O ataque ocorreu na Escola Raul Brasil, que atende alunos do ensino fundamental e médio
Tiroteio em uma no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13/3), deixou ao menos 10 mortos, incluindo estudantes e os dois responsáveis pelo ataque, identificados como Gilherme Monteiro, 17 anos, e Luís Henrique de Castro, 25. Há ainda feridos, que foram socorridos a hospitais próximos.
A escola alvo do ataque é a Raul Brasil, que atende alunos do ensino fundamental e médio. Segundo o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM de São Paulo, os dois atiradores primeiro atacaram um dono de lava a jato próximo à escola. O empresário foi levado ao hospital e submetido a cirurgia.
Após esse primeiro crime, os dois se dirigiram ao colégio, onde primeiro balearam duas coordenadoras, que morreram no local. Em seguida, chegaram, por volta das 9h30, ao pátio do colégio, que estava cheio de alunos do ensino médio, porque era horário do intervalo. Ali, quatro estudantes foram mortos.
Na sequência, a dupla, que usava capuz e portava um revólver calibre .38 e uma arma medieval que lança flechas, além de facas, dirigiram-se ao centro de línguas, onde uma professora e alunos se trancaram em uma sala. "Eles, então, se mataram no corredor", informou Salles.
Além das seis vítimas mortas na escola, outros dois estudantes morreram no hospital, após receberem socorro. Há ainda 15 feridos e outras pessoas que precisaram de atendimento médico porque se sentiram mal.
Pânico e correria
Durante o ataque, muitas pessoas correram e se esconderam nas salas de aula e nos banheiros. Outros alunos conseguiram deixar o prédio, pulando o muro, e foram abrigados por famílias que moram perto do colégio. Vídeos postados na internet mostram estudantes saindo do colégio por uma rua próxima ao colégio.
Uma estudante contou que, inicialmente, pensou que os barulhos eram bombinhas, mas, em seguida, percebeu a gravidade da situação. "Quando percebi que eram tiros de verdade, voltei para o banheiro para me proteger. Havia umas dez pessoas se escondendo comigo, nós ficamos rezamos, pedindo para viver", disse.
Além de equipes da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu), pais e familiares de alunos e funcionários se deslocaram para o colégio em busca de informações.
O governador de São Paulo, João Doria, se deslocou até a escola em um helicóptero da PM e chegou à cena do crime pouco depois das 11h. Doria se disse "muito impactado" com o que viu no colégio. "A cena mais triste que já assisti em toda a minha vida", resumiu. Várias outras autoridades se manifestaram pelas redes sociais.
O secretário de Segurança de Suzano, Jeferson dos Santos, disse que a prioridade foi prestar socorro aos feridos e apoio aos alunos e familiares de vítimas. Ele disse ainda que a secretaria preparava a lista oficial de vítimas. Fonte: www.correiobraziliense.com.br