CARMO DE MOGI: Eleição.
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DIAS 12 E 13: Em Mogi das Cruzes/SP.
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A MISSÃO CONTINUA... Depois de sepultar o meu pai em Alagoas no último dia 3- Comunidade Capim, Lagoa da Canoa- aqui estou de volta na Missão junto à Ordem Terceira do Carmo. Hoje, sábado e amanhã, domingo, estarei com o Sodalício e os confrades; Donizetti, Gabriel e Antônio Bento. Daqui a pouco, veja um vídeo.
MISSA DE 7º DIA: Homenagem
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ARQUIDIOCESE DE SALVADOR: Nota de falecimento do padre Ligivaldo Conceição dos Santos.
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Foto: Fecebook.
Arquidiocese de São Salvador da Bahia
Nota de Falecimento
Padre LIGIVALDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS
“Marta disse a Jesus: ´Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não estaria morto! E, no entanto, eu sei, tudo o que pedires a Deus, Deus te concederá´.
Jesus lhe disse: ´Teu irmão ressuscitará!´ Marta lhe disse: ´Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia. Jesus lhe disse: ´Eu sou a ressurreição e a vida.
Aquele que crê em mim, mesmo se houver morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá para sempre.´”
(Evangelho segundo S. João 11, 21-27).
É com profundo pesar que a Arquidiocese de São Salvador da Bahia comunica o falecimento do Revmo. Sr. PADRE LIGIVALDO CONCEIÇÃO DOS SANTOS, membro do clero desta Arquidiocese.
Padre Ligivaldo nasceu em 14 de agosto de 1979 e foi ordenado sacerdote em 21 de março de 2009. Até o presente, era Vigário Paroquial da Paróquia Senhor da Paz – Barros Reis – Salvador.
Manifestamos a seus parentes e paroquianos nossa unidade neste momento de dor. Em nome de todos os sacerdotes arquidiocesanos, agradecemos as manifestações de carinho daqueles que choram a sua partida. Pedimos que todos se unam às nossas orações pelo descanso eterno deste irmão sacerdote.
Tão logo seja possível, divulgaremos o dia, o horário e o local de seu sepultamento.
Salvador, 10 de novembro de 2016. Fonte: http://arquidiocesesalvador.org.br
Padre de 37 anos comete suicídio: Mensagem do seu Facebook.
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A vida assim como a morte encontram motivos para acontecer... Vivemos a vida com altos e baixos, passamos por caminhos, conhecemos pessoas, fazemos laços e vamos passando fazendo história. Mas no grande livro da vida nem sempre podemos escrever o nosso próprio final, ou às vezes tentamos escrever com tortuosas linhas o que poderia ser... Onde iremos estar e para que caminho iremos tender... Mas diferente da vida, a morte é uma senhora que não tem uma voz compreensível, e as vezes o seu som é apenas o soprar do vento que vai, mas não volta mais...
Os julgamentos ficam com os que não sabem agir com a sensibilidade, afeto, compaixão, mesmo pq agora só nos resta pedir ao criador que em sua infinita bondade e inesgotável amor que acolha este seu servo que hoje partiu deste plano ao encontro de uma outra realidade e que descanse debaixo de suas asas que restauram qualquer alma que volta para casa!
Hoje voltou para a casa do Pai o amigo, irmão Ligivaldo Conceição, como era conhecido Ligi, Pe. Ligivaldo que o senhor o receba em seu braços e refrigere sua alma com amor e carinho de que é o próprio amor! Vá em paz e encontre nas asas de seu criador o consolo que perdurará pela eternidade!
Que o Senhor volte sua face pelos que perambulam pelo plano terrestre aguardando o dia da cena final da sua história!
Everaldo Silva Júnior
SALVADOR: Padre de 37 anos comete suicídio ao se jogar de viaduto na Avenida Garibaldi.
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Ontem, dia 10, por volta das 10h30min, um Padre identificado como Ligivaldo Conceição dos Santos, 37 anos, cometeu suicídio ao se jogar de um viaduto na Av. Garibaldi em Salvador.
