Jornalista mártir do nazismo será canonizado pelo Papa Francisco
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O holandês Titus Brandsma morreu em um campo de concentração na Alemanha, em 1942
Escrito por Guilherme Gomes
Carmelita, professor e jornalista atuante contra o nazismo. Estas são as credenciais do holandês Titus Brandsma, que será canonizado pelo Papa Francisco em 15 de maio, de acordo com a Santa Sé.
Ele será o primeiro jornalista profissional reconhecido como santo pela Igreja Católica.
Em meados dos anos 1930, Brandsma usou uma rede de jornais católicos para defender a liberdade de informação e a dignidade de cada pessoa, e também condenar as ideologias nazistas, das quais criticou duramente a abordagem anti-humana.
Padre Tito, como era mais conhecido, foi preso em janeiro de 1942, como um perigoso subversivo e levado para Amersfoort, um "campo de trânsito" à espera da deportação.
O holandês morreu em 26 de julho de 1942, aos 61 anos, em um campo de concentração na Alemanha. A enfermeira que injetou o ácido fênico no jornalista relatou seus últimos momentos de vida, durante o interrogatório do processo de canonização.
"Ele pegou minha mão e disse: 'Pobre jovem que você é, eu rezarei por você!'". O processo de canonização atrasou por causa da pandemia de Covid-19.
Em 3 de setembro de 1985, João Paulo II o proclamou beato e mártir da fé. Agora, com Francisco, ele se torna santo.
O milagre atribuído à sua intercessão foi a cura de um sacerdote carmelita de um melanoma metastático dos linfonodos, em 2004, em Palm Beach, na Flórida (EUA). Fonte: https://www.a12.com/redacaoa12
Em 15 de maio, o Papa canonizará Titus Brandsma, morto pelo nazismo.
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O Santo Padre presidiu o Consistório Ordinário Público para três beatos: além do carmelita holandês Titus Brandsma, morto em Dachau, serão também canonizadas a religiosa francesa Maria Rivier e a religiosa italiana Maria de Jesus.
Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News
O Papa Francisco presidiu a Hora Terça e o Consistório Ordinário Público para a votação de algumas Causas de Canonização, na manhã desta sexta-feira (04/03), na Sala do Consistório, no Vaticano.
"Rezarei por você". O carmelita Titus Brandsma pronunciou estas três palavras, as últimas de sua vida, à enfermeira que, por ordem das autoridades nazistas do campo de concentração de Dachau, aplicou nele uma injeção letal. Um perdão, manifestado pelo religioso, professor e jornalista, em seus últimos instantes de vida, na conclusão de uma vida de santidade traduzida em coragem e determinação durante os anos sombrios da invasão nazista.
Santidade que agora é reconhecida pela Igreja, que o canonizará em 15 de maio próximo, junto com duas religiosas, a francesa Maria Rivier e a italiana Maria de Jesus, numa grande cerimônia, na Praça São Pedro, que também elevará à honra dos altares sete beatos, cuja canonização foi decretada pelo Papa no Consistório de 3 de maio de 2021, sem fixar uma data por causa da pandemia. A cerimônia foi então marcada para maio. Dentre os beatos está também Charles De Foucauld, religioso francês e explorador do Saara e da cultura tuaregue, ponte de diálogo entre as religiões.
Dez novos santos em 15 de maio
Em 15 de maio, serão dez os novos santos proclamados pelo Papa Francisco. No início da cerimônia desta sexta-feira (04/03), o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, leu os nomes e apresentou um breve perfil dos três beatos, "irmãos e irmãs que acolheram a luz de Deus em seus corações e a transmitiram ao mundo, cada um de acordo com sua própria tonalidade". "Os milagres a eles atribuídos e reconhecidos pelo Papa", acrescentou o cardeal, "são um sinal de que o povo de Deus não só admirou o seu martírio ou o exercício heroico de suas virtudes, mas também reconheceu sua proximidade a Deus a ponto de confiar na intercessão deles".
Brandsma, professor e jornalista contra o nazismo
"Homem manso, mas determinado", Brandsma, natural da Holanda, onde a devoção a ele é profunda e difundida, em virtude do papel de assistente eclesiástico dos jornalistas católicos, assim nomeado pelos bispos holandeses, em 1935, utilizou a rede de jornais católicos para defender a liberdade de informação e a dignidade de cada pessoa e condenar as ideologias nazistas, das quais criticou duramente a abordagem anti-humana. Os seus corajosos escritos tornaram-se um ponto de referência para a resistência moral e cultural do povo holandês, mas entraram em choque com o Reich, que temia "aquele professor maligno", como dizia a manchete do jornal berlinense Fridericus, que decidiu silenciá-lo.
O pretexto foi a carta circular Brandsma enviada, em 31 de dezembro de 1941, a todos os jornais católicos, exortando-os a não publicar anúncios do Movimento Nacional Socialista que exaltava a "raça". Caso contrário, dizia, "eles não deverão mais ser considerados católicos e não deverão e não poderão contar com os leitores e assinantes católicos". Padre Tito foi preso, em janeiro de 1942, como um perigoso subversivo e levado para Amersfoort, um "campo de trânsito" à espera da deportação. Os detalhes de seus dias de prisão são conhecidos graças a um diário e algumas cartas enviadas aos superiores, confrades, familiares e amigos. Nelas, o carmelita descreveu o espaço pequeno de sua cela, os maus-tratos, sem expressar tristeza ou reclamações. Embora impossibilitado de receber a comunhão, ele dizia sentir-se em casa na prisão, porque Deus estava ao seu lado.
