*Política cristã e política inspirada por Cristo.
- Detalhes
*Dom Frei Vital Wilderink O. Carm. In Memoriam.
(Eremitério Fonte de Elias, 23 de setembro de 2009, lendo um pequeno artigo de Jean-Jacques Suurmond em Trouw).
A primeira não existe a segunda é um desafio. Não faltaram na história exemplos, mesmo fora do cristianismo, de fazer uso político de uma religião. O que pode levar a um ambiente, pelo menos levemente ditatorial. O império romano foi um exemplo disso: os seguidores de Cristo eram considerados um perigo para a unidade política dos súditos do divino César. A presença infalível da bandeira nacional em cada igreja nos Estados Unidos, iria um pouco neste sentido. Lembro-me que muitos anos atrás no Brasil, em determinadas ocasiões, a bandeira com seu “Ordem e Progresso” também enfeitava as celebrações litúrgicas. Penso, porém, que entre os dois casos há uma diferença de interpretação.
No Brasil, também nas escolas havia diariamente o hasteamento da bandeira e canto do hino nacional. Mas nos Estados Unidos, pelo menos na impressão de não-americanos, era um sintoma de secularização que na forma de patriotismo (culturalmente colorido, até pelo capitalismo) invadia as igrejas. Nos Estados Unidos nos candidatos à presidência do país nunca pode faltar uma certa religiosidade. Não é imaginário o perigo de colocar a religião numa agenda sociopolítica. Pelo menos Santo Agostinho era dessa opinião. A religião do império romano exigia obediência e realização de atos gloriosos em prol da pátria. Cristo, pelo contrário, pregava humildade. É um perigo para quem exerce o poder, pois este poder poderia ser solapado.
Pode a religião ser um benefício para quem exerce o poder? Pode acontecer quando a religião contribui para a realização do objetivo dos candidatos ao poder. Neste caso a religião é reduzida a uma ideologia. O nazismo e o comunismo também visavam unir o povo em vista de um objetivo político a ser alcançado. Porque no sistema de Machiavelli a humildade de Cristo era banido? Porque ele entendeu que a humildade não tem nada a ver com submissão ou dependência, pois neste caso serviria bem ao objetivo dos poderosos. É que a humildade cristã é entrega a um poder estranho; ao poder de Deus que nos leva a uma libertação. O primeiro torna-se ó ultimo.
*Dom Frei Vital Wilderink, O Carm, foi vítima de um acidente de automóvel quando retornava para o Eremitério, “Fonte de Elias”, no alto do Rio das Pedras, nas montanhas de Lídice, distrito do município de Rio Claro, no estado do Rio de Janeiro. O acidente ocorreu no dia 11 de junho de 2014. O sepultamento foi na cidade de Itaguaí/RJ, no dia 12, na Catedral de São Francisco Xavier, Diocese esta onde ele foi o primeiro Bispo.
ELEIÇÕES- 2014: Padre e Bispo apoiam candidatos.
- Detalhes
"Enquanto não sabemos em quem vamos votar, as igrejas pentecostais, sim, sabem em quem vão votar", disse o padre Paulo Bezerra no salão repleto de fieis do centro comunitário da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera, zona leste de São Paulo...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
*A Cartilha Eleições 2014
- Detalhes
+ Aldo di Cillo Pagotto, sss, Arcebispo Metropolitano da Paraíba
Conheça a trajetória e as propostas do candidato e do partido. Se eleito, cobre resultados! Observe se o candidato trabalha com políticas estruturais ou se improvisa políticas de compensação.
- A Igreja orienta os fiéis a respeito dos princípios éticos e dos valores morais, incentiva-os para que contribuam na organização da ordem social, de modo que sejam bons cristãos e honestos cidadãos, testemunhem os valores do Evangelho de Jesus, enfim, esforcem-se para torná-los presentes na organização da sociedade. Pelo voto consciente, responsável, democrático, o povo pode decidir o seu presente e o seu futuro...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2014/09/a-cartilha-eleicoes-2014.html
*Encruzilhada eleitoral
- Detalhes
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Na medida em que se entra na reta final para as eleições 2014, a propaganda avança e as pesquisas impactam. O cidadão se vê numa encruzilhada eleitoral. Um enorme desafio à cidadania. Não basta apenas escolher um nome. O alcance da responsabilidade e das consequências do voto não permitem atitude simplória, sob pena do alto custo de decisões inadequadas sobre o executivo e a representatividade...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2014/09/encruzilhada-eleitoral.html
Jornalista da 'Forbes' investiga a história dos Anonymous
- Detalhes
Em "Nós Somos Anonymous", Parmy Olson, da revista "Forbes", procura contar a história do movimento global que combate imposições de governos e de grandes empresas e acredita que toda a informação deve ser livre.
A investigação de Olson resultou nesse livro que é o primeiro relato completo do grupo que criou um novo tipo de resistência. A autora também apresenta entrevistas exclusivas com membros do coletivo hacker LulzSec (Lulz Security).
"Hacker era uma palavra famosamente vaga", conta. "Podia se referir a um programador entusiasmado ou a um criminoso cibernético. Mas os membros do Anonymous, ou Anons, com frequência eram chamados de hacktivistas –hackers com mensagem ativista".