Segundo informações, a vítima era Padre da Igreja Católica, e minutos antes do ocorrido, ele estava conversando com um homem, quando o mesmo deu as costas - o padre, se jogou do viaduto.
Uma viatura do Samu foi acionada e ao chegar no local, constatou o óbito. Investigações estão sendo feitar para apurar o crime.
Em nota, Dom Murilo lamenta morte do padre Ligivaldo Conceição.
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Através de uma nota enviada na tarde desta quinta-feira (10), o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, lamentou o falecimento do padre Ligivaldo Conceição dos Santos que era Vigário Paroquial da Paróquia Senhor da Paz - Barros Reis. O padre morreu na manhã de hoje.
“Manifestamos a seus parentes e paroquianos nossa unidade neste momento de dor. Em nome de todos os sacerdotes arquidiocesanos, agradecemos as manifestações de carinho daqueles que choram a sua partida. Pedimos que todos se unam às nossas orações pelo descanso eterno deste irmão sacerdote”, diz o religioso no texto.
Padre Ligivaldo nasceu em 14 de agosto de 1979 e foi ordenado sacerdote em 21 de março de 2009.
De acordo com a Pascom as 21h desta quinta-feira, nesta Matriz, será celebrada uma santa Missa, presidida por Dom Murilo S.R. Krieger, Arcebispo Metropolitano. Em seguida, o corpo será levado para a Comunidade de Pirajuía - Município de Jaguaripe, onde moram os parentes de Padre Ligivaldo. Ali, será velado. Às 08h30min do dia 11 de novembro (sexta-feira), em Pirajuía, será celebrada uma santa Missa, presidida, também, pelo Arcebispo Metropolitano. Fonte: http://www.bocaonews.com.br
Ordenação Sacerdotal do Padre Ligivaldo.
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Desde jovem vocacionado, foi acompanhado e incentivado pelas Irmãs do Cenáculo. No dia 20 de junho de 2009 foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo Dom Geraldo Majella Agnelo e designado para o serviço pastoral na Paróquia de São Gonçalo do Retiro, na Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Fonte: http://irmasdocenaculo.blogspot.com.br
MISSA DE 7º DIA: Ofertório.
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0 Deus cruel dos católicos reacionários.
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Artigo de Alberto Melloni
"Existe um subsolo católico opaco e apreensivo, feito de sentimentos reacionários: na era-Francisco, ele é muitas vezes antipapal, desde sempre teologicamente aproximativo. Volta o refrão do intransigentismo dos séculos XIX-XX: para o qual a modernidade produz rebeliões contra as quais um Deus cruel, irreconhecível para a fé bíblica, reage mandando flagelos pedagógicos." A opinião é do historiador italiano Alberto Melloni, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação de Ciências Religiosas João XXIII, de Bolonha. O artigo foi publicado por La Repubblica, 08-11-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
A vulgaridade de um frade dominicano [o padre Giovanni Cavalcoli] – que, aos microfones da Radio Maria, leu o terremoto [na região central da Itália] como uma punição e foi demitido depois de uma tomada de posição vaticana – abriu uma pequena fresta sobre uma religiosidade integrista, geralmente invisível. É um subsolo católico opaco e apreensivo, feito de sentimentos reacionários: na era-Francisco, ele é muitas vezes antipapal, desde sempre teologicamente aproximativo. Volta o refrão do intransigentismo dos séculos XIX-XX: para o qual a modernidade produz rebeliões contra as quais um Deus cruel, irreconhecível para a fé bíblica, reage mandando flagelos pedagógicos.
Esse pensamento antimoderno sempre se dotou de mídias "modernas", como os jornais, os movimentos, o rádio, a TV. No mundo da hipercomunicação, essa poeirama integrista tornou-se mais visível. Sites e antenas, blogs e mídias sociais administram medos sob medida: os medos sobre aquilo que é ensinado na escola para os movimentos pró-vida, os dos padres tradicionalistas que dão à xenofobia leguista [da Liga Norte] perfumes de incenso, os do radicalismo "familista" que se manifestam ao amor homossexual o ressentimento dos não resolvidos.
