Ano e mês de São José
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São José: O mês é dele... o Ano é dele. A Palavra do Frei Petrônio- Direto da Praia do Bonfim, Angra dos Reis/RJ. Segunda-feira, 1º de março-2021. www.instagram.com/freipetronio
O Profetismo de Teresa: Frei Savério
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SANTA TERESA DE JESUS. No dia de Teresa D`Ávila, vamos recordar o IV- Encontro da ALACAR-Associação Latino Americana dos Carmelitas. De de 26 a 31/10/2015 em El Salvador. No vídeo, Frei Savério Canistrà, OCD, Prepósito-Geral da Ordem dos Carmelitas Descalços, falou sobre o profetismo desde a mística de Teresa. Câmera: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. 15 de outubro-2020
“Elias é o homem de vida contemplativa e, ao mesmo tempo, de vida ativa, preocupado com os acontecimentos do seu tempo”. Papa Francisco.
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Na Audiência Geral realizada na Sala Paulo VI, Francisco retoma as catequeses sobre a oração após o ciclo dedicado ao cuidado da criação no mundo ferido pela pandemia de coronavírus. “A oração não é um fechar-se com o Senhor, para maquiar a alma. A oração é um confronto com Deus e um deixar-se enviar para servir aos irmãos”, disse o Pontífice.
Mariangela Jaguraba - Vatican News
“A oração de Elias” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (07/10), realizada na Sala Paulo VI, por causa da chuva que começou a cair cedo na Cidade Eterna.
O Pontífice retomou as catequeses sobre o tema da oração, interrompidas para dar espaço às catequeses sobre o cuidado da criação. “Conheçamos um dos personagens mais fascinantes de toda a Sagrada Escritura: o profeta Elias. Ele vai além dos limites do seu tempo e podemos ver a sua presença também em alguns episódios do Evangelho. Ele aparece ao lado de Jesus, juntamente com Moisés, no momento da Transfiguração. O próprio Jesus refere-se à sua figura para dar crédito ao testemunho de João Batista”, sublinhou Francisco.
Elias, incapaz de compromissos mesquinhos
O Papa frisou que “a Escritura apresenta Elias como um homem de fé cristalina: no seu próprio nome, que poderia significar “Javé é Deus”, está incluído o segredo da sua missão. Ele será assim para o resto de sua vida: um homem integérrimo, incapaz de compromissos mesquinhos. O seu símbolo é o fogo, a imagem do poder purificador de Deus. Será o primeiro a ser posto à prova e permanecerá fiel. Ele é o exemplo de todas as pessoas de fé que conhecem tentações e sofrimentos, mas não deixam de viver à altura do ideal para o qual nasceram”.
A oração é a linfa que alimenta constantemente a sua existência. Por esta razão, é um dos personagens mais queridos à tradição monástica, de tal forma que alguns o elegeram padre espiritual da vida consagrada a Deus. Elias é o homem de Deus, que se levanta como defensor da primazia do Altíssimo. No entanto, também ele é obrigado a enfrentar as próprias fragilidades. É difícil dizer quais experiências lhe foram mais úteis: se a derrota dos falsos profetas no Monte Carmelo, ou a perplexidade em que constata que ele «não é melhor do que os seus pais».
A oração é deixar-se conduzir por Deus
Segundo Francisco, na alma de quem reza, o sentido da própria debilidade é mais precioso do que momentos de exaltação, quando parece que a vida é uma cavalgada de vitórias e sucessos”, e acrescentou:
Na oração acontece sempre isso. Momentos de oração que nos puxam para cima, nos enche de entusiasmo, e momentos de oração de dor, aridez e provações. A oração é assim: deixar-se conduzir por Deus e deixar-se também golpear, pelas situações ruins e até mesmo pelas tentações. Esta realidade que a oração é assim se encontra em muitas outras vocações bíblicas, também no Novo Testamento; pensemos, por exemplo, em São Pedro e São Paulo, a vida deles era assim: momentos de exultação e momentos de abaixamento, de sofrimentos.
“Elias é o homem de vida contemplativa e, ao mesmo tempo, de vida ativa, preocupado com os acontecimentos do seu tempo, capaz de se lançar contra o rei e a rainha, depois que ele mandaram matar Nabot para tomar posse da sua vinha”, disse ainda o Pontífice.
Precisamos do espírito de Elias
Quanto precisamos de fiéis, de cristãos zelosos que agem diante de pessoas que têm responsabilidade gerencial com a coragem de Elias, para dizer: “Isto não deve ser feito! Isto é um assassinato”! Precisamos do espírito de Elias.
Elias nos mostra, deste modo, “que não deve haver dicotomia na vida de quem reza, não há diferença: se está perante o Senhor e se vai ao encontro dos irmãos para os quais Ele envia".
“A oração não é um fechar-se com o senhor, para maquiar a alma. Não, isto não é oração. Esta é uma oração fingida. A oração é um confronto com Deus e um deixar-se enviar para servir aos irmãos. A prova da oração é o amor concreto pelo próximo.”
"E vice-versa: os fiéis agem no mundo depois de, primeiro, terem silenciado e rezado; caso contrário, a sua ação é impulsiva, desprovida de discernimento, é uma corrida ofegante sem meta. Quando os fiéis fazem assim, cometem muitas injustiças, porque não foram primeiro diante do Senhor para rezar, discernir o que devem fazer”.
Regressar a Deus com a oração
O Papa disse ainda que “as páginas da Bíblia sugerem que também a fé de Elias progrediu: ele cresceu na oração, refinou-a pouco a pouco. Para ele, o rosto de Deus tornou-se mais nítido ao longo do caminho. Até atingir o seu ápice naquela experiência extraordinária, quando Deus se manifestou a Elias no monte. Ele manifesta-se não na tempestade impetuosa, não no tremor de terra nem no fogo devorador, mas no «murmúrio de uma brisa suave». Ou melhor, uma tradução que reflete bem essa experiência: em um fio de silêncio sonoro. É assim que Deus se manifesta a Elias”.