A assinatura –"Somos os Anonymous. Somos a Legião. Não perdoamos. Não esquecemos. Aguarde-nos."– e a máscara, uma referência ao rebelde britânico Guy Fawkes (1570-1606), marcaram as ações do grupo.
Fawkes, rebelde do levante conhecido como Conspiração da Pólvora, inspirou a criação do personagem V, da graphic novel "V de Vingança", de Alan Moore. A HQ serviu como inspiração para o filme homônimo.
"Seus panfletos e mensagens digitais mostravam o logotipo de um homem sem cabeça trajando terno e cercado por ramos da paz (ao estilo dos ramos de oliveira do símbolo da ONU), supostamente inspirado na pintura surrealista de René Magritte, aquela com um sujeito de chapéu-coco e a maça verde".
Os ataques do Anonymous em 2010 colocaram todo mundo que trabalhava com segurança cibernética em alerta, mas, graças ao anonimato, eles não faziam ideia do que estavam enfrentando. Em "Nós Somos Anonymous", Olson decifra um pouco dessa história.
Fonte: http://www.folha.uol.com.br/
Governo vai à Justiça pelos direitos de blog feito por admiradores de Dilma
- Detalhes
O governo decidiu entrar na Justiça para tomar para si os direitos do site Blog da Dilma, feito por um grupo de admiradores da presidente. Há dez dias, o blog publicou uma abjeta ilustração racista sobre Joaquim Barbosa.
Fonte: http://veja.abril.com.br
.Conheça Pablo Capilé, o líder por trás da Mídia Ninja.
- Detalhes
Pablo Santiago Capilé Mendes, de 34 anos, vive em dois mundos. No circuito Fora do Eixo (FdE), nome da comunidade que fundou e da qual é líder com status de guru, ele diz ser politicamente apartidário e defende a independência financeira do grupo a ponto de, dentro dele, fazer circular um dinheiro de mentirinha, o card. A “moeda” serve para “remunerar” o trabalho de cerca de centenas de jovens que moram nas 25 casas do FdE, espécie de repúblicas de muros grafitados onde tudo é de todo mundo -- incluindo as roupas, guardadas em um armário único e à disposição do primeiro que chegar.
Já no outro mundo em que vive, Capilé é um “companheiro”, como se referiu a ele o presidente do PT, Rui Falcão, e o dinheiro com que lida não só é de verdade como vem, em boa parte, dos cofres públicos.
O mais recente empreendimento do Fora do Eixo, por exemplo- uma casa inaugurada em Brasília no mês de junho para hospedar convidados estrangeiros e a cúpula da organização --, foi montado com dinheiro da Fundação Banco do Brasil. A título de convênio, a fundação repassou à turma de Capilé 204.000 reais destinados, segundo sua assessoria, a “estruturação do local, salários de educadores e implementação de uma estação digital”. O Fora do Eixo tem outras duas dezenas de casas espalhadas pelo Brasil em lugares como Fortaleza, Porto Alegre e Belém do Pará. Não tão chiques nem tão bem aparelhadas quanto a de Brasília, elas abrigam, no mesmo esquema da casa de São Paulo, jovens que trabalham voluntariamente para a organização.
Parte deles atua no Mídia Ninja, grupo que ficou conhecido por fotografar, filmar e transmitir pela internet em tempo real os protestos de rua de junho. Outra parcela, bem maior, trabalha na organização e na divulgação de atividades culturais, como os festivais de música - o negócio mais forte do Fora do Eixo, e o caminho mais curto para o dinheiro público. Para chegar até ele, Capilé conhece bem os atalhos.
Fonte: http://veja.abril.com.br
.No Dia da Pátria, só vândalos aparecem nas manifestações.
- Detalhes
Mais uma vez, a cena se repetiu nas principais capitais do país: o protesto como desculpa para um pequeno grupo de arruaceiros realizarem o quebra-quebra.
Os protestos já viraram rotina no calendário das principais cidades brasileiras. Como também passou a ser comum o quebra-quebra do patrimônio público. Neste sábado, 7 de setembro, Dia da Independência, as manifestações convocavam milhões de pessoas para sair às ruas. Mas apenas uma pequena parcela compareceu para, claro, provocar confusão. Foram os seguidores da tática black bloc, que pretendiam chamar mais atenção do que os desfiles cívicos.
As maiores manifestações ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. As três capitais registraram, mais uma vez, cenas de confronto entre pequenos grupos e policiais. Também ocorreram passeatas em Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e cinco capitais. Ao todo, 40 cidades registraram algum tipo de protesto.
Pelo balanço das polícias militares de todo o país, menos de 20.000 pessoas foram às ruas neste sábado e pouco mais de 500 pessoas foram detidas. Até às 22 horas, 50 manifestantes foram levados para a delegacia em Brasília. No Rio, 77 foram detidos. Em São Paulo, 39 pessoas foram presas. Em Curitiba, 27 e em Fortaleza, 30. Cerca de 20 manifestantes ficaram feridos.
Fonte: http://veja.abril.com.br
.Tudo por amor: o sacrifício heroico das carmelitas descalças de Compiègne
- Detalhes
Com procedimento de canonização equipolente, o Papa Francisco decidiu estender à Igreja inteira o culto das 16 carmelitas descalças de Compiègne guilhotinadas durante a Revolução Francesa.