Morte em Dachau
Ele manteve a mesma serenidade até sua morte ocorrida, em Dachau, através de uma injeção de veneno. A enfermeira que o injetou o ácido fênico relatou seus últimos momentos de vida, durante o interrogatório do processo de canonização: "Ele pegou minha mão e disse: 'Pobre jovem que você é, eu rezarei por você!" A viagem terrena de Brandsma concluiu-se, em 26 de julho de 1942, aos 61 anos. Em 3 de setembro de 1985, João Paulo II o proclamou beato e mártir da fé. Agora, com Francisco, ele se tornará santo. O milagre atribuído à sua intercessão foi a cura de um sacerdote carmelita de um "melanoma metastático dos linfonodos", em 2004, em Palm Beach (EUA).
Maria Rivier, uma vida dedicada à educação
Com Brandsma, será canonizada a francesa Maria Rivier. Sua santidade foi cultivada desde o tempo em que criança, que sofria de uma doença que a impedia de andar, prometeu à Virgem Maria que, se fosse curada, dedicaria sua vida à educação das crianças. Ela foi curada e aos 18 anos abriu uma escola para crianças em sua cidade natal. Na época da Revolução Francesa, tão hostil à religião católica e suas instituições, seu carisma fundador floresceu: a jovem fundou a Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria. As irmãs se dedicaram não somente à formação religiosa e educação das jovens, mas também a um verdadeiro apostolado para o despertar da fé e da prática religiosa nas paróquias onde as pessoas se reuniam todos os domingos, explicando a doutrina e convidando-as à oração. Maria Rivier morreu em 3 de fevereiro de 1738 e foi beatificada por João Paulo II, em 1982. O milagre atribuído à sua intercessão diz respeito à recuperação vital, em 2013, de um menino de Meru, no Quênia, que nasceu não obstante a "ausência prolongada de atividade cardíaca, respiratória e neurológica".
Maria de Jesus, a "senhora" a serviço dos pobres e dos pequenos
Maria de Jesus, fundadora das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes, nasceu em Palermo sob o nome de Carolina Santocanale, em uma família rica. Na casa de seus avós em Monreale, ela viu a necessidade de seu povo por assistência e educação. Então, abandonou a ideia de uma vida de clausura, que cultivava desde menina, e se colocou a serviço da população, que a chamava de "senhora", mas que admirava sua humildade. Ela abraçou a espiritualidade franciscana e tornou-se terciária. Reuniu outras jovens que queriam passar a vida ajudando o próximo. Estabeleceu-se na cidade de Cinisi, onde, no oratório, abriu um jardim de infância, um educandário e uma oficina de costura. Trabalhou até o último de seus dias e morreu ao final de um dia cansativo, em 1923. O milagre de sua canonização diz respeito a duas gravidezes levadas a termo, entre 2016 e 2017, por uma mulher siciliana que sofria de uma doença grave que havia causado sua infertilidade.
Nove cardeais elevados à Ordem dos Persbíteros
No final do Consistório, seguiu-se a elevação de nove cardeais da Ordem dos Diáconos à Ordem dos Presbíteros. Eles são os cardeais Manuel Monteiro de Castro, (Diaconia de Domenico di Guzmán); Santos Abril y Castelló, (San Ponziano); Antonio Maria Vegliò, (San Cesareo in Palatio); Giuseppe Bertello, (Santissimi Vito, Modesto e Crescenzia); Francesco Coccopalmerio, (San Giuseppe dei Falegnami); João Braz de Aviz, (Santa Elena fora de Porta Prenestina); Edwin Frederick O'Brien, (San Sebastiano al Palatino); Domenico Calcagno, (Anunciação da Santíssima Virgem na Via Ardeatina); Giuseppe Versaldi, (Sagrado Coração de Jesus em Castro Pretório). Fonte: https://www.vaticannews.va
Novena da Imaculada-2021: 4º Dia.
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Fotos e fatos do 4º Dia da Novena de Nossa Senhora da Conceição em Angra dos Reis/RJ, Diocese de Itaguaí. Celebrante nesta quinta-feira, dia 2- Frei Eduardo Ferreira, O. Carm- Frade Carmelita do Carmo da Lapa, Rio. Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. 3 de dezembro-2021. Câmera: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
Beato Frei Tito Brandsma, será o novo Santo Carmelita
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Promulgação de decretos para novos Servos de Deus, Beatos e Santos
O Papa autorizou os decretos sobre as virtudes heroicas de Odette Vidal e de outros cinco Servos de Deus. Também foram reconhecidos os milagres de dois beatos que serão santos: o beato Tito Brandsma sacerdote que morreu no campo de concentração de Dachau e a Beata Maria de Jesus, religiosa italiana. E serão beatificados por reconhecimento do martírio cinco sacerdotes franceses, mortos em 1871 em ódio à fé em Paris
Frei Tito Brandsma: Em Bolsward, povoado holandês de 10.000 habitantes, do matrimônio de Tito e Postma, em 23/02/ 1881, vinha ao mundo “o quinto” de seis filhos com que o Senhor abençoou aqueles pais cristãos. Desde menino deu provas de uma preclara inteligência e de um coração de ouro, ainda encerradas em um corpo franzino e debilitado.
Aos 17 anos vestiu o hábito do Carmelo exclamando: “a espiritualidade do Carmelo que é vida de oração e de terna devoção a Maria, me levaram à feliz decisão de abraçar esta vida. O espírito do Carmelo me fascinou!”. Emitiu seus votos religiosos em 03/10/1899 e se ordenou sacerdote em 17/ 06/1905.
Cursou brilhantemente seus estudos, primeiro em sua Pátria e depois passou a Roma, onde se doutorou em filosofia. Retornando à Holanda, se entregou de cheio a toda classe de apostolado: escreveu livros e artigos em várias revistas; dá aulas dentro e fora do convento; prega e dirige cursilhos; organiza congressos; confessa e administra outros sacramentos. Todos se admiram de como pode chegar a todos os lugares (a todas as partes). E do que mais se admiram é que, antes de tudo, é religioso observante, alma de profunda oração, fervoroso sacerdote e profundamente sensível e humilde.
