Com o tema; Vida em primeiro lugar e lema; Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata!, o Grito dos Excluídos chega à sua 22ª edição amanhã, dia 7 de setembro. O evento, que tem o objetivo denunciar as várias formas de desigualdades do país, acontece durante o desfile em comemoração à Independência do Brasil.
O Grito nasceu da necessidade de dar voz ao povo no que se refere a saúde, moradia, transporte, trabalho, informação, vida digna etc. Hoje funciona como um espaço para que movimentos sociais organizados se manifestem. A escolha do lema deste ano teve inspiração nas várias referências do Papa Francisco durante o Encontro Mundial com os Movimentos Populares, que ocorreu na Bolívia, quando falou da urgência em romper o silêncio e lutar por mudanças reais dentro do sistema capitalista, que não compreende o sentido do “Cuidar da Casa Comum”.
Este ano o evento faz um convite à população a observar de forma mais atenta a realidade em que vive. O Grito este ano nos convida a uma tomada de consciência da realidade, não apenas olhar essa realidade, mas ter a capacidade de ir ao encontro de tudo aquilo que causa sofrimento, que causa dor, que exclui, que degrada e mata as pessoas. Ir ao encontro das realidades para que possa, no dia a dia, ter atitudes de transformação, não apenas gritar, mas contribuir para a transformação da realidade.
Um pouco de história
A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994, e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema Eras tu, Senhor, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas. Em 1999, o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.