CHEGANDO A SÃO JOÃO DEL REI
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DIA 27 DE JUNHO-2017: Rezando com Frei Petrônio.
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, direto do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro, reza as Laudes - Oração da manhã da Liturgia das horas, nesta terça-feira, 27. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 27 de junho-2017. DIVULGAÇÃO: www.olharjornalistico.com.br
UM DIA NA GALILEIA: Cantando com Frei Petrônio.
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HINO A SÃO JOÃO BATISTA
1 - Um dia, na Galileia / Um homem chamado João /:
Falava com ternura de amor aos seus irmãos. (bis)
2 – Seu rosto resplandecia/ A paz que ele trazia,/:
Fazei penitência, sempre, sempre João dizia. (bis)
Refrão: Viva João Batista! / Viva o precursor! /:
Porque João Batista anunciava o Salvador. (bis)
3- Às margens do Jordão, João batizava o povo, /:
Dizendo que Deus iria instaurar / um Reino Novo! (bis)
4- Às vezes João se sangava/ com os duros de coração/:
Dizendo que já estava muito perto a salvação (bis)
Corpus Christi Despedaçado : Uma atualização da Festa de Corpus Christi
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Por Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, Rio de Janeiro.
Convento do Carmo, São Paulo. 06 de maio-2012. (Atualização: Convento do Carmo de Salvador- BA. 15 de junho-2017)
Ó Jesus no ventre materno
Em Maria a gerar.
Olha para as mães grávidas
Sem família e sem um lar.
Junta todos os pedaços
De sangue, suor e dor.
Ó meu Jesus Eucarístico,
Vem mostrar o teu amor!
Sacramento do amor
Pão da vida salutar.
Os sem teto chorando
Seu suor a derramar.
Ó meu Jesus Eucarístico
Este povo a clamar.
Junta todos os pedaços
Venha logo ajudar!
Com os Mártires da ética
Nós vamos vos adorar.
Ó meu Jesus Eucarístico
Quanto sangue a derramar.
Estas vidas em pedaços
Este povo a caminhar.
Com os jovens sem futuro
Nós iremos vos clamar!
Partilhar a Boa Nova
A todos saber amar.
Este Brasil em pedaços
Este povo a protestar.
Ó meu Jesus Eucarístico
Vem logo nos ajudar.
Abraça a mãe solteira
E a viúva a chorar!
Estas famílias sofridas
Os desempregados a lutar.
Destrói do nosso país
A corrupção a matar.
Ó meu Jesus Eucarístico
Vem logo nos confortar
Estas vidas em pedaços
Este país a sangrar!.
Os negros tombando por terra
Sem a justiça encontrar.
Suas vidas em pedaços
Nas favelas a lamentar.
Ó meu Jesus Eucarístico
Vem logo nos amparar.
Quebra toda corrente
Que possa aprisionar!
No silêncio da madrugada
O suicídio a vencer.
Indígenas e Quilombolas
Sem sonhos para viver.
Ó meu Jesus Eucarístico
Venha sempre nos alentar.
Estas vidas em pedaços
Precisam Ressuscitar!
Nos corredores do Poder
A mentira a corroer.
A violência levando vidas
A corrupção a vencer.
Ó meu Jesus Eucarístico,
Vem logo nos socorrer.
Estas vidas em pedaços
Contigo vamos vencer!
Se depender de oração
Este povo vai se salvar.
Com as novenas e rezas
Todo o povo a suplicar.
Mas as vidas em pedaços
Quem poderá ajuntar?
Ó meu Jesus Eucarístico,
Venha conscientizar!
Nesse tempo da Lava Jato
E da propina a vencer.
Às vidas despedaçadas
O Povo sempre a correr.
Ó meu Jesus Eucarístico,
Vem logo nos socorrer.
Livra-nos da corrupção
E mostra o amanhecer!
Em cada cidade clamamos
Meu Jesus libertador.
Olha pelo nosso Brasil
Com carinho e com amor.
Ó meu Jesus Eucarístico.
As lágrimas vêm amparar.
Estas vidas em pedaços
Os cacos vêm logo juntar!