Foi cofundador da Universidade Católica de Nimega, catedrático e reitor magnífico da mesma. Assessor religioso de todos os editores de periódicos (revistas, jornais) da Holanda, em cujo campo trabalhou com grande zelo e acerto. Era a pessoa pública mais conhecida da Holanda.
No jardim de sua alma floresceram todas as virtudes. É um enamorado de Jesus Cristo, da Virgem Maria e de sua Ordem do Carmo.
Na tarde de segunda-feira, 19 de janeiro de 1942, foi capturado pelos “SS” nazistas e encarcerado em vários campos de concentração. Seis longos meses de calvário, sobretudo no “inferno” de Dachau (campo de concentração tão terrível como o de Auchwitz). Por fim, por seu grande amor à Igreja e a seus irmãos, no domingo, dia 26 de julho de 1942, seu corpo caía por terra, como o “grão de trigo” do Evangelho, por obra de uma injeção mortal de ácido fênico. Todos no campo repetiam: “morreu um santo!”
Padre Tito Brandsma, em seus meses de prisão, sempre se conservou sereno, levando a todos a bondade e o amor que ardiam em seu coração. Foi um “anjo” para os demais prisioneiros, já acabrunhados e desesperados por tanto sofrimento. A própria enfermeira alemã que lhe aplicou a injeção mortal, mais tarde, no processo de beatificação, testemunhou emocionada a mansidão e a paz conservadas por nosso querido Beato.
Foi beatificado por Sua Santidade São João Paulo II, em 03 de novembro de 1985. Sua festa é celebrada no dia 27 de julho.
Com informações: www.vaticannews.va; https://institutohesed.org.br
Promulgação de decretos para novos Servos de Deus, Beatos e Santos
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O Papa autorizou os decretos sobre as virtudes heroicas de Odette Vidal e de outros cinco Servos de Deus. Também foram reconhecidos os milagres de dois beatos que serão santos: o beato Tito Brandsma sacerdote que morreu no campo de concentração de Dachau e a Beata Maria de Jesus, religiosa italiana. E serão beatificados por reconhecimento do martírio cinco sacerdotes franceses, mortos em 1871 em ódio à fé em Paris
Vatican News
O decreto da Congregação para as Causas dos Santos assinado pelo Papa em 25 de novembro de 2021 autorizou o reconhecimento das virtudes heroicas de seis novos Servos de Deus. Além de ser reconhecidas as virtudes heroicas da brasileira Odette Vidal, fiel leiga; nascida em 18 de fevereiro de 1931 no Rio de Janeiro e falecida em 25 de novembro de 1939, foram também reconhecidas as virtudes heroicas dos seguintes Servos de Deus:
Padre Tonino Bello, Bispo de Molfetta; nascido em 18 de março de 1935 em Alessano (Itália) e falecido em 20 de abril de 1993 em Molfetta (Itália);
João de Jesus Maria (nome de nascimento: João de San Pedro e Ustarroz), sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas Descalços; nascido em 27 de janeiro de 1564 em Calahorra (Espanha) e falecido em 28 de maio de 1615 em Monte Compatri (Itália);
Giorgio Guzzetta, Sacerdote da Confederação do Oratório de São Felipe Neri; nascido em 23 de abril de 1682 em Piana dei Greci (hoje Piana degli Albanesi, Itália) e falecido em 21 de novembro de 1756 em Partinico (Itália);
Natalina Bonardi (nome de nascimento: Maria), fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Maria de Loreto; nascida em 4 de dezembro de 1864 em Cuneo (Itália) e falecida em 25 de julho de 1945 em Vercelli (Itália);
Maria Dositea Bottani (nome de nascimento: Maria Domenica), Superiora Geral da Congregação das Irmãs Ursulinas da Imaculada Virgem Maria de Gandino; nascida em 31 de maio de 1896 em Pianca (Itália) e falecida em 2 de setembro de 1970 em Bérgamo (Itália).
Também serão declarados Santos pelo reconhecimento do milagre atribuído à sua intercessão:
Beato Tito Brandsma (nome de nascimento: Anno Sjoerd), sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas; nascido em 23 de fevereiro de 1881 em Bolsward (Holanda) e morto em ódio à fé em 26 de julho de 1942 em Dachau (Alemanha);
Beata Maria de Jesus (nome de nascimento Carolina Santocanale), fundadora da Congregação das Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes; nascida em 2 de outubro de 1852 em Palermo (Itália) e falecida em 27 de janeiro de 1923 em Cinisi (Itália);
Por fim, serão Beatificados por reconhecimento do martírio os Servos de Deus:
Henry Planchat, sacerdote professo do Instituto dos Religiosos de São Vicente de Paulo, Ladislau Radigue e 3 Companheiros, sacerdotes professos da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, e da Perpétua Adoração do Santíssimo Sacramento; mortos em ódio à fé em 26 de maio de 1871 em Paris (França). Fonte: https://www.vaticannews.va
Frei Cláudio van Balen, O. Carm: Memória-01
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No vídeo, mensagem do Frei Cláudio Van Balen, O. Carm. In Memória. (* 26/09/1933 + 20/11/2021). Nota: Ele faleceu na tarde de sábado, 21 de novembro-2021 em Belo Horizonte-MG. Nascido na Holanda, no dia 26 de setembro de 1933, frei Cláudio se mudou para o Brasil em 1950 e, por muitos anos, testemunhou a sua fé em Jesus Cristo na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Belo Horizonte. Deixou marcas importantes com seu trabalho de amparo aos mais pobres, conquistando o respeito e a admiração de cristãos, líderes da sociedade civil e comunidades. Dentre os muitos reconhecimentos, foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte em 1990.