É com este sinal humilde que Deus se comunica com Elias, que naquele momento é um profeta fugitivo que perdeu a paz. Deus vai ao encontro de um homem cansado, de um homem que pensava ter falhado em todas as frentes, e com aqu
“Esta é a vicissitude de Elias, mas parece escrita para todos nós”, disse ainda Francisco. “Em certas noites podemos sentir-nos inúteis e solitários. É então que a oração virá e baterá à porta do nosso coração. Todos nós podemos tocar uma orla do manto de Elias. E mesmo que tivéssemos feito algo de errado, ou se nos sentíssemos ameaçados e apavorados, regressando a Deus com a oração, voltarão também como que por milagre a serenidade e a paz. Isto é o que nos ensina o exemplo de Elias”, concluiu o Papa. Fonte: https://www.vaticannews.va
Viajando com Frei Petrônio: Itália-01
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Com Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, conheça Assis, Itália, a terra da Espiritualidade Franciscana. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 29 de outubro-2014.
Ladrões de mendigos e doentes
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É uma vocação, vem de fábrica, tá no sangue
Não acredito! Agora foi demais. Deve ser uma das frases mais repetidas, e desmentidas, pela realidade do Brasil. Há sempre mais. Já tivemos quadrilhas de políticos e empresários que roubavam nas compras de sangue de hospitais públicos; que sugavam a merenda escolar da boca das crianças para seus bolsos; desviavam verbas para compra de ambulâncias. Próteses. Vacinas. Sempre dos que mais precisavam. Um dos maiores assaltos da quadrilha de Sérgio Cabral foi na Secretaria de Saúde de Sérgio Côrtes, um médico que roubava doentes.
Pelo perfil de covardia, crueldade e desprezo por seu semelhante, não é surpresa que justamente durante a pandemia, no pior momento, bandidos oficiais roubem na compra de respiradores, hospitais de campanha e remédios para a população pobre. A quadrilha de Witzel tinha uma tropa de assalto na Secretaria estadual de Saúde. O bando do satânico pastor Crivella saqueou verbas da saúde, outros desviaram R$ 41 milhões da Fundação Leão XIII, que existe para cuidar da população de rua. Roubaram dinheiro de mendigos!
Roubar sangue, ambulâncias, remédios, respiradores e merenda escolar seria moralmente mais grave do que achacar, receber propina, roubar de ricos e de empresas em obras publicas e programas governamentais? Tanto faz, a conta é sempre paga por todos, principalmente os pobres, que pagam impostos em tudo o que compram.
Mas ladrão é ladrão. É uma vocação, vem de fábrica, tá no sangue, tantos são os sobrenomes em comum de filhos e mulheres de juízes denunciados por venda de sentenças que são advogados. No Brasil, não é a ocasião que faz o ladrão, é o ladrão que faz a ocasião. O mais impressionante é a covardia, crueldade e sadismo na escolha de sua presa indefesa: o elemento sabe que está roubando dos que mais precisam.
O que merece essa escória, a maioria impune com a cumplicidade do Judiciário e de um sistema legal feito para proteger quem pode mais? Fonte: https://oglobo.globo.com
53 Anos. Agradecer!
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OBRIGADO... Nos meus 53 Anos de vida, obrigado pelas mensagens e orações. 15 de setembro-2020, Festa de Nossa Senhora das Dores e meu aniversário. Obrigado Senhor!
ALACAR-2018: Oscar Romero-01
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Imagens do V- Alacar- Congresso da Associação Latino Americana de carmelitas. De 6-11 de novembro-2018 em Santo Domingo, República Dominicana. Tema: Mártires de ontem, para o Carmelo Latino-Americano de hoje; Beato Frei Tito Brandsma, Santa Edith Stein e Dom Oscar Romero. No vídeo, a quarta exposição, com o tema; Martírio e Espiritualidade de Monsenhor Oscar Romero, proferida por Monsenhor Oswaldo Escobar, Bispo de Chalatenango, El Salvador, carmelita descalço. Convento do Carmo da Lapa/RJ. 24 de dezembro-2018.
ANGRA DOS REIS: Domingo da Misericórdia com comunhão para povo de Deus.
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AO-VIVO ANGRA DOS REIS/RJ. No Domingo da Misericórdia nós; Frades Carmelitas, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição- Diocese de Itaguaí/RJ- levamos a Santa Comunhão ao povo de Deus. Domingo, 19 de abril-2020. r www.instagram.com/freipetronio.
CNBB lança hotsite com informações sobre a Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil
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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança nesta sexta-feira, 17, um hotsite com informações sobre a Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil, uma iniciativa da própria Conferência e da Cáritas Brasileira, que busca estimular a solidariedade por meio de gestos concretos, como a arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza. A Ação, além de incentivar a ajuda material às pessoas, também promove o cuidado no campo religioso, humano e emocional, unindo-se a diversas campanhas e projetos de solidariedade que já estão em curso pelo país.
Na página “http://www.cnbb.org.br/tempodecuidar/”, comunidades, paróquias e dioceses poderão se informar sobre as iniciativas já em curso ou saber como promover novas ações de solidariedade neste momento de pandemia. O hotsite, na parte do FAC, oferece indagações sobre se é necessário realizar ou não uma Ação Solidária diante da pandemia e como poder identificar se há pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social e que precisem de ajuda emergencial.
