Marmitas, pão, bolachas, bolos, iogurte e frutas são algumas opções encontradas no local.

Disponibilizar alimentos para quem não tem condições de comprar é uma iniciativa que tem dado certo com o projeto de uma geladeira solidária em São Carlos (SP). Marmitas, pão, bolachas, bolos, iogurte, refrigerantes e frutas são algumas opções encontradas no local.

O eletrodoméstico fica ligado 24h anexo a um centro espírita na Rua Jesuíno de Arruda, na região central. A ideia é que as pessoas que possam ajudar abasteçam a geladeira com alimentos. Quem precisa, pode retirar o que desejar.

Regras

Para doar comida, é preciso respeitar algumas regras. Tudo tem que estar embalado e dentro do prazo de validade, constando a data de fabricação na embalagem, assim como uma descrição do alimento. Também não é permitido colocar bebidas alcoólicas.

“De vez em quando trago alguma coisa, como bolachas e frutas. Fico muito feliz de ajudar com o que eu posso. Nunca tinha visto uma geladeira comunitária, é uma excelente ideia, poderia ter mais”, disse a aposentada Maria Aparecida Garcia Ferreira Rossini, de 73 anos.

Projeto

O projeto é uma iniciativa da cozinheira Vera Lúcia Deponte. Aos 66 anos, ela contou que o sonho era antigo e que finalmente pôde concretizá-lo com ajuda de algumas pessoas. Uma delas, por exemplo, doou a geladeira.

Vera aproveita os dotes culinários para preparar marmitas com arroz, feijão, carne de panela, peixe, lasanha, vatapá, entre outras opções. “O que compro para colocar em casa é o que disponibilizo aqui também”, disse.

Doações

Um dos voluntários no projeto, o economista Antonio Otavio Simões Moita Filho, de 46 anos, disse que se preocupa com as pessoas que se servem no local porque muitas delas não têm condições, principalmente por causa do desemprego.

“Muitas vezes a gente coloca em porções familiares porque hoje está faltando mistura, o que a gente quer na verdade é que as pessoas tenham certeza que aqui vão encontrar uma solução, pelo menos naquele momento, para uma fome, uma necessidade imediata”, disse.

Segundo o economista, os voluntários têm procurado apoio de empresas da cidade que se interessem em ajudar de alguma forma, como pagar uma conta de supermercado, por exemplo. A geladeira é abastecida diariamente.

“Tem gente que para o carro aqui com marmita. Faz bolo, separa metade para dividir, toda ajuda é bem vinda para matar a fome de quem não tem nada para comer”, disse. Fonte: https://g1.globo.com