Bernadette Mary Reis
Percorrendo os anais da história, vemos que há momentos em que as religiosas desempenharam um papel importante no curso dos eventos humanos. É o caso, por exemplo, das mártires carmelitas descalças de Compiègne. Muitos já ouviram falar delas, mas talvez não saibam que o seu sacrifício ajudou a pôr fim ao Regime do terror.
Tudo começa com um sonho. Em 1693, uma mulher deficiente de 29 anos que vivia no Carmelo de Compiègne sonhou com Jesus em companhia da sua Mãe, de Santa Teresa de Ávila e de duas carmelitas que tinham vivido no mesmo mosteiro. Depois de receber instruções sobre a própria vocação, teve uma visão na qual vê várias religiosas carmelitas escolhidas para “seguir o Cordeiro”. Um salto no tempo, para 1786: madre Teresa de Santo Agostinho, nova priora eleita do mesmo mosteiro, encontra um relato da visão que a irmã Elisabeth Baptiste teve antes de emitir os seus votos como irmã carmelita. Madre Teresa tem um pressentimento de que este sonho seja uma profecia relativa à sua comunidade.
Alguns anos mais tarde, a revolução eclodiu na França, o que desencadeou então o Regime do terror. Em fevereiro de 1790, ratificou-se a suspensão provisória dos votos religiosos. A 4 de agosto, os bens da comunidade carmelita foram inventariados; no dia seguinte, todas as religiosas foram interrogadas e foi-lhes oferecida a oportunidade de renunciarem aos votos. Para grande pesar dos líderes revolucionários, todas as religiosas expressaram a sua firme determinação em permanecerem fiéis aos próprios votos até à morte. Páscoa de 1792: a 6 de abril, tornou-se ilegal usar o hábito religioso; dois dias depois, o sonho da irmã Elisabeth Baptiste foi contado às irmãs da comunidade. Os acontecimentos precipitam: em agosto, os mosteiros femininos foram fechados e despejados e os bens das religiosas foram apreendidos.
Ato de salvação das irmãs pela salvação da França
As 20 irmãs carmelitas de Compiègne deixaram o seu mosteiro a 14 de setembro, festa da Exaltação da Cruz. Com a ajuda de amigos, encontraram refúgio em quatro localidades diferentes e conseguiram comprar um hábito civil para cada uma: não tinham dinheiro suficiente para comprar sequer uma troca de roupa e o seu pedido de apoio ao governo não foi atendido. Pouco tempo depois, madre Teresa de Santo Agostinho consultou as quatro religiosas do coro, as mais idosas, sobre a proposta a fazer a toda a comunidade para oferecerem a própria vida pela salvação da França: a sua proposta enraizava-se no próprio desejo de Santa Teresa de Ávila de reformar o Carmelo. Compreensivelmente, ela encontrou resistência: quem se submeteria voluntariamente à decapitação por meio da guilhotina recém-inventada?
Estranhamente, contudo, em poucas horas as duas religiosas mais idosas pediram perdão à priora pela falta de coragem: isto preparou o caminho para a madre Teresa, que propôs um ato de doação da vida aos outros membros da comunidade. A partir de 27 de novembro, todas as religiosas recitavam um “ato de doação de si” pela salvação da França, escrito pela priora. Mais tarde, foi acrescentada uma intenção para que cada vez menos pessoas fossem executadas com a guilhotina, e pela libertação das pessoas presas.
A 21 de junho de 1794, os soldados revistaram os aposentos das religiosas. No dia seguinte foram presas com base em provas que surgiram durante a busca, usadas para provar que continuavam a viver uma vida consagrada e que simpatizavam com a monarquia. A comunidade carmelita, que naquele momento contava 16 religiosas, foi para a prisão no ex-convento da Visitação com 17 irmãs beneditinas inglesas. A 12 de julho, o presidente da câmara municipal de Compiègne entrou no convento com os soldados, surpreendido ao encontrar as mulheres vestidas com os seus hábitos religiosos: o único hábito civil que possuíam estava completamente encharcado. Neste ponto, a partida para Paris, onde as espera o julgamento, é inevitável. A 17 de julho, as 16 irmãs carmelitas, com outros 24 prisioneiros, foram consideradas culpadas de serem “inimigas do povo” — entre outras acusações — e condenadas à morte. As religiosas prepararam-se para a realização do sonho profético: em breve seguiriam o Cordeiro.
A beatificação das mártires
Naquela mesma noite, ecoou em Paris a voz das religiosas que cantaram o Ofício divino enquanto atravessavam as ruas da cidade; o carrasco permitiu-lhes terminar as orações pelos moribundos, incluindo o canto do Te Deum, seguido pelo Veni Creator e a renovação dos seus votos. Ao subir para o patíbulo, receberam a última bênção da priora, beijaram a imagem de Nossa Senhora e seguiram o Cordeiro sacrificial.
Robespierre foi detido dez dias mais tarde e executado no dia seguinte. O Regime do terror terminou, deixando pouco espaço para dúvidas de que o Senhor tinha aceite o sacrifício da vida das religiosas. As mártires de Compiègne foram beatificadas por Pio X em 1909.