No tópico “Como fazer acontecer”, o usuário poderá, antes de qualquer ação, saber como planejar com antecedência as ações solidárias e como organizar as equipes, além de obter orientações sobre os cuidados que devem ser tomados para a coleta, a preparação, a entrega e o registro dessas ações. Na parte do “Acesso Rápido”, é possível fazer o download dos documentos elaborados pela Cáritas que trazem informações abrangentes sobre a Ação Solidária Emergencial.
O hotsite conta ainda com vídeos e notícias, produzidos pela CNBB e Cáritas, sobre o andamento da Ação e iniciativas que estão em curso por todo o país. Acesse: “http://www.cnbb.org.br/tempodecuidar/”. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Abrir os olhos e o coração: Evangelho do dia.
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Abrir os olhos e o coração... A Palavra do Frei Petrônio. Reflexão do Frei Petrônio de Miranda, O. Carm, sobre o Evangelho do 4º Domingo da Quaresma. (JO 9, 1.6-9. 13-17. 3438). Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. 22 de março-2020. www.instagram.com/freipetronio
Coronavirus: Mensagem do Prior Geral da Ordem do Carmo
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MENSAGEM DA ORDEM REFERENTE AO CORONAVIRUS
Queridos Irmãos e Irmãs,
Na situação especial em que vivemos, quero dirigir uma palavra de apoio a todos os nossos irmãos que, de algum modo sofrem a dor da constante difusão do Vírus Covid-19. Na Cúria temos acolhido as instruções do Governo Italiano e fazemos o possível para cumpri-las. Isto quer dizer, que nosso pessoal deve deixar de vir trabalhar até que recebamos novas instruções. Temos organizado nossa vida, de maneira que ninguém vai receber ninguém em casa e nem sairá, até que seja revogada a proibição, exceto as emergências e os serviços básicos. Reconhecemos o sacrifício que isto significa, mas cremos que temos que deixar-nos guiar pelos conselhos dos especialistas.
Temos presentes em nossa mente e em nossa oração os que morreram e suas famílias que sofrem. Rezaremos por todos os que trabalham no campo da saúde, para que os pesquisadores consigam identificar o Vírus e encontrem a melhor maneira de proteger a população da infecção, e, também para que os médicos e enfermeiros consigam ajudar a todas as vítimas.
Não podemos perder a confiança nem deixarmos nos dominar pelo medo. Esta experiência nos leva a considerar até que ponto somos impotentes apesar do nosso progresso. Em situações como esta, nos damos conta com maior clareza de que sem Deus nada podemos fazer. Temos, pois, ocasião propícia para renovar nossa Fé em Deus e nosso compromisso, visando o bem estar recíproco e especialmente dos mais pobres, os que têm menos possibilidades quando a vida se faz difícil. Durante o tempo que permaneceremos confinados em nossas casas podemos reunirmos para refletir e para rezar mais, como Maria, a Mãe de Deus, que guardava todas estas coisas meditando-as em seu coração.
Míceál O’Neill, O. Carm
Prior General
Frei Luis José Maza Subero
As duas orações do Papa para invocar o "fim da pandemia"
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O Papa Francisco saiu do Vaticano e venerou a Salus populi Romani na Basílica de Santa Maria Maior. Depois, na Igreja de São Marcelo na Via del Corso, rezou diante do crucifixo que salvou Roma da peste.
Vatican News
Na tarde deste domingo, pouco antes das 16h locais, o Papa Francisco saiu do Vaticano e foi até a Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do ícone de Nossa Senhora Salus populi Romani (protetora do povo romano).
Depois, percorrendo a pé um trecho da "Via del Corso" - no centro de Roma - foi até a Igreja de São Marcelo, onde se encontra o Crucifixo milagroso que, em 1522, foi levado em procissão pelos bairros da cidade para que acabasse a "Grande Peste".
Com a sua oração, afirma o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, o "Santo Padre invocou o fim da pandemia que atinge a Itália e o mundo, implorou a cura para os muitos doentes, recordou as inúmeras vítimas desses dias e pediu que seus familiares e amigos encontrem consolação e conforto. A sua intenção se dirigiu também aos agentes de saúde, aos médicos, aos enfermeiros e àqueles que, com o seu trabalho, garantem o funcionamento da sociedade".
Devoção
A devoção especial do Pontífice pela Salus populi Romani é conhecida: Francisco reza diante do ícone não somente por ocasião das grandes festas marianas, mas também antes e depois de uma viagem internacional. Em 593, o Papa Gregório I a levou em procissão para pedir o fim da peste e, em 1837, Gregório XVI a invocou para cessar uma epidemia de cólera.
Levando em consideração a pandemia atual, é muito significativa a segunda etapa deste domingo do Papa Francisco. Segundo estudiosos, a igreja de São Marcelo preserva um crucifixo em madeira que remonta ao século XV, considerado o mais realístico de Roma, que sobreviveu a um incêndio e salvou a cidade da peste. Este mesmo crucifixo, abraçado por São João Paulo II, marcou a Jornada do Perdão durante o Grande Jubileu do Ano 2000. Fonte: https://www.vaticannews.va
‘Medo é a palavra que define Paraisópolis hoje’, lamenta padre
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Luciano Borges, que atua há 13 anos na favela, fala sobre os impactos da morte de jovens sobre a comunidade e a sensação de insegurança entre os moradores. A reportagem é de Arthur Stabile e Pedro Ribeiro Nogueira, publicada por Ponte, 09-03-2020.
Nascido no Rio de Janeiro, o padre Luciano Borges Basílio, 45 anos, atua há 13 anos como pároco da Paróquia São José, que fica localizada em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo. “Em Paraisópolis tudo é muito”, afirma, referindo-se tanto ao tamanho dos problemas quanto à grandiosidade de seus moradores: “Esta comunidade, formada 99% por nordestinos, tem uma acolhida espetacular”.
