Semana Nacional da Família reúne a Igreja no Brasil durante o Mês Vocacional
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Os fiéis de todo o Brasil têm um compromisso marcado entre os dias 11 e 17 de agosto. É a Semana Nacional da Família, celebrada há mais de 30 anos e uma oportunidade de as pessoas se aproximarem e rezarem juntas, em família e em comunidade. Durante esses dias, no contexto do Mês Vocacional, a Igreja celebra a importância da vocação familiar e do serviço de evangelização às famílias.
O tema escolhido pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para este ano é “Família e Amizade”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2024, que abordou “Fraternidade e amizade social”. Os temas propostos para aprofundamento estão no subsídio Hora da Família, distribuído para grupos de todo o país celebrarem em casa, nas comunidades e paróquias.
“Acreditamos que é na família que construímos os melhores amigos e também onde aprendemos os valores básicos da vivência social. Desejo que todas as famílias possam fazer uma experiência profunda de amizade, especialmente com aqueles que estão mais próximos, para poder viver também uma profunda e intensa amizade com Deus”, disse o bispo eleito de Ponta Grossa (PR) e presidente da Comissão Vida e Família, dom Bruno Elizeu Versari.
A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), responsável por animar a celebração da Semana Nacional da Família em todo o Brasil, deseja favorecer a oportunidade de as famílias vivenciarem momentos de oração, de confraternização e de visitas aos que estão afastados. “O importante é despertar junto com os filhos, junto com a família e em famílias a importância da amizade”, motiva dom Bruno Versari, convidando à participação nas atividades realizadas em cada paróquia do país. “Que possam fazer um momento de alegria e de convivência aí na sua comunidade!”, finalizou.
A Semana Nacional da Família
Em agosto, a Igreja no Brasil celebra o Mês das Vocações, e a cada semana são refletidos os diversos chamados de Deus para o serviço na Igreja e na sociedade. Na segunda semana do mês, a partir do Dia dos Pais, é celebrada a Semana Nacional da Família, como momento de destacar e valorizar a vocação matrimonial.
Nesse sentido, desde 1992, várias dioceses promovem atividades que em mais de três décadas foram tomando corpo pelo país e hoje contam com celebrações, encontros, palestras e momentos festivos. Tais eventos extrapolaram o âmbito da Igreja em algumas cidades do Brasil, com ações em escolas, associações, casas legislativas e outros locais – que inclusive a tem como data oficial no calendário municipal.
Materiais de apoio e divulgação
Para a celebração da Semana Nacional da Família, é oferecido o subsídio Hora da Família, com roteiros para o Dia dos Pais e para os encontros de cada dia da Semana. O material também contém os encontros para a Semana Nacional da Vida, que será vivenciada em outubro. O Hora da Família pode ser adquirido na loja virtual da Pastoral Familiar: lojacnpf.org.br
Além do subsídio impresso, a CNPF oferece um kit de material gráfico da Semana Nacional da Família 2024 para ser utilizado pelos comunicadores e agentes da Pastoral Familiar na divulgação. Acesse aqui.
Saiba mais sobre a Semana Nacional da Família no Portal Vida e Família: www.vidaefamilia.org.br Fonte: https://www.cnbb.org.br
Bispos venezuelanos pedem verificação do processo eleitoral
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Em um comunicado divulgado por ocasião dos acontecimentos nas eleições presidenciais, a Conferência Episcopal Venezuelana apela à verificação do processo eleitoral “no qual participem ativa e plenamente todos os atores políticos envolvidos”.
Vatican News
Protestos nos setores populares de Caracas e outras regiões da Venezuela depois das eleições realizadas no último domingo em que a oposição, organizações internacionais e governos manifestaram as suas dúvidas em relação aos resultados divulgados pelo órgão eleitoral, que deram a vitória a Nicolás Maduro.
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Os líderes da oposição venezuelana contestam o resultado, assegurando que, de posse de 73,25 % das atas, o candidato Edmundo González Urrutia venceu em todos os Estados, com 6.275.182, contra os 2.759.256 obtidos por Maduro.
Diante deste quadro, os bispos venezuelanos publicaram um comunicado onde destacam “a participação massiva, ativa e cívica de todos os venezuelanos no processo eleitoral", o que ratifica "a nossa vocação democrática.”
“Como pastores do Povo de Deus, acompanhamos de perto o desdobramento dos últimos acontecimentos e queremos expressar a todos a nossa proximidade e disponibilidade para prestar acompanhamento pastoral neste momento de preocupação”, afirma o comunicado dos prelados.
E unem-se ao pedido de uma verificação do processo eleitoral: “Unimos as nossas vozes às de todos aqueles dentro e fora da Venezuela que exigem um processo de verificação dos registos de contagem de votos, no qual todos os eleitores participem activa e plenamente.
Ao menos 12 manifestantes* morreram e mais de 700 foram presos durante os protestos em todo o país, que rechaçam a proclamação de Nicolás Maduro como presidente do país.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, convocou uma reunião extraordinária para tratar dos resultados das eleições na Venezuela, questionadas pela oposição venezuelana e por vários países da região.
Neste meio tempo, o Governo da Venezuela exigiu que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai retirassem “imediatamente” os seus representantes em território venezuelano, por terem manifestado a sua preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais.
Jesuítas
O Centro Gumilla, que é o Centro de Investigação e Ação Social da Companhia de Jesus na Venezuela, por meio de um comunicado rejeitou o incitamento à “violência e a perseguições políticas", exortando a percorrer "caminhos de paz, o que exige respeito pela Constituição por parte de todos os cidadãos, organizações, Forças Armadas e poderes públicos.”
“O Conselho Nacional Eleitoral, com transparência, deve garantir aos Partidos Políticos, e a todo o país, o acesso a 100% dos registros eleitorais, por Estados, municípios e mesas, para verificar e validar se os resultados eleitorais correspondem ao que foi proclamado. Enquanto isto não for esclarecido, não é justo reconhecer aquele que foi proclamado vencedor”, afirma o comunicado do Centro Gumilla dirigido à opinião pública.
Também é lançado um apelo à comunidade internacional para que continue a mediação “para que o processo eleitoral esteja de acordo com a Constituição, que sejam esclarecidas as dúvidas razoáveis sobre os resultados e a verdade prevaleça, mediante auditorias independentes”.
União Europeia: sem verificação, votação não reflete vontade popular
O alto representante da União Europeia Josep Borrell felicitou "o povo venezuelano pela sua determinação em exercer o direito de voto de forma pacífica e massiva", reconhecendo "o empenho da oposição no processo eleitoral, apesar das condições desiguais. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada", reiterou.
Outrossim, como os resultados eleitorais não puderam ser verificados, "não podem ser considerados representativos da vontade do povo venezuelano até que todos os registos oficiais das assembleias de voto sejam publicados e verificados."
Neste sentido, a UE apelou ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para agir com a máxima transparência no processo de apuração dos resultados, incluindo o acesso às atas de votação de todas as mesas de voto e a publicação dos resultados eleitorais. O apelo também às autoridades para que garantam a investigação completa de quaisquer reclamações ou reclamações pós-eleitorais.
Relatórios fidedignos de observadores nacionais e internacionais indicam que as eleições foram marcadas por numerosos fracassos e irregularidades.
Diante deste quadro, a União Europeia lamenta que nenhuma das principais recomendações da Missão de Observação Eleitoral da UE de 2021 tenha sido implementada. Os obstáculos à participação dos candidatos da oposição, as deficiências no registo eleitoral e o acesso desequilibrado aos meios de comunicação contribuíram para a criação de condições eleitorais desiguais.
A UE - ademais - manifesta a sua preocupação com as detenções arbitrárias e a intimidação de membros da oposição e da sociedade civil ao longo do processo eleitoral e apela à libertação imediata de todos os presos políticos, e assegura que continuará a dedicar todos os seus esforços políticos e diplomáticos para apoiar o diálogo e uma solução pacífica e negociada para a crise política.