Basta ouvir a Radio Maria: que inculca em doses cotidianas suspeitas e inimizades, com o seu líder, o padre Livio Fanzaga, que, todos os dias, explica, lendo os jornais, onde estão os perigos são, quem são os adversários e, principalmente, "desmascara" os traidores.
Tudo isso intercalado com momentos espirituais – para aqueles que dirigem à noite ou esperam o amanhecer no hospital, o terço ou o ofício divino são melhores do que a rádio das estradas – por trás dos quais se traduz a pretensão de serem os únicos combativos em uma Igreja mole, os únicos fiéis em uma Igreja de covardes, os únicos católicos em uma Igreja de apóstatas.
Os devaneios antibergoglianos de Antonio Socci [jornalista e apresentador italiano], lá, não despertam compaixão, mas admiração: a tese do jornalista, nas horas do terremoto, era de que um verdadeiro pontífice consagraria a Itália à Virgem Maria; e que Francisco não tinha feito isso porque era um gesto "católico demais" para um papa que ele considera, grosso modo, como um usurpador.
É um mundo nos antípodas da autêntica piedade popular: esta é o modo pelo qual uma comunidade expropriada da liturgia pelo protagonismo clerical encontra espaços e linguagens que nascem daquela intuição crente que a doutrina cristã chama de "sensus fidei".
Neste mundo do meio, em vez disso, o jogo é muito político. Embora ainda não se tornaram a variante católica das Igrejas televisivas estadunidenses – cujo peso eleitoral na eleição estadunidense dessa terça-feira foi bem estimado pelo Pew Center – os fãs dos blogs e das rádio integristas são um potencial político, porque, no mundo dos desafetos políticos, eles representam uma fidelização.
A ameaça contra Renzi pelo encontro "familista" de Adinolfi – que jurava vingança da lei sobre as uniões nas urnas do referendo – era apenas uma dessas possíveis variações. Mas que, amanhã, poderia encontrar convergências inesperadas no "grillismo" [de Beppe Grillo, do Movimento 5 Stelle], cuja cultura, apenas e totalmente de direita, não ignora que sempre há um catolicismo oportunista, pronto para "dialogar" com todo poder disposto a ser seu patrono.
O fato de que, a uma voz honestamente menor como a do padre Cavalcoli, a Santa Séem pessoa reagiu (não é habitual que o diretor da política italiana, o Sostituto, tome a palavra de modo tão claro e categórico), diz que a Igreja de Bergoglio não subestima aquilo que havia de "político" naquelas palavras. O fato de que o desastre natural possa dar origem a questões filosóficas já é sabido pela Europa desde 1755, quando o terremoto de Lisboa permitiu que Voltaire polemizasse com os virtuosismos da "teodiceia", que justificava Deus perante as catástrofes do mundo: mas, honestamente, o padre Cavalcoli não está nesse grupo... Ele pertence à deriva que, agitando temas reacionários, fez com que as Igrejas deslizassem para posições perigosas: como as da homônima Radio Maria polonesa, que alertou até mesmo Bento XVI em 2006, quando os delírios antissemitas dessa emitente foram penalizados, embora sem muito sucesso.
Hoje, com a casa natal de São Bento, padroeiro da Europa, desmoronando enquanto a Europa desmorona, a Santa Sé deu um sinal muito cristão e muito político. Onde desaparece o bom senso humano e o bom coração católico, aninha-se uma necessidade de ódio: que é o ar que se respira neste país dilacerado e vulnerável. Que pensou por muito tempo que podia escolher os seus grandes problemas – o desemprego, a desnatalidade, as migrações, o terrorismo, a crise econômica – e a ordem para enfrentá-los. Em vez de se perguntar quanta humildade e quanta coesão são necessárias para se estar pronto quando o que paira acontece, apresentando ao amanhã a conta de um ontem que já passou. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Papa: cuidar da esperança de cada dia, não à religião espetáculo.