O MENINO, A CONCHA E SANTO AGOSTINHO.
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O MENINO, A CONCHA E SANTO AGOSTINHO.
Andando pela praia, após passar dias e dias tentado desvendar o mistério da Trindade, Santo Agostinho submergia vez em pensamentos profundos que se elevavam ao céu. Pensava ele; “Como é que pode haver três Pessoas distintas – Pai, Filho e Espírito Santo – em um mesmo e único Deus?”
Ele avistou, de repente, um menino com uma Conchinha que ia até a água do mar, enchia a sua Concha e voltava, despejando a água em um buraco na areia.
Santo Agostinho, observando atentamente o menino, lhe perguntou:
– O que estás fazendo menino?!
O menino, com grande simplicidade, olhou para Santo Agostinho e respondeu:
– Coloco neste buraco toda a água do mar!
Diante da inocência do menino, o santo lhe sorriu e disse:
– Isto é impossível, menino. Como podes querer colocar toda essa imensidão de água do mar neste pequeno buraco?
O menino, que na verdade era um anjo de Deus o olhou então profundamente e lhe disse com voz forte:
– Em verdade, te digo: é mais fácil colocar toda a água do oceano neste pequeno buraco na areia do que a inteligência humana compreender os mistérios de Deus!
MORAL DA HISTÓRIA:
1-O Mistério da Trindade Santa não é para se compreender, mas contempla e amar.
2- Os nossos olhos humanos enxergam números, cálculos e perguntas com respostas. Já Deus enxerga com o amor infinito que não tem respostas ou régua para medir o tamanho da sua bondade.
3º- Na Festa da Trindade não celebramos três pessoas ou três deuses, mas Um Único e Verdadeiro Deus.
MENSAGEM E ATUALIZAÇÃO PARA OS NOSSOS DIAS
Vivemos no “mundo” das mídias sociais onde a conversa-diálogo acontece do “outro” lado. Não, não! Somos COMUNIDADE! Repito, COMUNIDADE! Deus nos fez comunidade e que habitar e ser em comunidade. Podemos até usar o WhatsApp para nos comunicar com os nossos filhos e amigos, mas nada, NADA substitui o olho no olho, a conversa em torno da mesa e o sorriso comunitário.
Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ. E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.. Site: www.olharjornalistico.com.br Face: www.facebook.com/freipetros
Convento do Carmo de Salvador -BA. 11 de junho-2017. Festa da Santíssima Trindade.
Crônicas do Frei Petrônio: O meu melhor amigo.
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Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
Quando nasci, percebi que ele estava do meu lado. Com ele aprendi a dar os meus primeiros passos. O olhar carinhoso estava sempre me vigiando, não para punir, castigar ou criticar, mas para guiar uma caminhada até então inocente de muitos sonhos.
Na adolescência, tive as primeiras decepções, tristezas e incertezas no contato com às pessoas. Em nenhum momento, ele me decepcionou, ao contrário, foi uma seta indicando os passos no caminhar de alegria mas também de tristeza.
Fui ingrato quando ele fechou as primeiras portas. Não compreendi e insisti nos meus meus projetos que até então pareciam promissores. Olhei nos olhos dele com o coração ferido. Ele, como que dono da verdade, não me castigou ou esqueceu a minha companhia, ao contrário, ficava ali do meu lado, silencioso.
Os anos se passaram, tive que trabalhar, ganhar a vida e dar sentido à minha existência. Agora, não com a inocência de uma criança ou as fantasias de um adolescente. Era tempo de botar o pé na tábua e ir à luta. Ele, este sim, foi sempre presente nesta aventura de adulto e conquistador.
Quando recebi o primeiro salário, fomos festejar e fazemos compras. Agradeci o seu esforço e paciência na construção da minha história; rimos das conquistas e choramos juntos ao lembrarmos das quedas e das pedras encontradas no caminho. Senti no seu olhar um mal contentamento, parecia que os seus olhos queriam me dizer algo, mas preferi ficar em silêncio. O que seria? O que ele estaria pensando em me falar? Pensei em questioná-lo, mas me contive no silêncio angustiante, cortando o meu ser.