A UE reitera o seu apoio aos esforços regionais e internacionais para facilitar o diálogo e restaurar a legitimidade democrática das instituições venezuelanas. Fonte: https://www.vaticannews.va
*Atualização às 6h30 de 31 de julho
Tito Brandsma (Em Inglês)
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Interpretação: Ledjane Motta/ Rio de Janeiro.
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
1-The church to Carmel give thanks. A school of holiness and prayer. The church to Carmel praises: Fraternity, prophetism and mission
Tito Brandsma, Carmelita, journalist, our brother. With holy scapular we go on mission.
2 - We need, on hard times with Elias at the source have a drink. On the basement of the humanity, the truth and peace will always win.
3 – On Carmel our vocation is thinking about Maria. Commune every day to reach to contemplation
4 – The mission of carmelites it’s not do great things but, in the little things, with greatness, always live 5 – The media, after the temples, it’s the first pulpit to teach. It’s the power of the word and the truth against the violence.
6 – Poor woman, I'll pray for you. Even though i don’t know how to pray at least I’ll say " watch over our, sins”
7 – Prayer is not an oasis at the desert of the life, but a sea on our lives. Meditating, on the greatness news, following Jesus to Grow
Tito Brandsma (Em Espanhol)
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Tito Brandsma (Em Espanhol)
Interpretação: Ledjane Motta/ Rio de Janeiro.
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
1-La Iglesia, gracias al Carmelo, escuela de santidad y de oración. La Iglesia alaba el Carmelo: Fraternidad, Profetismo y Misión.
Tito Brandsma, Carmelita, Periodista, nuestro hermano. Con el Santo Escapulario vamos juntos en Misión.
2-Necesitamos, en tiempos difíciles, con Elías, en la fuente para beber. En los sótanos de la humanidad, la verdad y la paz siempre triunfarán.
3- En el Carmelo, si pensamos en María, es nuestra propia vocación. Comunión, todos los días, para llegar a la contemplación.
4-La misión de los carmelitas no es hacer grandes cosas, sino en las cosas pequeñas, con grandeza, vivir siempre.
5- La prensa, después de los templos, es el primer púlpito para enseñar. Es la fuerza de la palabra y de la verdad, contra la violencia de las armas para matar.
6- Pobre mujer, rezaré por ti... Aunque no sepas rezar. Al menos puedes decir: "Ruega por nosotros pecadores... Lo dijo con fe.
7-La oración no es un oasis en el desierto de la vida, sino que es vida, en nuestro vivir. Meditando, en la Buena Noticia, siguiendo a Jesucristo para crecer
Biden se rende
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Em gritante contraste com o delinquente Trump, Biden sai da disputa como um político de grande estatura, que só foi abatido pela idade. Já no campo moral, o presidente ganhou de lavada
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem, a escassos 107 dias da eleição, que desistiu de tentar a reeleição, ampliando o caráter dramático da campanha presidencial americana.
Pode-se ler sua decisão como um gesto de grandeza e espírito público, ante o fato de que sua permanência na disputa parecia ampliar drasticamente as chances de seu adversário, o ex-presidente Donald Trump, tido e havido como uma ameaça à democracia no país. Mas também é possível concluir que Biden não tinha alternativa, ante o fato de que sua candidatura estava sangrando – com perdas substanciais em financiamento e em apoio dentro de seu próprio partido. A pressão por sua desistência se tornou irresistível, e Biden, político experientíssimo aos 81 anos, concluiu o óbvio: sua candidatura estava morta.
Foram semanas de agonia após o desempenho desastroso no já antológico debate com Trump na TV. Recorde-se, aliás, que os democratas haviam desafiado Trump para o debate antes mesmo da confirmação das candidaturas porque tinham interesse em mostrar que, ao contrário das aparências, Biden estava em forma e pronto para o combate. Como se sabe, não foi o que se viu: os americanos, atônitos, puderam constatar que seu idoso presidente é um homem com limitações evidentes para o desafio de uma campanha eleitoral e, o mais importante, de governar os Estados Unidos por mais quatro anos.
Para piorar, as últimas semanas foram particularmente generosas para a campanha de Trump. Além da evidente fragilidade do adversário, o ex-presidente teve vitórias judiciais expressivas, que praticamente limparam seu caminho rumo à Casa Branca, onde terá poder para enterrar todos os inúmeros processos que tem contra si. Ademais, mas não menos importante, Trump sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício, transformando-se automaticamente em mártir e em santo para seus inúmeros devotos. A sobrevivência de Trump foi transformada por sua campanha em prova de que o ex-presidente é um enviado de Deus para salvar a América. Nada menos.
Não foram poucos os que vaticinaram que a eleição, mantido o atual cenário, estava liquidada, ainda que as pesquisas de intenção de voto não tenham mostrado variações muito significativas em favor de Trump mesmo depois do atentado. E isso possivelmente se dá porque os Estados Unidos estão solidamente divididos entre democratas e trumpistas. A luta será para convencer os eleitores que não se identificam automaticamente com um ou outro – e eles terão peso significativo para decidir a eleição.
Para o Partido Democrata, começa agora a busca por um candidato viável, depois de semanas de angústia. Biden endossou sua vice, Kamala Harris, que não é exatamente um portento eleitoral, mas a esta altura não é possível imaginar uma disputa aberta entre os democratas pela vaga na chapa. Logo, salvo surpresas de última hora, os democratas irão de Kamala mesmo.
Ainda que abundem incertezas no campo democrata, a sensação certamente é de alívio. Não será mais necessário preocupar-se com cada frase dita por Biden – cujas declarações, todas elas, eram tomadas como medida de sua senilidade. A energia do partido poderá ser usada agora exclusivamente para construir uma candidatura forte o bastante para enfrentar Trump. A rigor, qualquer um seria melhor que Biden para cumprir essa missão.
É preciso energia e vigor para enfrentar Trump, que transformou o tradicional Partido Republicano numa seita que o idolatra, que nunca se conformou com a democracia e com sua derrota na eleição de 2020, que incitou uma tentativa de golpe de Estado e que tem profundo desprezo pelas instituições e pelos americanos que não o apoiam.
Em gritante contraste com o delinquente Trump, Biden sai da disputa como um político de grande estatura, que só foi abatido pelas limitações de sua idade, disputa que é impossível vencer. Já no campo moral, Biden ganhou de lavada. Fonte: https://www.estadao.com.br
Mãe do Carmelo
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Mãe do Carmelo
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
Mãe do Carmelo, pra onde vais, Virgem do Carmo, onde estais. / Ensina a seguir Jesus, ensina encontrar a paz (bis)
1- Na Ordem, Terceira do Carmo, vamos juntos evangelizar, / Senhora do Escapulário, vem logo nos ajudar (bis)
2- No mês, da Flor Carmelo, a Novena vamos rezar. / julho é carmelitano, com o Cristo vamos encontrar (bis).
3- Com, Madalena de Pazzi, e Tito Brandsma, vamos louvar. / Com Teresona e João da Cruz, para o Monte vamos caminhar (bis)
4- Não me fale, em devoção, e para os pobres, os olhos fechar. / O Carmelo é compaixão, e vidas sempre salvar (bis)
ELEIÇÃO-2024: Pensar não ofende... Votar também.
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REFLEXÃO ELEITORAL À LUZ DA PALAVRA DE DEUS
Dom Jailton Oliveira Lino
Bispo de Teixeira de Freitas Caravelas (BA)
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
Estamos nos aproximando de um período de grande importância para a vida cívica de nossas cidades: o período eleitoral. Em breve, seremos chamados às urnas para escolher nossos prefeitos e vereadores. Este é um momento que exige de nós, cristãos, uma profunda reflexão à luz da Palavra de Deus e dos ensinamentos da Igreja.