Desde 1º de dezembro, o rebanho que o padre Luciano conduz passou a conviver com um de seus momentos mais difíceis, com o massacre de 9 jovens ocorrido após a ação da PM no baile funk da DZ7, em 1º de dezembro, e o sequestro e assassinato de três jovens por desconhecidos, em 6 de fevereiro.
A resposta natural da população, explicou o padre, é o medo. “A sensação é de insegurança. Medo talvez seja a palavra que mais bem define Paraisópolis”, resumiu o religioso, que cobra mais participação do poder público nos becos e vielas nos quais propaga sua fé.
De acordo com Luciano, o poder público tem sido omisso mesmo depois das mortes. “Muito falou-se desde o massacre e, até agora, pouco se fez”, criticou. Segundo ele, até mesmo a PM deixou Paraisópolis, atua só no entorno, o que “gera distanciamento e não a relação de confiança”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Abusos na Igreja. O prior da Grande Cartuxa sai do seu silêncio
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Dysmas de Lassus recebeu La Vie em seu mosteiro da Grande Cartuxa, no momento em que publica um livro, fruto de suas reflexões sobre os abusos em comunidades religiosas. A entrevista é de Sophie Lebrun, publicada por La Vie, 26-02-2020. A tradução é de André Langer.
Este ano, não caiu neve. Dificilmente pode ser encontrada em lugares ao redor das falésias do Grand Som, que se lançam em direção ao céu, erguendo-se a 2.026 metros. Aos seus pés, os vários edifícios do mosteiro da Grande Cartuxa, paredes brancas que sustentam telhados cinzentos, estendem-se em um canto do vale. Apesar das muitas placas indicando “Área de silêncio”, inscritos acima do desenho sumário de um monge, os golpes de martelo em barras de ferro ecoam de uma parede rochosa a outra. “Estamos em um prédio classificado como monumento histórico; sempre há trabalho”, explica Dysmas de Lassus, prior-geral da Ordem dos Cartuxos, que nos recebe em frente ao grande portal vermelho de seu mosteiro.
Fato excepcional, o homem de túnica branca e sobrancelhas espessas nos leva além da inscrição gravada em preto em uma placa de madeira “O mosteiro está fechado para visitas”. Nós entramos na Grande Cartuxa. Uma vez transposta a pesada porta de madeira com uma fechadura impressionante – “Ela também é classificada como um monumento histórico”, diz o prior, divertido –, devemos parar. Na nossa frente, um jardim com caminhos de cascalho cercados por sebes, que leva a um enorme edifício de quatro andares.
Em algumas famílias da região, ainda se fala das visitas pelos longos corredores abandonados repletos de mistérios, quando, na primeira parte do século XX, os irmãos estavam exilados na Itália após serem expulsos pelo Estado francês. Não vamos além de quatro dobradiças enferrujadas, gravadas em pedra. “Aqui começa a clausura”, desculpa-se dom Dysmas, ainda mais triste pelo fato de uma mulher não poder atravessá-la, quando um homem teria uma chance...
Teremos que nos contentar com as palavras excepcionais desse religioso normalmente dedicado a uma vida de solidão e de silêncio. Sentado nas poltronas de uma bela sala de estar, sob o olhar de São Bruno, fundador do local e da Ordem dos Cartuxos, Michel de Lassus, que escolheu o nome do Bom Ladrão do Evangelho como nome de religião, confia-se longamente à La Vie, por ocasião do lançamento do seu livro, Risques et dérives de la vie religieuse (Cerf).
Eis a entrevista.
Por que você toma a palavra hoje?
Não decidi falar, nem escrever sobre os abusos da vida religiosa: isso se impôs a mim. Depois de me tornar prior da Grande Cartuxa em 2014, tive um intercâmbio epistolar que me levou a encontrar uma mulher em perigo; fiquei comovido com o seu testemunho. Eu li as cartas de outras pessoas, e novas vítimas me pediram entrevistas. Em nossa regra, especifica-se que não fazemos direção espiritual: não foi isso que eu fiz, mas posso ter sido uma pessoa que se dispôs a escutar aquelas – principalmente religiosas ou irmãs mais idosas – que não encontraram um ouvido atento. Diante da coerência entre os relatos de abusos em comunidades muito diferentes, fui percebendo aos poucos que estávamos enfrentando um problema sério.
Estamos, portanto, diante de uma situação histórica?
A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica indica que, em 2018, 3,8% dos institutos em todo o mundo foram objeto de uma visita apostólica e, portanto, apresentam alguma preocupação. É, ao mesmo tempo, pouco... e muito; se não é preciso dizer que tudo está indo mal, segue sendo um número anormalmente alto. Os abusos espirituais não são novos – são humanos e sempre existiram –, mas não vejo que sejam tantos como os que estamos vivendo hoje.
Atualmente, há a descoberta de um lado totalitário nos fenômenos com os quais somos confrontados. Abordamos muito a questão dos abusos sexuais de menores – é uma bênção que saímos do silêncio sobre esse assunto –, a tal ponto que, nesse sentido, acho que podemos nos orgulhar da Igreja na França e da maneira como ela reage. Eu não teria dito isso antes de 2019... O campo das violências sexuais contra pessoas adultas em um ambiente eclesial permanece menos conhecido. Quanto aos abusos espirituais, são pouco compreendidos e difíceis de compreender.