Durante a audiência concedida, na quarta-feira (18/12), ao prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, o Papa Francisco aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos, Membros do Dicastério, e decidiu estender a toda a Igreja o culto à Beata Teresa de Santo Agostinho, no século, Maria Madalena Claudia Lidoine, e as 15 companheiras da Ordem das Carmelitas Descalças de Compiègne, mártires, mortas por ódio à fé durante a Revolução Francesa, em 17 de julho de 1794, em Paris, França, inscrevendo-as no catálogo dos Santos, Canonização Equipolente, uma prática iniciada por Bento XIV com a qual o Papa estende o culto de um servo de Deus ainda não canonizado a toda a Igreja por meio de um decreto. A Beata Teresa de Santo Agostinho e suas companheiras são agora santas. Fonte: https://www.vaticannews.va
São santas as religiosas carmelitas descalças de Compiègne, guilhotinadas em 1794, em Paris.
- Detalhes
Com procedimento de canonização equipolente, o Papa Francisco decidiu estender à Igreja inteira o culto das 16 carmelitas descalças de Compiègne guilhotinadas durante a Revolução Francesa. Serão beatos dois mártires: um do comunismo, o arcebispo Eduardo Profittlich, e um do nazismo, o sacerdote Elia Comini. Tornam-se veneráveis os servos de Deus Áron Márton, bispo, Giuseppe Maria Leone, sacerdote, e Pietro Goursat, leigo francês.
Vatican News
Durante a audiência concedida, nesta quarta-feira (18/12), ao prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, o Papa Francisco aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos, Membros do Dicastério, e decidiu estender a toda a Igreja o culto à Beata Teresa de Santo Agostinho, no século, Maria Madalena Claudia Lidoine, e 15 companheiras da Ordem das Carmelitas Descalças de Compiègne, mártires, mortas por ódio à fé durante a Revolução Francesa, em 17 de julho de 1794, em Paris, França, inscrevendo-as no catálogo dos Santos, Canonização Equipolente, uma prática iniciada por Bento XIV com a qual o Papa estende o culto de um servo de Deus ainda não canonizado a toda a Igreja por meio de um decreto. A Beata Teresa de Santo Agostinho e suas companheiras são agora santas.
A Comunidade de Compiègne foi a quinquagésima terceira fundação da ordem na França, que ocorreu após a chegada ao país da Beata Ana de Jesus, discípula de Santa Teresa de Ávila. Com a eclosão da Revolução, membros do Comitê de Saúde Pública local foram ao convento para induzir as religiosas a abandonar a vida religiosa. Elas se recusaram e, quando - entre junho e setembro de 1792 - os episódios de violência aumentaram, seguindo a inspiração da priora, irmã Teresa de Santo Agostinho, todas se ofereceram ao Senhor como um sacrifício para que a Igreja e o Estado pudessem encontrar a paz.
Expulsas do mosteiro, separadas e vestidas com roupas civis, elas continuaram sua vida de oração e penitência, embora divididas em quatro grupos em várias partes de Compiègne, mas unidas por correspondência, sob a direção da superiora. Descobertas e denunciadas, em 24 de junho de 1794, foram transferidas para Paris e encarceradas na prisão Conciergerie, onde também estavam detidos muitos sacerdotes, religiosos e religiosas condenados à morte.
As religiosas carmelitas também foram exemplares em sua prisão. Em 17 de julho, no dia seguinte à festa de Nossa Senhora do Carmo, que elas tinham celebrado na prisão entoando hinos de júbilo, as dezesseis foram condenadas à morte pelo tribunal revolucionário por, entre outros motivos, “fanatismo” relacionado à sua fervorosa devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria.
Distribuídas em duas carroças, enquanto eram conduzidas para a execução, cantaram os Salmos e, quando chegaram ao pé da guilhotina, entoavam o Veni creator, renovando seus votos uma após a outra. Seus corpos foram enterrados numa vala comum, junto com os de outros condenados, no local que se tornou o atual cemitério de Picpus, onde uma placa recorda seu martírio. Elas foram beatificadas na Basílica de São Pedro por São Pio X em 27 de maio de 1906.
Beato Eduardo Profittlich, mártir durante o comunismo
Durante a mesma audiência, Francisco também autorizou o Dicastério a promulgar o decreto relativo ao martírio do servo de Deus Eduardo Profittlich, da Companhia de Jesus, arcebispo titular de Adrianópolis e administrador apostólico da Estônia. Nascido em 11 de setembro de 1890 em Birresdorf, Alemanha, faleceu em 22 de fevereiro de 1942 ex aerumnis ordinis (devido ao sofrimento sofrido na prisão) em Kirov (Rússia).
Criado no seio de uma numerosa família camponesa, depois de concluir os estudos clássicos, em 1912, ingressou no seminário de Trier, mas no ano seguinte, atraído pela espiritualidade dos jesuítas, foi aceito no noviciado em Heerenberg, na Holanda. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ele foi chamado de volta ao exército alemão e designado para o serviço de saúde. Depois da guerra, retomou os estudos de Filosofia e Teologia, tornando-se sacerdote em 27 de agosto de 1922. Enviado para a Polônia, obteve o doutorado em filosofia e o doutorado em Teologia na Universidade Jaguelônica de Cracóvia; mais tarde foi enviado para a Estônia como parte da Missão Oriental da Companhia de Jesus e a paróquia dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo em Tallinn foi confiada aos seus cuidados pastorais. Em 11 de maio de 1931, Pio XI nomeou-o administrador apostólico da Estônia, onde Profittlich apoiou significativamente o desenvolvimento da comunidade cristã local com seu trabalho. Em novembro de 1936, foi nomeado arcebispo titular de Adrianópolis por Pio XI e recebeu a consagração em dezembro seguinte. Após a invasão soviética da Estônia, em 17 de junho de 1940, quase todos os sacerdotes foram presos: Profittlich poderia ter regressado a casa, mas optou por permanecer na Estônia, com os seus fiéis. Em 27 de junho de 1941 foi preso e deportado para Kirpov, na Rússia, onde foi submetido a várias torturas, às quais respondeu declarando que a sua única missão tinha sido destinada à educação religiosa dos fiéis que lhe foram confiados. Condenado à morte, faleceu antes da execução da pena devido ao sofrimento da prisão.