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O Papa Francisco presidiu a missa matutina na Casa Santa Marta na manhã desta quinta-feira (10/11) e, como habitualmente, centrou a sua homilia nas leituras do dia.
No Evangelho, Jesus responde aos fariseus que lhe perguntam com curiosidade: “Quando virá o reino de Deus?”. “Já veio – diz o Senhor – está no meio de vós!” é como uma pequena semente que é semeada e cresce sozinha, com o tempo. É Deus que a faz crescer mas sem chamar a atenção– explica o Papa:
“O Reino de Deus não é uma religião do espetáculo, que sempre procura coisas novas, revelações, mensagens... Deus falou em Jesus Cristo: esta é a última Palavra de Deus. As outras são como fogos de artifício que te iluminam por um instante e depois, o que fica? Nada. Não há crescimento, não há luz, não há nada: um instante. Muitas vezes, somos tentados por esta religião do espectáculo, tentados em procurar coisas estranhas à revelação, à mansidão do Reino de Deus que está no meio de nós e cresce. E isto não é esperança: é a vontade de possuir algo em mãos. A nossa salvação se dá na esperança, a esperança que tem o homem que semeia o grão ou a mulher que prepara o pão, misturando fermento e farinha: a esperança que ela cresça. Ao contrário, esta luminosidade artificial se concentra em um momento e depois acaba, como os fogos de artifício. Não são suficientes para iluminar uma casa; é um espetáculo”.
Proteger o Reino
Mas o que devemos fazer – questiona o Papa – enquanto esperamos que chegue a plenitude do reino de Deus? Devemos ‘proteger’:
“Cuidar com paciência. A paciência no nosso trabalho, nos nossos sofrimentos.... Cuidar como cuida o homem que plantou a semente, protege a planta e se preocupa para que não tenha uma erva daninha perto dela, para que a planta cresça. Cuidar da esperança. E aqui está a pergunta que eu faço a vocês hoje: se o Reino de Deus está no meio de nós, se todos nós temos esta semente dentro, temos o Espírito Santo ali, como eu cuido dele? Como discirno, como posso discernir a planta boa do grão da intriga? O Reino de Deus cresce e nós o que devemos fazer? Cuidar. Crescer na esperança, cuidar da esperança. Porque na esperança fomos salvos. E este é o elo: a esperança é o elo da história da salvação. A esperança de encontrar o Senhor definitivamente”.
Esperança: “O Reino de Deus – afirmou o Papa – se fortalece na esperança”:
“Perguntemos a nós mesmos: ‘Eu tenho esperança? Ou vou avante, vou avante como posso e não sei discernir o bem do mal, o grão da intriga, a luz, a mansa luz do Espírito Santo da luminosidade artificial? Interroguemo-nos sobre a nossa esperança nesta semente que está crescendo em nós, e sobre como protegemos a nossa esperança. O Reino de Deus está no meio de nós, mas nós devemos com o repouso, com o trabalho, com o discernimento proteger a esperança deste Reino de Deus que cresce, até o momento em que virá o Senhor e tudo será transformado. Num instante: tudo! O mundo, nós, tudo. E como diz Paulo aos cristãos de Tessalónica, naquele momento permaneceremos todos com Ele”. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
DOMINGO, 6: Eleição na Ordem Terceira do Carmo de Salvador-BA.
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OLHAR DO DIA: Apresento a nova Diretoria da Venerável Ordem Terceira do Carmo de Salvador- BA. Após a Assembleia Eletiva neste domingo, 6, foram eleitos; Osvaldo Martins dos Santos, Prior (Reeleito). Paulo Santos Pinto, 1º Conselheiro (Reeleito). Edval, 2º Conselheiro e Adailton Gama, 3º Conselheiro. Os nossos Parabéns! Na Quarta-feira, 9, estarei celebrando a Santa Missa de 7º Dia do meu pai, Manoel Artur de Miranda, na Comunidade Capim, Lagoa da Canoa-AL, às 19h. Daqui a pouco, veja vídeos.
