No último sábado o Pe. Newell, 46, de Walthamstow (Londres), foi condenado a 28 dias de prisão por se recusar a pagar fiança de 565 libras esterlinas – aproximadamente R$ 2.200,00 – – que foram impostas a ele depois de participar em protestos contra as guerras do Afeganistão e Iraque, contra o uso de drones armados e contra o sistema de defesa nuclear Trident. A reportagem é de Liz Dodd, publicada pelo jornal The Tablet, 17-03-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Membro da Ordem Passionista, Newell trabalha com refugiados desabrigados num projeto social chamado “London Catholic Worker”. Foi condenado no Tribunal de Magistrados de Westminster, Londres, onde disse que não pagaria a fiança “por razões de fé e de consciência”.
Newell disse: “Jesus nos ensinou a amar não apenas o próximo, mas também a nossos inimigos. Com sua vida e exemplo, ele nos mostrou como resistir ao mal sem fazer uso da violência. Nos ensinou a lançarmos mão da não violência amorosa, persistente, firme e ativa. Foi esta paciência revolucionária em nome dos pobres e oprimidos que, humanamente falando, o levou ser preso, julgado, torturado e executado pelos poderes constituídos. Os atos de testemunho que resultaram nesta fiança a qual me recusei a pagar foram uma forma de objeção de consciência. Recusar a pagá-las é uma continuação desta objeção. É um privilégio poder seguir o caminho que levou Jesus a percorrer o trajeto da cruz e ressurreição”.
O religioso está detido na Penitenciária de Wandsworthm, em Londres, a maior do Reino Unido.
Há nove dias, na Quarta-Feira de Cinzas, Pe. Newell participou numa manifestação pública contra as guerras nas proximidades do Ministério da Defesa, em Londres, onde marcou as paredes do prédio com cinzas. Ele não foi preso.
Fonte: www.ihu.unisinos.br
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