Religioso Carmelita desde 1954, frei Cláudio graduou-se em Letras Clássicas, se especializou em Teologia Dogmática, em Roma. Também tinha graduação em Psicologia Clínica. Escreveu mais de 40 livros, centenas de artigos, para revistas e jornais. Edição: Olhar Jornalístico. Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. 23 de novembro-2021
Morre frei Cláudio van Balen, ex-pároco da igreja do Carmo, vítima da Covid.
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Religioso, que tinha 88 anos, estava internado desde a última quinta-feira (18) em um hospital da capital
Por O TEMPO
Morreu neste sábado (20) em Belo Horizonte o Frei Cláudio van Balen, ex-pároco da igreja Nossa Senhora do Carmo, que fica na região Centro-Sul da capital. O religioso, que tinha 88 anos, estava internado desde a última quinta-feira (18) e faleceu em decorrência de complicações da Covid-19.
O anúncio foi feito pelo frei Gilvander Moreira. Em nota, ele informou que frei Cláudio havia sido internado por causa de uma “forte gripe e problemas respiratórios decorrentes” e que exames constaram que ele estava infectado com o vírus. "O médico explicou que a doença evoluiu rapidamente e o coração não resistiu", disse.
Frei Gilvander também informou que o religioso estava com Alzheimer e que ultimamente não reconhecia mais ninguém. Segundo ele, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde em caso de morte por Covid-19, não será realizado o velório de frei Cláudio.
"Você, frei Cláudio van Balen nos deixou um legado imenso. Cuidaremos do seu legado. Que o Deus da vida, mistério de infinito amor, console todos/as que sentem já sua falta física. Gratidão eterna a você", afirmou o religio, que atuou na Igreja do Carmo ao lado do ex-pároco.
Frei Cláudio van Balen nasceu em 26 de setembro de 1933 na cidade de Wytgaard, na Holanda. Ele residia no Brasil desde 1950. Em 1990, ganhou o título de Cidadão Honorário de BH e, em 1997, o Personalidade do Ano, também na capital mineira.
Dos 88 anos, mais de 50 foram dedicados à Paróquia Nossa Senhora do Carmo. No período em que celebrava missas, se envolveu em alguns conflitos com a Igreja e com alguns fiéis.
Em 2010, por causa de seus sermões polêmicos, a transferência de frei Cláudio van Balen passou a ser considerada pela Ordem dos Carmelitas. Para evitar sua saída, fiéis organizaram um abaixo-assinado com mais de 3.000 nomes, pedindo a permanência do religioso em Belo Horizonte.
Em 2011, a chegada de um novo pároco à igreja do Carmo, frei Evaldo Xavier, causa temor na comunidade. Boatos de que frei Cláudio deixaria a paróquia mobilizam novamente os fiéis.
Em janeiro de 2014, prestes a começar a missa, frei Cláudio discutiu com uma ministra da eucaristia, que foi expulsa da igreja pelos fiéis. Na época, um dos frequentadores da igreja publicou um texto nas redes sociais se dizendo escandalizado por um sermão do frei.
No mesmo mês, fiéis pró-frei Cláudio se revoltaram porque não foi ele o celebrante da missa das 11h, como de costume. Houve discussão com os apoiadores de frei Evaldo. Por causa da confusão, a arquidiocese suspendeu a missa. Dias depois, fiéis fizeram protestaram na porta da igreja e abraçaram o prédio. Com dizeres de ordem, pediam a volta de frei Cláudio, o que foi atendido pela arquidiocese. Fonte: https://www.otempo.com.br
A S C E N S Ã O
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Frei Cláudio Van Balen, O. Carm
A morte-ressurreição de Jesus consagrou a aprendizagem de seus discípulos(as). De um lado, a Religião do Dever com tradição; do outro lado, a Religião do Reino com vida de qualidade. Ali, devoções: oração, jejum, esmola; aqui, a gratuidade–compaixão, entrega confiante, gestos de lava-pés. De um lado, a observância legal, justiça-cobrança com exclusão; do outro lado, o amor–perdão com inclusão.
A mudança havia sido grande demais para ser assimilada na breve duração da convivência, cruelmente interrompida. Desânimo pela frustração. Dera tudo errado. A Escola de Sonho se fez experiência de derrota. No fim, a morte. A casa desmoronou. Por alguns dias. A perda se fez confronto com riqueza incomum; desânimo se fez limiar da grande descoberta. O testemunho de Jesus passou a brilhar.
Mudança radical. O “espírito de Jesus” os impele. Não como doutores da lei nem como mestres de disciplina, porém como “testemunhas” de um amor que transpõe as fronteiras de culpa, medo e exclusão. A inclusão é o objetivo. O Pai em mim, eu no Pai; vós em mim, eu em vós. Todos, um só. A Comunhão. Barreiras são eliminadas, muros derrubados, portas abertas. Não há judeu nem grego.
No sonho de Jesus o “renascer”: respeito, compaixão, acolhida, lava-pés - comunhão graças à participação. Céu e terra congregados no amor que confraterniza, transforma, liberta. O objetivo é a festa em torno da Mesa. Ascensão. Não é Jesus que sobe para o céu; a terra estremece pelo convite de acolher o céu. Não podemos mais fugir do sonho. A missão é: fazer a terra habitável para todos.
A religião, em matizes variados, há de mostrar-se acolhedora; o poder se despoje de vaidade e prepotência e se faça serviço libertador. Na convivência, grandes se ponham de joelhos, valorizando os pequenos. É Ascensão. Em Jesus, o Deus que desce. Ele promove todos através de nós – Estado, Escola, Família e Igreja. Ascensão: o coração humano navega no sopro do Espírito a serviço da BOA NOVA.
