Um padre polonês, famílias inteiras escondidas em Brasília, refugiadas do Rio de Janeiro; ameaças de mortes por mensagens de telefones, perseguição, intimidação; ministros e polícias envolvidos – polícia do bem e do mal. Esse é oscript para um pequeno grupo que sobrevive sob o domínio do medo há meses, cujo cenário piorou nos últimos dias. A reportagem é de Leandro Mazzini, publicada por Portal Uol, 26-02-2016.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga ameaças de morte ao padre polonês Pedro Stepien, que desde ano passado acolhe no Distrito Federal 15 pessoas de cinco famílias cariocas expulsas de um condomínio do 'Minha Casa, Minha Vida', em Campo Grande, Zona Oeste.

A região é controlada pela milícia chamada 'Liga da Justiça'. Os policiais milicianos invadiram e se apossaram de dezenas de apartamentos. Há relatos até agora de sete mortes de quem resistiu às ordens. E um homem entrou no programa de proteção a testemunhas, do governo do Estado.

E pelo ocorrido com o padre, os milicianos estão muito bem informados sobre os paradeiros das famílias na capital federal. As famílias também correm risco de vida.

Há três dias, o padre Stepien passou a receber mensagens ameaçadoras no seu celular, pelo aplicativo Whatsapp, e o caso chegou ontem ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O ministro avalia pedir a Polícia Federal para entrar na investigação, pelo cenário envolver denúncias em um programa federal...

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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/552027-milicia-do-rio-ameaca-padre-que-acolhe-refugiados-em-brasilia