Beato Elia Comini, mártir do nazismo
Outro decreto relativo a um mártir é o do servo de Deus Elia Comini, sacerdote salesiano nascido em Calvenzano di Vergato (Itália) em 7 de maio de 1910 e assassinado in odium fidei, em 1º de outubro de 1944, em Pioppe di Salvaro (Itália).
Nascido numa família modesta, Comini frequentou a escola dos herdeiros de Dom Bosco em Finale Emilia, onde se amadureceu a sua vocação. Em 1926, depois do noviciado, fez a primeira profissão e foi enviado para completar os estudos em Turim Valsalice e na Universidade Estadual de Milão. Em 16 de março de 1935 foi ordenado sacerdote e dedicou-se à educação dos jovens nas escolas salesianas de Chiari e Treviglio, onde também se tornou diretor.
Todos os anos passava um período de férias com a sua mãe idosa e ajudava o pároco de Salvaro, onde vivia a sua família de origem, no serviço pastoral da aldeia. Mesmo no verão de 1944, o servo de Deus foi para lá, embora aquela área estivesse no centro dos combates envolvendo soldados alemães, aliados e grupos de guerrilheiros.
Naquele contexto de guerra, pe. Elia, juntamente com o pároco, organizou o acolhimento de várias famílias deslocadas que encontraram refúgio na paróquia de San Michele in Salvaro. Colaborou com eles um jovem sacerdote dehoniano, padre Martino Capelli, com quem pe. Elia estabeleceu um bom entendimento.
Quando os soldados nazistas se espalharam pela zona de Monte Sole, pe. Comini prestou ajuda à população, enterrando os mortos e escondendo cerca de setenta pessoas numa sala adjacente à sacristia. A pedido de um grupo de guerrilheiros, ele celebrou uma missa em memória de alguns de seus caídos em batalha. No dia 29 de setembro de 1944, depois do massacre perpetrado pelos nazistas na cidade vizinha chamada “Creda”, o servo de Deus, junto com o padre Cappelli, correu para levar conforto aos moribundos. Ao chegar, acusado por um informante de ser espião dos guerrilheiros, foi preso e obrigado a transportar munições. Foi levado com o padre Cappelli e mais cem presos, incluindo outros três sacerdotes, para um estábulo em Pioppe di Salvaro, onde testemunhou os numerosos atos de violência perpetrados pelos invasores, sempre pronto a confortar, ajudar e proporcionar o ministério da Confissão.
Fracassadas as tentativas de mediação com que várias partes tentaram salvá-lo, na noite de 1° de outubro de 1944 o servo de Deus foi assassinado junto com o padre Cappelli e um grupo de outras pessoas consideradas “inaptas para o trabalho”, apesar de gozarem de boa forma física. Durante a execução de cerca de quarenta pessoas metralhadas, o corpo do pe. Comini protegeu um dos três sobreviventes do que ficou conhecido como massacre de Pioppe di Salvaro. O sobrevivente, testemunha decisiva destes fatos, contribuiu para dar a conhecer o martírio do servo de Deus, cujo corpo, como o das outras vítimas, se tinha perdido nas águas do Rio Reno.
Os veneráveis Áron Márton, Giuseppe Maria Leone e Pietro Goursat
Quanto aos servos de Deus que se tornam veneráveis, são Áron Márton, bispo de Alba Julia, nascido em 28 de agosto de 1896, em Csíkszentdomokos (atual Romênia) e falecido em 29 de setembro de 1980 em Alba Iulia (Romênia); Giuseppe Maria Leone, sacerdote professo da Congregação do Santíssimo Redentor, nascido em 23 de maio de 1829 em Casaltrinità (atual Trinitapoli, Itália) e falecido em Angri (Itália) em 9 de agosto de 1902; e Pietro Goursat, fiel leigo, nascido em 15 de agosto de 1914 em Paris (França) e ali falecido em 25 de março de 1991.
Áron Márton lutou na Primeira Guerra Mundial antes de se tornar sacerdote, dedicando-se também ao ensino. Como bispo de Alba Julia, dedicou-se a fortalecer os laços entre o clero, dividido pela guerra e pelo ódio racial. Durante os anos da Segunda Guerra Mundial, ele se posicionou abertamente contra as leis raciais nazistas e cuidou de refugiados, exilados e judeus. No pós-guerra, a sua ação pastoral visava salvaguardar a fé contra o ataque dos comunistas romenos que oprimiam a minoria húngara na Transilvânia. Preso em 1949, foi julgado e condenado a duras prisões e trabalhos forçados. Ele também sofreu muito fisicamente e, depois de deixar a liderança de sua diocese, em 2 de abril de 1980, por estar doente com câncer, morreu poucos meses depois.
