Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em 1866 no interior do Rio de Janeiro. Aos dezenove anos, sem dinheiro para terminar a Escola Politécnica, ingressou na Escola Militar, que oferecia estudos gratuitos. Ideologicamente a favor da república, foi expulso da escola por atirar sua baioneta no chão em protesto contra a repressão do governo à uma manifestação republicana de cadetes. O ato repercutiu por todo Brasil e Euclides da Cunha foi convidado a escrever para um jornal republicano de São Paulo. Ainda muito novo, resolveu voltar a estudar e ingressou para a Politécnica estudando engenharia civil.

Com a república foi convidado a retornar para o exército, mas, decepcionado com a situação do Brasil, reforma-se capitão em 1896. Um ano depois chega a Canudos enviado pelo Estado de S. Paulo para cobrir a revolta, chegando a assistir os últimos combates que massacraram o arraial. Fixou-se em São José do Rio Pardo para construir uma ponte e lá se dedicou a escrever o livro Os Sertões, com o objetivo de contar a verdadeira história e desmistificar a propaganda política feita em torno da revolta de Canudos. Lá fundou também o primeiro partido socialista do Brasil.

O livro lhe rendeu o ingresso para o Instituto Histórico e para a Academia Brasileira de Letras, mas também culminou na sua demissão. Sustentava-se com os artigos que escrevia para o jornal, onde defendeu principalmente o desenvolvimento na Amazônia, para onde fez uma viagem que resultaria em alguns artigos para o jornal que foi reunido no livro À Margem da História.

Em 1908 se estabeleceu na capital se dedicando a atividades intelectuais, e dois anos depois ingressava como professor de lógica do colégio Pedro II. Nesse mesmo ano, Euclides da Cunha foi assassinado por questões familiares. Fonte: CEDIC Multimídia.