Gerar engajamento promovendo informações relevantes é um caminho potente para criarmos uma rede rumo à transformação necessária
Uma pessoa verificando o celular — Foto: Mego-studio no Freepik
Rachel Maia
As redes sociais, nós sabemos, representam um meio de comunicação importantíssimo hoje. Com elas, podemos nos relacionar com familiares, amigos, colegas de trabalho e até com quem não conhecemos pessoalmente, mas que, de alguma forma, admiramos ou nos admira. O poder dessas redes é inquestionável, servindo tanto para promover ações positivas quanto para disseminar, por exemplo, notícias falsas (fake news).
Os meus canais na internet têm quase 400 mil seguidores. No LinkedIn, rede social direcionada a assuntos profissionais, são mais de 205 mil pessoas que me acompanham. Tamanho alcance me faz, com frequência, pensar sobre a nossa responsabilidade ao produzir conteúdos em ambientes virtuais. Precisamos de atenção redobrada: uma informação pode viralizar em pouco tempo e afetar indivíduos ou grupos de maneira grave.
Leis para o digital
Promover o direito e o dever digitais é algo discutido desde 2007. Com o avanço da tecnologia e, em particular, da inteligência artificial (IA), observamos uma corrida contra o tempo no que diz respeito ao combate de cibercrimes e à promoção de uma educação a favor do bom uso da internet e das redes sociais.
Uma das leis mais importantes desde o início da era tecnológica é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), n° 13.709/2018. Segundo o site do governo federal, a LGPD procura proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade, além da livre formação da personalidade de cada indivíduo. Já leis anteriores à primazia do on-line também seguem em vigor no contexto virtual. A lei nº 7.716/89, a qual garante que todos sejam respeitados independentemente de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, aplica-se à convivência mediada pela internet, nos resguardando e, em simultâneo, nos cobrando atitudes éticas.
O poder da comunicação
É importante entender como nossos seguidores chegam até nós, qual a relevância do que publicamos e o quanto isso interfere na sociedade. Nas minhas redes, há uma audiência que busca se conectar com a minha história, com assuntos voltados para a área de negócios, diversidade e meio ambiente. Sei da minha responsabilidade por representar pessoas que, de alguma maneira, enxergam em mim um lugar de pertencimento almejado.
Com os meus mais de trinta anos de experiência corporativa, construí um compromisso empresarial e social que, agora, é desenvolvido e praticado também no universo digital, sempre com o intuito de democratizar dados verídicos e promover debates qualificados.
Fomentar o acesso à comunicação e à informação de qualidade é um passo muito importante para os avanços necessários na batalha contra a desinformação em massa. Todo assunto que debato nos meus artigos de opinião, publicados em jornais, revistas e sites, são compartilhados para minha audiência das redes sociais, com o objetivo de que mais gente tenha a oportunidade de entrar em contato com veículos que prezam pela integridade da informação.
O meu respeito à imprensa e à ciência se conecta com as minhas ações e com o modo que escolho me comunicar com quem me segue. Trazer dados e notícias que se somam ao meu trabalho à frente de assuntos pertinentes para a sociedade é uma escolha respeitosa com o meu público e também um compromisso como cidadã.
No nosso país, a TV ainda é o meio de comunicação mais consumido. No entanto, a internet já ocupa o segundo lugar. O Brasil é o terceiro maior utilizador de redes sociais do mundo, de acordo com levantamento da Comscore em 2023 (mais de 131,5 milhões de pessoas estão conectadas). E é por isso que acredito que gerar engajamento promovendo informações relevantes é um caminho potente para criarmos uma rede rumo à transformação necessária, validando e renovando nossos direitos e deveres no mundo. Fonte: https://oglobo.globo.com