RELIGIÃO INSERIDA NA VIDA. Fonte: https://www.freiclaudiovanbalen.com
Frei Claudio Van Balen, O. Carm- In Memorian-por, Frei Felisberto, O. Carm
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Frei Cláudio van balen, eu o conheci como colega e estudante no Convento do Carmo em São Paulo na década de sessenta.
Ele era de certo modo diferente porque era idealista, sempre quis caminhar a frente do tempo presente , soube valorizar o corpo com seu trabalho na chácara plantando flores, especialmente palmas de Santa Rita , que ele levava para colocar no altar de nossa Capela conventual e na Igreja do Carmo, valorizou muito a natureza no sítio que Ele amava e lá se descontraia, a Outra Casa, ou Miguelao, assim era ela chamada, usou bem o tempo para ler, para refletir, para escrever, para se transbordar, para animar e servir.
Temperamento forte que fortaleceu a muitos em suas fraquezas, valeu a vida que viveu e tudo que escreveu para o seu tempo e para as pessoas que o apreciavam.
Frei Cláudio pode dizer agora como São Paulo : Passei por muitas dificuldades , lutei, contestei pessoas e autoridades religiosas e civis, acreditei , combati meu Bom Combate, agora só me resta esperar que o Justo Juíz faça justiça comigo, fazendo- me feliz , assim como busquei fazer outros felizes na vida com minhas inquietações.
Frei Cláudio, descanse em paz naquele descanso que você procurou aqui entre nós e possa não o ter encontrado, que o encontre em Deus.
Do seu colega frei Felisberto.
Frei Claudio Van Balen, O. Carm- In Memorian-por, Frei Gilvander Moreira, O. Carm
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Profundamente comovido, comunico que nosso querido Frei Claudio Van Balen, da Igreja do Carmo, no Carmo Sion, em Belo Horizonte, MG, há mais de 50 anos, partiu para a vida em plenitude (faleceu), aos 88 anos, hoje, dia 20/11/2021, às 14h58, no Hospital Vera Cruz, em BH, onde estava internado desde anteontem, dia 18/11, por causa de uma “forte gripe e problemas respiratórios decorrentes”, e, após teste específico, “constatou-se que ele estava com Covid-19”, segundo frei Evaldo. O médico explicou que a doença evoluiu rapidamente e o coração não resistiu.
Frei Cláudio van Balem estava com Alzheimer e ultimamente não reconhecia mais ninguém.
Sem palavras e tomado por forte emoção, digo: Frei Cláudio van Balen, querido irmão de caminhada e de luta, gratidão por ter me acolhido na Igreja do Carmo, em BH, e por termos morado juntos durante dez anos e compartilhado a missão de seguir Jesus Cristo testemunhando seu Evangelho, com Opção pelos Pobres, juntos. Aprendi a admirá-lo e a respeitá-lo muito. Durante dez anos (de junho/2000 a 2011), eu vinha correndo da Vila Acaba Mundo, onde eu celebrava missa, para chegar a tempo de ouvir sua homilia na missa das 11h, na Igreja do Carmo. Aprendi muito com você, querido irmão.
Perdemos apenas sua presença física. Você, Frei Cláudio van Balen, nos deixou um legado imenso. Cuidaremos do seu legado. Frei Cláudio combateu o bom combate e fortaleceu muitos na fé cristã e na luta pela libertação. Que o Deus da vida, mistério de infinito amor, console todos/as que sentem já sua falta física. Gratidão eterna a você, Frei Cláudio.
Frei Evaldo Xavier me disse agora que, devido à causa morte ser covid-19, não poderá acontecer velório.
Abraço terno.
Frei Gilvander Moreira
Frei Claudio van Balen morre de Covid em BH
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O religioso, que nasceu na Holanda, esteve a frente de trabalhos de caridade na Igreja do Carmo por mais de 50 anos.
Por Thais Pimentel, g1 Minas — Belo Horizonte
O frei Claudio Van Balen, da Igreja do Carmo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, morreu neste sábado (20) por complicações causadas pela Covid-19. Ele estava internado desde quinta-feira (18), no Hospital Vera Cruz.
A informação foi confirmada pelo frei Gilvander Moreira, companheiro da Ordem dos Carmelitas.
Frei Claudio tinha 88 anos. Nascido na Holanda, trabalhava há mais de 50 anos em obras de caridade em Belo Horizonte. Ele chegou a coordenar mais de 300 profissionais da área de saúde, que ofereciam consultas e exames gratuitos em várias especialidades.
O religioso quase foi transferido da Igreja do Carmo em 2010 e 2014, mas uma grande mobilização dos fiéis impediu que ele saísse.
O frei sofria do Mal de Alzheimer e já não reconhecia ninguém. A Arquidiocese de Belo Horizonte confirmou que ele morreu às 14h58. Não haverá velório, pois, a morte foi por Covid-19, segundo frei Gilvander. Fonte: https://g1.globo.com
SANTOS DO CARMELO: São Nuno
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O Santo do Dia, por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. Sábado, 6 de novembro-2021. www.instagram.com/freipetronio
NOTA: Nuno Álvares Pereira
Nuno Álvares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, formalmente São Nuno de Santa Maria ou simplesmente Nun'Álvares, foi um nobre e general português do século XIV. Desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal defendeu a sua independência de Castela. Fonte: www.google.com.br
90 Anos: Dados biográfico de Frei Carlos Mesters, da Ordem do Carmo
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Filho do Profeta Elias- Pai e Guia do Carmelo, Frei Carlos Mesters, O. Carm, viveu e vive toda riqueza Profética, Contemplativa e Missionária do Pai do Profetismo. Em cada fala e em cada gesto, ele retrata toda espiritualidade Eliana e Mariana que marcou a sua caminhada e do povo de Deus ao longo de todos estes anos.