A política, como nos lembra o Papa Francisco, é o meio mais rápido de ajudar aqueles que mais precisam. Em seu ensinamento, o Papa nos exorta a ver na política uma forma elevada de caridade, pois ela busca o bem comum e a promoção da dignidade humana. No entanto, não podemos fazer da política um ringue de disputas onde predominam o ódio, o rancor e a raiva. A democracia não é esse palco. A democracia tem a ver com liberdade, liberdade de escolha, onde as pessoas podem escolher e serem respeitadas.
A Palavra de Deus nos orienta a agir com justiça, misericórdia e humildade (Miquéias 6:8). Neste período eleitoral, devemos lembrar que a justiça de Deus nos chama a olhar para o próximo com amor e compaixão, a promover a dignidade de cada pessoa, especialmente daqueles que estão mais vulneráveis e necessitados.
Jesus nos ensina: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Este mandamento deve guiar nossas escolhas e ações durante o processo eleitoral. Não devemos escolher nossos líderes baseados em interesses pessoais ou em promessas vazias, mas sim em sua capacidade de servir ao bem comum e de agir conforme os valores cristãos de amor, justiça e paz.
O Papa Francisco também nos adverte contra a tentação de instrumentalizar a política para fins egoístas. Ele nos chama a um engajamento político que seja realmente voltado para o serviço aos outros, e não para a busca de poder pelo poder. A verdadeira política, segundo o Papa, é uma das formas mais altas de caridade porque serve ao bem comum.
Em nossa caminhada democrática, que predomine o respeito, que predomine a política em favor dos que mais precisam. Que possamos escolher líderes que se comprometem verdadeiramente com a justiça social, com a promoção da paz e com a dignidade humana.
Precisamos nos entender como seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, e levar em consideração o valor do outro. Não podemos secularizar o ser humano e colocar as disputas e o poder acima dos interesses do povo, dos interesses de Deus.
Peço a todos que orem pelo discernimento e sabedoria neste período eleitoral. Que o Espírito Santo nos guie em nossas escolhas e que possamos contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna, onde o amor de Cristo possa realmente se manifestar em nossas ações e decisões.
Que Deus abençoe a todos nós e ilumine o caminho de nossa nação. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Menino de 7 anos esfaqueado por padrasto enquanto tentava salvar a mãe de agressão em Salvador tem morte cerebral, diz família
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Crime aconteceu no último fim de semana. Mulher não resistiu aos ferimentos.
Criança estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sábado (29), quando aconteceu o crime. — Foto: Arquivo Pessoal
Menino de 7 anos esfaqueado por padrasto enquanto tentava salvar a mãe de agressão em Salvador tem morte cerebral — Foto: Arquivo Pessoal
Por g1 BA e TV Bahia
O menino Arthur da Luz Santos, de 7 anos, que foi esfaqueado pelo padrasto enquanto tentava salvar a mãe de uma agressão no bairro do Doron, em Salvador, teve a morte cerebral confirmada por familiares, nesta quarta-feira (3). A criança estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sábado (29), quando aconteceu o crime.
Apesar da luta de Arthur, a mãe dele, Mariza da Luz Santos, de 30 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado. O suspeito de cometer o crime foi preso em flagrante.
De acordo com a Polícia Militar, equipes da 23ª Companhia Independente foram acionadas com informações de que um homem era agredido por populares na Travessa Ana Lúcia Torres.
Ao chegarem ao local, os agentes foram comunicados de que ele havia esfaqueado a companheira e o enteado, além de ter colocado o próprio filho do casal, de apenas um mês de idade, dentro de um balde com água fria.
O suspeito ainda abriu o gás de cozinha da casa, para intoxicar o bebê, trancou os dois pequenos no imóvel e tentou fugir.
"Ele sempre foi o demônio, ela sempre deu sinais que não queria mais ele, mas ele não saía da vida dela. Ele não saía de jeito nenhum, até que fez uma brutalidade dessa e tirou a vida dela", disse a irmã da vítima, Larissa Santos.
As crianças foram resgatadas pelos militares e socorridas para o HGE. O recém-nascido recebeu alta hospitalar e está com familiares.
"Ela queria sair dele, mas ele perturbava ela todos os dias. Ele é um monstro, só peço justiça e que esse monstro não saia da cadeia"
O homem foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No domingo (30), ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Histórico de brigas entre o casal
De acordo com a Polícia Civil, até o momento não há detalhes sobre a motivação do ataque. Testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Entretanto, vizinhos e parentes relataram à reportagem da TV Bahia que Mariza sofria violência do companheiro, com quem convivia há três anos.
Ele foi identificado pelos entrevistados como Rodrigo Bispo dos Santos. A família já havia pedido que ela se livrasse do relacionamento abusivo, temendo o pior.
"Eles brigavam muito, ele batia muito nela, até quando ela estava grávida do menorzinho", detalhou uma vizinha, que não foi identificada.
Ela disse, ainda, que essa noite Rodrigo estava "completamente transtornado", e tentou escapar pela cobertura das casas. "Ninguém dormiu aqui essa noite, com esse homem andando pelo telhado para lá e para cá. Ele estava descontrolado. Ainda bem que foi preso", desabafou. Fonte: https://g1.globo.com
Papa: a Unção dos Enfermos não é só para quem está "prestes a morrer"
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Francisco, no vídeo de intenção de oração para julho, pede que rezemos "para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança". O Papa ainda insiste que "não é um sacramento apenas para aqueles que estão prestes a morrer", explicando que é "um dos 'sacramentos da cura', que cura o espírito".
Andressa Collet - Vatican News
“Este mês tenhamos na nossa oração o cuidado pastoral dos enfermos.”
Assim inicia Francisco a mensagem em vídeo de julho com a intenção de oração que o Pontífice confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa. O Pontífice se detém a explicar mais precisamente sobre a Unção dos Enfermos, um sacramento administrado pelo sacerdote que proporciona consolo aos que sofrem alguma doença e aos seus mais próximos. Os sacramentos da Igreja são dons, são as formas de Jesus se fazer presente para abençoar, animar e acompanhar. O Papa faz um alerta:
"A Unção dos Enfermos não é um sacramento apenas para aqueles que estão prestes a morrer. Não. É importante deixar isto claro. Quando o sacerdote se aproxima de uma pessoa para lhe dar a Unção dos Enfermos, não está necessariamente a ajudá-la a despedir-se da vida. Pensar assim é desistir de toda a esperança. É dar por adquirido que depois do padre vem o coveiro."
Um sacramento com dimensão comunitária
O convite do Papa Francisco à oração de toda a Igreja é uma forma de tornar visível que a Unção dos Enfermos é um sacramento de natureza comunitária e relacional. Em Audiência Geral de fevereiro de 2014, dedicada à Unção dos Enfermos, o Pontífice recordou que "no momento da dor e da doença não estamos sós: o sacerdote e quantos estão presentes durante a Unção dos Enfermos representam toda a comunidade cristã que, como um único corpo se estreita em volta de quem sofre e dos familiares, alimentando neles a fé e a esperança, e apoiando-os com a oração e com o calor fraterno".
A proximidade de Jesus
Esse sacramento assegura a proximidade de Jesus à dor de quem está doente ou já idoso, o alívio do sofrimento e o perdão dos seus pecados, mas não é sinônimo de uma morte iminente. A Unção dos Enfermos é, frequentemente, um sacramento esquecido ou menos reconhecido, continuou o Papa. No entanto, "é o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados". E, no vídeo para o mês de julho, Francisco acrescenta:
"Lembremos que a Unção dos Enfermos é um dos 'sacramentos da cura', da 'cura', que cura o espírito. E quando uma pessoa está muito doente, é aconselhável dar-lhe a Unção dos Enfermos. E quando uma pessoa já é idosa, é apropriado que receba a Unção dos Enfermos."