Os dias se passaram e finalmente chegou a manhã fatal. Não era noite, mas a neblina invadia a varanda da nossa casa e tudo ficou escuro. Ouvia vozes, choro, correria. Da janela do meu quarto, fui avisado que a impiedosa morte tinha levado os meus pais. Neste momento de lamento e cruz duas senhoras vinheram me consolar, e mesmo naquela hora eu estava tranquilo. Alguns perguntavam; como você consegue ter esta calma? Nesta hora, não tive como negar, olhei no horizonte e falei que ele, O TEMPO, foi a minha primeira escola e a melhor companhia. Com ele, aprendi a ser gente e me fazer homem. O tempo, este sim, foi o meu melhor amigo.
A Música da “Caverinha” no Largo São Bento...
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Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
No cenário sagrado do Mosteiro de São Bento, no coração de São Paulo, a suntuosa construção com suas colunas esplêndidas e suas imagens artísticas de anjos nos remete a idade média através do canto gregoriano dos monges Beneditinos, dos ritos e das belas celebrações. Diante desse cenário a “caverinha” do seu Pedro Barbosa parece avisar que alguma coisa está fora da ordem e que de fato estamos em um novo tempo. Sim, refiro-me a música brega, o protesto dos fatos e acontecimentos do cotidiano da grande metrópole através da expressão musical do artista, cantor e compositor de rua, Pedro Barbosa, natural de São José dos Pinhais, no Paraná. “Meu nome artístico é caveirinha porque criei este boneco para me ajudar a tocar e ganhar a vida”, afirma o músico apontando para o boneco vestido com trajes de roqueiro manuseando pelos seus próprios pés, criando assim uma sintonia entre a bateria, a música e o violão.
O paranaense encara o seu lado artístico enquanto meio de sobrevivência e vê com naturalidade o seu trabalho nas ruas de São Paulo. Perguntado sobre essa opção pela música de rua ele não tem vergonha em afirmar: “Sempre trabalhei, quando fiquei com certa idade não conseguia mais trabalho para sustentar os meus cinco filhos, eles precisavam sobreviver. As firmas não querem idosos, daí vim pra rua ganhar a vida com a música”. Esta afirmação do artista do povo traz em sua fisionomia a luta pela sobrevivência na baixada da glicéia, na liberdade, e a irreverência de um brasileiro que viu na expressão musical uma saída alternativa não apenas para ganhar o pão, mas para se autoafirmar no meio da multidão anônima e solitária da grande metrópole.
A simplicidade do “caveirinha” e o seu jeito perspicaz atrai o público na frente do Mosteiro de São Bento ao som do seu surrado violão. “As minhas músicas falam de corno e futebol, corno eu nunca fui, tenho 26 anos de casado, mas gosto de futebol. Falo também da vida, de casos da tv, lembra a Izabela do prédio? Sabe, eu tenho uma música daquela triste história, coisa feia moço!”. Após contar o fato ele começa a narrar a tragédia da morte da criança jogada do sexto andar do Edificil London no destrito da Vila Guilherme, em São Paulo, na noite do dia 29 de março de 2008. Durante a música, com a melondia triste e a letra melacólica, seu Pedro e a sua caveirinha conseguem milagrosamente juntar transeunte sempre apreçados e agintados. Por alguns minutos o barulho do centro parece parar, as nuvens enegrecidas e o voo dos pombos sobre o templo religioso parece se unir ao tocador e todos; artista, natureza e público, voltam no tunel do tempo através dos versos sangrentos e o grito de dor da triste história paulistana onde o mistério dos fatos e a violência vitimou uma criança.