Minha reflexão somou-se à de outros líderes religiosos na França. Presidente da Conferência Monástica da França, o padre abade da abadia de Maylis, François You, organizou dois anos de estudos sobre os abusos em 2016 e 2017, tendo sido confrontado com o problema. No ano passado, ele propôs que a assembleia regular dos superiores monásticos fosse realizada na Grande Cartuxa para que eu pudesse participar. Não estávamos preparados para receber 40 pessoas ao mesmo tempo! Foi um momento de trocas importantes para uma tomada de consciência geral. Lembro-me das palavras introdutórias de François You: foram os superiores de comunidade que fabricaram situações de abusos, sem sempre ter más intenções. Todos nós podemos estar em risco com esse câncer, por isso é melhor saber do que se trata.
Quais são os sintomas desse “câncer”?
Esta doença é primeiramente tornada visível pelo estado daquelas e daqueles que saem da vida religiosa danificados e destruídos. Ouvi essa frase terrível deles: “Não sei mais quem eu sou”. É totalmente anormal! Existem altos e baixos na vida religiosa, como em toda parte; mas quando dizemos que não encontramos mais o sentido da vida, a urgência da situação deve saltar aos nossos olhos.
Tendo sido mestre de noviços durante 20 anos, deparei-me com um jovem religioso assaltado por pensamentos suicidas. Na mesma noite, enviei-o para a casa de um amigo para que não ficasse sozinho. Quando, atordoado pelo testemunho de uma mulher que acompanhava as irmãs que saíam de uma comunidade – todas, quase sem exceção, tiveram a ideia de pôr um fim às suas vidas –, transmiti as informações para os líderes da Igreja, que estimo em muitos aspectos, não houve nenhuma reação... O grau de anestesia é colossal!
Quais são as causas desta doença generalizada?
A mais fácil de identificar é uma estrutura piramidal construída em torno de um superior. Ele recebe todas as comunicações, limitando, ou mesmo impedindo, um diálogo aprofundado entre os membros da comunidade. O desvio se situa então no nível do controle. A isso se pode acrescentar a injunção à transparência, um terreno escorregadio que leva ao controle dos pensamentos. José Rodríguez Carballo, secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, destaca o risco de um instituto se considerar superior aos demais, insistindo no papel de “salvador da Igreja” que ele teria recebido.
Esses elementos podem existir em vários graus, e uma graduação devemos ter em mente. Mas quando entram no espírito das pessoas, não conseguem mais lutar, perdem gradualmente a consciência do que é a discrição – no sentido monástico do termo, ou seja, a capacidade de discernir, o poder de fazer uma escolha livre. Elas não sabem mais o que é uma interioridade realizada. Alguns lutam com isso; no entanto, se uma pessoa dentro de uma comunidade desviante pode perceber elementos intuitivamente, ela não pode se convencer a si mesma. Sozinhos, chegamos a pensar que estamos errados, que somos a fonte do problema, que entendemos mal; porque você não pode estar certo contra todos. Nós, então, abdicamos diante dos outros, diante da autoridade.
Na vida religiosa, a relação com a autoridade é importante. Como isso chega a ser uma alavanca de perigo?
A maneira de exercer a autoridade geralmente é uma história de transmissão. Como escoteiro jovem, depois oficial de reserva como chefe de seção nas montanhas durante o meu serviço militar, fui recebendo pontos de referência. Foi observando dom André, meu prior durante 20 anos, que me forjou nessa área. Os cartuxos têm nove séculos de tradição – é uma herança pesada, mas oferece uma estabilidade que garante uma grande segurança. Nas novas comunidades, é mais livre, mas não mais fácil. Frequentemente, a estrutura de controle é criada por medo de perder o poder, no nascimento do instituto. No entanto, quando o fundador ou fundadora a cria – não necessariamente por maldade –, a segunda geração a herda: ou a questiona ou a continua de forma idêntica, repetindo os erros do passado.
É difícil questionar sua herança…
Essa dificuldade está aninhada na passagem de uma aventura quase familiar das origens a uma estrutura maior. Eu venho de um ambiente marinho, e uma imagem expressa bem essa realidade: fazer windsurf e comandar um porta-aviões não são atividades realizadas da mesma maneira. Em um pequeno grupo, seguimos as ideias do fundador e tudo é discutido. Quando o grupo cresce, não podemos continuar assim. Os capítulos entre membros e as formações adaptadas a todos tornam-se indispensáveis; as opiniões divergentes são expressas, o movimento de todos torna-se mais lento. Isso permite que a autoridade permaneça suficientemente descentralizada e o espírito do instituto não se perca. A flexibilidade do início dá lugar a uma estrutura mais pesada que não é ruim em si mesma: um porta-aviões é mais pesado que uma prancha de windsurf, e não podemos fazer nada sobre isso! É certo que não é mais suficiente que o fundador ou seus sucessores estalem os dedos para que o conjunto se mova... mas é mais saudável. Todo poder deve requerer um contrapoder; a expressão de contrapesos e de resistências é um dos elementos de equilíbrio.
Na história da vida religiosa, os fundadores sempre tiveram um lugar de destaque?
O padre Jean-Marie Gueullette me disse que, para os dominicanos, de cuja ordem ele fez parte, São Domingos foi quem a iniciou. Ele não minimizou sua importância, mas não o apresentou como uma figura gigantesca. O fenômeno do superdimensionamento do fundador é, a meu ver, um reflexo moderno. No entanto, quando se tende a um culto da personalidade, o Espírito Santo tem grandes dificuldades em passar...
Como abordar a questão da obediência?
Há um problema em apreender a obediência na Igreja. Historicamente, passamos de um extremo ao outro sobre esse assunto. Com o Concílio Vaticano II, uma concepção excessivamente rígida da obediência foi questionada; todos concordamos em que a mudança era necessária. Entretanto, o medo de um excesso de regras levou à falta de regras, geralmente com a consequência de que a pessoa que tem mais influência se impõe. Isso, combinado com um desejo de vida no Espírito Santo, pode ter gerado a delegação a uma pessoa uma autoridade que ela não deveria ter.