Jacobus Gerardus Hubertus Mesters, 90 anos, nasceu na Holanda, no dia 20 de outubro de 1931. Foi este o nome que recebeu na pia batismal. Vinte anos mais tarde, ao receber o hábito da Ordem Carrnelita, já no Brasil, foi rebatizado de Carlos: Frei Carlos Mesters, O. Carm.
Aos 17 anos, o jovem Jacobus Mesters escolheu o Brasil como campo de sua futura atividade missionária. No dia 6 de janeiro de 1949, festa dos Santos Reis, ele e seu amigo Dom Frei Vital Wilderink, O. Carm, (In Memoriam) tomaram o navio rumo ao Brasil. Foram duas semanas entre o céu e o mar. No dia 20 de janeiro, o navio lançou âncoras no porto do Rio de Janeiro. Era a festa do padroeiro da cidade, São Sebastião.
Terminado o noviciado, fez a profissão religiosa no dia 22 de janeiro de 1952. Cursou a Filosofia em São Paulo e foi fazer a Teologia em Roma, no Colégio Internacional Santo Alberto, em 1954. Foi consagrado presbítero no dia 7 de julho de 1957 com mais dois estudantes carmelitas; Frei Dom Vital Wilderink, O. Carm, (In Memoriam) e Frei Paulo Gullarte, O. Carm
Formou-se em Teologia no Angelicum, Faculdade Teológica dos dominicanos, em 1958. Em ciências bíblicas, formou-se primeiro, no Institutum Biblicum dirigido pelos jesuítas em Roma e, depois, na Escola Bíblica de Jerusalém, dos dominicanos. Em 1962, voltou a Roma para defender tese junto à Pontifícia Comissão Bíblica. Em 1963, de volta ao Brasil, foi nomeado professor no Curso Teológico dos Carmelitas, em São Paulo.
Em 1967, foi convocado para dar aulas no Colégio Internacional Santo Alberto, em Roma.
É claro que este "brasileiro" não podia se conformar em ficar longe do Brasil. Em 1968, deu por encerrada sua colaboração em Roma e voltou, sendo transferido para Belo Horizonte (MG), onde o Convento do Carmo se destacava como um centro de irradiação, um lugar de acolhimento e um ponto de referência, naqueles tempos convulsos.
Foi chamado para lecionar no Instituto Central de Teologia e Filosofia da Universidade Católica, que vivia uma fase de grande efervescência. Aliás, todo o mundo estudantil, em Belo Horizonte, estava em febre alta. Frei Carlos e seus companheiros participavam ativamente dos movimentos de resistência ao regime militar que se exacerbava.
No começo dos anos 70, época da ditadura, foi respondendo a muitos pedidos de cursos de Bíblia tanto nas paróquias carmelitas como em outras dioceses, a exemplo de Volta Redonda/RJ, Crateús/CE, Santos/SP, Valença/RJ, Itaguaí/RJ Duque de Caxias/RJ Fortaleza/CE, Recife/PE, etc.
Em 1977 foi mestre de noviços em Angra dos Reis. Em 1982, junto com frei Antônio Muniz ajudou na criação do Noviciado comum em Camocim. A partir de 1987 junto com outros carmelitas, ajudou a criar o INTERCAB CARMEITANO. Ele também foi Conselheiro Geral da Ordem do Carmo.
A semente do CEBI- Centro de Estudos Ecumênicos Bíblicos- foi lançada a semente em Angra dos Reis e oficialmente instalado no dia 20 de Julho de 1979, festa do Profeta Elias. Deu muitos cursos para ajudar na implantação e crescimento do CEBI. No encontro da CNBB em Goiânia, com mais de 450 pessoas do Brasil inteiro, quando foi mencionado o CEBI, houve um aplauso espontâneo da Assembleia. Em 1979 foi semeada regionalmente no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul.
Em 1988 o Jornal Estadão publicou- com estardalhaço- um longo artigo feito de ataques contra Carlos Mesters e o CEBI, foi grande a repercussão. Repórteres de jornais e revistas iam ao CEBI ou telefonavam, à cata de informações e queriam marcar entrevistas com Frei Carlos. Na falta de notícia, publicavam especulações sobre supostos processos em andamento no Vaticano. Frei Carlos se esquivou da imprensa, mas preparou uma resposta contundente a todas as acusações para distribuir aos amigos e interessados.
Ele tem uma frase que resume o seu método bíblico: “Um Pé na Bíblia e outro no chão”. Atualmente reside no Carmo de Unaí, noroeste de Minas Gerais. Neste dia 20, louvemos ao Bom Deus pelos seus 90 Anos.
Fonte: http://mesters80anos.blogspot.com (Com atualização do Olhar Jornalístico neste dia 20 de outubro-2021. www.olharjornalistico.com.br
Morre Bispo Carmelita, Dom Frei Miguel La Fay Bardi, O. Carm
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BIOGRAFIA: Em 26 de julho de 1999, João Paulo II nomeou o pe. Miguel La Fay Bardi, membro da Província Carmelita Americana do Puríssimo Coração de Maria, Bispo Prelado de Sicuani, Cusco, (Peru).
Fr. Miguel La Fay Bardi nasceu em 11 de novembro de 1934 em Chelsea, arquidiocese de Boston (Estados Unidos). Ele completou seus estudos filosóficos no Mount Carmel College em Niagara Falls, Ontário (Canadá) e seus estudos teológicos no Carmelite Seminary de Whitefriars Hall , em Washington. Ele fez sua profissão solene em 1957 e foi ordenado sacerdote em 4 de julho de 1960 em Hamilton, Massachusetts. Ele obteve uma licença em Teologia na Universidade de Lima e um diploma em Espiritualidade na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma. Foi vice-pároco e pároco de Nuestra Señora del Carmen(Lima) e Superior Regional das Carmelitas do Peru (1993-1996). Antes de sua nomeação, era o responsável pelos candidatos carmelitas peruanos em formação.