Giuseppe Maria Leone estudou no seminário apesar da oposição do pai e, após o noviciado com os Redentoristas, fez a profissão religiosa em 1851. Depois de ter estado em Vallo della Lucania e Angri, quando, em 1860, as ordens religiosas foram suprimidas, regressou à sua cidade natal realizando um fecundo apostolado em colaboração com o clero local. Tornou-se pregador e confessor, mantendo-se próximo das famílias afetadas pela epidemia de cólera que se espalhou pela população em 1867. Em 1880, quando foi possível retomar a vida religiosa, regressou na comunidade redentorista de Angri e assumiu diversas funções, dedicando-se também à publicação e reedição de algumas das suas obras de caráter ascético e espiritual. Distinguiu-se como confessor, diretor espiritual e pregador de exercícios espirituais a sacerdotes, seminaristas e religiosas, contribuindo significativamente para a renovação da vida religiosa e também para o crescimento espiritual dos fiéis leigos. De saúde muito debilitada, seu estado piorou no início de 1902 e ele faleceu poucos meses depois.
Pietro Goursat viveu uma infância difícil devido a um pai com problemas mentais que abandonou a família. Leigo consagrado, desenvolveu intensa atividade no meio cultural francês e, ao se reaproximar do pai, desenvolveu um interesse crescente pelos pobres e pelas pessoas com dificuldades físicas e mentais, dedicando-se sobretudo aos jovens ameaçados pelas drogas e pela delinquência, tanto que acolheu alguns deles na casa-barco Péniche. Iniciou alguns grupos de oração que chamou de “Emanuel”, organizando sessões de formação para eles no Santuário do Sagrado Coração de Jesus em Paray-Le-Monial. O bispo local confiou o cuidado deste santuário à Comunidade Emanuel, que o tornou um importante centro de espiritualidade. Depois de sofrer um infarto, em 1985, decidiu retirar-se do governo da Comunidade, passando a última parte de sua vida escondido e em oração, numa atitude de confiante abandono a Deus. Fonte: https://www.vaticannews.va
Venerável Ordem Terceira do Carmo- Sodalício da Lapa- Rio de Janeiro: 114 Anos!
- Detalhes
OLHAR CARMELITANO. 114 Anos! Na Solenidade da Imaculada Conceição, a Venerável Ordem Terceira do Carmo- Sodalício da Lapa- Rio de Janeiro, celebrou os 114 Anos de presença Carmelitana através dos leigos na cidade do Rio. Também nesta mesma data, o jovem Anderson, iniciou a sua caminhada no noviciado. Na oportunidade, foi lida a saudação do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta O. Cist, aos irmãos e irmãs do Carmo da OTC. Parabéns!
Congresso do Laicato Carmelita: Frei Benny Phang-04
- Detalhes
Imagens do Congresso Internacional do Laicato Carmelita que aconteceu em Sassone, Roma-Itália, de 15-19 de setembro de 2024. O Congresso teve a participação de 200 Carmelitas provenientes de 30 países. Do Brasil se fez presente a Província Carmelitana Fluminense, com 16 carmelitas e a Província Carmelitana Pernambucana, com 2. A temática voltou o olhar para a Igreja Sinodal a partir do tema; Carmelitas Leigos: Chamados a iluminar o mundo. Além da participação do Superior Geral da Ordem do Carmo, Frei Miceál O´Neill, O. Carm, tivemos também a participação do Vice- Geral, Frei Benny Phang, O. Carm e a participação de vários leigos do mundo que relataram as suas experiências carmelitanas nas diferentes culturas a partir do tema proposto pelo responsável do Congresso, Frei Luis José Maza Subero, O. Carm, Conselheiro Geral da Ordem do Carmo para as Américas e da sua equipe. No vídeo, a conferência do Vice- Geral, Frei Benny Phang, O. Carm (4ª Parte)
Carmo do Rio de Janeiro, 25 de setembro-2024. Imagens: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm (Olhar Jornalístico) www.instagram.com/freipetronio
Congresso do Laicato Carmelita: Frei Benny Phang-01
- Detalhes
Imagens do Congresso Internacional do Laicato Carmelita que aconteceu em Sassone, Roma-Itália, de 15-19 de setembro de 2024. O Congresso teve a participação de 200 Carmelitas provenientes de 30 países. Do Brasil se fez presente a Província Carmelitana Fluminense, com 16 carmelitas e a Província Carmelitana Pernambucana, com 2. A temática voltou o olhar para a Igreja Sinodal a partir do tema; Carmelitas Leigos: Chamados a iluminar o mundo. Além da participação do Superior Geral da Ordem do Carmo, Frei Miceál O´Neill, O. Carm, tivemos também a participação do Vice- Geral, Frei Benny Phang, O. Carm e a participação de vários leigos do mundo que relataram as suas experiências carmelitanas nas diferentes culturas a partir do tema proposto pelo responsável do Congresso, Frei Luis José Maza Subero, O. Carm, Conselheiro Geral da Ordem do Carmo para as Américas e da sua equipe. No vídeo, a conferência do Vice- Geral, Frei Benny Phang, O. Carm (1ª Parte)
Carmo do Rio de Janeiro, 24 de setembro-2024. Edição do vídeo e imagens: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm (Olhar Jornalístico)
Venerável Ordem Terceira do Carmo- Sodalício de São José dos Campos, São Paulo.