As imagens que acompanham as palavras de Francisco no vídeo – gravadas por profissionais da Arquidiocese de Los Angeles em duas dioceses dos Estados Unidos: Allentown (Pensilvânia) e Los Angeles (Califórnia) – põem em destaque precisamente os diferentes contextos em que o sacramento pode ser administrado. São retratadas duas histórias aparentemente diferentes em idade e situação clínica, mas unidas pela graça da Unção dos Enfermos e pelo grande afeto daqueles que se reúnem em volta de quem recebe o sacramento.
“Rezemos para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança.”
A Unção dos Enfermos à luz dos Evangelhos
O Padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, salienta que, embora já haja muitas pessoas que redescobriram a profundidade da Unção dos Enfermos, esse sacramento ainda é visto, frequentemente, como uma forma de preparar os doentes para a morte: "é isso que o Papa Francisco diz, quando recorda que, quando alguém está gravemente doente, queremos sempre adiar o sacramento da Unção dos Enfermos, pois persiste a ideia de que o coveiro chega depois do sacerdote (Audiência Geral de 26 de fevereiro de 2014). Por isso, o Pontífice deseja que este mês possamos redescobrir toda a profundidade e o verdadeiro sentido deste sacramento, não apenas como preparação para a morte, mas como um sacramento que consola os doentes em alturas de enfermidade grave, bem como os que lhe são queridos, e dá força a quem os cuida".
"A pessoa doente não está sozinha", conclui então o Pe. Fornso: "com os sacerdotes e as pessoas presentes, é toda a comunidade cristã que a apoia com as suas orações, alimentando a fé e a esperança, e assegurando-lhe, bem como à família, que não estão sós no sofrimento. Todos conhecemos pessoas doentes, rezamos por elas e, se entendemos que padecem de uma doença grave, bem como os idosos cujas forças declinam, não tenhamos dúvidas em propor-lhes que vivam esse sacramento de consolação e esperança". Fonte: https://www.vaticannews.va
Rebelião há 200 anos no Nordeste impulsionou debate sobre República e fez oposição a dom Pedro
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Confederação do Equador, deflagrada a partir de Pernambuco, foi sufocada pelo imperador
Ilustração da morte de Frei Caneca
RECIFE
O autoritarismo do Império brasileiro levou um grupo de revoltosos a proclamar uma República em 2 de julho de 1824, durante o reinado de dom Pedro 1º, em uma parte do Brasil. O episódio foi a Confederação do Equador, que questionava os superpoderes e intervenções do imperador. A República proclamada envolvia as províncias de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
O nome Confederação do Equador se deu por causa da proximidade das províncias com a Linha do Equador. O movimento aconteceu sete anos depois da Revolução Pernambucana de 1817, na qual foi inspirado, segundo historiadores, e dois anos depois da Independência do Brasil.
A declaração de Independência trouxe autonomia para o Brasil, mas não deixou a monarquia para trás. Por isso, a Confederação do Equador trouxe a ideia de República, que se efetivou apenas 75 anos depois, mas que já havia sido implantada em partes da América do Sul.
"Falar de República naquele momento era quase que uma blasfêmia, era quase que atentar os desígnios divinos, porque a ideia de monarquia de antigo regime, monarquia de direitos divinos, ainda estava muito viva", afirma o professor de história George Cabral, da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1824, dom Pedro desfez a Assembleia Constituinte que estava em andamento, composta por deputados eleitos nas províncias, e promulgou uma nova Constituição do Brasil que incluía um Poder Moderador chefiado por ele.
Naquela época, o imperador não falava em mudar a escravidão e tinha mantido a concentração de terras com os ricos.
A dissolução da Constituinte foi um dos motivos para a explosão da tensão em Pernambuco.
Os líderes da Confederação do Equador também questionaram a troca, em 1823, do presidente da província local, uma espécie de governador. Manoel de Carvalho Paes de Andrade foi eleito pelo voto popular —predominantemente homens ricos votavam—, mas foi retirado do cargo pelo imperador, que colocou na função o antigo incumbente, Francisco Paes Barreto.
A medida foi com base em uma lei de 1823 que determinou a indicação dos presidentes de províncias pelo imperador, em vez de serem escolhidos pelas próprias províncias.
Os ideias liberais eram o norte dos revoltosos, liderados por nomes como Paes de Andrade —articulador político—, Frei Caneca —tido como a voz intelectual do movimento— e Cipriano Barata, um médico baiano que foi morar em Pernambuco após retornar de um período em Portugal. Ele não voltou para a Bahia em razão das tensões políticas no estado, que só aderiu à Independência do país um ano depois. Já Frei Caneca era filho de um homem que fabricava canecas e serviu à Igreja Católica no Convento do Carmo, no Recife.
Os objetivos da Confederação do Equador eram garantir uma ordem constitucional, de preferência com o regime republicano federativo, ou seja, com as autonomias das províncias. Assim, o movimento pretendia se diferenciar do imperador, que era centralizador e tinha amplos poderes com a instituição do Poder Moderador, uma espécie de árbitro das divergências entre poderes.
Outra intenção era instituir o federalismo no país, a fim de garantir maiores autonomias às províncias. "Isso era um problema, porque o imperador não se sentia bem com essa história das províncias estarem com muita independência. Não é uma independência [no modelo] separação, é uma independência no tipo de um autogoverno. Porque o que ele queria na realidade era um governo dele, unitário", diz Flávio Cabral, professor de história da Universidade Católica de Pernambuco e especializado na Confederação do Equador.
"Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte estariam unidos, mas formando um todo. Porém, num Estado não centralizado, como foi aquele que ficou visível após a Independência, e sim num Estado descentralizado", acrescenta Cabral.
Uma discussão central na Confederação do Equador também era o fim da escravidão. Entre os participantes, havia muitos homens negros livres e muitos mestiços livres.
"E a Confederação do Equador foi até um passo adiante, se a gente comparar com a Revolução de 1817. Porque um dos principais, um dos primeiros atos do governo, foi a proibição do tráfico negreiro. Então, a gente pode dizer que a Confederação até avançou em relação à Revolução Pernambucana nesse sentido", diz George.
As elites pernambucanas aderiram ao Império para preservar seus lucros e mão de obra advinda da escravidão.
A Confederação do Equador tem muitas semelhanças com a Revolução Pernambucana de 1817, movimento separatista e republicano ainda no período colonial. Diversos participantes da mobilização de 1824 tinham participado dos atos de sete anos antes.
Alguns participantes de 1817 foram presos, como Frei Caneca, que ficou quatro anos detido e foi solto apenas após a Revolução Liberal do Porto de 1820, quando dom João 6º decretou a soltura de todos os presos políticos, o que contemplou o futuro líder da Confederação do Equador.
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará eram ligados a Pernambuco social e economicamente, com a produção açucareira e do algodão. Por isso, tinham confluências com o estado mentor do movimento, além de ligações religiosas, com o mesmo bispado na Igreja Católica.
A repressão foi forte. Dom Pedro determinou o fechamento do Porto do Recife, sufocando o abastecimento da província ainda em abril de 1824, antes da eclosão da Confederação do Equador. O fechamento continuou durante todo o movimento, que acabou em novembro.
Como punição, Pedro 1º determinou a retirada da Comarca de São Francisco, atualmente no oeste da Bahia, do território pernambucano. Sete anos antes, o território de Pernambuco já tinha sido reduzido com a retirada de Alagoas, após a Revolução Pernambucana de 1817.
No campo militar, Pernambuco não tinha preparo para enfrentar a tropa do Império. As tropas imperiais ficaram na divisa com Alagoas, impedindo a comunicação com outras localidades. Depois, a tomada do Recife se deu por mar e por terra.