Nos antigos institutos religiosos, sabemos que o voto de obediência é sempre feito em um contexto. Um beneditino promete obedecer ao seu abade... na medida em que ele se expressa nos limites da regra. Obedecer é um agir: ninguém pode impor um pensamento pela obediência. Isso parece simples, mas podemos ver hoje quantos deslizes em direção aos abusos ocorreram devido ao esquecimento desses fatos tão óbvios. O religioso que obedece sempre guarda uma inteligência e uma responsabilidade. Nenhuma injunção à unidade – muito culpabilizante – deve eliminar o discernimento próprio. Eu costumava dizer aos noviços que só se obedece se quiser. Isso é bastante óbvio em nossa ordem, porque vivemos em solidão. Ninguém monitora o que cada um faz na sua cela – e ninguém deveria. Na vida religiosa, prometemos obediência a Deus através de uma autoridade humana, um prior, um mestre de noviços. Este “através” é fundamental.
Quais são os remédios para os desvios na vida religiosa?
Penso que os desvios sectários ocorrem quando não procuramos mais formar as pessoas, mas corremos atrás de um modo de funcionamento unitário, plano. Ora, o centro da vida religiosa é ajudar seus membros a estar “nas profundezas de Deus”, antes de serem filhos da comunidade. Eles devem então sentir essa liberdade na comunidade, mesmo que não sejam independentes dela: liberdade de expressar suas discordâncias, liberdade de sair sem se ver professar todos os tipos de catástrofes se ainda não estiver comprometido.
O primeiro passo na cura é entender a doença que estamos enfrentando. Técnico por temperamento, penso que mostrar os mecanismos abre a porta para uma consciência do que não é “normal”. Depois, é preciso querer mudar. Os elementos de um desvio sectário se assemelham a uma teia de aranha, com pontos de cruzamento: remova um e o resto desmorona. Por exemplo, para mudar uma estrutura piramidal prejudicial, basta querer mudar, mesmo que as consequências de pequenas transformações nos modos de ação ancorados em uma comunidade e nas pessoas sejam assustadoras. Isso pode levar tempo. É preciso muito para se acostumar com a ideia de um padre agressor. Também é necessário muito para aceitar a ideia de que uma comunidade, mesmo reconhecida e bem estabelecida, possa abrigar abusos em seu interior.
Querer ouvir as vítimas já é uma brecha no sistema abusivo. Nas últimas comunicações do Papa Francisco sobre os abusos – a Carta ao Povo de Deus, a carta apostólica Vós sois a luz do mundo –, ouvi um verdadeiro apelo à libertação da palavra. E que, diante disso, todos nos sintamos envolvidos. É também por isso que meu livro faz parte de um verdadeiro serviço de Igreja.
Diante das revelações dos abusos envolvendo o Jean Vanier, como lidar com um sentimento de prostração?
Antes do meu livro tomar forma, eu já tinha alinhavado minhas reflexões em um texto que constitui minha primeira etapa para escrever sobre os desvios na vida religiosa. Ele circulou em comunidades cristãs e círculos religiosos. Um dia, recebi uma carta de uma superiora de uma antiga ordem me relatando tudo de bom que esse texto, dado em leitura às irmãs, havia produzido. O texto não tinha sido escrito para elas, mas essa superiora achou importante questionar as formadoras de sua província, mesmo que não estivessem em situação de desvio sectário. Afirmo que se tem a capacidade interna, na vida religiosa, de se questionar.
Também estamos vendo congregações duramente atingidas se transformando. Os Irmãos de São João estão fazendo um trabalho interessante a esse respeito: questionar seu fundador, no espaço de seis anos, continua sendo um grande passo adiante em pouco tempo – mesmo que a consideração das vítimas tenha sido bem mais longa. Mas olhe as Fraternidades de Jerusalém: ao final do relato de uma vítima do seu fundador, elas lançaram uma investigação e um pedido de testemunho. Isso teria sido impensável há alguns anos.
Este trabalho de escrita teve algum efeito sobre sua própria vida religiosa?
Admito que realmente teve um impacto na minha vida, nos últimos quatro anos, até porque eu não gosto de escrever! Depois, porque este assunto é doloroso. No entanto, sei qual é a vida dos cartuxos e constato, desde que sou prior, que não é mais aquela que eu levo. Estou constantemente em comunicação para garantir a governança da ordem.
Como é a vida de um cartuxo “normal”?
Se tudo correr bem, parece uma bela história de amor, como toda a vida religiosa! É a única coisa que pode justificar uma vida como a nossa; caso contrário, a solidão se torna isolamento. Eu costumava dizer que um cartuxo deveria ser – e às vezes é – o homem menos sozinho do mundo, porque nosso objetivo é estar sempre com Deus. O silêncio e a solidão são apenas os meios para chegar lá.
Esta vida, no entanto, não se parece com a imagem que as pessoas têm dela. Luto sem qualquer eficácia contra a ideia de que ficamos sem peso, quase suspensos “entre o céu e a terra”, como disse Robin Bruce Lockart em um de seus livros. Quando você está em uma comunidade, sente especialmente os pés na lama! Temos uma vida muito próxima da normalidade, com ciúmes, raivas, tempos de fraternidade, também discussões. Porque não somos nem eremitas nem completamente silenciosos.
Alguém que entra na cartuxa experimenta uma discrepância entre o ritmo da sociedade que ele está deixando e a sua vida?