MISSA DE CORPO PRESENTE: Exéquias.
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DOMINGO DE TODOS OS SANTOS: Uma felicidade possível. ( Mt 5, 1-12).
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A felicidade é uma realidade buscada no dia a dia, não é uma situação estática. Referem-se à postura, comportamento pessoal, atitudes, condições de vida para viver assim a alegria de ser parte do Novo Povo de Deus.
A felicidade se procura, deve ser construída na vida pessoal e social. O Papa Francisco na sua viagem à Suécia diz que: “As bem-aventuranças são a carteira de identidade do cristão, que o identifica como seguidor de Jesus. Somos chamados a ser bem-aventurados, seguidores de Jesus, enfrentando os sofrimentos e angústias do nosso tempo com o espírito e o amor de Jesus”.
“Mas, se alguma coisa há que caracterize os Santos, é o fato de serem verdadeiramente felizes. Descobriram o segredo da felicidade autêntica, que mora no fundo da alma e tem a sua fonte no amor de Deus. Por isso, os Santos são chamados bem-aventurados. As Bem-aventuranças são o seu caminho rumo ao seu destino, rumo à pátria. As Bem-aventuranças são o caminho de vida que o Senhor nos indica, para podermos seguir os seus passos”.
Hoje é um dia especial para lembrar não somente todas aquelas pessoas que têm um amor especial, mas também para que nos ensinem o caminho a seguir.
Nas bem-aventuranças temos a chave para, com diferentes características, cada um e cada uma viverem nesta vida para serem felizes aqui e, ainda mais, no céu.
Eles não estão egoisticamente desfrutando essa alegria, pelo contrário, a capacidade de solidariedade com os pobres, os desvalidos e doentes deste mundo que os caracterizou no meio de nós, continua neles com dimensões inimagináveis.
Por isso eles e elas fazem parte de nossa caminhada nesta terra, oferecendo o sopro do Espírito que os levou a viver no meio de nós de uma forma original e inimaginável.
Como ser santo e alegre neste mundo triste? Como ser santo nos dias atuais, tão angustiantes e trágicos, eivados de problemas?
As Bem-Aventuranças – "Felizes os" – não são outra coisa que respostas ao Amor de Deus que, apossando-se de nossas vidas, introduz-nos em seu Reino.
Aceitar, permanecer, crescer e perseverar na construção deste Reino no mundo: eis o caminho a percorrer na rota da santidade!
À primeira vista, as atitudes de vida, propostas por Jesus não foram, em seu tempo, nem são, ainda hoje, valorizadas: como podem ser felizes os pobres, os sofredores, os perseguidos?
A resposta encontra-se na segunda parte de cada uma das oito sentenças enunciadas por Mateus que confluem, todas elas, para o mesmo ponto: a participação no Reino de Deus já agora, em germe e em esperança e, plena e perfeita, na eternidade, vivendo de sua Vida, usufruindo de seu Amor e gozando de sua Paz perpétua!
A festa de Todos os Santos mostra-nos esta pluralidade de expressões. Todas elas apresentam uma marca comum: a prática do mandamento único do amor. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
É possível ser Santo?
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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará
Com frequência a Igreja oferece aos fiéis e a todo o mundo a figura do santo! Homens e mulheres de idades diversas e diferentes estados de vida viveram com heroísmo o Evangelho e se tornaram pontos de referência, como sinais privilegiados para suas respectivas épocas e para as gerações que se seguem. Seus feitos, suas palavras e seus nomes permanecem como imagens gravadas com fogo na história da humanidade. Sabemos que mesmo nações de tradição diferente do cristianismo se orgulham dos santos e santas que nelas deixaram suas marcas, especialmente os rastros da caridade vivida, já que um dos sinais de santidade é justamente o amor universal e desprendido, sem preconceitos ou discriminações.