Acuado pelas tropas, Frei Caneca foi rumo ao Ceará, na esperança de organizar e encontrar uma resistência, o que não aconteceu. Foi preso e condenado à morte. Os aliados do Império se recusaram a enforcá-lo. A morte foi por fuzilamento. Já Cipriano foi preso em 1825.
A difusão de informações do movimento era feita nos jornais Thyphis Pernambucano, de Frei Caneca, e Sentinela pela Liberdade, de Cipriano Barata. Como parte expressiva da população não sabia ler, Frei Caneca, por exemplo, costumava ler as publicações em praça pública para disseminar as suas ideias.
"Os jornais eram comprados por quem tinha dinheiro. A partir do momento que eles ouviam as discussões, as pessoas, mulheres, pobres ou ricas, escravizados de ambos os sexos, estavam nas esquinas comentando daquilo que está se passando no Rio de Janeiro e em outras partes do mundo", diz Flávio Cabral.
A constituição de um país republicano a partir de Pernambuco não deu certo, mas a Confederação do Equador ajudou a disseminar os ideais de República e liberdade. Duzentos anos depois, os debates sobre superposição dos poderes e sobre autoritarismos ainda estão em vigor no Brasil.
Em Pernambuco, o governo estadual prepara uma série de atividades, a partir da terça-feira (2), para celebrar o bicentenário da Confederação do Equador, incluindo o lançamento de livros especiais e acervos de publicações do período da eclosão do movimento. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Igreja Universal volta a investir alto em horários na TV e vai gastar R$ 1 bilhão em 2024
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Edir Macedo retoma parceria com Rede 21, aumenta tempo na TV Gazeta e reajusta valores com Record e RedeTV!
Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record - Folhapress
ARACAJU
Desde 2019 diminuindo cifras em televisão aberta, a Igreja Universal do Reino de Deus decidiu seguir caminho contrário em 2024 e voltou a investir pesado na TV. A maior congregação pentecostal do Brasil vai voltar a gastar um valor acima de R$ 1 bilhão por locações de horários.
O grosso deste investimento, claro, é na Record, emissora que tem Edir Macedo como dono. Somente com a venda das madrugadas para telecultos e programas especiais, a IURD tem a previsão de desembolsar R$ 910 milhões até dezembro, segundo o F5 apurou.
O valor pode ser ainda maior porque ele não contabiliza a produção de novelas bíblicas. Desde 2022, para diminuir custos próprios da Record, a Igreja Universal produz atrações como "Reis" e a recém-estreada "A Rainha da Pérsia", exibidas em horário nobre.
O que fez o valor se elevar para 2024 foi a retomada de uma parceria que estava suspensa desde dezembro de 2022. A Igreja Universal voltou a ocupar 22 horas da programação da Rede 21, canal do Grupo Bandeirantes de Comunicação, dono da Band.
O retorno aconteceu após um acordo oriundo de uma disputa judicial que se arrastava há dois anos. A estimativa de gastos até o fim do ano da Igreja Universal com esse contrato é de R$ 300 milhões anuais.
Para retomar com a Rede 21, a Band se comprometeu a fazer investimento em melhorias de transmissão de sinal para todo o Brasil para crescer sua cobertura nacional para até 70% do território brasileiro. Essa era a principal queixa da IURD quando rescindiu com o acordo antigo.
Outros dois contratos também tiveram reajustes e puxaram para cima os gastos da Igreja Universal. A TV Gazeta de São Paulo aumentou sua faixa de vendas para a IURD desde o ano passado, e com o reajuste previsto em contrato, vai receber em 2024 cerca de R$ 300 milhões. Ao todo, a IURD ocupa 13 horas da programação da Gazeta.
O mesmo vale para a RedeTV!, que desde o início de junho, negociou mais uma hora de sua programação matinal para a IURD, que agora ocupa três horas diárias. Os gastos anuais com a RedeTV! serão em torno de R$ 350 milhões.
Por fim, a Universal também tem um contrato com a CNT, onde ocupa 22 horas da programação, assim como na Rede 21. O valor é menor em relação aos outros, com repasse de cerca de R$ 100 milhões anuais.
Desde 2019, a IURD vinha tentando não pagar tanto para estar na TV aberta. O objetivo era fortalecer sua presença no digital para alcançar novos fiéis, assim como diversas outras igrejas estão fazendo. No entanto, o retorno foi abaixo do esperado, segundo apurou o F5.
Em 2023, a Igreja Universal do Reino de Deus decidiu recalcular a rota e retomou negócios com TVs abertas. Somente na Record, houve crescimento de repasse em mais de R$ 100 milhões. Além dos programas exibidos em rede, há pagamentos para afiliadas da emissora em todo o Brasil.
O F5 procurou a Universal e alguns de seus representantes para falarem sobre o assunto, mas a igreja disse que não comenta detalhes contratuais com as TVs. Fonte: https://f5.folha.uol.com.br
Grupo de 460 bispos e padres reprova 'o PL dos estupradores' em manifesto que será enviado ao papa
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Em documento, religiosos afirmam que 'ser contra o aborto não pode ser confundido com o anseio em ver a mulher que o pratica atrás das grades'
Mulheres protestam contra o projeto de lei da câmara dos deputados que altera as regras para o aborto legal em caso de estupro -
Mônica Bergamo
Um grupo de 460 bispos e padres que participam de um coletivo formado para apoiar o pontificado do papa Francisco no Brasil fez um duro manifesto contra o PL Antiaborto por Estupro. A proposta equipara a interrupção da gravidez acima de 22 semanas ao crime de homicídio, inclusive para mulheres que foram estupradas.
SONORO NÃO
No documento, os religiosos afirmam que "em consonância com os sentimentos da maioria do povo brasileiro, especialmente das nossas irmãs mulheres, reprovamos, repugnamos e nos opomos veementemente ao projeto de lei 1904/2024 que ora tramita no Congresso Nacional e que ficou popularmente conhecido como PL dos Estupradores".
O ÓBVIO
"Obviamente, não somos a favor do aborto!", seguem os religiosos. "Somos sim contra a substituição de políticas públicas por leis punitivas às vítimas de estupro e abuso, imputando-lhes um crime seguido de pena maior do que o dos estupradores."
PENA MAIOR
A proposta do deputado evangélico Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) prevê pena de até 20 anos para a mulher que engravidar e que interromper a gravidez. Já um estuprador pode ser detido por até no máximo dez anos, de acordo com o Código Penal.
RACHA
A iniciativa explicita as divergências na Igreja Católica brasileira sobre o tema: a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) apoia o projeto. Os religiosos vão enviar o documento à própria entidade e também ao papa Francisco.
VINGANÇA CRUEL
Nele, padres e bispos afirmam ainda que "ser contra o aborto não pode ser confundido com o anseio em ver a mulher que o pratica atrás das grades. Esta 'vingança social' acarreta a grave consequência de penalizar as mulheres pobres que não podem sequer usar o sistema público de saúde".
Pontuam também que "a criminalização das mulheres não diminui o número de abortos. Impede apenas que seja feito de maneira segura".
VINGANÇA 2
"Criminalizar a mulher vítima de estupro e abuso é violentá-la novamente", afirmam.
LEVIANDADE
Os religiosos dizem ainda que fazem deles as palavras do bispo dom Angélico Sândalo Bernardino, que em entrevista à coluna afirmou que "simplesmente punir a mulher sem discutir com profundidade uma situação tão complexa é uma leviandade. É uma precipitação legalista. É querer resolver pela lei um problema muito mais amplo e vasto".
LEVIANDADE 2
Citam também as manifestações do pastor da Igreja Batista da Água Branca, Ed René Kivitz, para quem o projeto trata a violência contra a mulher com "displicência, leviandade, crueldade e irresponsabilidade". Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
ORAÇÃO CONTEMPLATIVA OU VIDA CONTEMPLATIVA?