Questionado sobre a facilidade em se expressar através da música ele confessa uma limitação: “Não gosto de cantar música de política ou do povo que mora na rua, aqueles que vivem na cracolância. Não, são histórias que não gosto, não consigo fazer rima”. Após fazer esta declação chega um jovem e pede pra ele cantar, “Prá não deizer que não falei das flores” e o seu Pedro foi categórico. “Não, não toco, não sei, não gosto”. Mesmo assim o admirador anônimo coloca uma moeda na sua caxinha de contribuição. Em retribuição ele diz: “Vou tocar uma música sobre o seu time de fotebol”, em seguida, como se estivesse agradecendo pela contribuição faz alguns versos no violão e na voz sobre o Flamengo. Após receber esta ajuda, sempre bem vinda para alimentar a família, ele faz algumas críticas aos músicos de rua: “Tem gente que acha que a rua é para vender CD, DVD e aí a polícia leva. Não vivo disso, sou sou profissional, quem quiser deixa na caixinha a sua ajuda”.
O paranaense e artista das praças, dos morros, dos becos e das favelas faz questão de afirmar que todos os seus filhos já tocaram ou cantaram. “Eu sempre cantei, os meus filhos sempre tocaram ou cantaram. Já tive na Favela da Rocinha no Rio de Janeiro cantando nas ruas e sempre fui respeitado. Tem autoridade policial que as vezes quer me pertubar, tirar o meu ganha pão, mas sempre fui defendido pelo povo que gosta das minhas canções”. Questionado sobre a sua opção religiosa ele faz uma afirmação teológica e filosófica sob o ponto de vista do sagrado: “Tenho muita fé em Deus, mas não sou de religião nenhuma”.
Após diversas perguntas do nosso grupo e várias apresentações do seu valioso trabalho artistico e cultural, ele termina declamando alguns versos sobre São Paulo e saudando os presentes com a sua voz bastante cansada, mas cheia de vigor e sabedoria popular.
O que é rezar?
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Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 4 de junho-2017
O que é rezar?
Rezar não é pedir
É sair do nosso individualismo
É saber silenciar
É reconhecer-se pecador
É não fingir que somos santos.
O que é rezar?
É solidarizar-se com o indigente
É acolher o pobre, o órfão e a viúva.
É abrir os olhos para a realidade
É ser crítico, enérgico e sensível.
É sujar as mãos em defesa da vida.
O que é rezar?
É perceber Deus nos guiando
É ser humilde e humano
É trilhar o caminho estreito
É assumirmos as virtudes de Maria
É ver Deus nas noites escuras do dia-a-dia.
O que é rezar?
É um diálogo amigo e fraterno
É um momento não de pensar, mas de amar.
É ver o mundo com os olhos de Deus
É escutar o silêncio no barulho das metrópoles
É se identificar com o Crucificado.
O que é rezar?
É não ter medo de conhecer as limitações
É caminhar na contra mão e encontrar Deus
É descer na sujeira da vida e purificar-se
É esperar por Deus até o último segundo
É contemplar Deus nas sujeiras da vida.
O que é rezar?
É silenciar diante da morte e olhar prá ressurreição
É acreditar em Deus mesmo nas tempestades
É saber calar nas interrogações da vida
É enfrentar a cruz com os pés no chão
É não fugir da realidade ou fingir que não vê.
O que é rezar?
É não se preocupar com as palavras
É não ter medo de ser frágil como um vaso
É reconhecer-se único e amado pelo Criador
É poder viver intensamente os momentos comuns
É não ter a pretensão de aprisionar o sagrado
Rezar, o que é rezar...
HUMANIZAR NO CARMELO: Encontro em Angra dos Reis/RJ.
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Ordem Terceira do Carmo de Angra dos Reis/RJ.
Sábado de Formação. 3 de junho-2017.
Tema: Humanizar no Carmelo.
Com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Delegado Provincial.
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A Ordem Terceira do Carmo de Angra dos Reis e toda ação Pastoral–Missionária Paroquial; Associações, Pastorais, Irmandades e Movimentos, tem como objetivo central não apenas seguir uma tradição, uma devoção, um rito ou uma doutrina. Não, não! O eixo central é a humanização da pessoa enquanto ser humano por que quem “conhece a doutrina cristã conhece a ternura de Deus” (Papa Francisco) Digo, Conhecer e seguir a doutrina da Igreja não é ser rabugento e inquisidor apontando o dedo para os “pecadores”, mas é reconhece-se pequeno e limitado diante de um Deus. Em outras palavras, “Quem não conhece as carícias do Senhor não conhece a doutrina cristã”. (Papa Francisco).
