A acusação é uma das mais infâmias do século XXI: pedofilia; o acusado é uma pessoa da qual jamais se teria esperado algo assim, alguém acima de qualquer suspeita. E, além disso, é um respeitado homem da Igreja e muito conhecido, protagonista de uma fase heróica da vida da Igreja latino-americana, nada menos que Jesús Delgado, o secretário do novo beato Romero, seu principal biógrafo e grande promotor do processo que, em maio passado, levou o bispo mártir aos altares. A reportagem é de Alver Metalli e publicada por Tierras de América, 27-11-2015. A tradução é de André Langer.
A Igreja salvadorenha, em completo silêncio, investigou uma denúncia de abuso sexual contra ele e resolveu suspendê-lo “de todas as funções sacerdotais, pastorais e administrativas”. Um procedimento rápido e conclusivo, quase uma admissão de responsabilidades em nome do acusado, que não por isso soa menos desconcertante.
No dia 25 de novembro, o chanceler da Arquidiocese de San Salvador, Rafael Urrutia, seu amigo, fez o anúncio público, em nome do arcebispo Escobar Alas. Urrutia é o encarregado da segunda fase do processo de Romero, a que deverá proclamá-lo santo. Também instruiu a causa de Rutilio Grande, que já está bem adiantada, provavelmente a um passo dos altares. Foi nomeado vice-postulador diocesano do processo “por mandato datado em Roma em 16 de junho passado” e que há poucos dias manifestou sua convicção de que seria rápido e trará resultados em prazo de tempo relativamente curto...
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