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Capítulo à Comunidade de Scourmont, Bélgica de D. Armand Veilleux OCSO 14/04/1999
Há vários séculos, distinguem-se entre as diversas formas de vida religiosa, a vida ativa, a contemplativa e a mista. Ora, há muito que os mestres da espiritualidade monástica fazem notar que não é possível fazer entrar à força a vida monástica num tal esquema. Seria de fato perigoso - e mesmo hipócrita- considerar que uma forma de vida monástica é mais contemplativa do que outra pelo simples fato de que ela não comporta atividade apostólica.
A vida monástica é contemplativa? A questão foi colocada muito explicitamente durante o Concílio Vaticano II, no momento em que se preparava o documento conciliar sobre a vida religiosa. Com freqüência compreendeu-se mal aqueles que colocavam então esta questão. Seu objetivo não era o de colocar em questão que a vida monástica tem - e deve ter - uma dimensão e mesmo uma orientação contemplativa, mas de recusar de defini-la como tal pelo simples fato de não ter ação pastoral.
Dom Jean Leclercq escreveu nesta época em Collectanea Cisterciensia (27 [1965] pp. 108-120) um artigo precisamente com este título: "A vida monástica é uma vida contemplativa?" ("La vie monastique est-elle une vie contemplative?") Sua resposta é: Sim, evidentemente que é. Mas acrescenta imediatamente que, segundo toda a tradição monástica, chamar alguém de contemplativo não significa que pratique a contemplação num ou noutro sentido que a palavra tomou nas diversas escolas de espiritualidade desde o século XVI. Significa mais que ele pratica a oração contínua, ou ainda, que ele organiza toda a sua vida de tal modo que possa manter de modo tão constante quanto possível uma consciência amante da presença de Deus.
Para manter esta oração contínua, o monge utiliza um certo número de meios. Um deles, o mais importante de todos na tradição beneditina é o Ofício Divino; outro é a lectio divina. Esta, com efeito, segundo a tradição monástica, do Oriente e do Ocidente, é autêntica oração contemplativa e não simplesmente uma preparação à oração. Outros meios são, sobretudo, os momentos de silêncio, os momentos de maior atenção à presença de Deus, ou ainda as repetições de orações breves, a oração de Jesus, o rosário. Estes são alguns dos muitos métodos para manter uma atitude contemplativa durante todo o dia, durante todas as ocupações, aí se incluindo o trabalho.
Um ensinamento constante da tradição monástica pelos séculos é este: é-se contemplativo durante todos os aspectos de sua vida ou não se o é em absoluto. Devo claramente ser contemplativo na minha meia hora ou hora de oração silenciosa, como devo sê-lo durante o Ofício Divino e durante o trabalho, qualquer que seja o tipo de trabalho. Se não faço esforços para conservar uma comunhão contemplativa com Deus durante meu trabalho, me iludo pensando que seria transformado subitamente em contemplativo entrando na Igreja ou me ajoelhando para minha meia hora de oração.
Um outro ensinamento que consta da tradição é que a oração contemplativa por excelência, e o contexto ideal para toda a experiência mística é a liturgia. Os mais belos ensinamentos místicos de São Bernardo e de nossos Padres cistercienses se acham em seus sermões preparados para serem usados na Liturgia, ou, em todo caso, sobre os textos bíblicos lidos durante a liturgia.
Isto é sobretudo verdadeiro para a grande tradição mística, mesmo fora do monaquismo. O mais importante dos autores místicos, aquele que recolheu todo o ensinamento dos Padres antes dele e que influenciou todos os místicos dos séculos seguintes foi certamente Dionísio, o Aeropagita, ou o Pseudo-Dionísio. Ora, todo seu ensinamento místico se acha num comentário sobre a Divina Liturgia e sobre a vida sacramental da Igreja em particular.
Dom Jean Leclercq publicou em 1963 (de quem mencionei o artigo anteriormente) um estudo sobre os nomes da oração contemplativa (Jean Leclercq, Otia monastica. Études sur le vocabulaire de la contemplation au Moyen Âge. Roma [Studia Anselmiana, 48], 1963). Mostrou que a mais importante e a mais constante de todas as expressões achadas na tradição para descrever a oração contemplativa é "memoria Dei" (lembrança de Deus). Não se acha, por exemplo, a palavra "contemplatio" na Regra de São Bento; mas a "memoria Dei" é o primeiro grau de humildade, e se encontra em toda a Regra.
Freqüentemente se diz que o ensinamento de Bento sobre a oração é árido e limitado. Sem dúvida isto se deve a querer ler a Regra com um espírito muito diferente daquele com o qual ela foi escrita. Hoje se é muito atento às experiências de oração que fazemos: ao que se passa em nós enquanto rezamos ou tentamos rezar. Bento faz parte de uma longa tradição de mestres monásticos, para quem a qualidade da vida cotidiana, em todos seus aspectos, é mais importante do que a "performance" no curso dos "momentos de oração". A convicção subjacente é que a oração é alguma coisa que "vem" bem naturalmente àquele que se esforça por viver os ensinamentos do Evangelho na vida cotidiana. Bento facilmente faria sua a palavra que Cassiano atribui a Santo Antão: "A oração não é perfeita enquanto o monge estiver consciente ou de si mesmo ou do conteúdo de sua oração."
Da mesma forma, São Bernardo utiliza pouco a palavra "contemplação" mas "lembrança de Deus" está no coração de seu ensinamento. Escreve, por exemplo: "A lembrança de Deus é o caminho para a presença de Deus. Quem quer que guarde os mandamentos presentes no espírito, a fim de observá-los, será recompensado a seu tempo pela percepção de sua presença." (Sent 1.11; SBO 6b.8-17-21) (Ver artigo de Michael Casey sobre "Mindfulness of God in the Monastic Tradition", Cistercian Studies 17 [1982], pp. 111-126).
Bernardo, como Bento, está consciente do fato que, no mosteiro, os monges realizam a dimensão contemplativa de sua vida de modos diferentes, segundo sua vocação e segundo os papéis que são chamados a desempenhar na comunidade. Fala de duas categorias de monges: os claustrales e os officiales ou obedientiales, que chama também de obedientes. Os claustrales são aqueles que não têm nenhuma responsabilidade administrativa, os obedientiales são os que são chamados a suprir diversos serviços na comunidade. Cada um é chamado a ser contemplativo de um modo que lhe é próprio. Cada um deve praticar a memoria Dei, e isto não quer dizer que ele deva pensar continuamente em Deus de modo ativo, mas que deve espontaneamente fazer referência a Deus em tudo o que pensa, faz e acontece.
Bernardo volta mais de uma vez em seus escritos à tensão vivida por todos aqueles que, na comunidade, têm importantes responsabilidades administrativas, quer seja de ordem material, quer espiritual. Em primeiro lugar faz uma advertência contra o perigo de aspirar a tais responsabilidades, mas ensina tamém que para um monge que recebeu tais encargos, isto pode ser para ele a ocasião de um despojamento radical que o faz renunciar a seu próprio lazer e assumir uma grande parte do peso de preocupação da comunidade, de modo que seus irmãos possam gozar da solidão e da paz. Esta foi, sem dúvida, a vocação de Gérard, o irmão de Bernardo e celeireiro de Claraval, a quem Bernardo paga um tal tributo no seu Sermão 26 sobre o Cântico dos Cânticos.
Todos aqueles que têm muito a fazer a serviço da comunidade devem se esforçar para conservar suficiente tempo para a oração, a leitura e a meditação. Mas isto não é suficiente e nem mesmo é o essencial. O essencial é que toda nossa atividade seja enraizada numa oração contemplativa, realizada num clima e num espírito de oração, e nos leve sem cesssar a ela.