No final do século XII e início do século XIII, um grupo de eremitas se estabeleceram no Monte Carmelo, local da batalha do Profeta Elias- O Pai do Profetismo- contra os seguidores de baal, o Deus falso. (1º Reis 18, 20-40). A inspiração da Ordem do Carmo tem nesse Profeta não apenas o homem da espada de fogo e da luta contra os seguidores de baal, mas também no compassivo homem de Deus cheio de misericórdia e humanidade que ressuscita o filho da viúva de Sarepta e, ouvindo o clamor da pobre mulher, não deixa faltar o pão de cada dia. (1º Reis 17, 1724). Em outras palavras, a Espiritualidade Carmelitana nos ensina a seguir a boa nova com gestos concretos e humanitários diante de uma cidade de Angra profundamente marcada pela tradição, religiosidade e fé mas, ao mesmo tempo, carente de perdão, amor e carinho. Carinho este que se traduz não apenas na devoção à Imaculada, a São Benedito, ao Divino Espírito Santo ou a Nossa Senhora do Carmo, mas em atenção aos idosos, aos jovens viciados no mundo das drogas e da prostituição, ao grito dos desempregados e principalmente no olhar triste daqueles e daquelas que mesmo fazendo parte da Ordem Terceira do Carmo ou das diversas pastorais paroquias dessa cidade vivem no mundo da depressão e da incompreensão sedentos da carícia e do amor que não tem limites, cor, sexo, classe social, cor partidária ou religião.
Jesus confirmou literalmente esta carícia de Deus quando perdoou os seus assassinos: "Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo!" (Lc 23,34) Na parábola do Filho Pródigo transparece a mesmo inacreditável carícia. O filho mais novo pediu a herança e saiu de casa (Lc 15,12). Herança só se recebe na morte do pai. É como se o filho estivesse desejando a morte do pai. E o pai, apesar de o filho desejar a sua morte, não rompe com o filho, nem o priva da herança, mas fica esperando pela sua volta. O filho pródigo somos todos nós.
Já o apóstolo Paulo transmite esta mesma carícia do amor eterno de Deus quando diz: "Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rm 8,38-39).
Se fizermos um rápido olhar sobre os quatro evangelhos, veremos que os mesmos deixam transparecer de muitas maneiras como Jesus irradiava esta carícia do amor eterno de Deus nas suas atitudes e gestos de serviço, solidariedade, compaixão e humanidade para com as pessoas. Vejamos;
A moça do perfume (Lc 7,36-50); A viúva de Naim (Lc 7,11-17), as crianças (Mc 10,13-16), O cego de Jericó (Mc 10,46-52); Os doentes (Mt 4,23-25); O povo faminto (Mc 8,1-9), Os leprosos (Mc 1,40-45; Lc 17,12-19; 7,22); O paralítico de trinta e oito anos (Jo 5,1-9), A mulher adúltera (Jo 8,1-11); A menina de doze anos (Mc 5,35-43); A mulher de hemorragia irregular (Mc 5,25-34); A mulher curvada durante dezoito anos (Lc 13,10-17); O pai do menino epilético (Lc 9,37-43); A Samaritana (Jo 4,7-26), a Cananéia (Mt 15,21-28); Zaqueu (Lc 19,1-10), o oficial romano (Mt 8,5-13); A sogra de Pedro (Mc 1,29-31), e tantas e tantos outros.