- Detalhes
No último final de semana- Dias 24 e 25 de agosto- em Jacareí, São Paulo. Tivemos o Retiro na Casa das irmãs Carmelitas do Divino Coração de Jesus.
( https://carmeldcj.org/ ). No Domingo 25, além da Eleição da nova mesa administrativa, tivemos a entrada no Noviciado, Votos Temporários e Votos Perpétuos. www.olharjornalistico.com.br www.instagram.com/freipetronio
Superior Geral dos Carmelitas Descalços: Entrevista
- Detalhes
NOSSO SUPERIOR GERAL Padre Frei MIGUEL DE MARIA MARQUEZ RUA, OCD.
O P. Miguel Marquez Calle (de Maria) nasceu em 1965 em Plasencia (Cáceres). Ingressou na Ordem da Carmen Descalço em 1983 emitindo sua profissão religiosa em 1985. Foi ordenado padre em Medina del Campo em 1990. O P. Miguel Márquez é bacharel em Teologia Dogmática pela Universidade Pontifícia de Aspas de Madrid, com uma tese de licenciatura sobre “A Imagem de Deus no Magníficat”.
Desempenhou inúmeros cargos de responsabilidade e governo na vida da Província dos Carmelitas de Castela, como Conselheiro Provincial de 1999 a 2002 e Vigário Provincial de 2002 a 2005, cargo para o qual foi eleito novamente no capítulo provincial de 2008 e depois como Provincial. Além disso, exerceu como formador, como professor de estudantes durante seis anos na comunidade de Salamanca. Em fevereiro de 2015 foi eleito primeiro provincial da nova província ibérica de Santa Teresa de Jesus, nascida da união das províncias da Andaluzia, Aragão e Valência, Burgos, Castela, Catalunha e Baleares, no capítulo provincial extraordinário convocado para o efeito. Foi reeleito para o mesmo serviço no I capítulo provincial ordinário em abril de 2017 até julho de 2020 em que o capítulo provincial pôde voltar a ser celebrado.
O P. Miguel Márquez é autor de numerosas publicações de carácter teológico e espiritual, como de numerosos artigos (é colaborador habitual em revistas como “Teresa de Jesus” e “Revista de Espiritualidade”). Foi professor de mística e mariologia no CITES de Ávila, professor de mariologia nos cursos de renovação carmelitana no Monte Carmelo, professor de pastoral no Instituto de Espiritualidade de São Domingo.
Igualmente destaca sua atividade como animador da vida espiritual com palestras, retiros, exercícios e sua ajuda a numerosos grupos de oração. Igualmente dedicou muito tempo e esforço à direção espiritual e acompanhamento de muitas pessoas, incluindo padres, religiosos, freiras e seglares.
Miguel Márquez era uma promessa do futebol extremo – jogava no Plasencia – quando o Carmelo Descalço se cruzou com ele. Ficou impressionado com a felicidade das freiras do convento onde era acólito. "Aqui está algo forte para descobrir", disse-se. Então, no mosteiro das Batuecas ficou chocado e começou a ler Santa Teresa de Jesus. No final, desistiu da competição por contemplação. Até chegar a superior geral.
Talvez não seja a melhor altura para ser general.
O que você tem para viver é quase sempre o mais adequado. Estamos em um momento delicado e a Igreja está na mira do nosso testemunho. Na noite escura e nos tempos mais difíceis surgem os santos mais lúcidos. Os piores momentos do carmelo foram os mais fecundos. As páginas mais bonitas do carmelo foram escritas nos dias mais difíceis. Não podemos negar o presente, mesmo que seja complicado.
O Papa avisou-os sobre a tentação da sobrevivência.
Não queremos ser pessoas que protejam o seu prédio ou a sua segurança. Queremos proteger um carisma. É hora de voltar à origem, recomeçar e reviver o que Teresa de Jesus viveu. Nós temos santos que são uma maravilha, e sua vida foi fecunda porque eles passaram à noite, pela crise, por sentir que podiam fracassar. Fé consiste em passar pela dúvida e deixar Deus se fazer presente como Ele quer.
A vida religiosa vive uma noite escura?
Estamos procurando nosso lugar no mundo. É uma época de crise, de deserto, e podemos ter a tentação de pensar que isto não está no bom caminho e de procurar, a nível espiritual, seguranças rápidas e concretas e respostas claras e nítidas. É um perigo buscar espiritualidades que respondem com muita clareza, porque os místicos foram encontrando Deus deixando Deus se fazer presente.
Qual é a situação do mandado?
A ordem está crescendo muito na África e na Ásia. Na América, discretamente. Na Europa, o número cai significativamente. O rosto da ordem está ganhando um carácter asiático e africano. No total, somos 4.000 frades. Crescer não garante que a ordem cresça suficientemente forte. Por isso, o desafio é a formação e o acompanhamento das vocações, que as pessoas interiorizem o que significa a vida religiosa.
O que traz o carisma carmelitano?
Amizade com Deus e contemplação, da qual brotam a fraternidade e a missão. Em um mundo onde a dignidade da pessoa humana está em questão, a contemplação significa reconhecer a pessoa como filha de Deus e sentir-se habitado.