©Abadia de Scouurmont, 1999 – Traduziu: Cecília Fridman, Rio Negro, PR, Brasil para o mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo
OLHAR CARMELITANO... OTC de Limeira e Campinas/SP: Votos Perpétuos e investidura do Hábito Carmelita.
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Com a presença do Sodalício de Campinas- familiares e amigos- além do assistente espiritual, o Pe. Aires, aconteceu neste domingo 2 de junho-2024 na Igreja da Confraria da Boa Morte, em Limeira, São Paulo, a Santa Missa com o Ritual de Votos Perpétuos dos irmãos (as) do Sodalício da Ordem Terceira do Carmo daquela cidade. Também fez os votos uma irmã da OTC de Campinas. Na mesma cerimônia, todos receberam o hábito carmelita que a partir daquela data passa a fazer parte da vestimenta oficial.
SOS RIO GRANDE DO SUL...
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REZEMOS, AJUDEMOS! "A situação realmente é caótica. Temos várias vilas, bairros completamente debaixo d'água. A cidade de Eldorado do Sul praticamente toda debaixo d água. Em Canoas nós tivemos essa noite que evacuar mais de cinquenta mil pessoas. O Exército, a Defesa Civil, o pessoal das nossas comunidades, gente de fora do Estado, enfim, é muita gente colaborando. Ainda existe muita gente em cima de telhado de casas, até mesmo árvores, esperando por socorro. Parece que o Guaíba parou de subir agora. No entanto, ele vai permanecer por vários dias com nível alto. Vários bairros da cidade de Porto Alegre também estão debaixo d'água. O nosso centro administrativo também foi tomado pela água. Enfim, várias igrejas... é realmente uma situação jamais vista não só aqui na nossa região, mas em todo o Estado." Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e Presidente da CNBB. Fonte: vaticannews
A ‘Festa do Hábito’ ou de Nossa Senhora do Carmo?
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Desde o início, a Ordem celebrava as festa marianas comuns na Igreja, com grande fervor, destacando-se particularmente as festas da Anunciação, Assunção, Natividade e Purificação. Corno festa própria, a Ordem celebrava solenemente a Imaculada Conceição desde o final do ano 1306 (em Avinhão os cardeais da cúria papal participavam desta festa patronal na igreja dos Carmelitas).
Antes de 1386, na Inglaterra, o Carmelita Nicolau de Lynn fixa em seu calendário uma festa a 17 de julho com o título: ‘Comemoração solene de Santa Maria’. Este é considerado por ele como o ‘Dia da Ordem’, no qual deseja agradecer à Virgem por dois fatos essenciais que permitiram sobrevivência da Ordem (a sua aprovação, a partir da decisão do II Concílio de Lião e a vitória da causa em Cambridge, a respeito do título mariano da Ordem). Pouco a pouco esta festa foi sendo assumida pelos conventos e províncias, vindo a tornar-se a maior festa própria da Ordem, a sua festa patronal, com a qual se quer expressar à Virgem gratidão por todos os benefícios concedidos à Ordem. Em 1588 o Papa Sixto V a reconhece como festa litúrgica. Sucessivos decretos a estende a várias regiões, até quando, desta espontânea difusão se torna festa no calendário da Igreja universal, em 24/09/1726, sob Bento XIII. O fato da troca da data de 17 para 16 de julho supõe-se ter sido em razão de ser o dia 17, dedicado solenemente na Europa a Santo Aleixo. Os Carmelitas decidiram antecipar a sua festa, marcando-a para o dia de julho.
Em meados do séc. XVI-XVII as Confrarias do Carmo se multiplicavam na Europa. Já desde o ano 1609 estas Confrarias passaram a celebrar a festa do dia 16 com o nome de ‘Festa do Hábito’, e assim a festa foi caracterizada pelo Escapulário, considerado compêndio dos dons de Maria à Ordem e a seus devotos.
Cfr: A. Forcadell, Commemoratio sollemnis Beatae Virginis Mariae de Monte Carmelo, Roma, Curias oc-ocn, ;Bibliotheca sacri 5capçaris, 2), 1951. E do mesmo autor: La fiesta de) Carmen; historia y liturgia, [Onda, Centro espiritualidade carmelitana, 19861. (Do Livro; Como Pedras Vivas)
Lendas Carmelitas: Um quadro curioso
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O curioso quadro que aqui reproduzimos e que se encontra no Museu de Francoforte (Alemanha), é parte de um grande 'retábulo’ da igreja dos Carmelitas da mesma cidade. Foi feito no fim do séc. XV, graças ao patrocínio dos comerciantes dos Países Baixos. O quadro oferece-nos uma das mais graciosas lendas carmelitanas.
Narra que a família de Jesus morava em Nazaré, e costumava visitar, de quando em quando, os Carmelitas, piedosos eremitas, que viviam no Monte Carmelo. Estes conheciam a excelsa dignidade de Maria Santíssima, através da visão do seu fundador, o Profeta Elias, que a viu prefigurada na nuvenzinha benfazeja, que trouxe chuvas copiosas à terra de Israel, após três anos de seca. Em sua honra haviam edificado um templo. Por ocasião das mencionadas visitas iam ao encontro das sagradas pessoas, conduzindo-as em procissão à capela, a fim de lhes prestarem as homenagens da sua profunda veneração. Santa Ana, Maria Santíssima e o Divino Infante tomavam lugar no próprio altar. Acendia-se em sua honra um candelabro de três braços. Os outros membros da família deviam assentar-se ao lado do altar, não tomando parte nas homenagens de velas, incenso e orações.
Torna-se desnecessário observar que tudo isso é apenas uma lenda. O quadro foi feito num tempo, em que cada Ordem Religiosa pretendia ser a mais antiga possível. Nesta luta os Carmelitas faziam remontar a sua origem - já defendida desde o séc. XIII-XIV - ao Antigo Testamento, considerando o Profeta Elias, de modelo que era, como Fundador da Ordem. Desta forma, podiam afirmar igualmente a sua presença no Carmelo durante a vida de Nossa Senhora e, consequentemente, recordar as visitas que Ela fazia aos antigos eremitas.
Sendo assim, o quadro é um curioso testemunho desta lenda, que porém tem no seu núcleo uma grande verdade - a profunda devoção dos Carmelitas para com Nossa Senhora e a sua venerável mãe Santa Ana.
Amold Bostio (+1499) no seu Speculum Historiale imagina, lembrando esta lenda, a saudação e oração com as quais estes Carmelitas exprimiam seu próprio amor a Maria. Todo o texto expressa o conteúdo mariano de pertença da Ordem a Maria, Senhora do Lugar e Patrona do Carmelo:
Oh, Mãe bem-aventurada! nós temos esperado tanto, a Ti, que instituíste a nossa Ordem, a tens organizado e guiado com perfeição! Ajoelhados a teus pés, ó toda santa, Mãe primeira da Família Carmelitana, todos nós que estamos nesta montanha, saciamos a sede de nosso coração nas tuas fontes! Nós, com sinceridade, nós reconhecemos guiados por tua mão, ajudados por teu socorro, iluminados por tua luz!
Transforma-nos em Ti e nossa vida na Tua. Então, ó Senhora Nossa, fica entre nós.
Oh, Maria! nós buscamos um refúgio em teu seio. É preciso que a Mãe permaneça com seus filhos, a Mestra com seus discípulos, a Priora com seus monges». (Do Livro- Como Pedras Vivas)
A nossa matriz católica
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A contribuição do catolicismo para a sociedade relaciona-se diretamente com sua visão do tempo, do mundo e das pessoas
Por Nicolau da Rocha Cavalcanti
Conhecemos – muito se fala deles – os males que teriam sido causados pelo catolicismo em nossa sociedade: a interferência da religião na política, o moralismo (uma percepção de prevalência do dever sobre a liberdade), o clericalismo (que contribui para o não exercício da cidadania, à espera de que outros o façam) e assim por diante. Aqui, quero falar – pois temos mais dificuldade de ver – dos benefícios da religião católica na cultura nacional.
