatore Romano, 03-11-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Para essas mulheres extraordinárias, é normal caminhar todos os dias 15 quilômetros para chegar ao poço mais próximo, é normal fazer 30 quilômetros a pé para vender uma cebola ou ser agredidas pelo marido ou fazer 80% dos trabalhos nos campos, mas não ser proprietárias da terra. Se você perguntar a uma mulher "por quê?", ela vai responder simplesmente que, para ela, essa é a normalidade...
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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/548884-a-crise-existencial-e-espiritual-das-religiosas-africanas