Basta recordar a recente canonização da Santa Madre Teresa de Calcutá. E o nosso tempo tem sido rico de santidade, como homens e mulheres conhecidos diretamente pela nossa geração. São João Paulo II percorreu o mundo, visitou nosso país, comeu à nossa mesa, abraçou nossas crianças! E é santo! Ele mesmo, aqui no Brasil, afirmou categoricamente que nosso país precisa de muitos santos. Daí a pergunta, numa época de propaganda da maldade e da impureza, de banalização da verdade, corrupção dos costumes e tantas outras mazelas, é possível ser santo? Parece que a resposta deve ser dada por nós, cada um no confronto com os ideais assumidos em sua própria história.
Há santidade nas crianças. Deus nos fez para a inocência e não para a maldade. As orações que brotam singelas dos lábios dos pequeninos, preferidos de Jesus, a abertura com que se dispõem a conversar com o Senhor, a espontaneidade de seus sentimentos e a liberdade com que se colocam diante dos adultos, tudo indica que nos pequeninos, com os quais precisamos ser parecidos, se queremos entrar no Reino de Deus, é nada menos do que o projeto de Deus para todos, seja qual for a sua idade. Francisco e Jacinta, pastorinhos videntes de Nossa Senhora de Fátima, são reconhecidos como “confessores da fé”
A santidade resplandece nos jovens. Um dos novos santos canonizados no dia 16 de outubro de 2016 é o jovem José Sánchez del Río, mexicano (1913-1928), martirizado aos 14 anos durante a perseguição religiosa no México. No Brasil, Guido Schäffer, brasileiro, carioca, dizendo que “todas as nossas ações devem visar o amor de Deus”, foi médico, surfista e filho muito dedicado a Deus. Ao oferecer sua medicina aos pobres assistidos pelas Missionárias da Caridade de Madre Teresa, e após a leitura do livro “O Irmão de Assis”, de Frei Ignacio Larrañaga, decidiu largar tudo para seguir o forte chamado ao sacerdócio. Sua vida na Igreja amadureceu na Renovação Carismática Católica, no uso dos dons e carismas do Espírito Santo, na vida intensa de oração, nas devoções marianas e depois num caminho para o sacerdócio. Seu processo de beatificação está em andamento. Deus o “pescou” surfando, aos trinta e quatro anos, em 2009, no último ano de Seminário.
A Santidade acontece na família, como se manifesta na canonização dos pais de Santa Teresinha, Luís Martin e Zélia Guérin. O Papa Francisco afirmou que “os novos santos viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor, e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”. Luiz era relojoeiro e Zélia bordadeira. Tiveram nove filhos, quatro falecidos ainda na infância e cinco filhas seguiram a vida religiosa! Ou lembremos Santa Gianna Beretta Molla, médica e mãe de família, cujo milagre para a canonização beneficiou uma brasileira.
Santidade não depende de classe social. No Brasil, recentemente foi beatificada “Nhá Chica”, analfabeta, dedicada a Deus na vida de oração e à caridade, chamada em Baependi, Minas Gerais, de “Mãe dos Pobres”. Guardava especial devoção às “Três horas da Agonia”, prática tão difundida entre nós, belenenses. Sua vida mostrou que a santidade não é privilégio, mas mandamento do Senhor Jesus: “Sede perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 7, 48).
Mas como percorrer esta estrada? Para São João Paulo II, “se o Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial. Perguntar a um catecúmeno: ‘Queres receber o Batismo’? significa ao mesmo tempo pedir-lhe: ‘Queres fazer-te santo?’. Significa colocar na sua estrada o radicalismo do Sermão da Montanha” (Novo Millenio Ineunte 31).