A diferença entre o mundo e a nossa vida é colossal. Guardo em mim uma lembrança inesquecível do meu primeiro Natal na cartuxa, aos 21 anos: sou de uma família numerosa e, naquela noite, estava sempre muito cercado de pessoas. Aqui, não há nada antes do dia 26 de dezembro. Foi um choque. Aqueles que se juntam a nós hoje não têm problemas em ficar sem telefone, sem internet. A verdadeira dificuldade decorre da fragilidade das psicologias, que são encontradas com muito mais frequência do que antes. O engajamento “para sempre” não é mais adquirido na sociedade. Os perfis que encontramos enfrentam situações familiares fragmentadas, percursos pouco lineares. A questão da fidelidade até o fim da vida é muito mais complicada para eles entenderem. Nós reforçamos a formação inicial, porque eles trazem consigo um pouco do “bazar” deste mundo que nem sempre os estruturou bem. Mas alguns descobrem o coração da nossa vida.
É uma vida bonita, porque tudo o que a habita tem um sentido. Quantas pessoas hoje levam uma vida sem sentido? Depois, é um longo caminho, porque conosco, os cartuxos, o Senhor não tem pressa. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
FAPCOM: Pés Trocados.
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“Pés Trocados”- Trabalho de conclusão de curso de Bacharelado em Comunicação Social com Habilitações em Jornalismo, Rádio, TV e Internet na Fapcom- Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação - é um documentário que visa explorar a questão social e estética que visa explorar a questão social e estética da cirurgia de mudanças de sexo e troca do nome de registro no Brasil. Dramas comuns na vida das pessoas transexuais. Um Filme de José Petrônio, Charles Godini, Jhonny Rodrigues, Maria Bonfim e Michael Batista. São Paulo- 2013. Divulgação: Rio de Janeiro-2019.
Imagem que verte mel: Reportagem
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ACREDITE SE QUISER!... Imagem de Nossa Senhora verte mel
(Reportagem do Olhar Jornalístico direto da Igreja do Carmo da Esplanada/SP no último dia 5 de maio/ 2019.
HISTÓRICO DA IMAGEM
Feita de gesso, a imagem foi trazida de Fátima (Portugal) em 1991, para a cidade de Mirassol, São Paulo. (Diocese de São José do Rio Preto) No dia 13 de maio de 1993 começou a lacrimejar mel. Em cada região, seu corpo apresenta uma manifestação diferente. A imagem já foi tema de reportagem do Fantástico, na Rede Globo. Além de mel, dos olhos da Virgem Santíssima saem também azeite e sal.
Cientistas de várias universidades brasileiras e americanas já estudaram a imagem para tentar encontrar uma explicação para o mel e azeite que a mesma verte, mas definiram o fenômeno como “sem explicação natural”.
A Igreja Católica ainda não reconhece o acontecimento como milagre, mas o que se sabe, com depoimentos, é que muitos fiéis depositando seus pedidos aos pés da Santa, já conseguiram graças e bênçãos especiais.
No dia 13 de maio de 1993 esta imagem “chorou” pela primeira vez somente lágrimas.
No dia 13 de maio de 1994 ela chorou sal.
No dia 22 de maio de 1994 ela chorou mel.
No dia 27 de maio de 1994 ela chorou azeite.
De 1994 até os dias de hoje, em cada lugar que passa seu corpo apresenta uma manifestação diferente: ora chorando lágrimas, mel, sal, azeite.
A imagem já foi tema de reportagem do Fantástico.
Cientistas de várias Universidades brasileiras e americanas já estudaram a imagem para tentar encontrar uma explicação para o mel, azeite, sal e lágrimas que a imagem verte, mas definiram como “sem explicação natural.
No ano de 2017 a Imagem Milagrosa foi enviada para ser restaurada numa empresa em São Paulo, que depois de muitas tentativas, por meses seguidos, não conseguiram pintá-la novamente por a mesma não cessou de verter mel ficando assim uma cor escura semelhante a cor da imagem da padroeira do Brasil Nossa Senhora Aparecida. O fato aconteceu exatamente no ano em que se celebrava o Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima e os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba.
São muitos os depoimentos de fiéis que, depositando seus pedidos aos pés da Imagem Milagrosa ou usando do mel que verte da mesma, já conseguiram graças, milagres e bênçãos especiais. Fontes: www.facebook.com/paroquiaasb; http://regiaonoroeste.com
bênçãos especiais. Fontes: www.facebook.com/paroquiaasb; http://regiaonoroeste.com
RESGATANDO A HISTÓRIA DE LAGOA DA CANOA/AL: Dom José Maurício da Rocha
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“Vá se queixar ao Bispo de Bragança”
A influência e o poder do primeiro chefe da Diocese de Bragança
Poucas pessoas foram tão poderosas quanto ele na cidade de Bragança Paulista. Monarquista, conservador e defensor ferrenho da moral e dos bons costumes, Dom José Maurício da Rocha não pensava duas vezes antes de acionar as maiores autoridades do país em busca de preservar os seus interesses e os da Igreja.
A autoridade do primeiro de bispo de Bragança Paulista era algo sem comparação. Ninguém, nem mesmo o prefeito da cidade, ousava contrariar sua vontade.
A influência de Dom José Maurício era tanta que ultrapassou as fronteiras da Diocese. Bem relacionado, gozava de muito prestígio na vida política e social do país, a ponto de se atribuir a ele a origem do jargão: “Vá se queixar ao Bispo de Bragança”. Dizem que era isso que ouviam políticos e empresários quando não conseguiam algum objetivo junto às autoridades.
José Maurício da Rocha nasceu na cidade de Lagoa da Canoa (AL), em 18 de junho de 1885. De família tradicional, realizou seus primeiros estudos na sua terra natal e depois ingressou no Seminário de Olinda.