Antes de agir, contemplar.
Nós estamos tentados pelo ativismo, de pensar que somos nós que vamos salvar o mundo. Não somos nós, depende de como deixamos Deus entrar. Deus faz coisas inimagináveis com pessoas que se sentem fracas A graça da Igreja não está nas suas estruturas.
Liderou a união de várias províncias carmelitas na Espanha. É o futuro?
Somos chamados a unir esforços, a um diálogo sobre como aproveitar as diferenças para construir.
Quais serão as suas prioridades?
A primeira é a interculturalidade, que cada região não viva como uma realidade isolada. Outra é a formação dos jovens que nos chegam: discernimento é fundamental, pois nem todos são válidos para a vida religiosa ou as motivações nem sempre são claras. É importante também cuidar do tempo após a formação, quando um padre é lançado em uma comunidade. E a pastoral juvenil e vocacional: é preciso dar alto-falante aos jovens religiosos e leigos.
Ainda há sede espiritual?
Mesmo vivendo nossa noite escura, as pessoas se perguntam onde está Deus.
Conseguiu verificar?
Nos piores momentos da pandemia estive ajudando os capelães do hospital Gregorio Marañón e do hotel Miguel Ângelo [foi medicalizado]. Entrava nos quartos para ouvir, não para passar receitas. E as pessoas não falavam de mágoas, mas de milagres, das coisas que tinham descoberto. Fiquei impressionado ao entrar no quarto de uma pessoa transexual. Eu rezei, dei-lhe a bênção e ele disse-me para ir mais vezes. Na segunda entrevista ela me contou sua história e nesse dia foi ela que me pediu para rezar. Foi impressionante ver essa necessidade. A pandemia fez-nos pensar onde está Deus e eu tenho a sensação de que, se alguém ouvir bem o que está acontecendo, aí está. Fonte: Facebook (Francisco Armida Ternero)
Edith Stein: virgem e mártir Carmelita, assassinada em 9 de agosto de 1942
- Detalhes
Edith Stein, Co-padroeira da Europa. “Uma eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja” (S. João Paulo II).
Vatican News
A Igreja celebra, neste dia 9 de agosto, a festa de Santa Teresa Benedita da Cruz, conhecida como Edith Stein, virgem e mártir Carmelita e Padroeira da Europa. Celebra-se também os 80 anos de sua morte.
Edith nasceu em Breslávia, na Baixa Silésia, Polônia, em 1891. Era a décima primeira filha de um casal de judeus muito fervoroso. Destacou-se, logo, por sua inteligência brilhante e o juvenil desapego da religião.
Ouça e compartilhe
Foi assistente do filósofo Husserl na Universidade de Freiburg, com quem aprofundou o tema da empatia e da fenomenologia. Mas, mediante a leitura dos Exercícios de Santo Inácio de Loyola e a vida de Santa Teresa de Ávila contribuíram para suscitar sua conversão ao cristianismo.
Segunda Guerra Mundial
Durante a I Guerra Mundial, ao chegar ao ápice de um longo percurso interior, Edith Stein interrompeu seus estudos de Filosofia para prestar socorro aos soldados, como enfermeira da Cruz Vermelha, e se dedicar à promoção humana, social e religiosa das mulheres, e à vida contemplativa.
Através de seus conhecimentos, estudos e aprofundamento dos textos de Santo Tomás de Aquino e de Santo Agostinho, Edith conseguiu encontrar a Verdade de Cristo. Por isso, recebeu o Batismo e a Crisma, em 1922, contra a vontade de seus pais, sem jamais renegar às suas raízes judaicas.
Durante os anos das perseguições, tornou-se professora e Irmã Carmelita, em Colônia, Alemanha, em 1934, recebendo o nome de Teresa Benedita da Cruz. Assim, abraçou o sofrimento do seu povo, em sintonia com o sacrifício de Cristo.
Devido às violências da "Noite dos Cristais", foi transferida para a Holanda, país neutro, onde, no Carmelo de Echt, colocou por escrito seu desejo de se oferecer em "sacrifício de expiação pela verdadeira paz e a derrota do reino do Anticristo".
Edith é presa
Dois anos após a invasão nazista na Holanda, em 1940, foi presa, junto com outros 244 judeus católicos, como ato de represália contra os Bispos holandeses, que se opuseram publicamente às perseguições. Foi levada para o Campo de Extermínio de Auschwitz, na Polônia, onde transmitiu a mensagem evangélica aos presos, dedicando-se, sobretudo, à assistência das crianças encarceradas, que, depois, as acompanhou, com compaixão, até ao patíbulo.
Sua irmã Rosa, que também havia se convertido ao catolicismo, estava presa com ela em Auschwitz. No momento extremo do seu martírio, disse: "Venha, vamos pelo bem do nosso povo". Com o olhar fixo nos braços abertos de Cristo na cruz, única esperança, Edith Stein recebeu a palma do martírio nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau, no tórrido mês de agosto de 1942.
Em 1998, ao presidir o rito de sua Canonização, São João Paulo II a definiu: "Uma eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja. Proclamar Santa Edith Stein co-padroeira da Europa significa cravar no horizonte do Velho Continente um estandarte de respeito, tolerância, aceitação". Fonte: https://www.vaticannews.va
Pág. 522 de 664