Santidade é o caminho normal a ser percorrido pelo cristão. Escolher o seguimento de Jesus Cristo, acolher sua palavra como Palavra de Vida Eterna, optar pela fidelidade aos mandamentos, experimentar a graça do perdão e o banho da misericórdia de Deus. Sim, o santo não está pronto e acabado, mas vive o processo a santificação, cujo autor principal é o próprio Deus. De fato, se nos deixamos conduzir, o Espírito Santo conduz, silenciosamente, mas com força, os rumos de nossa existência. Vivendo bem cada momento presente, pois a cada dia basta o seu cuidado (Cf. Mt 6, 34), passo a passo é possível caminhar na santidade.
Santidade significa não se acomodar com o espírito do mundo, que conduz à volta sobre si e o bloqueio das boas inspirações. Trata-se de sair de nosso egoísmo, para encontrar os meios adequados para servir e não ser servidos, como o Senhor, em quem acreditamos. Santidade é exercício de criatividade. Os homens e mulheres que se santificaram abrem uma imensa galeria de possibilidades, provocando em nós a fidelidade aos muitos dons que nos foram concedidos, para multiplicar os talentos e exercitá-los para a glória de Deus e para o bem da humanidade. Basta olhar no espelho da Palavra de Deus para descobrir.
Santidade quer dizer usar os meios postos à nossa disposição pela Igreja, São João Paulo II (Novo Millenio Ineunte 30-41) propõe os seguintes passos: oração, participação na Eucaristia Dominical, Sacramento da Reconciliação, acreditar no primado da graça de Deus, escutar a Palavra de Deus, acolher o exemplo luminoso dos santos e dos mártires. Cabe a nós experimentar estes passos e será dada a resposta à pergunta!
Fonte: http://www.cnbb.org.br
Sepultar os mortos e rezar por eles
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Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Em nossa Carta Pastoral indicamos para este ano jubilar uma obra de misericórdia por mês. Na clausura do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, na nossa Arquidiocese no dia 12 de novembro, com a Festa da Unidade; e, em Roma, no consistório que participaremos no dia 20 de novembro com o Papa Francisco, queremos apresentar a última sugestão deste ano: Sepultar os mortos e rezar por eles. (Cf. Jo 11,1-45).
A morte é a separação do corpo e alma, que se dá em virtude do desgaste da corporeidade da pessoa. Tal fenômeno é natural aos olhos da biologia. Todavia, aos olhos da fé, é complexo. (BETTENCOURT, 1995).
Ao criar o homem, Deus conferiu-lhe o poder não morrer (cf. Gn 2,17); a criatura, porém, perdeu esse dom em consequência do primeiro pecado, de modo que a morte hoje existe no mundo como sanção devida ao pecado. (Cf. Gn 3,19; Sb 1,13s; Rm 5,12) (BETTENCOURT, 1995).
Na plenitude dos tempos, Jesus Cristo, assumindo a morte do homem, ressuscitou. Dessa maneira, transfigurou a morte, fazendo dela a passagem para a re-criação e a vida nova do homem. (Cf. Hb 2,14s; 2Tm 1,10) (BETTENCOURT, 1995).
Pelo Batismo e a Eucaristia, o cristão é inserido em Cristo (cf. 1Cor 12,12; Jo 15,15) e recebe uma semente de vida nova ou o princípio de nova criatura; prepara-se para morrer e ressuscitar com Cristo. (Cf. Rm 6,1-11; 2Cor 4,7-18) (BETTENCOURT, 1995).
Pode-se dizer que o cristão não morre propriamente, mas paralelamente; ao definhar do velho homem há nele todos os dias o robustecimento da nova criatura: “Enquanto o nosso homem exterior vai definhando, o nosso homem interior vai-se renovando dia a dia”. (Cf. 2Cor 4,16; Jo 11,25s; 2Tm 2,11-13) (BETTENCOURT, 1995).
Estas verdades nos sugerem a genuína atitude do cristão diante da morte: este é o último chamado que Deus nos dirige, e que havemos de aceitar com humildade e adoração. Cada um dos nossos atos deixa uma marca em nossa personalidade; ora, a morte não faz senão manifestar definitivamente essa configuração interna do indivíduo. Os últimos instantes, portanto, não são algo de essencialmente novo na existência do homem, mas, preparado pelas fases anteriores, constitui o seu desabrochar orgânico (BETTENCOURT, 1995).
