Frei Petrônio de Miranda, Carmelita. Convento do Carmo, Bela Vista, São Paulo. 08 de março-2016
Educar um filho mesmo sem ter pai, enfrentando as críticas farisaicas da sociedade e da religião, só às santas conseguem.
Sonhar com um novo dia para a família quando não se tem o pão na mesa, só as santas conseguem.
Enfrentar o consumismo quando não se tem dinheiro para comprar uma roupa nova ou um calçado para os filhos, só as santas conseguem.
Sorrir para os filhos quando a tristeza do desemprego invade a família, só as santas conseguem.
Conservar a paciência e a calma diante de um filho drogado e violento, só as santas conseguem.
Ter a ousadia e a coragem de apelar para a Lei Maria da Penha diante de um esposo violento, só as santas conseguem.
Acordar às cinco horas da madrugada e trabalhar de sol a sol para ver o filho na faculdade, só às santas conseguem.
Ficar ao lado dos filhos e filhas homossexuais vítimas da exclusão social e religiosa, só as santas consegue.
Lutar pela igualdade profissional nas multinacionais em uma sociedade marxista, só as santas conseguem.
Ser presença ativa na política, na religião, nos meios de comunicação e na indústria do entretenimento, só as santas consegue.
Não importa se elas são católicas, evangélicas, umbandistas, espiritas budistas, muçulmanas, ateias, brancas, negras, ricas ou pobres... Não, não! Basta ser mulher.
Parabéns pelo seu dia!