Por mais que quisessem, não conseguiram dobrar Jesus por dentro. A desumanidade não conseguiu apagar nele a humanidade. Eles o prenderam, xingaram, cuspiram no rosto, deram soco na cara, fizeram dele um rei palhaço com coroa de espinhos na cabeça e um cetro real de capim na mão, flagelaram, torturaram, tiraram o sangue dele. Teve de andar pelas ruas da cidade como um criminoso, e de ouvir os insultos das autoridades religiosas. Aqui no calvário deixaram Jesus totalmente nu à vista de todos e de todas, e um deles começou a enfiar um prego na mão dele. Mas o veneno desta desumanidade não conseguiu alcançar a raiz da humanidade que brotava de dentro de Jesus. A fonte de humanidade que jorrava de dentro dele era mais forte que o veneno que vinha de fora. O veneno da calúnia e da tortura não chegou a matar em Jesus a dignidade humana. Pelo contrário! Olhando aquele soldado ignorante e bruto, Jesus teve dó dele e rezou por ele e por todos: “Pai perdoa!” E ainda arrumou uma desculpa: “Eles não sabem o que estão fazendo!” Jesus se fez solidário com aqueles que o torturavam e maltratavam.
Segundo o Papa Francisco na Exortação Apostólica, "Evangelii Gaudium"; “Se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica a entrega da minha vida”. Por vez, o Apóstolo Paulo na carta aos Romanos afirma: “Nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rom 8,38-39). Ele diz, “Nada nos poderá separar do amor de Deus”. Repito, do amor. Quando falamos em amor não estamos falando em meras tradições, devoções ou doutrinas, mas relações humanitárias que constroem laços de amizade e humanidade.
A subida do Monte Carmelo, digo, a vivência da Espiritualidade Carmelitana por parte de um irmão terceiro carmelita (a), em primeiro lugar, implica em seguir a Cristo com todo o seu ser e servi- Lo “fielmente com coração puro e total dedicação”. O espírito de Cristo misericordioso, manso e humilde de coração deve “contaminar” todo o seu ser a ponto de poder repetir com o Apóstolo São Paulo, “não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20), de forma que todo o agir ocorra “sob sua palavra”. Como dizia o Beato Carmelita, Frei Tito Brandsma, “Assim como Maria, devemos nos engravidar de Jesus”. Ou seja, quem tem e vive Jesus, transborda mansidão, alegria, perdão e humanidade.
Para Santa Teresa de Jesus, doutra da Igreja e reformadora do Carmelo, “A Oração não é nada mais do que um íntimo relacionamento de amizade a sós com aquele de quem sabemos ser amados”. Ela ainda afirma que “para aproveitar muito neste caminho de oração o essencial não e pensar muito – é amar muito. Escolhei de preferência o que mais vos conduza ao amor”, diz a santa.
UMA DECLARAÇÃO DE HUMANIZAÇÃO A PARTIR DO PROFETA JEREMIAS
A missão da flor é ser flor. A missão do passarinho é ser passarinho. A missão do ser humano é ser aquilo que a gente é: humano! Tudo foi criado pela Palavra. Deus falou, e as coisas começaram a existir. Gritou LUZ e a luz começou a existir. A MISSÃO fundamental primeira básica que podemos cobrar de todos e que todos podem cobrar de nós é ser humano, humanizar.
Depois de tudo que fez, você já não mereceria ser amado. Mas meu amor por você não depende do que você fez por mim ou contra mim. Quando comecei a amar você, eu o fiz com um amor eterno. Por isso, apesar de tudo que você me fez, apesar de todos os seus defeitos, eu gosto de você, eu amo você para sempre! Pode confiar! “Eu amei você com amor eterno; por isso conservei o meu amor por você” (Jr 31,3).
Enfim, como irmãos e irmãs da Ordem Terceira do Carmo, possamos dizer as mesmas palavras de Santa Teresinha do Menino Jesus, Carmelita, Padroeira das Missões e Doutora da Igreja; “No Coração da Igreja Minha Mãe, eu serei o Amor”. Que Deus nos ouça!
UM OLHAR PARA O DIVINO: Ao vivo nesta sexta, 2.
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AO VIVO: A Palavra do Frei Petrônio, direto do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. Tema: Um Olhar para o Divino- Reflexão sobre a Festa de Pentecostes. 2 de junho-2017.
VAI ESPÍRITO SANTO...
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Frei Petrônio de Miranda, 0. Carm.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 2 de junho-2017.
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Vai Espírito Santo
Liberta os jovens do tráfico de drogas
E fortifica-nos na defesa da vida.