A morte termina a vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Jesus Cristo. A salvação vem para o homem não pelas suas obras, mas pela graça infinita de Deus, que é concedida a todos os homens desde a eternidade. (BETTENCOURT, 1995).
Em Jo 1,1-45, Ressurreição e Luz são dois temas intimamente ligados, porque são sinônimos da salvação: “Se alguém caminha de dia, não tropeça; mas tropeçará, se andar de noite”. (Cf. Jo 11,10). O tema central do Evangelho é a vida. Vida que foi restituída a Lázaro e que está ligada à amizade, ao amor fraterno, à compaixão, atitudes cristãs que estão presentes na glorificação de Deus, que é o destino dos homens e mulheres que creem verdadeiramente. A vida verdadeira, que o Cristo trouxe, tem face humana e face divina, que se misturam.
A ressurreição de Lázaro é um dos maiores sinais de Jesus. Jesus, assim, vai manifestando a sua filiação divina, seu poder messiânico, sua missão salvadora, e provoca, cada vez mais, a admiração, a fé, o testemunho daqueles que são beneficiados pela sua ação evangelizadora. O próprio Evangelista João anuncia que Jesus “fez muitos outros sinais, e que estes sinais foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, em crendo, tenhais a vida”. (Jo 20,30-31).
Jesus afirmou: Eu sou a Vida, Eu sou o Pão da vida, Eu sou a Luz do mundo. Jesus veio ao mundo para despertar a criatura humana do sono. E esta vida nova só será possível àqueles que viverem, com dignidade, a grandeza do seu Batismo. Aderindo a Cristo, o batizado deve viver uma vida realmente nova, animada pelo espírito de Cristo. A vida da fé batismal se verifica, se atualiza, por exemplo, quando ela transforma a sociedade de morte numa comunidade viva de vida, de fraternidade e de comunhão.
Como Lázaro, acolhamos a ordem de Jesus: “Sai para fora”. Peçamos ao Senhor que nos desperte e ressuscite do sono da morte e nos revista da Sua imortalidade. A fé, entretanto, sempre nos levou a crer que muitas pessoas, apesar de imperfeitas e manchadas, não se distanciaram de Deus por uma absoluta prevaricação. Estas pessoas, após a morte, devem ser purificadas. Então, haverá pecados que possam ser perdoados, ou de que possamos nos purificar após a morte? Foi o que ensinou Jesus: “Se alguém disser blasfêmia contra o Espírito Santo, nem neste mundo, nem no outro isto lhe será perdoado”. (Mt 12, 32). Do que inferiu o 1º Concílio de Lião: “disto se dá a entender que certas culpas são perdoadas na presente vida, e outras o são na vida futura”, e o Apóstolo disse que a obra de cada um, qual seja, o fogo a provará e aquele cuja obra arder ao fogo, sofrerá; mas ele será salvo, porém, como quem o é através do fogo. (I Cor 3, 13 e 15).
Sempre ensinou também a Igreja Católica que aos mortos que devem ser purificados, muito ajudam os sufrágios, preces e sacrifícios dos irmãos vivos, visto o imenso tesouro da chamada “comunhão dos santos”. Para ensinar esta doutrina, a Igreja sempre se amparou no texto bíblico do 1º Livro dos Macabeus 12, 38-45, que assim conclui: “É, pois, santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”. Este é o motivo de nossas orações pelos falecidos.
O Catecismo da Igreja Católica diz, ao expor esta matéria: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu”. (nº 1030).
Rezemos neste mês de novembro pelos falecidos. Dai-lhes, ó Senhor, o descanso eterno, e a luz perpétua os ilumine. Descanse em paz! Amém.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
SÃO JOÃO DEL REI: Missa de Finados.
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MISSA EM SÃO JOÃO DEL REI: Convite
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