O tema é amplíssimo e, naturalmente, disputado. Há quem considere que o catolicismo só provocou males em nossa história. Entendo, entretanto, que há muitas evidências em sentido contrário, a começar pelo tópico central das preocupações contemporâneas: o clima. A religião católica sempre cultivou um olhar de longo prazo. Nunca aderiu à tese, defendida por outras igrejas, de que o apocalipse é iminente. Se o mundo irá acabar em breve, o cuidado com o futuro perde sentido.
Mas a causa ambiental não é corroída apenas pela pregação do apocalipse iminente. A rigor, o materialismo, em suas diversas variantes, também não oferece razões consistentes para zelar hoje pela situação do planeta daqui a cem anos. O cuidado com o outro, especialmente com os que ainda não nasceram, demanda mais do que simples instinto de sobrevivência. Isso revela que, muitas vezes, mesmo quem se considera ateu adota atitudes cujo significado expressa uma transcendência imaterial; por exemplo, a solidariedade com as futuras gerações.
A contribuição do catolicismo para a sociedade relaciona-se diretamente com sua visão – indiferente às modas de cada época – do tempo, do mundo e das pessoas.
Na religião católica, o tempo não é dinheiro. Os dias não são essencialmente uma ocasião para ficar rico. O tempo é visto como um dom. Seu uso demanda responsabilidade. Ensina-se no catolicismo que, no final da vida de cada pessoa, Deus lhe pedirá contas a respeito de como aproveitou seu tempo. A liberdade importa.
Na visão do tempo como um dom, há um efeito muito bonito, bastante perceptível na história brasileira: o tempo não é item pessoal. O bom uso do tempo nunca é algo estritamente egoísta. É serviço, é preocupação com os demais. Pensemos, por exemplo, na cidade de São Paulo. Sua fundação não foi decorrência de objetivos comerciais, mas está ligada à criação de uma escola, ao zelo de religiosos com as futuras gerações. O mesmo se pode dizer de muitas instituições beneficentes católicas que, ao cuidarem especialmente de crianças, idosos e doentes, configuram nossa cultura.
O fato de haver tantas pessoas dispostas a dedicar a vida aos outros – a quem é frequentemente desvalorizado e desprezado pela sociedade – não é fruto do acaso, mas deriva, de forma muito concreta, de um sentido da vida forjado nas palavras de Jesus: “Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de Mim, encontra-la-á” (Mt 16,25).
Há muita gente que serve generosamente aos outros e ao meio ambiente por motivos não religiosos. E isso é um enorme bem social. Mas não sejamos ingênuos: qual é o porcentual no Brasil de instituições sociais, educativas e de saúde sem fins lucrativos cuja fundação e manutenção não estão relacionadas a um motivo religioso?
Na visão católica, o mundo foi criado por Deus, que, para tanto, pode ter se servido da evolução das espécies, do Big Bang, etc. O catolicismo não faz uma leitura literal, fundamentalista, da Bíblia. Mas a crença na criação por amor do mundo tem um efeito muito concreto: a vida ganha uma notável suavidade. Não é um mundo hostil. Não é a lógica de um contra todos. Há uma dimensão de fraternidade. É a antítese da visão dura e fria da vida.
No olhar sobre o outro talvez resida um dos grandes diferenciais da proposta cristã. A ideia de que todos somos filhos de Deus é disruptiva. Não há uma relação de medo, mas de filiação. Deus vê em cada ser humano um filho. O catolicismo ensina que, se houvesse apenas uma única pessoa na terra, Jesus também teria entregado sua vida na cruz – e é essa realidade que se recorda na Sexta-feira Santa.
Tudo isso tem profundas consequências sociais. Por exemplo, a convicção sobre o valor inegociável do ser humano contribuiu para que criássemos, como sociedade, o Sistema Único de Saúde (SUS). Vários países mais desenvolvidos, com culturas mais individualistas, não tiveram essa ousadia.
Não há nenhuma idealização, seja do País, seja dos católicos. Toleramos, enquanto sociedade, graves problemas humanos e sociais, que ferem radicalmente os princípios cristãos. De toda forma, o catolicismo não nos deu apenas o carnaval. Ele forneceu perspectivas que nos ajudam a ver o mundo e o ser humano de forma menos rasteira e menos imediatista, em sua complexidade, em sua transcendência, em sua beleza.
P.S.: Além de ferir as liberdades cívicas, a crescente instrumentalização da religião para fins políticos é anticatólica. Viola a autonomia das realidades temporais, cuja defesa inaugural foi feita por Jesus: “A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21). Fonte: https://www.estadao.com.br
Ordem Terceira do Carmo... Mais dois Sodalícios.
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Nós; Delegado Provincial para Ordem Terceira, Frei Petrônio de Miranda, O. Carm e Comissão Provincial, recebemos com alegria a notícia da aprovação da nossa Cúria Geral de mais dois Sodalícios; Manaus/AM e Sorocaba/SP. Agora somos em 41 Sodalícios da Venerável Ordem Terceira do Carmo. Lembrando que, na Ordem do Carmo em todo o mundo, somos a Província com mais grupos da OTC.
A cada dia a missão junto aos leigos e leigas carmelitas é um desafio constante. Obrigado aos confrades de todas as paróquias e conventos nesta missão de acolhimento, apoio e vivência carmelitana. www.olharjornalistico.com.br
(Melhores informações sobre a Ordem Terceira do Carmo ou como fazer parte. Favor entrar em contato através do E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.)
A indiferença e a picada do mosquito
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Delegar ao povo responsabilidade pelo combate à dengue é covardia
Jornalista especializada em comunicação pública e vice-presidente de gestão e parcerias da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública)
Não é preciso ser especialista em saúde para saber que condições sanitárias inadequadas aumentam riscos de proliferação de doenças. A lista de enfermidades que se propagam em ambientes onde não há esgoto sanitário e água tratada inclui, claro, a dengue.
Até as crianças e os tolos sabem que larvas dos mosquitos que transmitem a dengue (da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, o Aedes albopictus) eclodem em água parada. Em 2024, a doença já bateu recorde e infectou mais de 1 milhão de brasileiros, causou mais de 250 mortes e levou pelo menos oito unidades da federação a declarar emergência em saúde pública. O cenário é grave.
Porém, por mais assustadora que seja essa explosão de casos de um mal que chegou a ser erradicado do país, a situação não é obra do acaso. Tampouco deveria ser recebida com surpresa por governantes e gestores das áreas de saúde e infraestrutura. Afinal, um quarto dos brasileiros vive sem saneamento básico (Censo do IBGE), o que contribui muito para o acúmulo inadequado de água.
Importante destacar que pretos e pardos são 69% dos que não têm esgoto e 72% dos que vivem sem abastecimento de água adequado. Como a conexão entre moradia digna e saúde é inegável, daria para inferir quem está mais sujeito a contrair a infecção. Mas não é necessário deduzir quando existem dados oficiais do Ministério da Saúde apontando mulheres pretas e pardas como grupo populacional com maior registro de casos prováveis de dengue.
O Brasil se comprometeu a universalizar os serviços de esgoto e água tratada até 2033 por meio do marco legal do saneamento básico. Contudo está distante de atingir a meta. E um mosquito vem fazendo o país pagar com vidas o preço da indiferença.
Não deixar água acumulada no quintal ou no pratinho das plantas é uma prevenção importante que todos devem tomar. Contudo delegar ao povo responsabilidade pelo combate à dengue é, além de incorreto e injusto, covardia. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
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