A Ordenação Episcopal de pe. La Fay Bardi como Bispo de Sicuani, aconteceu no dia 15 de outubro de 1999, festa de Santa Teresa de Ávila, na Basílica Catedral de Lima, Peru. Os principais consagradores foram Sua Eminência Augusto Cardeal Vargas Alzamora, SJ, o Rev. Juan Luis Cipriani Thorne e o Rev.mo Alberto Brazzini Díaz-Ufano. Fonte: http://www.ocarm.pcn.net
OLHAR CARMELITANO: TRATO E UNIÃO COM DEUS
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De: Santa Maria Madalena de Pazzi, “Ensinamentos”
Mantende a vossa mente ocupada em Deus. Esta ocupação em Deus me parece ser a bem-aventurança da alma na terra”. “Realmente e impossível pensar atualmente em Deus... mas estar sempre unida com Deus, tendo sempre a Ele em vista, isto é possível; porque se quando trabalhais para ele, quando vos fatigais, fatigai-vos para ele, para agradar a ele e dar a ele glória e para honrar a ele, isto e estar sempre unida a Deus.” Diz que com o conhecia mento de Deus faremos com ele uma estreita amizade e ele nos trata como seus íntimos; então nos e ele faremos como fazem os amigos Íntimos. “Em primeiro lugar os amigos se contemplam um ao outro com grande amor... assim faz Deus que nos olha continuamente coro grande amor: e nos olhamos a ele... Os amigos costumam contar-se mutuamente os seus segredos; assim Deus manifesta a eles todos os seus segredos e eles manifestam a Ele os seus por não confiar em outros senão n’Ele.”
O amor também ao próximo e o fim da contemplação e a Santa via nesta chave o fim da Ordem: “Nos somos chamados a cousas maiores, somos chamados a uma vida maior, a qual não é de Marta nem de Maria separadas, porque no amor estão contidas uma e outra juntas.
Para ela o espírito da Ordem é “amar tudo e levar a amar, observando principalmente quanto isto agrada a Deus e quanto importa atender as obras internas e tratar interiormente com Deus”, como é prescrito na Regra Carmelitana, na redação da qual “os santos padres... tiveram mais atenção para a perfeição interior do que para a penitência e cousas externas.” “Eu vejo a meu Deus! ... Ele tem duas línguas... uma das quais é o louvor de Deus e a outra é a caridade e as duas clamam ao mesmo tempo. O que estou a ouvir, meu Senhor? A uma me obriga a minha profissão e a outra tu me a mandas estritamente. Ela procurava observar ambas.
Do seu mosteiro, que ela chama de “habitação de Maria”, nos diz que Deus quer “que assim como Maria foi um meio entre Deus e o homem, nos sejamos meio entre este Deus e o homem pelo zelo e desejo contínuo de ajudar as almas e conduzi-las a Deus... Estar separadas do mundo, mortas viver em Deus, nada querer a não ser este Deus, em ansioso e contínuo desejo da salvação das almas.
“A alma unida a Deus fica toda amarrada por dentro e por fora o que a faz aparecer com semblante sereno sem jamais perturbar-se por qualquer contingência”. “Em tudo o que tende a fazer, seja interna ou externamente, lembrai-vos de vos voltar para Deus com olhares vivos e amorosos. Com tais olhares amorosos implorai o socorro das suas graças”.
“As obras exteriores devem ser feitas prontamente e com cuidado sem perda de vida interior”. “A oração é o espírito da religião, nas nunca ela deve servir de pretexto para qualquer dispensa, porque todos os exercícios da religião e da obediência, feitos na presença de Deus, são outras tantas orações.” A paz interior e um efeito da oração mental e é uma recompensa da união com Deus. “A verdadeira prudência dum religioso ou duma religiosa depende da íntima união que tem com Deus. E todos os nossos esforços e zelos devem originar-se do Sangue de Jesus Cristo.” Alem disto anota: “Se não gostais do doce silêncio é impossível deleitar-vos nas cousas de Deus.”
*A ORAÇÃO NA VIDA CARMELITANA: Reflexões e textos de autores carmelitanos sobre a Comunhão com Deus e a Oração no Carmelo. Textos preparados por Frei Emanuele Boaga, O. Carm, In Memoriam
OLHAR CARMELITANO: CONTEMPLAÇÃO E AMOR
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de: “Constitutionum compendium” (ano 1528) e “Regesta” do prior geral João Batista Rossi (Rubeo”).
(l) “O primeiro e principal intento dos que moravam no Monte Carmelo (o qual os que professam a vida dos Carmelitas devem imitar e abraçar) consiste nisso que dia e noite virilmente se esforcem com todas as forças para que sua alma e seu espírito sejam unidos a Deus Pai pela oração, contemplação e amor jamais interrompido, não só habitualmente mas também atualmente.
Por isso, se recomenda o uso das jaculatórias para conseguir a paz da alma e para submeter-se de boa vontade a obediência, fazendo depender a bondade da vida mais destas cousas que da multiplicação de leis.
(2) ... Todos os Carmelitas sejam espelhos, lâmpadas, fachos acesos, estrelas resplandecentes para iluminar e guiar os que vivem neste mundo; e com orações falam a Deus, se uniam a Ele com as meditações e mesmo vivendo na carne, o seu espírito viva no céu, longe de toda cousa que poderia distrair as almas da simplicidade e pureza do amor ardente para com Deus altíssimo.