Conforta os aidéticos e deprimidos
E livra-nos da angústia da discriminação.
Desce nas penitenciárias e converte os presos
Libertando-os do roubo e do mundo do crime
Vai Espírito Santo
Derruba as paredes da indiferença religiosa
E mostra-nos o caminho do ecumenismo.
Destrói os muros da separação política e econômica
E ensina-nos a valorizar a amizade e respeitar o próximo.
Arranca o espírito de competição, destruição e poder
E enche o nosso coração de alegria e compromisso social.
Vai Espírito Santo
Entra no Palácio da Alvorada
E abre os olhos do Presidente Temer.
Visita o Congresso Nacional e a Câmera dos Deputados
E leva o grito de fome, dor e desemprego do povo brasileiro.
Ilumina o Supremo Tribunal Federal
E concede aos nossos juízes os 7 dons.
Vai Espírito Santo
Passeia pelos corredores do Poder Legislativo
E ensina os vereadores a ficar do lado do povo.
Clareia os corredores do Poder Executivo
E mostra o verdadeiro sentido do poder.
Olha para a Ordem dos Advogados do Brasil
E ensina-os a advogar com justiça e equidade.
Vai Espírito Santo
Ampara o menor de rua, o órfão e a viúva
E enxuga as lágrimas de suor e dor.
Acompanha os Sem-Terra e Sem Casa
E transforma as suas utopias em realidade.
Visita às comunidades quilombolas e as aldeias
E fortalece-os na luta pela dignidade.
Vai Espírito Santo
Liberta-nos da intolerância, da raiva e da homofobia
E dá-nos um coração novo sem ódio e rancor.
Destrói a nossa indiferença pelo sagrado
E ensina-nos a respeitar Deus e a nossa igreja.
Toca em nosso coração de pedra
E torna-nos mais humanos e solidários.
Vai Espírito Santo
Converte os políticos corruptos do Brasil
E ilumina o nosso país nesta grande noite escura.
Abre os nossos olhos nas próximas eleições
E concede-nos uma sociedade politizada.
Acaba com a violência em nossas cidades
E fortifica-nos na luta pela justiça social e paz.
Vai Espírito Santo
Desce nas favelas, nos cortiços e nos morros
E protegei os corações despedaçados e ensanguentados.
Vem com o teu fogo abrasador aquecendo-nos contra o mal
E converte os difamadores, arrogantes e sanguinários.
Inspira-nos confiança na classe política e na justiça
E não nos deixe desanimar diante de um país em crise.
Vai Espírito Santo
Destrói em nossa vida todo pensamento de perseguição
E mostra-nos a leveza da tua presença amorosa.
Olha para os trabalhadores rurais
E conforta-os em sua labuta diária.
Daí força aos desempregados
E concedei-lhes a esperança do novo dia.
Vai Espírito Santo.... Vai...!!!
OLHAR DO FREI PETRÔNIO NESTA SEXTA, 26.
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BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE! Não basta rezar pelo Brasil, é necessário sair de cima do muro e gritar FORA TEMER e Diretas já!
AO VIVO: 18 DE MAIO: Edição.
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Quarta, 10: Olhar do dia de Frei Petrônio de Miranda, Carmelita/RJ.
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BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE! “Nesta quarta de confusão em Curitiba/PR, estava meditando sobre a justiça de Salomão (1º Reis 3, 16- 28) e fiquei pensando... Afinal, onde está a justiça? Quem roubou e quem é inocente? Quem é quem nessa grande novela sem fim recheada de corrupção, interesse político e financeiro? Penso que não podemos fechar os olhos para a roubalheira dos nossos políticos mas, ao mesmo tempo, temos que olhar para a “justiça” do nosso país com um pé atrás, afinal, o Temer não está preso, o Renan Calheiros não está preso, o Aécio Neves não está preso, o Geraldo Alckmin e Serra não estão presos... E por aí vai. Algo está errado em nossa história. Que tal chamar Salomão e partir o Brasil ao meio? E tenho dito. Não gostou? Ahhh! Muito simples, é só deixar de me seguir no face”. Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ.
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