Foi ordenado sacerdote, em 29 de junho de 1908, na Catedral de Maceió, com dispensa, por ter apenas vinte e três anos de idade. Imediatamente, foi nomeado professor do Seminário Menor de Maceió, e secretário da Cúria Diocesana. Em 10 de maio de 1919, foi nomeado, pelo Papa Bento XV, bispo diocesano de Corumbá. Tomou posse em diocese isolada, com pouco patrimônio e poucos padres. Teve que fazer muitas viagens penosas pelo sertão, em lombo de burros, para realizar visitas às paróquias e comunidades. Permaneceu em Corumbá até 1927, quando foi transferido para a recém-criada Diocese de Bragança Paulista. Fez de sua posse um dos maiores eventos da história da cidade.
Além do rigor e da dedicação à formação dos padres, governou com visão empreendedora. Multiplicou em pouco tempo o patrimônio da diocese, transformando-a em uma das mais poderosas do Estado de São Paulo. Gostava de investir em imóveis e incentivava as doações dos fiéis.
Suas virtudes como administrador e intelectual (produziu diversos artigos, cartas pastorais, discursos e homilias inesquecíveis muito prestigiadas pela Igreja) entravam em contradição com seus ideais políticos. Era defensor incondicional da monarquia, embora tenha tido sempre boas relações com republicanos. Uma de suas grandes preocupações com a modernidade era a “dissolução dos costumes”.
Dom José permaneceu à frente da Diocese de Bragança por 40 anos. Morreu em 24 de novembro de 1969. Antes do enterro, corpo ficou exposto à visitação pública por dois dias. Bragança recebeu visitas pessoas de diversas partes do país e de autoridades como o Cardeal Agnelo Rossi, então arcebispo de São Paulo; Dom Humberto Mozzoni, então Núncio Apostólico no Brasil, o ex-presidente Jânio Quadros, o general Milton Tavares e o Ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva. Fonte: http://braggente.blogspot.com
A Pancada da vó: História de Família.
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Frei Pedro Jansen, O. Carm. In Memoriam (*07/02/1938 + 22/06/2010)
O fato que vou narrar se deu há 30 anos. Data exata não sei mais. O lugar foi Governador Valadares, na estrada do seminário. A pancada jamais esqueci e a muita gente transmiti. Quer saber o que foi que aconteceu?
Na diocese as reuniões do bispo com os padres eram feitas no seminário. Ficava na periferia da cidade a uns cinco quilômetros do centro. O encontro ocupou o dia todo e terminou no começo da noite. Para não enfrentar sozinho mais de 150 Km. em estrada de chão, para chegar em casa, resolvi dormir no seminário. No dia seguinte, bem cedo, entrei no carro e desci a rampa do seminário e entrei na estrada que vinha da roça para o centro. De imediato vi 3 figuras femininas: uma senhora com idade de vó, uma senhora de meia idade e uma jovem de uns 15 anos. Cada uma carregava uma cesta com produtos de horta, verduras e legumes. Hesitei, mas parei o carro e ofereci carona, caso fossem para o centro. Elas se entreolharam e olharam para mim e a vó decidiu: nós vamos aceitar.
A conversa mexeu nos assuntos corriqueiros de sol e chuva, das dificuldades da vida e das alegrias. Curioso, eu não pude deixar de perguntar de onde vinham e para onde iam. Outra vez a vó conduziu a conversa: tinha um sítio, traziam verduras para vender no mercado, porque com a filha viúva, a neta para criar, abandonada pelo marido, era isso o meio de sobreviver. Refleti sobre o que a vó tinha dito e arrisquei um palpite: “Vó, na falta de homem no sítio, porque a senhora não vende a terra, muda para a cidade. A filha poderá se empregar, a neta poderá estudar e a senhora cuida da casa.
Quando a vó ouviu a palavra vender ela se mexeu na poltrona, virou para mim e disse.
“Meu senhor, vosmecê não falou por mal, mas eu não posso vender a terra. A mulher que vive agora com meu marido, não ama “ele”. Quem amo meu marido sou eu. Ela aproveita dele, enquanto tiver algum recurso e saúde. No dia em que ele- meu marido- ficar doente, ela vai abandonar “ele”. E então, quando isto acontecer, sem a terra eu não vou poder cuidar dele. Porque, quem ama meu marido sou seu.”
É inútil dizer que eu esperava todas as respostas, menos a que eu acabava de ouvir. Foi como um pancada na cabeça.
Logo chegamos no ponto em que elas deviam descer do carro. Agradeceram a carona e me desejaram muita felicidade. Retribui os votos. Sozinho, tive que parar o carro para me recuperar da pancada que a vó me tinha dado. Eu, como padre e religioso, me senti pequeno, vencido. Agradeci a Deus aquele testemunho de fé e de amor.
Não sei se a vó precisou realizar o que o seu compromisso de fidelidade lhe inspirava. Sei que nunca ouvi história semelhante. pude conta-la apropriadamente muitas vezes, no decorrer da minha vida e nos diversos lugares em que cheguei a morar.
Para a Semana da Família seria uma bênção se tivesse uma centena de vós deste tipo, dando pancada por aí.
HISTÓRIAS CAÍDAS DO CÉU... A CANOA
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Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro: Companheiro, você entende de leis? Não – Responde o barqueiro. E o advogado compadecido: É pena, você perdeu metade da vida! A Professora muito social entra na conversa: Seu barqueiro sabe ler e escrever? Também não – Responde o remador. Que pena! – Condói-se a mestra! – Você perdeu metade da vida! Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco. O canoeiro preocupado, pergunta: Vocês sabem nadar? Não! – Respondem eles rapidamente. Então é uma pena – Concluiu o barqueiro – Vocês perderam toda a sua vida!”
MORAL DA HISTÓRIA...
O que você acha que nos ensina esta história?...
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