OLHAR CARMELITANO: A CELA INTERIOR E EXTERIOR
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De: “Exposição Parenética sobre a Regra dós Carmelitas” de Beato João Soreth
Lê-se na Regra: «Todos e cada um de vós tenha celas separadas, conforme a situação do lugar que vos propusestes habitar». A cela abriga o filho da graça, fruto do seu ventre, alimenta-o, abraça-o, condu-lo à plenitude da perfeição e toma-o digno do colóquio com Deus. A cela é terra santa e lugar santo, onde o Senhor e o seu servo se falam em segredo, como um homem ao seu amigo. Nela a alma fiel une-se frequentemente ao seu verdadeiro Deus, como a esposa ao esposo, o celeste une-se ao terreno, o divino ao humano. Pois, tal como o templo santo de Deus, assim é a cela do servo de Deus. Como no templo, também na cela são trotadas as coisas divinas; mas mais frequentemente na cela: a cela é a forja de todos os bens e a sua estável perseverança. Pois nela todo o que viver bem com a pobreza é rico, e todo o que tiver boa vontade tem consigo tudo o que é necessário para bem viver.
Porém, para que vivas com mais segurança na cela, foram-te indicados três defensores: Deus, a consciência e o pai espiritual: a Deus deves piedade, na qual deves viver inteiramente consagrado; à tua consciência deves honra, envergonhando-te de pecar perante ela; ao pai espiritual deves obediência amorosa e a ele deves recorrer em tudo. Além disso indicar-te-ei um quarto defensor; procurar-te-ei um educador para enquanto te sentires pequeno e até que aprendas mais perfeitamente a exercitar a presença divina: procura tu mesmo, segundo o meu conselho, uma pessoa cuja vida exemplar de tal modo se haja apossado do teu coração que sempre que e recordes te sintas impelido à reverenda do que recordas, te ordenes a ti mesmo e organizes os teus pensamentos como se ela estivesse presente. Com caridade corrija em ti tudo o que deve ser corrigido: pensarás que ela está a ver todos os teus pensamentos, procurarás emendar-te como se ela te estivesse a ver e a corrigir.
Cada um, portanto, tenha uma cela separada para poder realizar estes exercícios na solidão; como diz a Regra «todos e cada um tenham celas separadas». Terás uma cela exterior e outra interior: a exterior é a habitação onde mora a tua alma com o teu corpo; a interior é a tua consciência na qual deve habitar, com o teu espírito, o Deus de todas as luas interioridades.
A porta da clausura exterior é sinal da clausura interior, para que, assim como os sentidos do corpo são impedidos pela clausura exterior de vaguear lá por fora, assim os sentidos interiores sejam interiormente obrigados a ocupar-se sempre com Deus. Ama, portanto, a tua cela interior, e ama também a exterior e cuida de cada uma delas; guarde-te a exterior, mas não te esconda para que tu possas pecar mais ocultamente, mas guarde-te para que vivas com maior segurança. Pois não sabes o que deves à cela se não pensas corno nela não só te podes curar dos teus vício, como evitar rixas com os outros; ignoras igualmente quanto respeito deves à lua consciência sempre que nela não experimentas a graça e a doçura da interna suavidade.
Dá pois a cada uma destas celas a sua própria honra e exige para ti a tua supremacia: nela aprenderás a vencer-te a ti mesmo, a ordenar a tua vida, a harmonizar os costumes, e defender-te a ti mesmo como também a reprovar-te. Ninguém te amará mais, ninguém te julgará mais fielmente. A este propósito diz alguém: «Seja-te querida a cela, o teu pé seja tardo para o exterior; calando em todo o tempo, chora, lê ou reza, levanta-te cedo, examina-te em todo o momento». Com este fim, pois, diz a Regra: «todos e cada um tenham celas separadas, conforme forem atribuídas a cada um por disposição do próprio Prior e com o assentimento dos outros irmãos ou da parte mais sã».
Carta aos Gálatas: Frei Carlos Mesters
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No vídeo, Frei Carlos Mesters, O. Carm, fala sobre a Carta de São Paulo aos Gálatas no Carmo de Unaí-MG. Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. 26 de setembro-2021.
Santo Alberto de Jerusalém: A Regra-01
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17 DE SETEMBRO- O SANTO DO DIA: Santo Alberto de Jerusalém, Legislador da Ordem do Carmo.
No vídeo, Frei Fernando Millán Romeral O. Carm, Ex-Prior Geral da Ordem do Carmo, fala sbre os 800 Anos da Regra de Santo Alberto. O Congresso aconteceu em Roma no mês de outubro de 2014. Câmera: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Divulgação: www.instagram.com/freipetronio
NOTA: Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém, nasceu em meados do século XII, em Castro de Gualteri, diocese de Parma, Itália. Pediu sua admissão entre os cônegos regulares da Santa Cruz de Mortara e aí se tornou Prior, no ano de 1180. Foi nomeado Bispo de Bobbio em 1184 e, a seguir, de Vercelli em 1191. Transferido para o Patriarcado de Jerusalém em 1205, com a palavra e com o exemplo, mostrou-se autêntico pastor a serviço da paz. Durante seu patriarcado (1206-1214), reuniu em comunidade os eremitas do Monte Carmelo e escreveu-lhes uma Regra. Devendo repreender e depor por má conduta o administrador do Hospital do Espírito Santo, foi morto por ele no dia 14 de setembro de 1214, em São João de Acre.
Oração:
Senhor, que por intermédio de Santo Alberto nos destes uma evangélica Fórmula de Vida, concedei-nos, por sua intercessão, viver sempre na contemplação de Jesus Cristo e servi-lo com fidelidade até a morte. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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